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Incentivo Resp Ambiental Flexibilização P&D

4. Certificados Verdes (Tradable Renewable Energy Certificate – TREC) – A

7.1 Comparação dos resultados

O potencial eólico é reconhecidamente favorável ao aproveitamento na área litorânea, de relevo mais plano e auxiliado pelas brisas marinhas. No entanto, o relevo na parte interior do Estado apresenta uma situação bastante rica para a possibilidade de existência de áreas de aceleração de ventos. Em outros locais, brisas de montanhas - causadas por ciclos térmicos diurnos entre montanha/vale - podem apresentar sinergias com os ventos alísios, dominantes na escala sinótica.

No período úmido o Estado do Ceará também apresenta condições favoráveis à operação de turbinas eólicas no Estado-da-arte mundial, com velocidades médias semestrais entre 5.5m/s e 7.5m/s em grande extensão de seu território. No período Seco, com velocidades mensal superiores a 7m/s em significativa percentagem de seu território, superando 10m/s em muitos locais - com constância também excepcional.

Nota-se que o aumento da altura traz ganhos de potencial mais significativos no interior do Estado (Figura 7.3). Este fato ocorre nas áreas de baixíssima rugosidade (areia de dunas) existe pequeno aumento nas velocidades de vento entre estas duas alturas; no caso de áreas com maior rugosidade (vegetação no interior do Estado), os ganhos são significativos quando se aumenta a altura de captação eólica de 50m para 70m de altura.

Com base nas Figuras (7.1., 7.2. e 7.3.) do Atlas Eólico, regionalizou-se em cinco (05) faixas distintas para classificação dos ventos, e serão aplicadas tanto na fotointerpretação como na sobreposição das figuras em análise da validação do modelo em comparação aos resultados dos dados extrapolados das PCDs para 50 m, sendo as mesmas, a saber:

Faixa A = representada pela cor cinza, com variação de ventos médios entre 3,5 m/s a 4,5 m/s;

Faixa B = representada pela cor branca, com variação de ventos entre 5,0 m/s a 5,5 m/s;

Faixa C = representada pela cor verde, com ventos da ordem de 6 m/s;

Faixa D = representada pela cor amarela, com ventos em torno de 7 m/s; e,

Faixa E = representada pela cor vermelha, com ventos variando em média de 7,5 m/ a 8 m/s.

Começando com a fotointerpretação da sazonalidade dos ventos no Estado do Ceará no período úmido (janeiro-junho), podemos caracterizar com base na Figura 7.1.: quatro faixas (04) distintas da velocidade média de janeiro a junho a 50 m, a saber:

Faixa A = representada pela cor cinza, com variação de ventos médios entre 3,5 m/s a 4,5 m/s;

Faixa B = representada pela cor branca, com variação de ventos entre 5,0 m/s a 5,5 m/s, corresponde à classe 1 para 50 m de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 200 W/m².

Figura 7.1. - A sazonalidade dos ventos a 50 m no Estado para o período úmido (janeiro-junho)

Faixa C = representada pela cor verde, com ventos da ordem de 6 m/s, corresponde à classe 2 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 300 W/m²;

Faixa D = representada pela cor amarela, numa faixa muito fina nas proximidades do litoral apenas, com ventos em torno de 7 m/s, corresponde à classe 3 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 400 W/m².

Analisando agora a sazonalidade dos ventos no Estado do Ceará no período seco (julho-dezembro) podemos caracterizar com base na Figura 7.2.:

Interpretando os resultados espaciais do Figura 7.2. para o período de julho a dezembro, detectamos quatro faixas (04) distintas da velocidade média de julho a dezembro a 50 m, a saber:

Faixa B = representada pela cor branca, com variação de ventos entre 5,0 m/s a 5,5 m/s, corresponde à classe 1 para 50 m de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 200 W/m².

Faixa C = representada pela cor verde, com ventos da ordem de 6 m/s, corresponde à classe 2 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 300 W/m²;

Faixa D = representada pela cor amarela, com ventos em torno de 7 m/s, corresponde à classe 3 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 400 W/m².

Faixa E = representada pela cor vermelha, com ventos variando em média de 7,5 m/ a 8 m/s ou mais, corresponde à classe 5 e 6 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência variando em torno de 600 a 800 W/m².

Legenda

N

Figura 7.2. - A sazonalidade dos ventos a 50 m no Estado para o período seco (julho-dezembro)

Analisando agora a sazonalidade dos ventos no Estado do Ceará com base no período anual, podemos caracterizar com base na Figura 7.3. com aumento da altura, os ganhos de velocidade a 50 m:

Interpretando os resultados espaciais da Figura 7.3. para o período anual, detectamos quatro faixas (04), a saber:

Legenda

N

Faixa B = representada pela cor branca, com variação de ventos entre 5,0 m/s a 5,5 m/s, corresponde à classe 1 para 50 m de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 200 W/m².

Faixa C = representada pela cor verde, com ventos da ordem de 6 m/s, corresponde à classe 2 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 300 W/m²;

Faixa D = representada pela cor amarela, com ventos em torno de 7 m/s, corresponde à classe 3 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência em torno de 400 W/m².

Faixa E = representada pela cor vermelha, numa faixa muito fina nas proximidades do litoral apenas, com ventos variando em média de 7,5 m/ a 8 m/s ou mais, corresponde à classe 5 e 6 de acordo com o Quadro 3.2., com uma densidade de potência variando em torno de 600 a 800 W/m².

A sazonalidade dos ventos dos dados extrapolados no período úmido (janeiro- junho), com base na Figura 7.4.: identifica-se: (i) com verde lodo, com variação de ventos médios entre 1,5 m/s a 3,0 m/s; (ii) com cinza, ventos entre 3,0 m/s a 4,5 m/s; (iii) cor marrom, com ventos 4,5 a 6,0 m/s; (iv) cor azul, com ventos entre 6,0 e 7,5 m/s; (iv) representada pela cor branca, numa faixa muito fina nas proximidades do litoral apenas, com ventos superior a 7,5 m/s.

A sazonalidade dos ventos dos dados extrapolados no período seco (julho- dezembro), com base na Figura 7.5.: encontra-se: (i) com amarelo, com variação de ventos médios entre 1,5 m/s a 4,5 m/s; (ii) com vermelho, ventos entre 4, 5,0 m/s a 8,0 m/s; (iii) representada pela cor branca, numa faixa muito fina nas proximidades do litoral apenas, com ventos superior a 8,0 m/s.

A sazonalidade dos ventos dos dados extrapolados no período anual, com base na Figura 7.6.: determina-se que: (i) com branco, com variação de ventos médios entre 1,5 m/s a 3,0 m/s; (ii) com verde, ventos entre 3,0 m/s a 5,5 m/s; (iii) com a cor amarela, com ventos superior a 5,5 m/s.

Comparando esses resultados com os resultados da modelagem, permite as seguintes considerações: (i) as zonas de vento forte estão evidenciadas em ambos os resultados; (ii) destaca-se, em ambos os resultados tanto o litoral como uma faixa do Noroeste cearense com ventos fortes; (iii) o Sul, Centro-Sul e Nordeste cearense, aparecem como ventos moderados nos dados extrapolados e como ventos médio no dados da modelagem; (iv) em ambos os casos os ventos do litoral são da ordem de 7,5 m/s. (v) a modelagem, começa sua escala entre 3,5 e 5,0 m/s, enquanto que os dados extrapolados entre 1,5 e 3,0 m/s, essa constatação, não invalida nem o modelo, nem tampouco os resultados, pois na aplicação do modelo para determinar o vento a 50 m se leva em consideração a rugosidade, orografia, entre outros elementos que podem influenciar nos resultados, enquanto que a extrapolação feita a partir dos dados de PCDs, foram expressos apenas por uma equação exponencial simples.

Sabe-se que o Estado do Ceará está imerso na contínua circulação atmosférica subequatorial dos ventos alísios, intensificados pelas brisas marinhas ao longo de 640 km de seu perímetro litorâneo com o Oceano Atlântico. Superpondo-se a estes fatores, a movimentação da Zona de Convergência Intertropical induz uma pronunciada sazonalidade nos regimes de vento.

A alternância de períodos chuvoso e seco, causada pela migração da ZCIT, coincide com a pronunciada sazonalidade nas velocidades de vento na região, atingindo variações máximas de aproximadamente ±30% em torno do valor médio anual. No período seco (Agosto-Dezembro) os ventos alísios e as brisas marinhas atingem máxima intensidade e constância no Ceará.

Regionalmente, existe defasagem quanto ao período chuvoso e sua duração: no interior ele é mais breve e abrange Fevereiro-Abril, no litoral se prolonga até Maio; foi visto que esta defasagem se reflete regionalmente nas velocidades de vento.

O período de ventos mais intensos, Setembro-Dezembro, apresenta uma maior regularidade interanual. Em Março-Abril, ápice do período chuvoso, predominam ventos de Sudeste ao longo do dia.

Para tal tendência estatística, não é exagero estudar créditos de energia firme para um significativo percentual de capacidade eólica instalada no Estado do Ceará. Eventuais pequenas discrepâncias na análise acima podem ser atribuídas ao fato de se estar comparando médias climatológicas com medições em um ano particular.

Figura 7.4. - A sazonalidade dos ventos a 50 m no Estado para o período úmido (janeiro-junho)

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35 -7 -6 -5 -4 -3 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5

Figura 7.5. - A sazonalidade dos ventos a 50 m no Estado para o período seco (julho-dezembro)

-41 -40 -39 -38 -37 -36 -35 -7 -6 -5 -4 -3 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8

Figura 7.6. - A sazonalidade dos ventos a 50 m no Estado para o período Anual

CAPÍTULO VIII

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