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COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente ANTONIO SERGIO DE SOUZA GUETTER

Secretário Executivo VAGA EM ABERTO

Membro GILBERTO MENDES FERNANDES

CONSELHO FISCAL

Presidente VAGA EM ABERTO

Membros Titulares GEORGE HERMANN RODOLFO TORMIN

NELSON LEAL JUNIOR

Membros Suplentes OSNI RISTOW

ROBERTO BRUNNER

GILMAR MENDES LOURENÇO

DIRETORIA

Diretor Presidente MAXIMILIANO ANDRES ORFALI

Diretor de Finanças

Diretor Jurídico e de Relações Institucionais

LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI CRISTIANO HOTZ

Diretor Adjunto ACACIO MASSATO NAKAYAMA

CONTADOR

COPEL

Copel Distribuição S.A.

CNPJ/MF 04.368.898/0001-06 Inscrição Estadual 90.233.073-99

Subsidiária Integral da Companhia Paranaense de Energia www.copel.com copel@copel.com

Rua José Izidoro Biazetto, 158 - Bloco C - Mossunguê - Curitiba - PR

CEP 81200-240

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

REGULATÓRIAS

SUMÁRIO

DEMONSTRAÇÕESCONTÁBEISREGULATÓRIAS ... 3 Balanços Patrimoniais ... 3 Demonstrações de Resultados ... 5 Demonstrações de Resultados Abrangentes ... 6 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ... 7 Demonstrações dos Fluxos de Caixa ... 8

1 Contexto Operacional ... 10 2 Base de Preparação ... 10 3 Principais Políticas Contábeis ... 12 4 Caixa e Equivalentes de Caixa... 24 5 Consumidores, Concessionárias e Permissionárias ... 25 6 Tributos ... 27 7 Depósitos Judiciais e cauções ... 30 8 Investimentos Temporários ... 30 9 Ativos e Passivos Financeiros Setoriais ... 30 10 Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes ... 34 11 Imobilizado e Intangível ... 35 12 Fornecedores ... 38 13 Empréstimos, Financiamentos e Debêntures ... 39 14 Obrigações sociais e trabalhistas ... 46 15 Benefícios Pós-Emprego... 46 16 Encargos Setoriais ... 52 17 Outros Passivos Circulantes ... 53 18 Provisões para Litígios e Passivo Contingente ... 53 19 Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica ... 59 20 Patrimônio Líquido ... 61 21 Receita ... 63 22 Custos e Despesas Operacionais ... 66 23 Outras Receitas Operacionais... 69 24 Outras Despesas Operacionais ... 69 25 Resultado Financeiro ... 70 26 Revisão Tarifária ... 70 27 Instrumentos Financeiros ... 75 28 Transações com Partes Relacionadas ... 85 29 Seguros ... 87 30 Conciliação do Balanço Patrimonial e DRE Regulatória e Societária ... 87 31 Conciliação do Patrimônio Líquido Societário e Regulatório ... 95 32 Conciliação do Lucro Líquido Societário e Regulatório ... 95

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS

Balanços Patrimoniais

levantados em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais ATIVO NE nº 31.12.2016 31.12.2015 Ativo circulante

Caixa e equivalentes de caixa 4 330.810 416.086

Consumidores 5.1 1.541.753 2.199.322

Concessionárias e permissionárias 5.2 228.387 141.208

Serviços em curso 61.948 54.671

Tributos compensáveis 6 170.657 70.580

Depósitos judiciais e cauções 7 1.056 1.717

Almoxarifado operacional 90.591 89.343

Investimentos temporários 8 - 165

Ativos financeiros setoriais 9 758.124 1.824.028

Despesas pagas antecipadamente 19.889 21.634

Outros ativos circulantes 10 140.906 229.056

3.344.121

5.047.810

Ativos de operações descontinuadas

Bens destinados a alienação 3.620 3.620

Ativo não circulante

Consumidores 5.1 117.463 40.681

Serviços em curso 11.867 12.566

Tributos compensáveis 6 65.317 60.734

Depósitos judiciais e cauções 7 483.811 438.849

Investimentos temporários 8 1.467 1.289

Tributos diferidos 6 564.687 525.665

Ativos financeiros setoriais 9 197.673 658.692

Bens e direitos para uso futuro 1.362 1.374

Outros ativos não circulantes 10 60.200 25.995

Bens e atividades não vinculadas à concessão do serviço público 3 3

Imobilizado 11 9.113.723 7.143.979

Intangível 11 206.364 161.837

10.823.937

9.071.664

TOTAL DO ATIVO 14.171.678 14.123.094

Balanços Patrimoniais

levantados em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 (continuação) em milhares de reais

PASSIVO NE nº 31.12.2016 31.12.2015

Passivo circulante

Fornecedores 12 867.401 988.675

Empréstimos, financiamentos e debêntures 13 823.335 625.108

Obrigações sociais e trabalhistas 14 139.270 124.932

Benefício pós-emprego 15 33.649 30.722

Tributos 6 184.742 281.639

Dividendos declarados e juros sobre capital próprio 149.500 133.950

Encargos setoriais 16 297.484 376.080

Passivos financeiros setoriais 9 913.385 913.269

Outros passivos circulantes 17 90.341 92.632

3.499.107

3.567.007

Passivo não circulante

Empréstimos, financiamentos e debêntures 13 994.349 1.270.133

Benefício pós-emprego 15 480.246 365.049

Tributos 6 117.054 79.343

Provisão para litígios 18 607.307 578.880

Encargos setoriais 16 183.800 164.441

Passivos financeiros setoriais 9 321.404 523.789

Obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica 19 3.041.123 2.394.951

5.745.283 5.376.586 TOTAL DO PASSIVO 9.244.390 8.943.593 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 20.1 4.176.841 3.342.841 Reservas de capital

Outros resultados abrangentes 20.2 499.725 (48.588)

Reserva de lucros 20.3 - 920.722

Recursos destinados a aumento de capital 498.000 834.000

Dividendo adicional proposto 20.4 - 130.526

Lucros ou prejuízos acumulados (247.278) -

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.927.288 5.179.501

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 14.171.678 14.123.094

Demonstrações de Resultados

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

NE nº 31.12.2016 31.12.2015

Operações em continuidade

Receita/Ingresso 21

Fornecimento de energia elétrica 8.419.592 10.042.626

Suprimento de energia elétrica 171.427 195.332

Energia elétrica de curto prazo 523.892 149.557

Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição 5.935.139 5.667.013

Ativos e passivos financeiros setoriais (1.079.662) 858.170

Doações, contribuições e subvenções vinculadas ao serviço concedido 546.581 497.067

Serviços cobráveis 19.059 9.748 14.536.028 17.419.513 Tributos ICMS (3.892.844) (4.106.775) Pis-Pasep (251.445) (272.886) Cofins (1.158.205) (1.256.937) (5.302.494) (5.636.598)

Encargos - Parcela "A"

Pesquisa e desenvolvimento - P&D (36.202) (42.915)

Programa de eficiência energética - PEE (36.203) (42.916)

Conta de desenvolvimento econômico - CDE (1.719.794) (1.975.859)

Taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica - TFSEE (9.156) (6.215)

Outros encargos (203.671) (1.120.218)

(2.005.026)

(3.188.123)

Receita líquida/Ingresso líquido 7.228.508 8.594.792

Custos não gerenciáveis - Parcela "A" 22

Energia elétrica comprada para revenda (4.893.230) (6.038.703)

Encargos de transmissão, conexão e distribuição (642.753) (706.680)

(5.535.983)

(6.745.383) Resultado antes dos custos gerenciáveis 1.692.525 1.849.409

Custos gerenciáveis - Parcela "B" 22

Pessoal e administradores (968.303) (865.526)

Material (59.178) (55.531)

Serviços de terceiros (348.479) (353.773)

Arrendamentos e aluguéis (10.300) (9.294)

Seguros (3.738) (3.054)

Doações, contribuições e subvenções (84) -

Provisões (291.164) (195.370) (-) Recuperação de despesas 40.700 36.150 Tributos (8.816) (6.898) Depreciação e amortização (372.715) (291.783) Gastos diversos (139.191) (103.786) (2.161.268) (1.848.865) Outras receitas operacionais 23 138.466 112.963 Outras despesas operacionais 24 (48.312) (49.967) Resultado da atividade (378.589) 63.540 Resultado financeiro 25 Receitas financeiras 559.849 444.483 Despesas financeiras (529.947) (512.799) 29.902 (68.316) Resultado antes dos impostos sobre o lucro (348.687) (4.776)

Imposto de renda e contribuição social (314.842) (131.619)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 360.262 144.171

45.420

12.552

Resultado líquido do exercício (303.267) 7.776

Demonstrações de Resultados Abrangentes

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

NE nº 31.12.2016 31.12.2015

LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO (303.267) 7.776

Outros resultados abrangentes Constituição de reserva de reavaliação

Reavaliação patrimonial 20.2 1.012.575 - Tributos sobre outros resultados abrangentes 20.2 (344.276) - Ganhos (perdas) com passivos atuariais

Benefícios pós-emprego 20.2 (67.755) 279.065 Tributos sobre outros resultados abrangentes 20.2 23.036 (94.882)

Total de outros resultados abrangentes, líquido de tributos 623.580 184.183

RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 320.313 191.959

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

Recursos

destinados a Ajustes de Reserva Reserva Dividendo Lucros

Capital aumento elementos de Reserva de retenção adicional (Prezuízos)

social de capital do passivo reavaliação legal de lucros proposto acumulados Total Saldo em 1º de janeiro de 2015 - Não auditado 2.624.841 603.000 (108.192) (88.598) 157.187 915.529 - - 4.103.767 Lucro líquido do exercício - - - - - - - 7.776 7.776

Outros resultados abrangentes

Ganhos atuariais, líquidos de tributos 20.2 - - 184.183 - - - - - 184.183

Resultado abrangente total do exercício - - 184.183 - - - - 7.776 191.959

Recebimento de adiantamento - 949.000 - - - - - 949.000 Aumento de capital social 718.000 (718.000) - - - - - - - Realização de avaliação patrimonial, líquida de tributos 20.2 - - - (35.981) - - - 35.981 -

Destinação proposta à A.G.O.:

Reserva legal 20.4 - - - 10.303 - - (10.303) - Juros sobre o capital próprio 20.4 - - - - - - (43.333) (43.333) Dividendos 20.4 - - - - - 130.526 (152.418) (21.892) Absorção de prejuízos acumulados - - - - (162.297) - 162.297 -

Saldo em 31 de dezembro de 2015 3.342.841 834.000 75.991 (124.579) 167.490 753.232 130.526 - 5.179.501 Prejuízo do exercício - - - - - - (303.267) (303.267)

Outros resultados abrangentes

Reavaliação patrimonial, líquida de tributos 20.2 - - - 668.299 - - - - 668.299 Perdas atuariais, líquidas de tributos 20.2 - - (44.719) - - - - (44.719)

Resultado abrangente total do exercício - - (44.719) 668.299 - - - (303.267) 320.313

Recebimento de adiantamento - 498.000 - - - - - 498.000 Aumento de capital social 834.000 (834.000) - - - - - - - Realização de avaliação patrimonial, líquida de tributos 20.2 - - - (75.267) - - - 75.267 -

Deliberação do dividendo adicional proposto - - - - - - (130.526) - (130.526) Distribuição de dividendos com lucros retidos - - - - - (870.000) - - (870.000) Distribuição de juros sobre o capital próprio com lucros retidos - - - - - (70.000) - - (70.000) Absorção parcial do prejuízo do exercício - - - (167.490) 186.768 - (19.278) -

Saldo em 31 de dezembro de 2016 4.176.841 498.000 31.272 468.453 - - - (247.278) 4.927.288

NE nº

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis regulatórias.

Reservas de lucros Outros resultados

Demonstrações dos Fluxos de Caixa

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

NE nº 31.12.2016 31.12.2015 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro líquido (prejuízo) do exercício (303.267) 7.776

Despesas (receitas) que não afetam caixa e equivalentes de caixa

Depreciação 22.5 355.964 276.052

Amortização 22.5 16.751 15.731

Resultado líquido de ativos e passivos financeiros setoriais 1.079.662 (58.519) Imposto de renda e contribuição social 6.3 (45.420) (12.552) Juros e variações monetárias 320.089 257.161 Obrigações pós-emprego 15.4 168.565 173.581 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 22.4 171.045 104.122 Provisão para demais perdas operacionais 22.4 120.119 91.248 Constituição para programas de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 16.2 74.312 88.073 Resultado das baixas de imobilizado 37.618 43.115 Resultado das baixas de obrigações vinculadas à concessão do serviço público - 14.199 Resultado das baixas de intangível 1.351 4.913

1.996.789 1.004.900 Redução (aumento) dos ativos

Consumidores 409.473 (1.002.424)

Concessionárias e permissionárias (88.359) (77.416) Serviços em curso (6.578) (16.148) Tributos compensáveis (93.390) 7.299 Depósitos judiciais e cauções (44.301) 15.305 Almoxarifado operacional (1.248) 12.056 Ativos financeiros setoriais - 175.402 Despesas pagas antecipadamente 1.745 (5.441) Outros ativos 55.394 39.974

232.736 (851.393) Aumento (redução) dos passivos

Fornecedores (121.274) 173.268

Obrigações sociais e trabalhistas 14.338 (3.088) Benefício pós-emprego (118.196) (101.868)

Tributos (69.686) 180.555

Provisões para litígios 18.1.1 (163.018) (119.422) Encargos setoriais (164.127) 180.780 Passivos financeiros setoriais 258.779 - Outros passivos (2.291) (11.410)

(365.475)

298.815

CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.864.050 452.322

Encargos de dívidas pagos (248.760) (313.528) Imposto de renda e contribuição social pagos (314.842) (131.619)

CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.300.448 7.175

Demonstrações dos Fluxos de Caixa

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

(continuação)

NE nº 31.12.2016 31.12.2015 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisições de imobilizado (858.043) (856.362) Participação financeira dos consumidores 122.808 243.049 Aquisições de intangível (39.803) (26.625) Títulos e valores mobiliários adquiridos (13) 622

CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (775.051) (639.316)

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Empréstimos e financiamentos obtidos 13.2.4 18.450 15.095 Empréstimos e financiamentos pagos - amortização do principal 13.2.4 (82.647) (26.719) Títulos e valores mobiliários emitidos - debêntures 13.5 500.000 - Títulos e valores mobiliários pagos - amortização de principal de debêntures 13.5 (500.000) - Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos (1.044.476) (49.566) Adiantamentos para futuro aumento de capital recebidos 498.000 949.000

CAIXA LÍQUIDO (UTILIZADO) GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (610.673) 887.810

VARIAÇÃO LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA (85.276) 255.669 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 4 416.086 160.417 Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 4 330.810 416.086

VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (85.276) 255.669

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 em milhares de reais

1

Contexto Operacional

A Copel Distribuição S.A. (Copel Distribuição ou Companhia), com sede na rua José Izidoro Biazetto, 158, bloco C, Curitiba, Estado do Paraná, é uma sociedade anônima, de capital fechado, subsidiária integral da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Explora a distribuição regulada de energia elétrica em 1.113 localidades, pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Os municípios de Guarapuava e Coronel Vivida são atendidos parcialmente.

A Companhia assinou em 09.12.2015 o Quinto Termo Aditivo ao Contrato de Concessão nº 46/1999, prorrogando a vigência até 07.07.2045, de acordo com o Despacho do Ministro de Estado de Minas e Energia de 09.11.2015, com fundamento na Lei nº 12.783/2013, no Decreto nº 7.805/2012 e no Decreto nº 8.461, de 02.06.2015.

2

Base de Preparação

2.1 Declarações de conformidade

A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL promoveu a revisão das normas e procedimentos contidos no Plano de Contas do Serviço Público de Energia Elétrica, instituindo um documento denominado de Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, contendo o plano de contas, instruções contábeis e roteiro para divulgação de informações econômicas, financeiras e socioambientais resultando em importantes alterações nas práticas contábeis e de divulgação, até então aplicáveis, às empresas do setor. As normas contidas no referido Manual são de aplicação compulsória a partir de 1º de janeiro de 2015.

As demonstrações contábeis regulatórias da Companhia foram elaboradas e apresentadas de acordo com normas emitidas pela Aneel, constantes no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – MCSE, e conforme as políticas contábeis estabelecidas na declaração de práticas contábeis regulatórias.

As demonstrações contábeis regulatórias englobam as práticas contábeis adotadas nas demonstrações financeiras da Companhia, aquelas reconhecidas e aprovadas pela Aneel, que foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards - IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC.

A Administração declara que todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis regulatórias, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas na gestão.

A emissão das demonstrações contábeis societárias e das demonstrações contábeis regulatórias da Companhia foram autorizadas pela Diretoria em 20.03.2017 e em 18.04.2017, respectivamente.

2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações contábeis regulatórias são apresentadas em real, que é a moeda funcional da Companhia. As informações financeiras foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

2.3 Base de mensuração

As demonstrações contábeis regulatórias foram preparadas com base no custo histórico, com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais:

• Os instrumentos financeiros não-derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado são mensurados pelo valor justo;

• O valor do passivo assistencial líquido é reconhecido pelo valor presente da obrigação atuarial, calculada por atuário contratado, deduzido o valor justo dos ativos do plano, e

• O ativo imobilizado, ativo intangível e as obrigações vinculadas à concessão do serviço público de energia elétrica sofreram reavaliação regulatória compulsória, conforme determinação prevista na Resolução Normativa Aneel nº 396/2010 de 23.02.2010.

2.4 Uso de estimativas e julgamentos

Na preparação destas demonstrações contábeis regulatórias, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas da Companhia. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.

As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.

2.4.1 Julgamentos

As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis regulatórias, exceto aqueles que envolvem estimativas, estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

•••• NE nº 3.14 - Arrendamentos.

2.4.2 Incertezas sobre premissas e estimativas

As informações sobre as principais premissas a respeito do futuro e outras principais origens de incerteza nas estimativas, que podem levar a ajustes significativos aos valores dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

•••• NEs nos 3.2.8 e 9 - Ativos e passivos financeiros setoriais;

•••• NEs nos 3.6 - Redução ao valor recuperável de ativos;

•••• NEs nos 3.9 e 18 - Provisões para litígios e passivos contingentes;

•••• NE nº 3.12.1 - Receita não faturada;

•••• NE nº 3.12.2 - Receita de juros;

•••• NE nos 3.4 e 11.1 - Imobilizado;

•••• NE nos 3.5 e 11.2 - Intangível;

•••• NE nº 5.3 - Provisão para créditos de liquidação duvidosa;

•••• NE no 6.2 - Imposto de renda e contribuição social diferidos; e

•••• NE no 15 - Benefícios Pós-emprego.

2.5 Julgamento da Administração quanto à continuidade operacional

A Administração concluiu não haver incertezas materiais que coloquem em dúvida a continuidade da Companhia, apesar da Companhia apresentar em 31.12.2016 capital circulante líquido negativo de R$ 154.986, não foram identificados eventos ou condições que, individualmente ou coletivamente, possam levantar dúvidas significativas quanto à capacidade de manter sua continuidade operacional. A Companhia ainda conta com o suporte financeiro de sua Controladora, caso necessário.

As principais bases de julgamento utilizadas para tal conclusão são: (i) principais atividades decorrentes de concessões de longo prazo; (ii) patrimônio líquido expressivo (iii) geração de caixa operacional, inclusive com capacidade financeira para quitação de compromissos assumidos junto à instituições financeiras; (iv) série histórica de lucros nos últimos exercícios sociais; e (v) cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos no Planejamento Estratégico da Companhia o qual é aprovado pela Administração, acompanhado e revisado periodicamente, buscando a perenidade de suas atividades.

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Principais Políticas Contábeis

As práticas contábeis utilizadas são as mesmas adotadas nas demonstrações financeiras (societárias), apresentadas na NE nº 3 , exceto quanto ao que se estabelecem nas seguintes notas explicativas:

•••• NEs nos 3.10 e 19 - Obrigações especiais vinculadas à concessão;

•••• NEs nos 3.11 e 20.2 - Reserva de reavaliação;

•••• NEs nos 3.9 e 18 - Provisões para litígios.

3.1 Ajustes de períodos anteriores

No quarto trimestre de 2016, a Companhia reconheceu ajustes de períodos anteriores nas contas de depósitos judiciais, provisão para litígios, outras obrigações fiscais não circulantes. O impacto desses ajustes representa um aumento na rubrica de outras despesas operacionais no montante de R$ 26.737 , um aumento na receita financeira de R$ 48.754 e um aumento na despesa financeira de R$ 21.231. Adicionalmente, esses ajustes reduziram o lucro operacional e o lucro líquido do exercício em R$ 786 e R$ 519, respectivamente. Baseado em nossa avaliação, concluímos que o efeito desses ajustes é imaterial para as demonstrações contábeis regulatórias previamente emitidas para todos os exercícios afetados e que o impacto do reconhecimento dos ajustes no exercício corrente tampouco é material para o lucro líquido do exercício.

3.2 Instrumentos financeiros

A Companhia não opera com instrumentos financeiros derivativos.

Os instrumentos financeiros não derivativos são reconhecidos imediatamente na data de negociação, ou seja, na concretização do surgimento da obrigação ou do direito. São inicialmente registrados pelo valor justo acrescido ou deduzido de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis.

Os valores justos são apurados com base em cotação no mercado, para os instrumentos financeiros com mercado ativo, e pelo método do valor presente de fluxos de caixa esperados, para os sem cotação disponível no mercado.

Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são mensurados conforme descrito a seguir:

Ativos financeiros

3.2.1 Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Um instrumento financeiro é assim classificado se for designado como mantido para negociação no seu reconhecimento inicial e se a Companhia gerencia esses investimentos e tomam as decisões de compra e venda com base em seu valor justo, de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado.

3.2.2 Empréstimos e recebíveis

Ativos não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em um mercado ativo, reconhecidos pelo método do custo amortizado com base na taxa de juros efetiva.

3.2.3 Instrumentos financeiros disponíveis para venda

São instrumentos financeiros cujo reconhecimento inicial é efetuado com base no valor justo e sua variação, proveniente da diferença entre a taxa de juros de mercado e a taxa de juros efetiva, é registrada diretamente no patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários. A parcela dos juros definidos no início do contrato, calculada com base no método de juros efetivos, assim como quaisquer mudanças na expectativa de fluxo de caixa, é registrada no resultado do exercício. Quando esses ativos são desreconhecidos, os ganhos e as perdas acumulados mantidos no patrimônio líquido são reclassificados para o resultado do exercício.

3.2.4 Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento

Os instrumentos financeiros são classificados nesta categoria se a Companhia tem intenção e capacidade de mantê-los até o seu vencimento. São mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, deduzido de eventuais reduções em seu valor recuperável.

Passivos financeiros e instrumentos de patrimônio

3.2.5 Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado

São os passivos financeiros designados dessa forma no reconhecimento inicial e os classificados como mantidos para negociação. São demonstrados ao valor justo e os respectivos ganhos ou perdas são reconhecidos no resultado. Os ganhos ou as perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os juros pagos pelo passivo financeiro.

3.2.6 Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. Esse método também é utilizado para alocar a despesa de juros desses passivos pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (inclusive honorários pagos ou recebidos que constituem parte integrante da taxa de juros efetiva, custos da transação e outros prêmios ou descontos), ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido.

3.2.7 Baixas de passivos financeiros

Os passivos financeiros somente são baixados quando as obrigações são extintas, canceladas ou liquidadas. A diferença entre o valor contábil do passivo financeiro baixado e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado.

Ativos e passivos financeiros setoriais

3.2.8 Ativos e passivos financeiros setoriais

O termo aditivo ao contrato de concessão das concessionárias de distribuição, aprovado pelo Despacho Aneel nº 4.621/2014 prevê que, no caso de extinção da concessão por qualquer motivo, os valores residuais de itens da Conta de Compensação de Valores de itens da “Parcela A” - CVA (custos não administráveis) e outros componentes financeiros não recuperados ou não devolvidos via tarifa sejam incorporados no cálculo da indenização ou descontados dos valores da indenização de ativos não amortizados, ficando, então, resguardado o direito ou a obrigação do concessionário junto ao Poder Concedente quanto a esses ativos e passivos.

Seguindo orientação da Aneel, a empresa contabiliza as variações dos ativos e passivos financeiros setoriais, quando existe uma expectativa provável de que a receita futura, equivalente aos custos incorridos, será faturada e cobrada, com o resultado do repasse direto dos custos em uma tarifa ajustada de acordo com a fórmula paramétrica definida no contrato de concessão. O saldo dessas variações é

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