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Como ocorreu a aprendizagem baseada em resolução de problema?

Como comentamos anteriormente, houve um momento em que a matemática que havia sido ensinada estava sendo utilizada para a resolução de problemas, no entanto essa matemática foi ensinada por meio da metodologia de resolução de problemas.

Onuchic (2008) destaca que não há formas rígidas de ensinar por meio da resolução de problemas, no entanto, desenvolveu um roteiro que pode auxiliar no trabalho com essa metodologia.

Analisando o roteiro proposto por Onuchic e essa lição, chega- mos às seguintes conclusões:

• Formar grupos e entregar uma atividade – essa é a primei- ra etapa do roteiro e o objetivo é fazer com que os alunos vivenciem um processo colaborativo de forma que possam aprender uns com os outros. Em nossa lição, nosso primeiro problema foi definir a adição. Essa questão os alunos responderam em seus cadernos de

matemática individualmente, mas logo em seguida, organizamos os alunos em pequenos grupos, entregamos algumas operações e pe- dimos que resolvessem e provassem o resultado sem utilizar lápis e papel; fazendo uso material base 10 ou outros objetos da sala.

• O papel do professor – a segunda etapa do processo diz respeito ao professor, o qual deixa de comunicar o conheci- mento para observar e lançar questões desafiadoras que ajudem os alunos na resolução do problema. Foi o que buscamos fazer com essa lição, ao invés de dizer aos alunos como resolver uma adição e subtração, pedimos que, em grupos, eles encontrassem diversas formas de resolver tais operações.

• Resultados na lousa – A próxima etapa do roteiro trata de colocar os resultados na lousa. Por se tratar de crianças, confor- me os alunos apresentavam suas descobertas, a professora fazia as anotações na lousa.

• Plenária – Discussão das diferentes estratégias. Os alunos explicavam o que haviam pensado, ouviam uns aos outros e, com isso, construíam seu conhecimento sobre adição e subtração.

• Análise dos resultados – Nessa fase, discutimos com nossos alunos as diferentes estratégias apresentadas.

• Consenso – Após a plenária e a análise dos resultados, chega- mos ao consenso de que o uso do algoritmo da adição era uma forma mais fácil e rápida de resolução e, juntos, também conceituamos adição e subtração.

• Formalização – Nessa última etapa do roteiro, baseado nas discussões e descobertas feitas em conjunto com os alunos, o professor, na lousa, coloca as definições, identifica as propriedades, faz as demonstrações e uma síntese do que se procurou aprender com o problema proposto. A formalização ocorreu na aula 6, quan- do buscamos revisar com os alunos o que eles haviam aprendido ao final do trimestre sobre adição e subtração.

CONTRIBUIÇÕES E POSSIBILIDADES PARA A MATEMÁTICA... 121

Outros recursos contribuíram com a

aprendizagem?

Os exercícios de prática continuaram apoiando a aprendiza- gem matemática nessa lição e o material concreto contribuiram para as descobertas realizadas.

Concluímos com essa unidade que:

• Os alunos tiveram a oportunidade de aprender adição e subtração de diferentes maneiras, isso foi um fator positivo para a aprendizagem de um maior número de alunos; • As entrevistas, em se tratando desse conteúdo, foram ex-

tremamente importantes para os alunos que tinham dificul- dade de acompanhar as descobertas dos colegas durante as aulas e para aqueles que se distraíam com mais facilidade. Foi somente por meio do trabalho individualizado, do ma- nuseio do material concreto para, depois, chegar ao algo- ritmo das operações, que alguns alunos se tornaram capazes de adicionar e subtrair;

• Sentimos um maior aprofundamento no conteúdo matemá- tico dessa lição;

• Prevaleceu, nessa unidade, o ensino por meio de resolução de problemas e menos da teoria de projetos;

• O ensino por projeto apareceu somente no final da unida- de com a proposta de uso da linha do tempo da história de alguns meios de comunicação para a aplicação do conteúdo matemático.

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o quE

oS

mAPAS

comunicAm?

O que os mapas comunicam? Distâncias. E como determinamos distâncias? Medindo. Como medimos distâncias? Parece simples, não é? Mas as respostas não apareceram assim prontas para os alu- nos. Eles tiveram que vivenciar diversas situações para tirar suas conclusões.

No primeiro trimestre com os alunos de 1o, 2oe 3oanos do ensi-

no fundamental I, tínhamos, dentre alguns dos nossos objetivos e necessidades, explorar com as crianças o conhecimento sobre seu entorno; sendo assim, os alunos deveriam estudar os mapas, os bairros, a cidade e os pontos cardeais. Foi utilizando esse conteú- do que integramos a matemática e o tema do trimestre.

Conectado com o tema do trimestre – Comunicação – propu- semos aos alunos as seguintes questões: “Os mapas comunicam algo?” e “O que eles podem comunicar?”.1

Integrando o tema Comunicação e as disciplinas de Geografia e de Matemática, desenvolvemos nossos objetivos sobre unidades de medida linear. Dentre as atividades dessa unidade de estudo, os alunos precisavam localizar o bairro da escola e o bairro de suas casas em um mapa da cidade. A matemática foi mobilizada no mo-

mento quando eles precisaram estimar a distância entre casa e es- cola como ponto de partida para os nossos estudos sobre medidas.

Tínhamos como objetivos de Matemática tornar os alunos ca- pazes de:

• Identificar instrumentos familiares de medição, tais como régua, escala, termômetro;

• Medir comprimento usando unidade não padrão;

• Fazer medições lineares em milímetros, centímetros e metros; • Saber que 1m = 100cm;

• Conhecer abreviaturas: mm, cm, m;

• Estimar medidas lineares, e, depois, medir para verificar estimativas;

• Determinar quando a estimativa de uma medida é racional; • Utilizar instrumentos de medida, usuais ou não, estimar re- sultados e expressá-los por meio de representações não necessaria- mente convencionais.

As aulas e registros sobre unidades de medida