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Os resultados da Tabela 7 indicam os fatores que interferem nas ações de saúde para com a pessoa idosa, referidos pelos profissionais da ESF de acordo com a categoria profissional.

O acesso da pessoa idosa à UBSF foi considerado por 83,8% (n= 67) dos profissionais como o fator que mais interfere no desenvolvimento das ações de saúde com a pessoa idosa, seguidos dos 78,8% (n= 63) que referem a disponibilização permanente do medicamento, de 68,8%, (n= 55) que citam o envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa e dos 62,5% (n= 50) dos profissionais que identificam a adesão do usuário aos hábitos saudáveis de vida.

Observa-se que o fator acesso da pessoa idosa a UBSF (Fator 1) apresentou índices elevados em todas as categorias profissionais, com destaque para as categorias de nível médio, em que 100% (n= 9) dos ACD, 87,5% (n= 7) dos TE e 84,6% (n= 33) dos ACS mencionaram esse fator como aquele que mais interfere nas ações de saúde.

Considerando que o modelo assistencial preconiza a melhoria do acesso para os usuários na atenção primária, essa preocupação por parte dos profissionais entrevistados vem reforçar a necessidade dessa melhoria quando se trata do usuário idoso.

Quanto ao fator disponibilização permanente de medicamento (Fator 9), destaca-se 85,7% (n= 6) dos médicos e 87,5% (n= 7) dos TE como as categorias que mais identificam esse fator. Os enfermeiros, 75,0% (n=6), e dentistas, 66,7% (n=6), também enfatizam esse fator, o qual, também teve indicadores de destaque citados pelos profissionais de nível médio, 82,1% (n=32) dos ACS e 66,7% (n=6) dos ACD.

Também citada como fator que interfere no desenvolvimento das ações de saúde está o envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa (Fator 7), mencionado com destaque por 88,9% (n=8) dos dentistas e 87,5%(n=7) dos enfermeiros, categorias que consideram dentre todos os fatores, este como aquele que mais interfere nas ações de saúde a pessoa idosa.

Quanto ao fator adesão aos hábitos saudáveis de vida (Fator 10), 85,7% (n= 6) dos médicos consideram-no juntamente com a disponibilização dos medicamentos como aquele que mais interfere nas ações de saúde a pessoa idosa.

Tabela 7 - Distribuição dos fatores que interferem no desenvolvimento das ações à saúde da pessoa idosa, de acordo com a categoria profissional. Santo Antônio/ RN, 2011.

Fatores* Enfermeiro Médico Dentista ACD TE ACS Total

N % N % N % N % N % N % N % 1 6 75,0 5 71,4 7 77,8 9 100,0 7 87,5 33 84,6 67 83,8 2 5 62,5 3 42,9 5 55,6 6 66,7 6 75,0 19 48,7 44 55,0 3 5 62,5 2 28,6 6 66,7 6 66,7 7 87,5 19 48,7 45 56,3 4 3 37,5 2 28,6 5 55,6 3 33,3 2 25,0 12 30,8 27 33,8 5 4 50,0 3 42,9 4 44,4 6 66,7 3 37,5 28 71,8 48 60,0 6 6 75,0 3 42,9 4 44,4 3 33,3 6 75,0 22 56,4 44 55,0 7 7 87,5 5 71,4 8 88,9 3 33,3 5 62,5 27 69,2 55 68,8 8 2 25,0 1 14,3 6 66,7 5 55,6 5 62,5 29 74,4 48 60,0 9 6 75,0 6 85,7 6 66,7 6 66,7 7 87,5 32 82,1 63 78,8 10 5 62,5 6 85,7 7 77,8 5 55,6 4 50,0 23 59,0 50 62,5 11 3 37,5 4 57,1 4 44,4 2 22,2 4 50,0 18 46,2 35 43,8 12 5 62,5 1 14,3 3 33,3 4 44,4 4 50,0 16 41,0 33 41,3 13 6 75,0 4 57,1 4 44,4 3 33,3 3 37,5 16 41,0 36 45,0 14 5 62,5 5 71,4 6 66,7 4 44,4 4 50,0 15 38,5 39 48,8 15 3 37,5 1 14,3 6 66,7 5 55,6 2 25,0 13 33,3 30 37,5 16 1 12,5 1 14,3 5 55,6 1 11,1 2 25,0 12 30,8 22 27,5 Fatores*: 1. Acesso da pessoa idosa à Unidade de Saúde; 2. Estrutura física da Unidade de Saúde; 3. Acolhimento da pessoa idosa; 4. Uso da Caderneta de Saúde do Idoso; 5. Formação de grupos de convivência; 6. Vínculo entre idosos, cuidadores e familiares; 7. Envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa; 8. Visitas domiciliar; 9. Disponibilização do medicamento; 10. Adesão do usuário aos hábitos saudáveis de vida; 11. Reabilitação de funções limitadas e comprometidas do idoso; 12. Interlocução com a rede social de apoio; 13. Fluxo referência/contra referência para atendimento especializado, exceto geriatria; 14. Sistema de referência em geriatria e gerontologia; 15. Tempo do vínculo dos profissionais nas equipes de saúde da família, 16. Carga horária de trabalho dos profissionais.

Fonte: Dados da pesquisa

Dentre os fatores que interferem no desenvolvimento das ações à saúde da pessoa idosa, procurou-se identificar junto ao profissional, aquele que se apresenta na realidade de trabalho do mesmo, como a maior dificuldade no desenvolvimento de ações em saúde para a pessoa idosa.

Constata-se na Tabela 8 que 46,3% (n= 37) dos profissionais mencionaram o acesso da pessoa idosa à Unidade de Saúde (fator 1) como a maior dificuldade no atendimento a pessoa idosa, sendo uma unanimidade em todas as categorias profissionais(tanto de nível superior quanto médio). Entretanto, para os enfermeiros e médicos, ocorreu uma equivalência em relação a maior dificuldade, dos quais 25% dos enfermeiros e 28,55% dos médicos referiram respectivamente que a reabilitação de funções do idoso quando limitadas ou comprometidas (fator 11) e o envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa (fator 7) apresentam-se também como as maiores dificuldades no atendimento a pessoa idosa.

Tabela 8 - Distribuição da variável maior dificuldade na realização das ações de saúde a pessoa idosa, na ESF por categoria profissional. Santo Antônio/RN, 2011.

Fatores Enfermeiro Médico Dentista ACD TE ACS Fr

N % N % N % N % N % N % N % 1 2 25,0 2 28,55 3 33,3 7 77,8 5 62,5 18 46,2 37 46,3 2 0 0,0 1 14,30 0 0,0 1 11,1 0 0,0 2 5,1 4 5,0 3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,6 1 1,3 4 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,6 1 1,3 5 0 0,0 0 0,0 1 11,1 0 0,0 0 0,0 5 12,8 6 7,5 6 0 0,0 0 0,0 1 11,1 0 0,0 0 0,0 1 2,6 2 2,5 7 1 12,5 2 28,55 2 22,2 0 0,0 0 0,0 7 17,9 12 15,0 8 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 9 1 12,5 1 14,30 0 0,0 1 11,1 1 12,5 3 7,7 7 8,8 10 1 12,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 12,5 0 0,0 2 2,5 11 2 25,0 1 14,30 1 11,1 0 0,0 1 12,5 0 0,0 5 6,3 12 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 13 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 14 1 12,5 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,6 2 2,5 15 0 0,0 0 0,0 1 11,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 1,3 16 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Fatores*: 1. Acesso da pessoa idosa à Unidade de Saúde, 2. Estrutura física da Unidade de Saúde, 3. Acolhimento da pessoa idosa, 4. Controle da Caderneta de Saúde do Idoso, 5. Formação de grupos de convivência, 6. Vínculo entre idosos, cuidadores e familiares da área de abrangência, 7. Envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa, 8. Visitas domiciliares à pessoa idosa, 9. Disponibilização permanente do medicamento, 10. Adesão do usuário aos hábitos saudáveis de vida, 11. Reabilitação de funções do idoso quando limitadas ou comprometidas, 12. Articulação com a rede social de apoio, 13. Fluxo referência/contra referência para atendimento especializado, exceto geriatria, 14. Sistema de referência em geriatria e gerontologia, 15. Tempo do vínculo dos profissionais nas equipes de saúde da família, 16. Carga horária de trabalho dos profissionais.

Fonte: Dados da pesquisa

Segundo dados gerados pela pesquisa e não expostos em figuras, a disponibilização permanente de medicamentos apesar de ser uma dificuldade não citada em primeiro grau, aparece em segundo e terceiro graus identificada por quase todos os profissionais, com exceção dos ACD. Além disso, destaca-se a categoria dos ACS, dos quais 38,5% identificam esse fator como dificuldade.

Dentre os fatores que interferem no desenvolvimento das ações à saúde da pessoa idosa, procurou-se além da dificuldade, identificar a maior facilidade que auxilia o profissional da ESF no desenvolvimento de ações de saúde voltadas para a pessoa idosa.

Observa-se na Tabela 9 a seguir que 33,8% (n= 27) dos profissionais referiam ser o acolhimento da pessoa idosa (fator 3) a maior facilidade encontrada no desenvolvimento de ações de saúde voltadas para a pessoa idosa, com destaque para os enfermeiros, dos quais 62,5% (n= 5) identificam esse fator como facilidade, além dos 37,5% (n= 3) TE e dos 38,5% (n= 15) dos ACS. A identificação não foi uma unanimidade entre as categorias profissionais.

Verifica-se uma ambiguidade quanto às respostas da categoria médica, uma vez que, o acesso da pessoa idosa à UBSF é referido por 42,9% (n= 3) dos profissionais como facilidade, porém também foi apontado como dificuldade na Tabela 8, anteriormente.

Destaca-se ainda que a estrutura física da UBSF (fator 2) foi considerada por 44,4% (n= 4) ACDs 44,4%, (n= 4) e 37,5% (n= 3) TE como facilidades no atendimento a pessoa idosa.

Houve uma equivalência quanto às facilidades relatadas pela categoria dos dentistas, uma vez que 22,2% (n= 2) relatam que o acolhimento, a formação de grupos de convivência e a realização de VD são facilidades no desenvolvimento de ações de saúde à pessoa idosa.

Tabela 9 - Distribuição da variável maior facilidade na realização das ações de saúde a pessoa idosa na ESF segundo categoria profissional. Santo Antônio/RN, 2011.

Fatores Enf. Médico Dentista ACD TE ACS Fr

N % N % N % N % N % N % N % 1 2 25,0 3 42,9 1 11,1 1 11,1 0 0,0 12 30,8 19 23,8 2 0 0,0 1 14,3 1 11,1 4 44,4 3 37,5 1 2,6 10 12,5 3 5 62,5 0 0,0 2 22,2 2 22,2 3 37,5 15 38,5 27 33,8 4 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 12,5 0 0,0 1 1,3 5 0 0,0 1 14,3 2 22,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 3,8 6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 4 10,3 4 5,0 7 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,6 1 1,3 8 1 12,5 1 14,3 2 22,2 0 0,0 1 12,5 5 12,8 10 12,5 9 0 0,0 0 0,0 1 11,1 2 22,2 0 0,0 0 0,0 3 3,8 10 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 11 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 12 0 0,0 1 14,3 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 1,3 13 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 14 0 0,0 0 0,0 0 0/0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 15 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 2,6 1 1,3 Fatores*: 1. Acesso da pessoa idosa à Unidade de Saúde, 2. Estrutura física da Unidade de Saúde, 3. Acolhimento da pessoa idosa, 4. Controle da Caderneta de Saúde do Idoso, 5. Formação de grupos de convivência, 6. Vínculo entre idosos, cuidadores e familiares da área de abrangência, 7. Envolvimento da família no cuidado da pessoa idosa, 8. Visitas domiciliares à pessoa idosa, 9. Disponibilização permanente do medicamento, 10. Adesão do usuário aos hábitos saudáveis de vida, 11. Reabilitação de funções do idoso quando limitadas ou comprometidas, 12. Articulação com a rede social de apoio, 13. Fluxo referência/contra referência para atendimento especializado, exceto geriatria, 14. Sistema de referência em geriatria e gerontologia, 15. Tempo do vínculo dos profissionais nas equipes de saúde da família, 16. Carga horária de trabalho dos profissionais.

5.4 AÇÕES REALIZADAS PELOS PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA