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Competências e habilidades requeridas ao Auxiliar de Consultório Dentário

5.4 AÇÕES REALIZADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA

5.4.7 Competências e habilidades requeridas ao Auxiliar de Consultório Dentário

Dentre as competências e correspondentes habilidades requeridas ao ACD na atenção à saúde do idoso no âmbito da atenção básica pelo caderno 19, observou-se no estudo que 100% dos ACDs realizam ações de promoção e prevenção em saúde bucal, a maioria 33,33%, (n= 3) realiza essas ações com uma periodicidade mensal ou trimestral. Dos profissionais pesquisados, 66,67% (n= 6) afirmaram realizar atenção integral às pessoas idosas e 77,78% (n= 7) acompanham, apoiam e desenvolvem atividades referentes à saúde bucal da pessoa idosa junto aos demais profissionais da equipe e 88,89% (n= 8) apoiam as atividades desenvolvidas pelos ACS.

5.4. 8 Competências e habilidades requeridas ao Agente Comunitário de Saúde (ACS) Todos os ACS (100%) mantêm atualizado o cadastro das pessoas idosas da micro- área, 92,30% (n= 36) deles com uma frequência mensal e apenas 2,56% (n= 1) prefere realizar essa atualização ocasionalmente. Em relação ao registro de informações sobre agendamentos e consultas na CSPI pelos ACS, 35,4% (n= 14) realizam essa ação, destes, 12,8% (n= 5) já o fazem no momento do cadastramento do idoso na área, enquanto 23,1% (n= 9) realizam esse preenchimento após a primeira consulta na UBSF.

Grande parte dos ACS, 84,6% (n= 33), referiu que identificam sem a presença de médico e/ou enfermeiro o idoso frágil ou em processo de fragilização e 94,9% (n=37) encaminham com frequência o idoso frágil para UBSF. Salienta-se que 100% dos ACS afirmaram que realizam as VDs com regularidade semanal ou mensal à pessoa idosa, independente de solicitação pela equipe ou comunidade.

Observa-se, nos dados da pesquisa, que os ACS estão atentos para as condições de risco, para quedas no domicílio dos idosos, uma vez que 89,7% (n= 35) identificam essas condições nas VDs. A maioria dos ACS, o que corresponde a 97,4% (n= 38) agenda consulta na UBSF para pessoas idosas.

DISCUSSÃO

6 DISCUSSÃO

Os resultados mostraram o predomínio do sexo feminino em todas as categorias profissionais das equipes da ESF de Santo Antônio/RN; o que revela a tendência da feminização das profissões na área da saúde, já apontada nos estudos de Girardi e Carvalho (2003); Escorel et al. (2007) e Pinto, Menezes e Villa (2010).

Algumas profissões apresentam um processo de feminização mais recente e de forte impacto, como por exemplo, na categoria médica, a qual, na década de 1970 as mulheres médicas eram apenas 11%; já na década seguinte, esse percentual eleva-se para 22%, chegando aos anos 1990 com 33% de seu contingente feminino, devendo nas próximas duas décadas atingir 50% (MACHADO, 2002).

No que se refere a faixa etária, os resultados desse estudo apontam que a maioria desses profissionais apresenta idade entre 30 a 34 anos, correspondendo a uma faixa etária de adultos jovens.

Verificou-se que a maioria dos profissionais da ESF participantes do estudo é de nível médio, sendo a categoria dos ACS a de maior representatividade na ESF do município e com o maior tempo de vínculo empregatício na Estratégia do município. Essa representatividade pode estar associada à própria portaria 648 que trata da Política Nacional de Atenção Básica, uma vez que esta não estipula um mínimo de ACS por equipe saúde da família, apenas considera um teto de 12 ACS. Quanto ao maior tempo de serviço na ESF do município em questão, associa-se ao fato dos ACS serem os únicos profissionais da ESF concursados. Isso revela o potencial dessa categoria como agentes de mudança na atenção à saúde do idoso dentro da realidade da ESF, capazes de viabilizar, como afirma Santos, Pierantoni, e Silva (2010), o apoio à implementação e o desenvolvimento de ações básicas voltadas para a comunidade, de forma a expandi-las e fortalecê-las em nível nacional.

A maioria dos profissionais deste estudo concluiu seu curso de formação nos últimos 10 anos, período no qual já estava criada a ESF, com destaque para as equipes de saúde bucal, dentre as quais, 05 dentistas e 08 ACD terminaram no período de 2006 a 2011; supondo uma graduação com um perfil mais aproximado em saúde pública e da atual política de atenção à saúde da pessoa idosa; o que possivelmente facilita mudanças no atual modelo da ESF e gera uma expectativa positiva em relação ao desempenho desses profissionais na área do envelhecimento. Esse resultado é corroborado por Pinto (2008) em seu estudo com profissionais da ESF.

Supõe-se que o aporte teórico-prático dos profissionais mais recentemente graduados estejam baseados na PNSPI e que este seja um dos fatores determinantes no êxito das ações da ESF em relação à saúde da pessoa idosa, pois as diretrizes da PNSPI enfatizam a superação do paradigma curativo, hospitalocêntrico e fragmentado do conhecimento e da abordagem à saúde, o qual valoriza as especialidades sem a compreensão global do ser humano e do processo de adoecimento e envelhecimento.

Dentre os 24 profissionais de nível superior atuantes no município de Santo Antônio, 11 possuem pós-graduação e 05 estão cursando alguma pós-graduação, todos em nível de especialização, com apenas 03 na área de saúde pública e/ou saúde da família e nenhum na área de geriatria ou gerontologia, o que evidencia uma baixa procura dos profissionais por uma qualificação nas referidas áreas, de forma a aprofundar os conhecimentos e competências para atuarem no âmbito da ESF e na perspectiva do envelhecimento.

Um estudo realizado por Escorel et al. (2002) em grandes centros urbanos encontrou

em alguns municípios dos estados de Pernambuco, Tocantins, Espírito Santo, Sergipe, Amazonas e Distrito Federal, um percentual inferior a 30% de profissionais com especialização nas áreas de saúde pública e coletiva ou com formação voltada para a saúde da família. Resultados semelhantes também foram identificados por Krug et al. (2010),na cidade de Santa Cruz de Sul-RS.

No entanto, Oliveira e Albuquerque (2008) divergem do resultado do presente estudo, ao concluir que 61,54% possuem especialização ou residência médica, principalmente nas áreas de Medicina Preventiva e Social, Saúde Coletiva e PSF, onde a maioria deles só procurou cursos de pós-graduação após a entrada na ESF, pela necessidade da busca por maior respaldo na lida com as novas questões impostas no trabalho na ESF.

Os resultados do presente estudo são similares ao estudo de Silva e Borges (2008) ao revelar que a maioria dos pesquisados, não possui nenhuma capacitação em gerontologia. Entre os capacitados no presente estudo, não se têm informação se o conteúdo abordado privilegiou o conhecimento prático que favoreça um atendimento integral à pessoa idosa.

Barros, Maia e Pagliuca (2011), também confirmam em estudo semelhante os resultados aqui encontrados, que nenhum profissional recebeu capacitação específica para saúde da pessoa idosa. Entre os que disseram ter recebido capacitação, esta foi realizada através de cursos acerca da assistência ao idoso como área afim da atenção básica ou para controle de doenças e agravos de prevalência comum em idosos, bem como tratamento e acompanhamento da HAS e DM.

Motta, Aguiar e Caldas (2011), em publicação recente sobre a ESF e a atenção a saúde do idoso em três municípios brasileiros, também enfatizam que a capacitação de profissionais de saúde na ESF é insuficiente para a atenção à saúde do idoso, sendo necessário investir no desenvolvimento de competências para lidar com o desafio do envelhecimento, abrangendo a prevenção, a reabilitação e a melhor compreensão dos determinantes socioambientais do processo saúde/doença. Esse esforço deve extrapolar a formação especializada, sendo necessário maior respaldo do aparelho formador.

Essa questão é relevante, uma vez que a Lei 8.842 referente à Política Nacional do Idoso, na seção 2, artigo 4, contém uma diretriz exigindo a capacitação e a reciclagem em geriatria e gerontologia dos recursos humanos prestadores de serviços aos idosos. No entanto, os cursos relacionados ao processo de envelhecimento ainda são escassos no Brasil, devendo ocorrer uma multiplicação das oportunidades na referida perspectiva, para fazer face às demandas sociais crescentes pelo envelhecimento populacional (BRASIL, 1994a; OLIVEIRA; TAVARES, 2010).

O estudo em questão aponta os profissionais de saúde bucal como os únicos que possuem capacitação em gerontologia. Isso é relevante, uma vez que historicamente, os serviços odontológicos não possuem como prioridade, a atenção à pessoa idosa. Ao complementar esses achados, Moreira et al. (2005) afirmam que uma atenção especial a esse grupo é necessária, pois da mesma forma que a população adulta jovem, os idosos possuem altos níveis de edentulismo e alta prevalência de cárie e de doenças periodontais, possuindo, em média, de 1 a 7 dentes livres de cárie e elevados índices de ausência total de dentes e de uso de prótese.

Em relação a carga horária de trabalho semanal, identificou-se no estudo que os ACS são os profissionais que possuem maior carga horária, equivalente a 40 horas, seguindo o preconizado pela Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006, provavelmente em virtude se serem os únicos profissionais da ESF concursados no município (BRASIL, 2006).

Os demais profissionais de nível superior e nível médio da ESF de Santo Antônio negociam com a gestão 01 folga semanal e uma carga horária diária de 6 horas sem intervalo.

Na realidade, acredita-se que essa negociação é uma alternativa encontrada pela gestão municipal na tentativa de driblar a falta de profissionais na ESF, em especial do profissional médico, os quais na sua grande maioria não considera a carreira na ESF financeiramente atrativa em municípios do interior dos Estados.

Cotta et al. (2006) mostram em seu estudo que o não-cumprimento da carga horária de trabalho é um fator agravante na crise de situação de trabalho dos profissionais de saúde

atuantes no SUS. Essa situação pode ter facilitado a procura por outro vínculo empregatício por 23 profissionais participantes do estudo, com destaque para a categoria médica, motivados pela necessidade financeira.

Em relação aos componentes da rede social de apoio que os profissionais identificam ou pactuam na sua área de abrangência, os familiares e cuidadores foram os mais mencionados pelas equipes, seguidos pelo NASF e escolas. Voltando-se para a particularidade de cada categoria profissional, observamos que, com exceção dos enfermeiros, os familiares e cuidadores foram os integrantes da rede social de apoio mais citado. Porém, observa-se que dos 39 ACS participantes do estudo, apenas 21 deles identificam a família e cuidador na rede social de apoio ao idoso.

Esse resultado é corroborado por Pei e Pillai (1999) apud Pinto (2008) e Alvarenga et al. (2011) os quais destacaram em seus estudos, a família como maior provedora de cuidados a pessoa idosa, tanto nas áreas urbanas quanto rurais assistidas pela ESF.

A família tem relevância, por ser o contexto social mais próximo no qual os indivíduos estão envolvidos, e os relacionamentos mantidos dentro desse contexto têm implicações positivas para a saúde. A avaliação da composição familiar e das funções que seus membros exercem é importante porque fornece informações significativas para melhorar o planejamento do cuidado aos idosos, uma vez que a família satisfaz numerosas necessidades de seus componentes, sejam físicas, psíquicas ou sociais. O suporte social da família ajuda os idosos no processo de enfrentamento e recuperação de enfermidades, estresse e outras experiências difíceis da vida (ALVARENGA et al., 2011).

O resultado do presente estudo revela a necessidade dos profissionais de ESF de estabelecer um suporte qualificado e constante a esses familiares e cuidadores, os quais provavelmente são os maiores executores do cuidado à pessoa idosa, principalmente em Santo Antônio, município de pequeno porte, onde se observa pouca oferta de serviços de apoio domiciliar voltada à pessoa idosa frágil, como demostrado nos resultados da identificação dos componentes da rede social de apoio.

É relevante a identificação do NASF pelos profissionais da ESF, com ênfase pelos que atuam em áreas urbanas, como um elemento importante da rede social de apoio na atenção à saúde da pessoa idosa no município, uma vez que a interlocução entre essas duas esferas da atenção básica é favorável para o fortalecimento das ações à saúde do idoso dentro das diretrizes previstas pela PNSPI, contribuindo com a inserção de novos saberes no âmbito da ESF.

O fato da maioria dos profissionais de zona rural não identificarem o NASF como elemento importante na rede social de apoio leva a um repensar sobre a atuação desse núcleo junto às equipes de área rural, áreas que geralmente possuem índices elevados de idosos frágeis. Há no município, componentes que integram uma rede social de apoio, porém há necessidade de uma melhor investigação quanto a real estruturação e fluxo dessa rede de suporte social para atender os idosos.

Dentro de tal perspectiva, é necessário que esses profissionais assumam suas responsabilidades em regime de co-gestão, e sob a coordenação do gestor local, devendo criar espaços de discussões internos e externos, visando o aprendizado coletivo e a construção de redes de atenção e cuidado, de forma articulada com a ESF (BRASIL, 2010).

No aspecto voltado para o envelhecimento, a atuação multiprofissional do NASF pode propiciar a manutenção e a reabilitação da capacidade funcional das pessoas idosas propiciando melhoria da qualidade de vida, inclusão social, combate a discriminação e ampliação do acesso ao sistema de saúde. A reabilitação deve ocorrer o mais próximo possível da moradia desse idoso, de modo a facilitar o acesso, valorizar o saber da comunidade e integrar-se a outros equipamentos presentes no território (BRASIL, 2010).

A ausência de uma equipe multiprofissional composta por Assistente Social, Psicólogo, Fisioterapeuta e Nutricionista gera, na opinião de Costa e Ciosak (2010), dificuldades aos profissionais da ESF em lidar com os problemas de ordem social e psicológica da pessoa idosa. Dessa forma, a interlocução com o NASF auxiliaria a lidar com essas dificuldades na atenção à saúde do idoso.

As escolas se configuram, no presente estudo, como outro elemento importante identificado pelos profissionais na rede social de apoio que favorece a atenção integral à saúde da pessoa idosa. Nesse sentido a escola, pode ser considerada por algumas equipes da ESF como o único local disponível para o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção à saúde para a pessoa idosa, uma vez que a própria estrutura física da UBSF não é viável para realização de ações nessa perspectiva. Em micro-áreas rurais de difícil acesso da comunidade até a UBSF, o atendimento ambulatorial é realizado no espaço físico da escola.

Outro ponto a considerar é o próprio referencial da escola para os idosos, como meio de incentivo através dos programas de alfabetização, ocupando o tempo ocioso do mesmo e propiciando o aprendizado que não puderam ter na juventude. Esses programas de estímulo à alfabetização configuram-se como um colaborador para os profissionais da ESF, uma vez que facilita o empoderamento dos idosos no cuidado à saúde.

Considerando que o modelo assistencial da Estratégia Saúde da Família ainda encontra-se em fase de estruturação na maioria dos municípios brasileiros, assim como, a criação recente da Portaria GM de N0. 2528 do MS, os profissionais da equipe de Saúde da ESF se deparam com fatores que podem interferir positivamente ou negativamente no desenvolvimento das ações de saúde junto à pessoa idosa no contexto da atenção primária de saúde.

Em relação aos fatores que interferem no desenvolvimento das ações de saúde voltadas para a pessoa idosa, os participantes do estudo, mesmos desconsiderando a influência das respostas dos ACS (49%), identificaram o acesso da pessoa idosa à UBSF, seguidos da disponibilização permanente do medicamento, do envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa e adesão do usuário aos hábitos saudáveis de vida como os fatores respectivamente mais citados.

O acesso da pessoa idosa a UBSF, além de ser identificado como o fator de maior interferência nas ações de saúde, também foi citado como a maior dificuldade no atendimento a pessoa idosa por todas as categorias profissionais. Associado ao fator acesso, a categoria dos enfermeiros apresenta ainda a reabilitação de funções do idoso quando limitadas ou comprometidas, enquanto que os médicos definem o envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa, como maior dificuldade no atendimento ao idoso.

Ainda em relação ao fator dificuldade na atenção a saúde do idoso, verifica-se uma contradição quanto às respostas da categoria médica, uma vez que o acesso da pessoa idosa à Unidade de Saúde apresenta-se tanto como dificuldade, como também como facilidade para estes profissionais, o que pressupõe a existência de realidades de atuação distintas e organização da atenção na ESF no referente às estratégias de cuidado.

Os profissionais da ESF do município de Santo Antônio, em especial aqueles atuantes em zonas rurais, trabalham em áreas nas quais as residências da população distanciam-se da UBSF, com inadequação de infraestrutura nas estradas e de transporte; além das barreiras geográficas como o relevo próprio, com presença de rios, açudes e vegetação característicos.

Além disso, há equipe da ESF que atua em uma unidade móvel, ou seja, a presença de um ônibus adaptado para ações da estratégia em dias e horários diferentes para cada micro área; o que se apresenta como outro fator que interfere no acesso das pessoas idosas para a UBSF.

Nesse sentido, Viana e Silva (2010), identificaram que o acesso à UBS é prejudicado pelas limitações na estrutura física das UBS, falta de apoio familiar, baixa renda, falta de transporte e alimentação adequada enquanto aguardam pela consulta dos profissionais, baixa

escolaridade, falta de organização da UBS, com consequente falta de mecanismos efetivos de agendamento das consultas e de organização das mesmas; o que predispõe a um longo tempo de espera para serem atendidas. A proximidade da residência do idoso à UBS facilita o acesso, sendo a distância um fator limitador, tendo em vista que a caminhada até as UBS requer muito esforço físico e, para alguns, um apoio familiar.

Assis et al. (2003), observaram que as principais barreiras de acesso aos serviços de saúde são a baixa escolaridade, a baixa renda e a escassa oferta de serviços públicos de atenção à saúde.

Entretanto, Vieira (2010), em seu estudo com população rural, constatou que o rendimento familiar não influenciou o acesso aos serviços de saúde. Por outro lado, o suporte social influenciou o acesso às consultas, visto que pessoas que receberam algum tipo de auxílio de parente, amigo ou conhecido consultaram mais.

Ramos e Lima (2003) apontam que o acesso ultrapassa a presença física dos recursos, considerando, por exemplo, a importância do acesso geográfico. A forma de deslocamento utilizada pelos usuários é fator que facilita ou dificulta o seu acesso ao serviço de saúde, sendo importante a priorização pela equipe de saúde dos moradores da área de atuação do serviço, conforme prevê o critério de territorialização do SUS.

Desta forma, o acesso é um importante indicador da Atenção Primária a Saúde, e a avaliação de como esse componente vem sendo alcançado constitui-se uma importante ferramenta de aprimoramento do SUS (FIGUEIREDO et al., 2010).

O segundo fator mais citado como interveniente na atenção a saúde da pessoa idosa, é a disponibilização permanente de medicamentos, situação esta corroborada por Cotta et al. (2006) e Pinto (2008). Tal resultado leva-nos a crer, tratar-se de uma ação importante na atenção para a pessoa idosa na ESF e, que por isso, deve ser dada mais atenção quando instituída, pois dependendo do tratamento, considera-se o grau de complexidade para os casos específicos que necessitam de um acompanhamento contínuo.

Segundo Pinto (2008), as atividades dos profissionais da ESF ainda são centradas em tecnologias duras, sendo sintomática uma queixa tão presente em uma modalidade de assistência que deveria estar voltada para a prevenção. Isso sugere que pode haver um distanciamento entre os interesses dos usuários e a proposta de atenção em saúde da ESF, devido ainda, ao predomínio de modalidades de intervenção centradas em tecnologias duras.

A falta de medicamentos é um problema enfrentado pela população idosa no estudo de Hamad (2008) sobre a atenção à saúde do idoso no âmbito da ESF, pois geralmente os

medicamentos são de uso contínuo e custo elevado, sendo precária para esse grupo etário a oferta entregue pelo município.

À medida que a população envelhece, a procura por medicamentos que retardem e tratem doenças crônicas, aliviem a dor e melhorem a qualidade de vida irá continuar a aumentar. Isso porque, o uso de medicamentos constitui-se uma ferramenta terapêutica para