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Como emagrecer usando a cabeça

No documento seducao (páginas 35-40)

Selecionei aqui alguns trechos do livro “Como Emagrecer Usando a Cabeça”, de meu amigo Marcelo Maiolino. Se você está acima do peso eu recomendo fazer o download (grátis) do livro no meu web site, e leia atentamente. Eis alguns pontos importantes:

Emagrecer, por mais lento que seja, é sempre mais rápido do que permanecer gordo. – Marcelo Maiolino

Uma rápida olhada em qualquer boa banca de jornais é o bastante para mostrar que a saúde está cada vez mais no foco da mídia, reflexo da preocupação, cada vez maior, das pessoas em viver mais e melhor. Um dos caminhos para se atingir essa meta é o combate à obesidade. Boa parte da população vive uma eterna relação de amor e ódio com a balança, conforme o ponteiro dos quilos desce ou sobe. Fazer regime é muito chato. A maior parte das pessoas que sofre com problemas de peso já passou por vários, mas acaba, sempre engordando de novo. A meu ver, o problema não está, necessariamente, nas fórmulas dos regimes, mas na própria pessoa.

Vá, agora, até sua cozinha e abra a geladeira. Observe bem o que tem lá dentro. Quem pôs essa comida lá? Quem foi até o supermercado ou padaria? Quem escolheu os produtos, quem os carregou para casa e os pôs na geladeira? A menos que você seja dependente de alguém que pague as contas, caso típico de crianças e adolescentes, foi você – ou alguém a seu mando – que fez tudo isso. Portanto, a sua geladeira, reflete suas escolhas e, por tabela, mostra um pouco de quem você é.

A saúde é, regra geral, uma conseqüência de um processo, de um estilo de vida e não uma dávida casual, atribuída aleatoriamente ao sabor da roleta de Deus. Digo, “regra geral”, porque, de fato, existem pessoas que nascem com doenças congênitas ou predisposições a certos males que as fazem, infelizmente, menos saudáveis do que a média da população.

A maioria dos regimes fracassa por três motivos: 1º) é picaretagem ou, mesmo sendo sério, é inadequado para aquele paciente especificamente, 2º) as pessoas não seguem as prescrições fielmente ou 3º) desistem. Recentemente, a “Dieta dos Pontos” alcançou grande e duradoura popularidade ao fazer com que muita gente emagrecesse substancialmente e de forma saudável sem restrições excessivas. Mas mesmo um regime sério, cientificamente fundamentado, como esse, só funciona para quem o segue fielmente. Quem desiste no meio do caminho ou relaxa depois de alcançar a meta, volta a engordar. Mais uma vez, a solução – ou o problema – não está no regime em si, nem no médico que o recomenda, mas na pessoa. O céu e o inferno estão em nós mesmos.

Muita gente começa um regime contra a vontade, por pressão externa. Esse tipo de motivação pode até ter um papel transformador, mas, geralmente, dura pouco porque contraria os valores libertários da maioria de nós. Ocorre que, paradoxalmente, ao buscarmos a liberdade para comermos de tudo sem freio nem medida, acabamos nos aprisionando em dietas impostas por razões médicas lá pelos 40, 50, 60 anos, quando o colesterol, o diabetes, problemas cardíacos e ortopédicos, provocados pelo excesso de peso, acabam, com o perdão do trocadilho, “pesando na balança”.

Se você quiser evitar o sofrimento de passar os últimos 20, 30 ou 40 anos de sua vida sem poder comer o que tem vontade, é melhor adotar uma alimentação saudável agora. Pode parecer óbvio, mas é incrível como o ser humano tem a tendência a se deixar levar pelas vontades imediatas em vez de pensar a longo prazo. Só a título de exemplo, gastamos muito dinheiro em coisas desnecessárias e pouco duráveis (roupas, carros, objetos de decoração), mas investimos muito pouco em ações, imóveis, jóias.

Quando o telefone toca você atende. Por que? Porque todos reagem conforme essa programação. Mas por acaso você já se deu conta de que o toque é apenas um aviso de que alguém quer falar com você, mas que isso não implica em obrigação da sua parte? Por acaso você já se deu conta de que a vontade de comer um doce, por exemplo, pode não passar de uma racionalização de um impulso químico ao qual seu corpo se acostumou? Acostumadas a receber açúcar, suas células enviam um sinal para seu cérebro, a tal voz interior, fazendo-o ter a ilusão de que a vontade delas é a sua vontade. Então, você, movido pelo mesmo mecanismo que o leva a

atender o telefone sem pensar se quer realmente atendê-lo, come o doce. Desejos são impulso, ações são decisões.

Para diferenciar o que é uma real necessidade daquilo que é mero impulso, é preciso libertar a mente do padrão reativo, quebrar as regras que determinam nosso comportamento para que uma nova programação possa ser escrita. Essas regras, geralmente, só existem na nossa cabeça e são obedecidas por mero hábito.

Se você não mudar por dentro, não vai mudar por fora; se você não mudar a raiz, não vai mudar os frutos. Tudo que você é hoje é, em grande parte, resultado de inputs que foram plantados em você ao longo da vida. Esses inputs são como arquivos que você pode imprimir. Se algum deles tem um erro, não adianta corrigir no papel porque, na próxima impressão, o erro vai sair de novo, do mesmo jeito. É preciso, portanto, mudar o arquivo que está lá dentro, no seu HD pessoal. É como decorar um novo número de telefone depois de anos usando o mesmo.

Esse processo exige perseverança, pois, as correntes do hábito são fortes. Novos hábitos, portanto, exigem uma certa força de vontade. Páginas atrás, mencionei a metáfora da estrada da vida e do carro da saúde. Quero voltar a ela, de outra forma. Se você precisa fazer uma viagem de carro, terá que seguir por uma estrada que o leve ao destino escolhido, correto? Sim, correto. E óbvio! Tão óbvio que ninguém presta atenção na profundidade desse paradigma. Vou repeti-lo, preste atenção desta vez: “Se você precisa fazer uma viagem de carro, terá que seguir por uma estrada que o leve ao seu destino”. A chave é “terá que seguir por uma estrada”. Ou seja, terá que fisicamente se mexer. Não basta ter o mapa da estrada, não basta saber o caminho, não basta ter o carro. Tem que dirigir. E tem que dirigir até o fim, mesmo que chova, mesmo que haja buracos, mesmo que dê dor nas costas e câimbras nos pés. Da mesma forma, não basta ter ouvido as explicações do médico, não basta saber o quê, quanto e quando comer, não basta ter a receita dos remédios, nem saber o quanto precisa pesar... Tem que “seguir” o regime. Não tem jeito, lamento.

Mas, pense bem, é um regime que você pode seguir com certa naturalidade. Você pode parar aqui e ali, pode fazer um desvio de vez em quando, mas se sair da estrada a todo instante, se ficar dando voltas e voltas, se ficar comendo o que não deve, fugindo do regime, não vai chegar onde queria, não vai emagrecer... digo “queria”, no passado porque quem realmente quer,

quer agora e continua querendo cinco minutos depois, cinco dias depois, cinco anos depois e, ao longo de todo esse tempo, continua fazendo tudo que é necessário para alcançar seu objetivo. Se essa força de vontade para manter-se na estrada, para manter seu objetivo em foco, durar tempo suficiente, logo não será mais necessária e o que era um sacrifício há poucos dias passará a ser feito com prazer.

Ao começar o seu regime, portanto, estabeleça uma rotina e se esforce para que ela se transforme em hábito. Não importa muito qual é a sua rotina, desde que ela seja discutida com o seu médico. Certamente, ela incluirá horários e cardápios para cada refeição e, possivelmente, deve, a conselho dele, incluir atividade física. Tudo isso exigirá da sua parte, algum arranjo logístico na sua vida que pode ir desde a compra de tupperware para levar lanches até a aquisição de roupas de ginástica.

Aproveite essa mudança para espalhar pelo seu espaço e suas atividades marcas da nova vida que você está construindo de modo a se comprometer com esse resultado. Tanto quanto possível, jogue fora tudo que te lembre o gordo que já foi e busque novos símbolos com os quais se orientar, como se fossem placas na estrada. Jogue fora a bomboniere e ponha uma cesta de frutas no lugar, mude o roteiro da caminhada para não passar em frente ao bar, troque os quadros da parede e, desde já, comece a fazer planos para quando estiver mais magro. Eu, por exemplo, colei na porta da geladeira uma foto de uma pessoa imensamente gorda e escrevi: “Pense bem antes de comer”. Pode parecer bobo, mas, desde esse dia, todas as vias que pensava em beliscar algo, a imagem da foto me vinha à mente. Às vezes, isso era o suficiente para eu mudar de idéia.

É importante comemorar cada quilo eliminado! Para isso, é preciso ter uma balança de banheiro. Elas são baratas e não ocupam espaço. Sugiro que você se pese todos os dias, pela manhã, sem roupa, depois de ter feito suas necessidades e antes de ingerir qualquer alimento ou líquido. O corpo humano vivo é a coisa mais difícil do mundo de ser pesada com precisão porque está sempre em movimento. Mesmo quando estamos parados, o nosso coração está batendo, o intestino está se mexendo, o sangue está circulando etc. Daí a necessidade de se fazer a medição sempre sob as mesmas condições de modo a termos um resultado tão fiel quanto possível.

Sei que muita gente acha que se pesar todos os dias é um estresse que pode acabar contribuindo para dificultar a perda de peso. Mas acredito que balanças não engordam a menos

que você as coma. Portanto, você pode subir e descer delas à vontade o dia inteiro, se quiser, pode até fazer aula de step com elas, que nada disso influenciará no seu regime. Balanças apenas medem o seu peso e visto que você está empenhado em emagrecer é bom saber o quanto está progredindo a cada dia. Habitue-se a se pesar todo o santo dia e a marcar com um “x” lá na planilha pregada na parede do banheiro o seu sucesso.

É gostoso ver a seqüência de marcas ir descendo, descendo, descendo, se aproximando da sua meta, à medida que avança para direita ao longo do mês. É como um empresário que analisa o gráfico de custos de produção e observa que, dia a dia, ele consegue fazer mais com menos. Seu corpo funcionará da mesma forma: a cada dia, com menos peso atrapalhando, ele conseguirá fazer mais. Mais ginástica, mais sucesso, mais sexo. Ver o resultado todos os dias cria um vínculo de compromisso com a meta estabelecida e, dia-a-dia, aproximar-se dessa meta faz com que fique ainda mais fácil chegar lá, o que influencia positivamente sua auto-estima e eleva suas chances de sucesso duradouro.

O segredo do regime definitivo não está no regime, está em você. A comida não sai voando da geladeira em direção à sua boca só para te obrigar a comer contra a sua vontade. É preciso que uma mão a conduza, a sua mão. E o movimento da mão é fruto de uma decisão. Enquanto você não for capaz de tomar a decisão correta, seus regimes não funcionarão.

Emagrecer de uma vez por todas é o resultado de uma mudança interior que se reflete no exterior. Essa mudança requer motivação, fruto da consciência de que é para o seu próprio bem; autocontrole para resistir às tentações dos velhos hábitos; e disciplina, para fazer o que for necessário para assegurar um futuro com qualidade de vida.

Conversação

Muitas vezes as pessoas cometem erros sérios ao conversar com alguém e dessa forma não conseguem persuadir, ou seduzir.

No documento seducao (páginas 35-40)

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