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6. ENTRADAS EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NO RGPS

6.1 Comparação entre as curvas de probabilidade de entrada em invalidez dos

Nos GRAFs. 14, 15 e 16 as probabilidades de entrada em aposentadoria por

invalidez estimadas para os segurados do RGPS – total, empregados e outros

segurados – no período 1999-2002, segundo sexo e idade, são comparadas com

as probabilidades implícitas nas tábuas utilizadas pelo mercado previdenciário.

GRÁFICO 14 – Comparação entre as probabilidades de entrada em invalidez

estimadas para os segurados do RGPS, segundo idade, no período 1999-

2002 e as probabilidades implícitas nas tábuas Álvaro Vindas, Light e IAPB-

57 Fraca

0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

P

roba

bil

id

ade

Idade

Homens RGPS

Mulheres RGPS

IAPB-57

Álvaro Vindas

Light

População Total RGPS

Fonte dos dados básicos: TAB. 3 e Anexo TAB. A18.

GRÁFICO 15 – Comparação entre as probabilidades de entrada em invalidez

estimadas para os segurados EMPREGADOS do RGPS, segundo idade, no

período 1999-2002 e as probabilidades implícitas nas tábuas Álvaro Vindas,

Light e IAPB-57 Fraca

0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

P

robabilidade

Idade

Homens RGPS

Mulheres RGPS

IAPB-57

Álvaro Vindas

Light

População Total RGPS

GRÁFICO 16 – Comparação entre as probabilidades de entrada em invalidez

estimadas para os OUTROS SEGURADOS do RGPS, segundo idade, no

período 1999-2002 e as probabilidades implícitas nas tábuas Álvaro Vindas,

Light e IAPB-57 Fraca

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

P

rob

abilidad

e

Idade

Homens RGPS

Mulheres RGPS

IAPB-57

Álvaro Vindas

Light

População Total RGPS

Fonte dos dados básicos: Anexos TAB. A16 e TAB. A18.

No cômputo geral, todas as probabilidades comparadas apresentaram níveis e

estrutura significativamente diferentes. Independentemente do sexo, essas

diferenças são maiores a partir dos 50 anos de idade – GRAFs. 14, 15 e 16 – e

para os trabalhadores classificados na categoria outros segurados – GRAF. 16.

Outra diferença importante entre as curvas de probabilidade de entrada em

aposentadoria por invalidez dos segurados do RGPS e as apresentadas nas

tábuas Álvaro Vindas, Light e IAPB-57 é que nestas três últimas tábuas utilizadas

pelos planos de previdência, o padrão de entrada em invalidez permanente é

sempre crescente, mesmo nas idades mais avançadas. Por sua vez, as tábuas

elaboradas com base nos dados dos segurados do RGPS – total, empregados e

outros segurados – mostram que o número de aposentadorias concedidas após

determinada idade tende a diminuir.

As diferenças observadas nessa comparação podem ser, em parte, explicadas

por hipóteses levantadas no capítulo anterior, tais como: a competitividade do

risco de se aposentar por invalidez com os outros benefícios cobertos pelo

sistema previdenciário e que os segurados que cumprem as exigências mínimas

para o requerimento de outro benefício que não seja o de aposentadoria por

invalidez, ainda que incapacitados para o trabalho preferem receber esse outro

benefício, por ser mais vantajoso no campo econômico e/ou burocrático.

A comparação mais realista e de maior interesse para os planos de previdência

privada fechada é aquela apresentada no GRAF. 15, que compara as

probabilidades de entrada em aposentadoria por invalidez calculadas para os

segurados empregados do RGPS com as probabilidades das tábuas Álvaro

Vindas, Light e IAPB-57. Isso porque os segurados dos diferentes planos de

previdência privada fechada são, na sua maioria, trabalhadores empregados com

carteira assinada e as tábuas do mercado previdenciário selecionadas foram

construídas com base na experiência em invalidez de empregados de uma

empresa ou de um grupo de empresas. Além disso, todos os participantes de

entidades de previdência complementar fechada estão vinculados ao RGPS

(Brasil, 2007).

O GRAF. 15 indica que, ao contrário do que as tábuas disponibilizadas no

mercado previdenciário prevêem, as probabilidades de entrada em aposentadoria

por invalidez, para ambos os sexos, só são crescentes até os 65 anos de idade e

depois caem. Esse fato sugere que parte dos trabalhadores empregados que

deveriam estar se aposentando por tempo de contribuição, ou até mesmo idade,

permanecem em atividade após os 65 anos e ainda são contabilizados como se

estivessem expostos ao risco de aposentar por invalidez, subestimando assim as

probabilidades de entrada no risco em estudo. Esses indivíduos pertencem a um

grupo seleto de segurados, caracterizado por melhores condições de saúde, ou

porque os outros filiados com saúde mais vulnerável conseguiram um benefício,

ou, simplesmente, esses outros indivíduos não têm condições de trabalhar e por

isso não podem contribuir e manter a sua filiação.

Observa-se ainda no GRAF. 15 que as probabilidades implícitas nas tábuas

Álvaro Vindas e IAPB, ambas construídas em 1957, são bem distantes da real

experiência de entrada em invalidez permanente observada para os segurados

empregados do RGPS no período 1999-2002, especialmente depois dos 45 anos.

Por outro lado, a adoção da tábua Light geraria resultados mais realistas para a

mensuração de provisões matemáticas e benefícios de aposentadorias por

invalidez para os segurados empregados do RGPS. Esse diagnóstico é

confirmado quando o número de entradas em invalidez previsto com base nas

probabilidades das tábuas de entrada em aposentadoria por invalidez utilizadas

na comparação é analisado.

Para a estimativa das entradas em aposentadorias por invalidez com base nas

probabilidades de entrada em invalidez permanente implícitas nas tábuas

utilizadas na comparação, admitiu-se que um grupo inicial hipotético de 100.000

segurados estaria exposto anualmente ao risco de aposentar por invalidez. Os

resultados são apresentados no GRAF. 17.

GRÁFICO 17 – Entradas em aposentadorias por invalidez previstas segundo

grupos de idade e tábuas selecionadas para a comparação

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

20-30

31-40

41-50

51-65 66 e mais

E

n

tr

ad

a

s

em

a

p

o

s

p

o

r

in

val

id

e

z

p

revi

st

a

s

Grupos de idade

Homens empregados RGPS

Mulheres empregadas RGPS

Álvaro Vindas

Light

IAPB-57

Empregados total RGPS

Fonte dos dados básicos: Anexo TABs. A16 A17 e A18.

O GRAF. 17 mostra que, com exceção do grupo etário de 66 anos e mais, as

entradas em aposentadorias por invalidez previstas com base nas tábuas Light e

dos segurados empregados do RGPS, independentemente do sexo,

apresentaram resultados bem próximos. As entradas previstas com base na tábua

IAPB-57, entre 41 e 65 anos de idade, são inferiores àquelas observadas nas

tábuas dos segurados empregados do RGPS, e superiores nas demais idades

consideradas. A tábua Álvaro Vindas foi a que apresentou número de

aposentadorias por invalidez presumido mais distante da real experiência de

invalidez permanente vivenciada pelos segurados empregados do RGPS.

Na seção 6.2, as probabilidades de entrada em aposentadoria por invalidez são

comparadas com estudos realizados no Brasil sobre essa temática apresentados

no capítulo 3.

6.2 Comparação com outros estudos sobre entradas em invalidez