• Nenhum resultado encontrado

5. DISCUSSÃO

5.2. Manifestações do comportamento suicida: a especificidade das

5.2.3. Comportamento preparatório

Com relação ao comportamento preparatório durante a vida (CPDV), nas comparações de grupos houve associação significativa para BIS total (U = 889,00; z = 2,093; p = 0,036) e atencional (U = 888,50; z = 2,091; p = 0,037). Os demais resultados das análises univariadas foram significativamente associados à perda conjugal (estado civil separado/viúvo) (x2) p= 0,027 (OR: 3,1; IC 95% 1,1-8,8) e ao

transtorno de personalidade (x2) p=0,013 (OR: 3,9; IC 95% 1,3-11,8). Nas análises

multivariadas, controlando-se para sexo e idade, as associações para estado civil e transtorno de personalidade se mantiveram, além de tendência para BIS total e significativa para BIS atencional.

Os comportamentos preparatórios são, atualmente, parte integrante do conceito do comportamento suicida, considerados, inclusive, como fatores de risco (30,31). Com relação ao aspecto sócio-demográfico, neste trabalho, a presença de CPDV esteve associada ao estado civil (separado/viúvo), estando aumentado cerca de 3 vezes nos pacientes com esta condição conjugal. Na literatura não há dados específicos sobre comportamento preparatório e estado civil, mas sim dados demonstrando associação do estado civil com o risco de comportamento suicida. Segundo revisões sistemáticas recentes, conflitos conjugais contribuem de forma importante para o desenvolvimento e aumento da ideação, tentativas de suicídio e suicídio, sendo a separação conjugal considerada como importante fator de risco para o comportamento suicida (120,121). Em um estudo transversal com 382 indivíduos na

Áustria, Till et al. (2016) observaram que aqueles que apresentavam maiores riscos para comportamento suicida relatavam conflitos conjugais mal resolvidos e mais sentimentos como desesperança e depressão (122). A perda conjugal na viuvez também representa um importante fator de risco, aumentando 1,7 vezes a chance de suicídio em indivíduos que ficaram viúvos recentemente (123).

Diagnóstico comórbido de transtorno de personalidade apresentou forte associação com a presença de CPDV em nossos resultados, com pacientes com esse diagnóstico apresentando 4 vezes mais essa manifestação do comportamento suicida. Sabidamente, os transtornos de personalidade, principalmente os pertencentes ao cluster B, por manifestarem maior agressividade e impulsividade, são considerados fatores de risco para o comportamento suicida (124). Além disso, a comorbidade entre transtornos de personalidade e outras psicopatologias pode aumentar a expressão dos sentimentos de desesperança, agressividade e impulsividade, impactando no aumento do risco para o comportamento suicida (28). Na comorbidade com depressão, um estudo prospectivo de 10 anos observou que, em pacientes depressivos com ideação suicida, a presença de transtornos de personalidade comórbidos foi fator preditivo para futuras tentativas de suicídio (87). Portanto, sendo o comportamento preparatório considerado como uma manifestação pertencente ao comportamento suicida, os resultados obtidos neste trabalho são condizentes com os dados da literatura descritos.

Em relação à impulsividade no CPDV, nas análises multivariadas, controlando-se para sexo e idade, a pontuação total da escala BIS apresentou apenas tendência de associação, modulada pelo resultado relacionado à impulsividade do tipo atencional, a qual mostrou-se significativamente associada ao CPDV. Não foram encontrados na literatura estudos específicos sobre a associação entre comportamentos preparatórios e impulsividade. Portanto, tal resultado pode ser explicado levando-se em consideração as dimensões da impulsividade abordadas pelos diferentes fatores da escala BIS, na mensuração de três formas de impulsividade: motora (relacionada aos atos impensados), ausência de planejamento (relacionada às falhas de premeditação) e atencional (relacionada à deficiência de foco e concentração) (71). Questões relacionadas à inconsistência do fator relacionado à impulsividade atencional têm sido levantadas desde Patton (1995), ao considerar que este aspecto não seria uma dimensão separada, mas sim que estaria

presente em toda a base da impulsividade como traço de personalidade (82). Uma vez que apenas o fator atencional esteve associado ao CPDV, levanta-se a hipótese de que, mesmo parcialmente (isto é, unidimensionalmente), a impulsividade pode ter influência no comportamento suicida, como na realização de atos preparatórios durante a ideação suicida. Pela amostra específica deste trabalho, o diagnóstico de transtorno depressivo entra como fator com provável contribuição para este resultado, uma vez que o prejuízo cognitivo atencional é um dos principais sintomas relacionados a esse diagnóstico.

5.3. Limitações do estudo

Algumas limitações foram encontradas no desenvolver deste estudo. A primeira delas foi referente à coleta, a qual foi realizada em uma amostra de conveniência, com pacientes em sua maioria que estavam em tratamento e/ou atendimento psiquiátrico no momento. Devido a isso os resultados não podem ser estendidos para a população de todos os pacientes com diagnóstico de depressão.

Além disso, a referência para os diagnósticos psiquiátricos foi aquele registrado clinicamente pela equipe de atendimento, sem o uso de instrumentos padronizados. Apesar de se tratar de um serviço de ensino, não se pode descartar uma certa variação de critérios diagnósticos de clínico para clínico. A gravidade dos sintomas depressivos de cada paciente tampouco foi quantificada.

Outra limitação tem relação à influência do tratamento médico do momento da coleta de dados. Considerando-se que 80% dos pacientes encontravam-se em tratamento ambulatorial, este pode ter influenciado no estado emocional do paciente, interferindo na auto-percepção do mesmo quanto aos seus traços impulsivos.

Mais uma limitação a ser considerada é pelo fato do estudo ser de tipo transversal, o que está sujeito ao viés de recordação quanto às manifestações do comportamento suicida relatadas pelos pacientes. Entretanto, estes dois vieses atuariam, em princípio, no sentido de reduzir a chance de encontrar associações significativas, o que, de certa forma, valoriza os dados encontrados.

6. CONCLUSÕES

O objetivo principal deste estudo foi analisar a impulsividade nas manifestações do comportamento suicida em pacientes com diagnóstico de depressão.

No perfil sociodemográfico, o sexo feminino esteve mais associado ao comportamento suicida e pelo menos 20% dos pacientes em cada faixa etária referiu ao menos ideação suicida durante a vida. Prejuízo laboral, comorbidade clínica e com transtornos de personalidade representaram os fatores de risco mais presentes. A impulsividade de não planejamento parece exercer influência significativa em aspectos sociais da vida, particularmente relacionados às questões laborais.

Na relação entre a impulsividade e o comportamento suicida, a partir dos dados coletados, conclui-se primeiramente que a impulsividade como traço de personalidade não contribui para a ocorrência absoluta de tentativas efetivas nestes pacientes. No entanto, na recorrência de tentativas efetivas de suicídio, a impulsividade apresentou importante correlação com o número de tentativas, devendo ser considerada como fator de risco para este comportamento.

Outra conclusão, derivada dos resultados opostos das tentativas interrompidas em relação às abortadas, é a de que estas manifestações podem ser consideradas expressões do comportamento suicida que carregam o mesmo intuito, mas que se diferenciam na forma de expressão, ao sofrer influência de aspectos pessoais intrínsecos, como a impulsividade. Embora tentativas interrompias ou abortadas não resultem em tentativas efetivas de suicídio, suas características específicas demonstram que, na presença de sintomas decorrentes do transtorno depressivo, a impulsividade como traço de personalidade pode exercer papel importante na manifestação do desejo suicida, já que observarmos a presença deste traço nas tentativas interrompidas, mas não nas abortadas. O mesmo ocorre para presença de comportamentos preparatórios durante a ideação suicida, ao observarmos a associação destes com a presença de maior impulsividade. Entretanto, não se pode concluir, a partir disto, a respeito da relação entre estes tipos de

manifestações do comportamento suicida e a gravidade do mesmo comportamento em pacientes com depressão, uma vez que este estudo não possibilitou tal avaliação. Portanto, parece-nos que uma das principais contribuições deste trabalho aponta na direção da necessidade de melhor qualificação e diferenciação destas manifestações do comportamento suicida no aspecto da impulsividade, como contribuição na caracterização do risco suicida individual.

Por fim, conclui-se que, a atuação da impulsividade como fator de risco no comportamento suicida de pacientes depressivos parece estar relacionada a um comprometimento mais amplo, de todas as suas dimensões, causando prejuízo tanto nas tomadas de decisões quanto na modulação dos atos, gerando um comportamento caracterizado por tentativas de suicídio efetivas mais frequentes e manifestações na forma de tentativas de suicídio menos elaboradas e mais reativas.

Como se poderia esperar, este trabalho não fecha a questão, mas abre novas possibilidades para o estudo das variações do comportamento suicida, indicando que novos estudos que levem em considerações as suas sutilezas poderão nos trazer maior conhecimento e, potencialmente, maneiras mais refinadas e específicas de atuarmos efetivamente no campo das políticas de prevenção do suicídio.

7. BIBLIOGRAFIA

1. Silverman MM. The language of suicidology. Suicide Life Threat Behav. 2006;36(5):519–32.

2. World Health Organization. Preventing suicide: a global imperative. In Geneva: WHO Press; 2014.

3. Corsby AE, Ortega L MC. Self Directed Violence Surveillance: Uniform Definitions and Recommended Data Elements. In Atlanta (GA): Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Injury Prevention and Control; 2011.

4. Curtin SC, Warner M, Hedegaard H. Increase in Suicide in the United States, 1999-2014. NCHS Data Brief. 2016;(241):1–8.

5. U.S. Department of Health and Human Services (HHS) Of ce of the Surgeon General and National Action Alliance for Suicide Prevention. 2012 National Strategy for Suicide Prevention: Goals and Objectives for Action. In 2012. p. 184.

6. World Health Organization. Mental Health Action Plan 2013-2020. WHO Libr Cat DataLibrary Cat Data. 2013;1–44.

7. Stone D, Holland K, Bartholow B, Crosby A, Davis S, Wilkins N. National Center for Injury Prevention and Control, Centers for Disease Control and Prevention. In: Preventing Suicide : A Technical Package of Policy, Programs, and Practices. Atlanta, GA: National Center for Injury Prevention and Control, Centers for Disease Control and Prevention; 2017. p. 62.

8. Ministério Da Saúde – Brasil. Prevenção do Suicídio Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. In 2006. p. 76.

9. Bertolote J, Botega N, de Leo D. Inequities in suicide prevention in Brazil. Lancet. Elsevier Ltd; 2011;378(9797):1137.

10. WHO | Suicide rates (per 100 000 population) [Internet]. WHO. World Health Organization; 2017 [cited 2017 Jul 23]. Available from: http://www.who.int/gho/mental_health/suicide_rates/en/

11. Bertolote A, Leo D, Silva D, Huong T, Tran H. Suicide attempts, plans, and ideation in culturally diverse sites: the WHO SUPRE-MISS community survey Suicide attempts, plans, and ideation in culturally diverse sites : the WHO SUPRE-MISS community survey. Psychol Med. 2005;35:1457–65.

12. Alves VM, Francisco LC, de Melo AR, Novaes CR, Belo FM, Nardi AE. Trends in suicide attempts at an emergency department. Rev Bras Psiquiatr. 2017;39(1):55–61.

13. De Leo D, Milner A, Fleischmann A, Bertolote Y, Collings S, Amadeo S, et al. The who start study suicidal behaviors across different areas of the world. Crisis. 2013;34(3):156–63.

14. Burón P, Jimenez-Trevino L, Saiz PA, García-Portilla MP, Corcoran P, Carli V, et al. Reasons for Attempted Suicide in Europe: Prevalence, Associated Factors, and Risk of Repetition. Arch Suicide Res. 2016;20(1):45–58.

15. Flavio M, Martin E, Pascal B, Stephanie C, Gabriela S, Merle K, et al. Suicide attempts in the county of Basel: results from the WHO/EURO Multicentre Study on Suicidal Behaviour. Swiss Med Wkly. 2013;143(June 2016).

16. Santos SA, Lovisi G, Legay L, Abelha L. Prevalência de transtornos mentais nas tentativas de suicídio em um hospital de emergência no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saude Publica. 2009;25(9):2064–74.

17. Turecki G, Brent DA. Suicide and suicidal behaviour. Lancet. 2016;387(10024):1227–39.

18. Bertolote JM, De Mello-Santos C, Botega NJ. Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Rev Bras Psiquiatr. 2010;32(SUPPL. 2):587–95.

19. Rogers ML, Chiurliza B, Hagan CR, Tzoneva M, Hames JL, Michaels MS, et al. Acute suicidal affective disturbance_ Factorial structure and initial validation across psychiatric outpatient and inpatient samples. 2017;

20. Bertolote JM, Fleischmann A. Suicide and psychiatric diagnosis: a worldwide perspective. World Psychiatry. 2002;1(3):181–5.

21. Bae S-M, Lee YJ, Cho IH, Kim SJ, Im JS, Cho S-J. Risk Factors for Suicidal Ideation of the General Population. J Korean Med Sci. 2013;28(4):602.

22. Gureje O, Oladeji B, Hwang I, Chiu WT, Kessler RC, Sampson NA, et al. Parental psychopathology and the risk of suicidal behavior in their offspring: results from the World Mental Health surveys. Mol Psychiatry. 2011;16(12):1221–33.

23. Joiner TE, Brown JS, Wingate LR. The Psychology and Neurobiology of Suicidal Behavior. Annu Rev Psychol. 2005;56(1):287–314.

24. Liu RT, Miller I. Life events and suicidal ideation and behavior: A systematic review. Vol. 34, Clinical Psychology Review. 2014.

25. May AM, Klonsky ED. What Distinguishes Suicide Attempters From Suicide Ideators? A Meta-Analysis of Potential Factors. Clinical psychology: Science and Pratice. 2016;1–16.

26. Liu Y, Zhang J, Sun L. Who are likely to attempt suicide again? A comparative study between the first and multiple timers. Compr Psychiatry. Elsevier Inc.; 2017;78:54–60.

27. Hoven CW, Mandell DJ, Bertolote JM. Prevention of mental ill-health and suicide: Public health perspectives. Eur Psychiatry. Elsevier Masson SAS; 2010;25(5):252–6.

28. Hawton K, Kelly Houston Frcp, Camilla Haw B, Ellen Townsend M, Harriss L. Comorbidity of Axis I and Axis II Disorders in Patients Who Attempted Suicide.

Artic Am J Psychiatry. 2003;160:1494–500.

29. Hambrich M, Nemes B, Soare R, Cozman D. Impulsivity as a risk factor for suicidality in depressed patients. Eur Psychiatry. Elsevier Masson SAS; 2017;41:S294–5.

30. Mundt JC, Greist JH, Jefferson JW, Federico M, Mann JJ, Posner K. Prediction of suicidal behavior in clinical research by lifetime suicidal ideation and behavior ascertained by the electronic columbia-suicide severity rating scale. J Clin Psychiatry. 2013;74(9):887–93.

31. Millner AJ, Lee MD, Nock MK. Describing and Measuring the Pathway to Suicide Attempts: A Preliminary Study. Suicide Life-Threatening Behav. 2016;1–17.

32. Botega NJ, Marín-León L, de Oliveira HB, Barros MBDA, da Silva VF, Dalgalarrondo P, et al. Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saude Publica. 2009;25(12):2632–8.

33. Silva VF da, Oliveira HB de, Botega NJ, Marín-León L, Barros MB de A, Dalgalarrondo P. Fatores associados à ideação suicida na comunidade: um estudo de caso-controle. Cad Saude Publica. 2006;22(9):1835–43.

34. Posner K, Oquendo MA, Gould M, Barbara Stanley M, Davies M. Columbia Classification Algorithm of Suicide Assessment (C-CASA): Classification of Suicidal Events in the FDA’s Pediatric Suicidal Risk Analysis of Antidepressants. Am J Psychiatry. 2007;164:1035–43.

35. Millner AJ, Lee MD, Nock MK. Single-Item Measurement of Suicidal Behaviors : Validity and Consequences of Misclassification. PLoS One. 2015;10:1–17.

36. Arias SA, Miller I, Camargo CA, Sullivan AF, Goldstein AB, Allen MH, et al. Factors Associated With Suicide Outcomes 12 Months After Screening Positive for Suicide Risk in the Emergency Department. Psychiatr Serv. 2016;67(2):206– 13.

37. Colborn VA, LaCroix JM, Neely LL, Tucker J, Perera K, Daruwala SE, et al. Motor impulsivity differentiates between psychiatric inpatients with multiple versus single lifetime suicide attempts. Psychiatry Res. 2017;253(August 2016):18–21.

38. Horwitz A.G., Czyz E.K. KCA. Predicting Future Suicide Attempts Among Adolescent and Emerging Adult Psychiatric Emergency Patients. J Clin Child Adolesc Psychol. 2015;44(5):751–61.

39. Hom MA, Joiner TE, Bernert RA. Limitations of a single-item assessment of suicide attempt history: Implications for standardized suicide risk assessment. Psychol Assess. 2016;28(8):1026–30.

40. Ghasemi P, Shaghaghi A, Allahverdipour H. Measurement Scales of Suicidal Ideation and Attitudes: A Systematic Review Article. Heal Promot Perspect. 2015;5(3):156–68.

41. Millner A. Clarifying the Pathway to Suicide : An Examination of Subtypes of Suicidal Behavior and Their Association With Impulsiveness . Harvard University; 2016.

42. Barber ME, Marzuk PM, Leon AC, Portera L. Aborted suicide attempts: A new classification of suicidal behavior. Am J Psychiatry. 1998;155(3):385–9.

43. Ghaffari-Nejad APMs. ABORTED SUICIDE AMONG PSYCHIATRIC

INPATIENTS IN KERMAN. Arch Iran Med. 2002;5(4):240–3.

44. Al-Habeeb AA, Sherra KS, Al-Sharqi AM, Qureshi NA. Assessment of suicidal and self-injurious behaviours among patients with depression. East Mediterr Heal J. 2013;19(3):248–54.

45. Burke TA, Hamilton JL, Ammerman BA, Stange JP, Alloy LB. Suicide risk characteristics among aborted, interrupted, and actual suicide attempters. Psychiatry Res. Elsevier; 2016;242:357–64.

Oxford University Press; 2011.

47. Dickman SJ. Functional and Dysfunctional Impulsivity: Personality and Cognitive Correlates. J Pers Soc Psychol. American Psychological Association; 1990;58(1):95–102.

48. Moeller FG, Barratt ES, Dougherty DM, Schmitz JM, Swann AC. Psychiatric Aspects of Impulsivity. Am J Psychiatry. 2001;158(11):1783–94.

49. Bari A, Robbins TW. Inhibition and impulsivity: Behavioral and neural basis of response control. Prog Neurobiol. Elsevier Ltd; 2013;108:44–79.

50. Dalley JW, Everitt BJ, Robbins TW. Impulsivity, Compulsivity, and Top-Down Cognitive Control. Neuron. Elsevier Inc.; 2011;69(4):680–94.

51. Pattij T, Vanderschuren LJMJ. The neuropharmacology of impulsive behaviour. Trends Pharmacol Sci. 2008;29(4):192–9.

52. Sukhotina IA, Dravolina OA, Novitskaya Y, Zvartau EE, Danysz W, Bespalov AY. Effects of mGlu1 receptor blockade on working memory, time estimation, and impulsivity in rats. Psychopharmacology (Berl). 2008;196(2):211–20.

53. Chamorro J, Bernardi S, Potenza MN, Grant JE, Marsh R, Wang S, et al. Impulsivity in the general population: A national study. J Psychiatr Res. Elsevier Ltd; 2012;46(8):994–1001.

54. Zhang S, Hu S, Hu J, Wu PL, Chao HH, Li CSR. Barratt impulsivity and neural regulation of physiological arousal. PLoS One. 2015;10(6):1–17.

55. Peters J, Büchel C. The neural mechanisms of inter-temporal decision-making: understanding variability. Trends Cogn Sci. 2011;15(5):227–39.

56. Cauffman E, Shulman EP, Steinberg L, Claus E, Banich MT, Graham S, et al. Age Differences in Affective Decision Making as Indexed by Performance on the Iowa Gambling Task. Dev Psychol. 2010;46(01):193–207.

57. Ghaffari M, Ahmadi A, Abedi MR, Fatehizade M, Baghban I. Impulsivity, substance abuse, and family/ friends history of suicide attempts in university students with and without suicidal ideation. Iran J Psychiatry Behav Sci. 2011;5(2):99–105.

58. Gullo MJ, Jackson CJ, Dawe S. Impulsivity and reversal learning in hazardous alcohol use. Pers Individ Dif. Elsevier Ltd; 2010;48(2):123–7.

59. Khemiri L, Jokinen J, Runeson B, Jayaram-Lindström N. Suicide Risk Associated with Experience of Violence and Impulsivity in Alcohol Dependent Patients. Sci Rep. Nature Publishing Group; 2016;6(1):1–11.

60. Gudjonsson GH, Sigurdsson JF, Einarsson E, Bragason OO, Newton AK. Inattention, hyperactivity/impulsivity and antisocial personality disorder. Which is the best predictor of false confessions? Pers Individ Dif. Elsevier Ltd; 2010;48(6):720–4.

61. Soloff P, White R, Diwadkar VA. Impulsivity, aggression and brain structure in high and low lethality suicide attempters with borderline personality disorder. Psychiatry Res. 2014;222(3):131–9.

62. Izci F, Fınıklı E, Zincir S, Bozkurt Zincir S, Iris Koc M. The differences in temperament-character traits, suicide attempts, impulsivity, and functionality levels of patients with bipolar disorder I and II. Neuropsychiatr Dis Treat. 2016;12:177.

63. Gvion Y, Apter A. Aggression, Impulsivity, and Suicide Behavior: A Review of the Literature. Arch Suicide Res. 2011;15(2):93–112.

64. Simon TR, Swann AC, Powell KE, Potter LB, Kresnow M, O’Carroll PW. Characteristics of Impulsive Suicide Attempts and Attempters. Suicide Life- Threatening Behav. 2001;32(Supplement to I):49–59.

65. McCullumsmith CB, Williamson DJ, May RS, Bruer EH, Sheehan D V, Alphs LD. Simple Measures of Hopelessness and Impulsivity are Associated with Acute

Suicidal Ideation and Attempts in Patients in Psychiatric Crisis. Innov Clin Neurosci. 2014;11(9–10):47–53.

66. Bagge CL, Littlefield AK, Lee HJ. Correlates of proximal premeditation among recently hospitalized suicide attempters. J Affect Disord. Elsevier; 2013;150(2):559–64.

67. Dougherty DM, Mathias CW, Marsh DM, Papageorgiou TD, Swann AC, Moeller FG. Laboratory Measured Behavioral Impulsivity Relates to Suicide Attempt History. Suicide Life-Threatening Behav. 2004;34(4):374–85.

68. Bagge C.L., Littlefield A.K.., Rosellini A.J. CSF. Relations Among Behavioral and Questionnaire Measures of Impulsivity in a Sample of Suicide Attempters. Suicide Life-Threatening Behav. 2013;43(4):460–7.

69. Anestis MD, Soberay KA, Gutierrez PM, Hernández TD, Joiner TE. Reconsidering the Link Between Impulsivity and Suicidal Behavior. Personal Soc Psychol Rev. 2014;18(4):366–86.

70. Rimkeviciene J, Ogorman J, De Leo D. Impulsive suicide attempts: A systematic literature review of definitions, characteristics and risk factors. J Affect Disord. 2015;171:93–104.

71. Stanford MS, Mathias CW, Dougherty DM, Lake SL, Anderson NE, Patton JH. Fifty years of the Barratt Impulsiveness Scale: An update and review. Pers Individ Dif. Elsevier Ltd; 2009;47(5):385–95.

72. Baca-Garcia E, Diaz-Sastre C, García Resa E, Blasco H, Braquehais Conesa D, Oquendo MA, et al. Suicide attempts and impulsivity. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci. 2005;255(2):152–6.

73. Chaudhury SR, Singh T, Burke A, Stanley B, Mann JJ, Grunebaum M, et al. Clinical Correlates of Planned and Unplanned Suicide Attempts. J Nerv Ment Dis. 2016;204(11):806–11.

74. Hospital de Clínicas - UNICAMP [Internet]. [cited 2018 Apr 1]. Available from: https://www.hc.unicamp.br/

75. TRANSLATION OF THE COLUMBIA SUICIDE SEVERITY RATING SCALE ( C- SSRS ) FOR USE IN 33 COUNTRIES. 2013;33.

76. Posner K, Brown GK, Stanley B, Brent DA, Yershova K V, Oquendo MA, et al. The {Columbia\-Suicide} Severity Rating Scale: Initial Validity and Internal Consistency Findings From Three Multisite Studies With Adolescents and Adults. Am J Psychiatry. 2011;168(12):1266–77.

77. Giddens JM, Sheehan KH, Sheehan D V. The Columbia-Suicide Severity Rating Scale (C-SSRS): Has the “Gold Standard” Become a Liability? Innov Clin Neurosci. 2014;11(9–10):66–80.

78. Posner K. Columbia Suicide Severity Rating Scale [Internet]. Available from: http://www.cssrs.columbia.edu/about_cssrs.html

79. Training for Researchers The Columbia Lighthouse Project [Internet]. [cited 2017 Jul 23]. Available from: http://cssrs.columbia.edu/training/training-research- setting/

80. Malloy-Diniz LF, Mattos P, Leite WB, Abreu N, Coutinho G, De Paula JJ, et al. Tradução e adaptação cultural da Barratt Impulsiveness Scale (BIS-11) para aplicação em adultos brasileiros. J Bras Psiquiatr. 2010;59(2):99–105.

81. Dazzi T, Gribble R, Wessely S, Fear NT. Does asking about suicide and related behaviours induce suicidal ideation? What is the evidence? Psychol Med. 2014;44(16):3361–3.

82. Patton JSMBE. Factor Structure of the Barrat Impulsiveness Scale. J Clin

Documentos relacionados