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Compatibilização das Intervenções nos Talhões com a Conservação da Biodiversidade

3. PROGRAMAS OPERACIONAIS

3.1. PROGRAMA DE GESTÃO DA BIODIVERSIDADE

3.1.1. Plano de gestão para os núcleos abrangidos pelo Sítio Maciço Montanhoso Central

3.1.1.4. Compatibilização das Intervenções nos Talhões com a Conservação da Biodiversidade

da Biodiversidade

A Tabela 36 identifica os talhões/parcelas que são abrangidos pelo Maciço Montanhoso

Oriental. Para além das orientações de gestão definidas no plano sectorial e também as definidas para cada tipo de habitat classificado, as intervenções nos povoamentos procurarão sempre compatibilizar-se com os objetivos de conservação e biodiversidade.

Tabela 36 – Talhões/Parcelas abrangidos pelo Sítio do Maciço Montanhoso Central (PTMAD0002).

UOG Talhão Parcela Ocupação Atual Ocupação Futura Área (ha) Povoamento Tipo

A

A2

A2.1

(parcial) Área atualmente desarborizada Espécies indígenas x castanheiro 22,1 Plantação A2.2

(parcial) Área atualmente desarborizada Espécies indígenas arbóreas 24,1 Plantação A2.3 Área atualmente desarborizada Espécies indígenas arbóreas 60,7 Plantação A2.7 Área atualmente desarborizada Pinheiro-bravo x urzal de altitude 6,6 Reg. natural + Plantação A2.9

(Parcial) Área atualmente desarborizada Loureiro x espécies indígenas arbustivas 6,6 Reg. natural + Plantação

A4

(parcial) - Outras resinosas

Pinus radiata x Cupressus

macrocarpa 1,4 Plantação

A5

A5.1 Pinheiro-bravo x

Pinus radiata

Pinheiro-bravo x Pinus radiata x

espécies indígenas 6,7 Plantação A5.2

(parcial) Pinheiro-bravo Pinheiro-bravo x espécies indígenas 1,2 Plantação A5.3 Pinheiro-bravo Pinheiro-bravo x urzal de altitude 4,4 Regeneração Natural

B B1

B1.1 Urzal de altitude

degradado Urzal de altitude 85,7

Regeneração Natural B1.2 Urzal de altitude degradado Urzal de altitude com sorveira, piorno e uveira-da-serra 78,4 Reg. natural + Plantação

UOG Talhão Parcela Ocupação Atual Ocupação Futura Área (ha)

Tipo Povoamento

B B2

B2.1 Urzal de transição degradado Urzal de transição 9,6 Regeneração Natural B2.2

(parcial) Área ardida Urzal de transição 3,9 Regeneração Natural B2.3 Urzal de transição Urzal de transição com

cedro-da-Madeira 35,2

Reg. natural + Plantação B4.1 Urzal de transição Urzal de transição 7,8 Regeneração Natural

Total 360,2 -

De seguida identificam-se as principais intervenções e respetivas medidas de compatibilização, para cada tipo de povoamento existente nas áreas abrangidas pelo Sítio.

o Pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e Cipreste-de-Monterey (Cupressus macrocarpa)

Intervenções Medidas de compatibilização

Aproveitamento da regeneração

natural

Promover a regeneração natural. Nestas áreas normalmente é abundante, contudo pode não ser suficiente para uma densidade aceitável. O sucesso depende das características da estação.

Controlo da vegetação espontânea

Minimizar estas intervenções. Deverá ser realizada manualmente no caso da existência de vegetação com interesse ecológico; Manter o máximo de vegetação espontânea compatível com os objetivos do ordenamento, Gerir a floresta de forma a reduzir o risco de incêndio.

Limpeza seletiva do povoamento

Monitorização árvores secas, doentes ou decrépitas;

Remoção das árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical).

Desramação Minimizar as intervenções de desrama a 1 ou 2 por ciclo de produção.

Desbastes

Realizar apenas desbastes seletivos, removendo árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical); Limitar a intervenção aos cortes de higiene e sanidade e de regulação da composição e aos desbastes de grau leve, repetindo-os quando necessário.

o Castanheiro (Castanea sativa)

Intervenções Medidas de compatibilização

Aproveitamento da regeneração

natural Promover a regeneração natural.

Plantação Evitar alterações profundas do uso do solo e assegurar a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais; Sempre que possível e tecnicamente adequado, a mobilização do solo deve limitar-se às linhas de plantação.

Controlo da vegetação espontânea

Minimizar estas intervenções. Deverá ser realizada manualmente no caso da existência de vegetação com interesse ecológico; Manter o máximo de vegetação espontânea conciliável com os objetivos do ordenamento; Fomentar a silvicultura preventiva de forma a reduzir o risco de incêndio.

Limpeza seletiva do povoamento

Monitorização árvores secas, doentes ou decrépitas;

Remoção das árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical).

o Loureiro (Laurus novocanariensis) e Faia-das-Ilhas (Myrica faya)

Intervenções Medidas de compatibilização

Aproveitamento da regeneração

natural Promover a regeneração natural.

Plantação Evitar alterações profundas do uso do solo e assegurar a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais; Sempre que possível e tecnicamente adequado, a mobilização do solo deve limitar-se às linhas de plantação.

Controlo da vegetação espontânea

Minimizar estas intervenções. Deverá ser realizada manualmente no caso da existência de vegetação com interesse ecológico; Manter o máximo de vegetação espontânea compatível com os objetivos do ordenamento. Gerir a floresta de forma a reduzir o risco de incêndio.

Limpeza seletiva do povoamento

Monitorização árvores secas, doentes ou decrépitas;

Remoção das árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical).

o Uveira-da-Serra (Vaccinium padifolium)

Intervenções Medidas de compatibilização

Aproveitamento da regeneração

natural Promover a regeneração natural.

Plantação Evitar alterações profundas do uso do solo e assegurar a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais; Deverá ser realizada de maneira pontual, ao covacho.

Poda de

Formação Remoção apenas de ramos danificados, doentes ou com pouco vigor. Controlo da

vegetação

espontânea Minimizar estas intervenções; Realizar manualmente nas linhas de plantação; Limpeza seletiva Deverá ser realizada manualmente num raio de 0,5 a 1 m em volta das plantas

o Cedro-da-Madeira (Juniperus maderensis)

Intervenções Medidas de compatibilização

Plantação

Evitar alterações profundas do uso do solo e assegurar a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais; Sempre que possível e tecnicamente adequado, a mobilização do solo deve limitar-se às linhas de plantação.

Controlo da vegetação espontânea

Minimizar estas intervenções. Deverá ser realizada manualmente no caso da existência de vegetação com interesse ecológico; Manter o máximo de vegetação espontânea compatível com os objetivos do ordenamento. Gerir a floresta de forma a reduzir o risco de incêndio.

Limpeza seletiva do povoamento

Monitorização árvores secas, doentes ou decrépitas;

Remoção das árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical).

Desramação Minimizar as intervenções de desrama a 1 ou 2 por ciclo de produção.

Desbastes

Realizar apenas desbastes seletivos, removendo árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical); Limitar a intervenção aos cortes de higiene e sanidade e de regulação da composição e aos desbastes de grau leve, repetindo-os quando necessário.

o Til (Ocotea foetens) e Vinhático (Persea indica)

Intervenções Medidas de compatibilização

Aproveitamento da regeneração

natural

Promover a regeneração natural. O sucesso depende das características da estação.

Plantação

Evitar alterações profundas do uso do solo e assegurar a sua compatibilidade com a conservação dos valores naturais; Deverá ser realizada de maneira pontual, ao covacho.

Poda de

Formação Remoção apenas de ramos danificados, doentes ou com pouco vigor. Controlo da

vegetação espontânea

Minimizar estas intervenções; Realizar manualmente ao redor das plantas, pelo efeito protetor da restante vegetação acompanhante;

Limpeza seletiva Deverá ser realizada manualmente num raio de 0,5 a 1 m em volta das plantas Desramação Minimizar as intervenções de desrama a 1 ou 2 por ciclo de produção.

Desbastes

Realizar apenas desbastes seletivos, removendo árvores mortas, doentes e de pior qualidade (com forma deficiente, com ramos muito grossos ou sem dominância apical); Limitar a intervenção aos cortes de higiene e sanidade e de regulação da composição e aos desbastes de grau leve, repetindo-os quando necessário.

o Controlo de Invasoras (Giesta e Carqueja)

Intervenções Medidas de compatibilização

Controlo de invasoras

A presença de espécies invasoras deve ser objeto de controlo ativo e drástico por eliminação dos respetivos exemplares com recurso a meios mecânicos ou motomanuais adequados. A eliminação de eventual regeneração de origem seminal posteriormente ao controlo inicial deve-se efetuar manualmente.

o Galerias Ripícolas

Intervenções Medidas de compatibilização

Gestão das galerias ripícolas

Os trabalhos florestais terão de ter em conta a necessidade de provocar o mínimo de perturbações possível, tanto na instalação, como posteriormente na intervenção cultural. Os alinhamentos mais próximos do curso de água não serão sujeitos a corte; Qualquer intervenção a realizar nas galerias será efetuada, de preferência, no período que medeia entre junho e fevereiro; Não realizar ações de controlo de vegetação arbustiva e arbórea em faixas de 10 metros paralelas às linhas de água, objetivando a criação de corredores ecológicos para deslocação e abrigo da fauna terrestre e preservação da vegetação endémica; Proteger as margens das linhas de água e outras massas de água, promovendo a conservação e/ou recuperação da vegetação ripícola autóctone.