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COPEL RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS

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Copel Distribuição S.A. CNPJ/MF 04.368.898/0001-06 Inscrição Estadual 90.233.073-99 www.copel.com copel@copel.com

Rua José Izidoro Biazetto, 158 – Bloco C – Mossunguê - Curitiba - PR CEP 81200-240

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

REGULATÓRIAS

2016

COPEL

(2)

SUMÁRIO

1. PERFIL ORGANIZACIONAL ... 5

1.1.A Copel Distribuição ... 5

1.2.Certificações e Prêmios... 5

2. COPEL DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS ... 8

3. GOVERNANÇA CORPORATIVA ... 9 3.1.Administração ... 9 3.2.Estrutura de Governança ... 13 3.3.Gestão de riscos ... 14 4. AMBIENTE MACROECONÔMICO ... 16 5. AMBIENTE REGULATÓRIO ... 18 5.1.Sobrecontratação ... 18 5.2.Bandeiras Tarifárias ... 20 5.3.Risco de Racionamento ... 22 5.4.Prorrogação da Concessão ... 22 6. COMPORTAMENTO DO MERCADO ... 24

6.1.Mercado de energia - Cativo e Fio (TUSD) ... 24

6.2.Revisão Tarifária Periódica (RTP) ... 26

7. DESEMPENHO OPERACIONAL ... 27

7.1.Compra de Energia ... 27

7.2.Fluxo de Energia (em % e GW/hora) ... 28

8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ... 33

8.1.Receita Operacional Líquida ... 33

8.2.Custos e Despesas Operacionais... 34

8.3.Resultado Financeiro ... 35

8.4.Resultado Líquido e Ebtida Regulatório... 36

8.5.Captação de Recursos ... 36 8.6.Valor Adicionado ... 37 8.7.Inadimplência de Consumidores ... 37 8.8.Programa de Investimentos ... 37 9. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL... 40 9.1.Gestão de Pessoas ... 40 9.2.Fornecedores ... 42 9.3.Clientes ... 43

9.4.Projetos e impactos sociais ... 44

9.5.Meio ambiente ... 49

(3)

MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE

O ano de 2016 impôs diferentes desafios e oportunidades para a atuação das distribuidoras. Não obstante as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor elétrico e a continuidade da recessão econômica, a subsidiária integral da Copel manteve uma política de investimentos robusta, desembolsando R$ 606,4 milhões na implementação de novas tecnologias e na expansão da rede em sua área de concessão.

Destaques foram os investimentos em automação e redes inteligentes, que pretendem transformar a qualidade do fornecimento de energia para indústrias, comércio e residências. Com a experiência do programa Mais Clic Rural, que está investindo R$ 500 milhões em tecnologia para melhorar o atendimento a produtores rurais, a Copel Distribuição criou uma área específica de desenvolvimento de projetos especiais e de smart grid.

Também conseguimos, pelo segundo ano consecutivo, melhorar nosso desempenho nos índices regulatórios que avaliam a continuidade do fornecimento. Tanto os valores globais de duração (DEC) quanto de frequência (FEC) de desligamentos em nossa área de concessão se reduziram, resultado direto de nossos investimentos na melhoria e expansão da rede elétrica e do programa de manutenção e inspeções preventivas, conforme se poderá verificar neste relatório.

Em junho de 2016, passamos pelo processo de revisão tarifária, que ocorre a cada quatro anos, e logramos dobrar para R$ 4,9 bilhões a base de remuneração líquida de ativos da empresa, a partir do reconhecimento de nossos investimentos prudentes pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A elevação dá novo fôlego ao programa de obras da distribuidora, que parte de um patamar de ativos mais realista para a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro e a prestação de serviços à altura das novas exigências de qualidade no setor.

Ao mesmo tempo em que passamos a ser mais bem remunerados por nossos ativos, conseguimos reduzir a tarifa em 12,87%, em média, sendo 14,3% para os clientes residenciais.

Como se em resposta a tais resultados auspiciosos, pela quarta vez nos últimos seis anos tivemos o melhor reconhecimento dos clientes entre as distribuidoras da América Latina, em pesquisa realizada pela Comissão de Integração Energética Regional (Cier), principal instituição do setor no continente. No âmbito nacional, a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia (Abradee) premiou a Companhia com o título de melhor distribuidora do país na avaliação do cliente. Foi a quinta láurea conquistada nos últimos seis anos.

A Companhia foi também premiada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) como empresa com demonstrações financeiras entre as mais transparentes do Brasil, levando em conta a qualidade do relatório da administração e a consistência dos dados divulgados. Isso demonstra o compromisso da companhia em disponibilizar informações claras, precisas e objetivas

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para seus stakeholders.

Em sintonia com seus valores, em especial a gestão de pessoas, a Copel Distribuição ainda foi eleita em 2016 como uma das dez melhores grandes empresas do Paraná para se trabalhar pela Great Place to Work (GPTW), a partir de pesquisa de seus próprios empregados e avaliação de suas práticas de gestão de pessoas.

Amparados em uma equipe de profissionais dedicados, acreditamos que, com uma gestão rigorosa de custos, focada em qualidade e atenta aos desafios que cercam nossas atividades, possamos continuar a contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades e das regiões onde atuamos.

Boa leitura.

Curitiba, 28 de abril de 2017.

Maximiliano Andres Orfali Diretor-Presidente

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1.

PERFIL ORGANIZACIONAL

1.1. A Copel Distribuição

A Copel Distribuição S.A. (Copel Distribuição ou Companhia) é uma sociedade anônima de capital fechado e subsidiária integral da Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Controladora). Nossas atividades visam ao atendimento de aproximadamente 4,5 milhões de consumidores de energia, em 1.113 localidades pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Os municípios de Guarapuava e Coronel Vivida são atendidos parcialmente.

A Companhia tem como principais atividades prover, operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos, descritos no Contrato de Concessão nº 046/1999, firmado em 24.06.1999, cujo Quinto Termo Aditivo foi assinado em 09.12.2015, prorrogando a concessão até 07.07.2045. O Decreto nº 8.461, de 02.06.2015, regulamentou a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica de que trata o art. 7º da Lei nº 12.783, de 11.01.2013, estabelecendo, como condição para prorrogação, indicadores de eficiência que deverão ser observados pela concessionária pelo período de cinco anos contados de 1º de janeiro de 2016.

A Copel Distribuição opera e mantém as instalações nos níveis de tensão até 138 kv. A participação no mercado da Companhia está apresentada a seguir:

Participação de Mercado1 2016

Brasil2 6,10%

Sul2 34,60%

Paraná3 97,30%

1 Mercado fio de distribuição

2 Fonte: EPE - Empresa de Pesquisa Energética 3 Dado estimado

1.2. Certificações e Prêmios

O compromisso da Copel Distribuição em atender o cliente com qualidade foi reconhecido com muitos prêmios e certificações:

Troféu Anefac Transparência 2016 - Categoria Companhias do Setor de Energia

Concedido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade -ANEFAC, com a avaliação técnica da Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras - Fipecafi e o incentivo da Serasa Experian, a comissão julgadora avalia rigorosamente as práticas de

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transparência nas informações contábeis, no que diz respeito à qualidade do relatório da administração e consistência com os dados divulgados, dentre outros fatores. A Companhia foi premiada como uma das empresas com as Demonstrações Financeiras mais transparentes do Brasil.

Uma das 10 melhores grandes empresas para se trabalhar no Paraná

A Copel Distribuição está entre as dez melhores grandes empresas do Paraná para se trabalhar. O título foi concedido à Companhia no dia 30.11.2016, pela Great Place to Work (GPTW), instituição que considera a percepção dos empregados e as práticas de gestão de pessoas como critérios para avaliação e classificação das melhores empresas.

Prêmio IASC 2016 Região Sul - Índice ANEEL de satisfação do consumidor

Prêmio concedido pela Aneel em que é avaliado o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – IASC, a Copel Distribuição foi premiada como melhor distribuidora da Região Sul quanto à satisfação do consumidor residencial pela prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica.

Prêmio CIER Melhor Distribuidora na categoria Ouro

O prêmio de melhor distribuidora da América Latina de 2016 foi concedida pela Comisión de Integración

Energética Regional - CIER, principal instituição do setor elétrico no continente. Esta é a quarta vez nos

últimos seis anos que a Companhia é eleita a melhor distribuidora de energia da América Latina.

Prêmio Abradee de Avaliação pelo Cliente

Conferido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – Abradee, a Copel Distribuição foi eleita a melhor distribuidora de energia do Brasil na Pesquisa Abradee 2016. As distribuidoras de todo o país concorreram à premiação em diferentes categorias, sendo a quinta vez em seis anos que a Companhia ganha o Prêmio Abradee na avaliação dos clientes, com a maior nota no Índice de Satisfação da Qualidade Percebida (ISQP).

Prêmio Abradee de Melhor distribuidora

Conferido pela Abradee, a Copel Distribuição recebeu o prêmio de melhor distribuidora do sul do Brasil. Este prêmio compara todas as distribuidoras que atendem os estados do sul do Brasil em 5 critérios diferentes: Avaliação pelo Cliente, Gestão Operacional, Gestão Econômico-financeira, Qualidade de Gestão e Responsabilidade Social.

Empresa Cidadã 2016

A Copel Distribuição recebeu este certificado pelas informações apresentadas em seu Relatório Social - ano base 2015. Conferido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Sistema Firjan e Fecomércio.

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Melhores Práticas na Gestão de Frota

Conferido pelo Instituto Parar1, a Copel Distribuição foi premiada com o segundo lugar entre as empresas com as melhores práticas de gestão de frotas na América Latina.

1

Instituto PARAR – Pensando Alternativas Responsáveis Administrando Frotas com Resultado – concentra um dos principais centros de estudos e capacitação para profissionais de frotas leves da América Latina e é referência por sua influência positiva no comprometimento das empresas com a responsabilidade social diante dos números de acidentes de trânsito no Brasil.

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2.

COPEL DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS

Na tabela abaixo demonstramos os valores e índices da Copel Distribuição referentes a atendimento ao consumidor, mercado, operacionais, financeiros e de performance em 2016 e em 2015.

Copel DIS em números 2016 2015 %

Atendimento

Número de consumidores Cativos 4.478.767 4.418.062 1,37%

Número de empregados 6.022 6.032 -0,17%

Número de consumidores por empregado 743,73 732,44 1,54%

Número de localidades atendidas 1.113 1.113 0,00%

Número de agências 52 52 0,00%

Número de postos de atendimento 403 353 14,16%

Número de postos de arrecadação 1.088 1.115 -2,42%

Mercado

Área de concessão (Km2) 194.854 194.854 0,00%

Demanda máxima (MWh/h) 5.183,30 5.276,90 -1,77%

Distribuição direta (GWh) 22.328 24.043 -7,13%

Consumo residencial médio (KWh/ano) 161,3 166,3 -3,02%

Tarifas médias de fornecimento (R$ por MWh)

Total (exceto curto prazo) 380,27 433,91 -12,36%

Residencial 421,43 492,25 -14,39% Comercial 373,80 418,49 -10,68% Industrial 408,16 463,32 -11,91% Rural 284,51 315,70 -9,88% Suprimento 249,77 287,29 -13,06% DEC (horas) 10,82 13,67 -20,85%

População atendida - Urbana (em milhares de habitantes) 9.564 9.259 3,29%

População atendida - Rural (em milhares de habitantes) 1.326 1.284 3,29%

FEC (número de interrupções) 7,23 8,33 -13,21%

Número de reclamações por 10.000 consumidores 67,7 72,1 -6,10%

Operacionais

Número de subestações 364 363 0,28%

Linhas de distribuição (Km) 195.458 193.527 1,00%

Capacidade instalada (MW) 11.022 10.742 2,60%

Financeiros

Receita operacional bruta (R$ mil) 14.536.028 17.419.513 -16,55%

Receita operacional líquida (R$ mil) 7.228.508 8.594.792 -15,90%

Margem operacional do serviço líquida (%) -5,24% 0,74%

EBITDA OU LAJIDA -5.874 355.323 -101,65%

Lucro / Prejuízo líquido (R$ mil) -303.267 7.776 -4000,04%

Patrimônio líquido (R$ mil) 4.927.288 5.179.501 -4,87%

Rentabilidade do patrimônio líquido (%) -5,80% 0,15%

Endividamento do patrimônio líquido (%) 39,92% 39,18%

Em moeda nacional (%) 38,09% 37,16%

Em moeda estrangeira (%) 1,84% 2,02%

Indicadores de performance

Salário Médio dos Funcionários: 4.442 3.880 14,50%

Energia Comprada (em MW) por Funcionário 4.958,98 4.809,71 3,10%

Número de funcionários 6.022 6.032 -0,17%

Energia Comprada (em MW) por Consumidor 6,67 6,57 1,54%

Número de consumidores Cativos 4.478.767 4.418.062 1,37%

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3.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

O modelo de governança da Copel Distribuição é pautado pela transparência, conformidade e responsabilidade social empresarial, conforme práticas propostas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC.

São quatro princípios que orientam a governança corporativa: Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa. Com base nestes princípios, a Copel desenvolveu sua Política de Governança que estabelece o padrão e as melhores práticas de governança corporativa adotada.

Para que a atuação seja permanentemente conduzida por princípios moralmente positivos, todos que atuam em nome da Copel são regidos por um código de conduta desenvolvido em consonância com os nossos valores, os Princípios do Pacto Global e os Princípios da Governança Corporativa.

Em 2016 a Copel através da diretoria de Governança, Risco e Compliance de sua controladora avançou no aprimoramento das suas práticas de governança corporativa, antecipando o cumprimento de exigências da Lei Anticorrupção — regulamentada em 2015, e da nova Lei das Estatais nº 13.303/2016.

3.1. Administração

A Copel Distribuição segue práticas e políticas de governança adotadas pela Controladora. O mais alto nível da estrutura de administração da Companhia é a Assembleia Geral, seguida pelos conselhos de Administração e Fiscal e pela Diretoria.

3.1.1 Missão e Valores

A Copel Distribuição, alinhada à sua Controladora, tem como referencial os seguintes valores: Ética, Respeito às Pessoas, Dedicação, Transparência, Segurança e Saúde, Responsabilidade e Inovação. Os princípios norteadores incorporam os valores, os Princípios do Pacto Global e os Princípios de Governança Corporativa, constituindo-se em guia em contínua evolução, que deve permitir aos empregados, administradores e contratados balizar sua conduta. Esses princípios estão relacionados a seguir:

Integridade

A Companhia valoriza a conduta íntegra e leal ao agir com os colegas de trabalho, parceiros, clientes, com a sociedade e demais partes interessadas, pautada pelo comprometimento com suas atividades, e espera que cada um discipline suas ações com base na lei, orientando-se pela verdade no desempenho de suas atribuições e defendendo, como compromisso profissional e moral, os objetivos, diretrizes e legítimos interesses da Copel Distribuição.

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Conformidade

A Companhia valoriza o respeito incondicional e irrestrito à totalidade de leis, regulamentos, políticas, normas, padrões, procedimentos e boas práticas organizacionais, em todas as atividades em nome da Copel Distribuição e onde quer que ela atue.

Transparência

A Companhia preza para que as comunicações, informações e relatórios externos e internos divulgados às partes relacionadas e interessadas pertinentes sejam transparentes, claros em seus objetivos, intenções e ações e estejam completos, exatos e em conformidade com os controles e procedimentos da Copel Distribuição, observados os limites do direito à confidencialidade.

Segurança e Saúde

A Companhia reconhece a saúde e a segurança no local de trabalho como um direito fundamental do ser humano, valorizando a vida e respeitando a integridade física e moral das pessoas.

Responsabilidade Social e Ambiental

A Companhia conduz suas ações com responsabilidade social e ambiental, minimizando os impactos ao meio ambiente e na sociedade, reparando e compensando eventuais prejuízos causados por suas atividades e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Respeito

A Companhia pauta suas ações no respeito às partes interessadas e relacionadas, valoriza a confiança conquistada ao longo de sua história e incentiva a consideração e a cortesia com o próximo. A empresa tem o compromisso de apoiar, proteger e preservar os direitos humanos, adotando políticas e práticas que contribuam para este fim.

Tanto para empregados como para terceirizados a Companhia realiza eventos periódicos para divulgação do Código de Conduta. Além disso, para os empregados é disponibilizada uma versão impressa mediante protocolo, que fica arquivado junto ao RH. Para fornecedores o conteúdo do Código de Conduta está vinculado ao contrato, num documento intitulado Manual do Fornecedor. Ambos os documentos estão disponíveis no site da Companhia.

3.1.2 Diretrizes estratégicas

A estratégia Corporativa orienta a condução e operação dos negócios a fim de alcançar sua Visão: “Ser referência nos negócios em que atua gerando valor de forma sustentável”. Para isso, a Copel Distribuição mantém um processo estruturado de planejamento estratégico, revisado anualmente, considerando as

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mudanças nos setores de atuação, na economia, alterações regulatórias e demandas das partes interessadas.

As diretrizes estratégicas estabelecidas pelo CAD para a Copel Distribuição, que nortearam o planejamento estratégico atual são:

Manter a concessão: Atender os clientes com excelência;

Manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão; Renovar e modernizar os ativos da concessão.

Priorizar as pessoas: Desenvolver talentos e reter o conhecimento;

Promover ações de melhoria de qualidade de vida dos empregados; Primar pela segurança no trabalho.

Contribuir para o desenvolvimento sustentável do Paraná:

Orientar sobre o uso seguro e racional da energia elétrica; Promover ações de interesse social alinhados ao nosso negócio; Investir em inovação e novas tecnologias

A partir do referencial estratégico da Companhia - Missão, Visão, Valores e diretrizes estratégicas, definidas e aprovadas pelo Conselho de Administração e Diretoria Executiva, foram revisados os objetivos do Mapa Estratégico Corporativo e desdobrados em indicadores e metas capazes de orientar empregados, iniciativas corporativas e negócios da Companhia.

3.1.3 Códigos e Políticas

A Copel Distribuição segue as práticas e políticas de Governança adotadas pela Controladora, no tocante à Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Diretoria Executiva, Código de Conduta, Conselho de Orientação Ética e Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral. Neste contexto, destaca-se:

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Programa de Integridade

O Programa de Integridade é uma plataforma de disseminação dos compromissos da Copel Distribuição com a transparência e o combate à corrupção alinhado ao seu código de conduta. Em 2016, implementou-se treinamentos do programa na modalidade de Ensino à Distância (EaD) objetivando ampliar a conscientização do comportamento ético entre todos os empregados da Companhia.

As normas éticas da Companhia foram divulgadas em todos os canais de comunicação interna, permanecendo disponíveis na internet todas as regras corporativas relacionadas ao Programa de Integridade.

Código de Conduta

O Código de Conduta da Copel estando alinhado aos valores, aos Princípios do Pacto Global da ONU e às diretrizes de Governança Corporativa, define ações que visam a integridade, a transparência, a segurança e a saúde, o documento aborda também a responsabilidade social e ambiental, o respeito e o relacionamento com os diversos segmentos em que atua.

Criado em 2003, com parâmetros éticos, deve servir como instrumento orientador dos atos de todos que exercem atividades em nome da Copel Distribuição. Em 2017 a Controladora promoverá nova atualização do Código de Conduta, buscando torná-lo mais aderente à nova Lei Anticorrupção. O Código de Conduta está disponível a todas as partes interessadas no Portal de Compliance2.

Canais de denúncia

Visando acolher opiniões, críticas, reclamações, denúncias e consultas pessoais, a Copel disponibiliza canais de comunicação, que além de contribuir para o combate a fraudes e corrupção, também ampliam o relacionamento da organização com as partes interessadas. São eles:

• Canal de Comunicação Confidencial: destina-se ao recebimento de denúncias e comunicações relativas ao não cumprimento de leis e normas, especialmente com relação a fraudes ou irregularidades que envolvam questões de finanças, auditoria ou contabilidade. O canal garante proteção, preservação da identidade do manifestante e resposta à denúncia. Está disponível 24 horas por dia, sete dias da semana, por ligação gratuita pelo telefone: 0800 643 5665 .

• Ouvidoria: o canal é aberto a todos os públicos, interno e externo, para sugestões, reclamações e denúncias, estando disponíveis nos dias úteis, das 8h às 18h, com ligação gratuita. A Ouvidoria Copel Distribuição está disponível no telefone 0800 647 0606 e também no e-mail ouvidoria@copel.com. Além disso, está apta a receber as reclamações pessoalmente ou por meio

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de correspondência enviada a seu endereço, à Rua Professor Brasilio Ovidio da Costa, 1703, no Bairro Santa Quitéria, CEP: 80310-130, em Curitiba – PR.

• Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral - CADAM: atende e apoia todo empregado vítima de assédio moral em seu ambiente de trabalho. As informações são confidenciais e tanto o denunciante como o denunciado tem garantia de preservação de identidade. Email: cadam@copel.com

• Conselho de Orientação Ética - COE: aprecia e emite orientação em processos relacionados à conduta ética na Companhia e tem um prazo máximo de 90 dias para oferecer uma resposta final. E-mail: conselho.etica@copel.com

3.2. Estrutura de Governança

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3.3. Gestão de riscos

A Copel Distribuição adota a política de Gestão de Riscos da Controladora que, no intuito de fortalecer seu processo de Governança Corporativa, estabelece o Comitê de Gestão Integrada de Riscos Corporativos, o qual permite identificar e considerar todas as formas de riscos em seu processo decisório e nas atividades diárias.

As diretrizes adotadas estão refletidas na Política de Gestão de Riscos Corporativos e são baseadas em estruturas e padrões reconhecidos, como o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway

Commission - COSO e a ISO 31000, que têm como objetivos maximizar os valores econômicos, sociais e

ambientais para todas as partes interessadas e assegurar a conformidade com as leis e regulamentos vigentes.

A estratégia de gestão de riscos adotada contempla riscos legais, regulatórios, socioambientais e reputacionais, servindo de base ao processo decisório e às atividades operacionais, levando em consideração, para tanto, os seguintes perfis de riscos: estratégico, operacional, divulgação e compliance. No modelo também são definidos os parâmetros de apetite ao risco, a possibilidade de ocorrência e seus impactos, prevendo ferramentas para seu tratamento preventivo e mitigação.

Avaliação de Riscos de Corrupção

Como parte de sua Política de Gestão Integrada de Riscos Corporativos, a Copel busca assegurar um constante monitoramento de ameaça de corrupção no âmbito da Companhia e de fraudes no ambiente de controles internos. Em razão desses critérios de segurança todos os processos operacionais são submetidos anualmente a avaliação de riscos relacionados a erros ou fraudes, que possam interferir nos resultados das demonstrações financeiras. Nesse aspecto, são estabelecidos controles submetidos a testes pela Auditoria Interna e pelo Auditor Independente, cujos resultados são reportados à alta administração. Em 2016, a Copel submeteu 28 operações a avaliações de risco relacionadas a corrupção. Isso representou 100% das operações realizadas no ano. Não foram identificados casos de corrupção no período.

Auditoria Externa

Em relação à Auditoria Externa, da mesma forma, a Copel Distribuição segue diretrizes de Governança Corporativa da Controladora, que por sua vez segue dispositivos legais estabelecidos pela CVM.

A Companhia é auditada pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes desde 21 de março de 2016, para prestação de serviços de auditoria das demonstrações financeiras, com prazo de duração de 12 meses, com os devidos aditamentos, com encerramento em 30 de junho de 2017. Desde sua contratação foram prestados somente serviços relacionados a auditoria externa independente. A Companhia tem como ponto fundamental não contratar outros serviços de consultoria com a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores

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Independentes que interfiram na independência e objetividade dos trabalhos de auditoria externa assegurando dessa forma a inexistência de conflitos de interesse.

O valor da sustentabilidade

A Companhia acredita que a sustentabilidade deve gerar valor para suas partes interessadas e minimizar os impactos negativos potenciais de sua operação. Com esse posicionamento, atrelado à gestão dos recursos naturais, busca-se harmonizar os aspectos econômicos, sociais e ambientais de suas atividades. As estratégias de sustentabilidade da Companhia estão alinhadas ao seu referencial estratégico, às melhores práticas do setor elétrico e aos compromissos assumidos

Suas ações são orientadas pela sua Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial, que tem como princípios: Comprometimento, Atitude proativa diante da lei, Diálogo, comunicação e transparência, Respeito à dinâmica socioambiental, Responsabilidade individual e Valorização da diversidade.

Anualmente a Companhia emite o Relatório de Sustentabilidade, aprovado pelo Conselho de Administração, disponível no site da Copel (http://www.copel.com/hpcopel/sustentabilidade/).

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4. AMBIENTE MACROECONÔMICO

A economia mundial apresentou, em 2016, o desempenho mais fraco desde a crise financeira global, devido à estagnação do comércio, ao baixo volume de investimentos e ao elevado nível de incertezas políticas, devendo encerrar o ano com crescimento estimado próximo a 2,3%3. Somente no final do ano a economia mostrou uma ligeira aceleração, quando os indicadores de confiança, de forma geral, começaram a apresentar melhora em diversas regiões do mundo, principalmente aqueles relacionados à confiança da indústria manufatureira.

O volume do comércio mundial atingiu índices muito baixos na primeira metade de 2016 e neste início de 2017 inicia uma recuperação, com a melhora econômica dos Estados Unidos, embora tenha obtido crescimento abaixo de 1,0% no primeiro semestre de 2016, alcançou um melhor desempenho no segundo, enquanto a China, mesmo apresentando crescimento inferior a 2015, obteve performance superior à inicialmente estimada pelos economistas.

O ano de 2016 foi marcado por eventos que expressaram o desejo de mudanças em relação ao modelo político e econômico atualmente vigente em muitos países, que viabiliza maior liberdade comercial e de fluxo de pessoas entre as nações. Este interesse pôde ser observado a partir de eventos que provocaram incertezas e riscos para a política e a economia global, como a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia – o Brexit, e o resultado das eleições americanas.

Tais fatos trazem sinalizações importantes para 2017, tais como a possibilidade de uma desaceleração na globalização, à medida que o ressurgimento do nacionalismo em algumas partes do mundo colocará as regras da Organização Mundial do Comércio à prova; o aumento do grau de incerteza com relação à intensidade com que a política irá direcionar a economia; e o retorno da política monetária americana à normalidade, com um gradual avanço do aperto monetário ao longo do ano.

O contexto político conturbado e o tamanho do déficit orçamentário foram fatores determinantes para levar o Brasil ao contexto recessivo atual, que já vem se estendendo desde o segundo trimestre de 2014. Os significativos aumentos dos gastos do governo causaram a elevação do déficit orçamentário e da dívida bruta, que afugentou os investimentos devido ao receio de um calote, impactando na perda de três graus de investimento, e forte desvalorização cambial, que ajudou a acelerar a inflação de preços.

A redução no volume de empregos associada à estagnação dos rendimentos do trabalho, provocaram significativa perda de massa salarial, impedindo a recuperação do consumo das famílias, com impacto imediato sobre o setor de comércio e serviços. A dificuldade de reversão do processo de recessão

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permaneceu ao longo de todo ano de 2016, em função do elevado nível de endividamento das empresas e das famílias. O Produto Interno Bruto – PIB nacional apresentou redução de 3,6%4 em 2016.

A economia estadual apresentou decréscimo de 2,4%5 em 2016, como resultado do menor desempenho no setor industrial, de uma frustração de safra que impactou negativamente o setor agropecuário e, do baixo dinamismo verificado no setor de comércio e serviços. O resultado do setor industrial foi influenciado principalmente pelo ramo automotivo, além das áreas de máquinas e equipamentos, mobiliário e minerais não metálicos. O setor agropecuário apresentou queda de 5,7% na produção de grãos, devido à condições climáticas menos favoráveis. O setor de comércio e serviços sofreu retração em função da perda dos rendimentos do trabalho.

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Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

5

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5.

AMBIENTE REGULATÓRIO

Nos últimos anos o Setor Elétrico Brasileiro vem enfrentando uma importante crise que divide-se em momentos distintos:

• a partir de 2013 um período de restrições hidrológicas que prejudicou a produção de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN;

• a desestruturação financeira dos agentes de geração e distribuição causada pela exposição ao mercado de curto prazo, seguido por um quadro de intensa judicialização, praticamente travando as operações no mercado de energia nacional a partir de fins de 2014;

• repactuação dos passivos contraídos pelos agentes neste período e tentativa de destravamento do setor;

• piora do cenário hidrológico entre os anos de 2014 e 2015, que impactou sensivelmente os reajustes tarifários naqueles anos, além de provocar aumento nos custos de compra de energia em decorrência do reajuste da tarifa de Itaipu.

Este cenário de fortes aumentos tarifários aliado à recessão econômica pela qual ainda passa o país contribuiu para a queda no consumo de energia elétrica e, também, para o aumento da migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. O movimento de migração para ACL foi constatado, principalmente no ano de 2016, e estimulado pela redução do Preço de Liquidação das Diferenças - PLD. Desta forma, as Distribuidoras, que se encontravam num cenário de subcontratação, hoje, em regra, possuem energia excedente. Em 2016 algumas medidas foram implementadas pelo regulador no intuito de evitar uma maior judicialização do setor.

5.1. Sobrecontratação

No modelo regulatório vigente as distribuidoras devem adquirir o volume necessário para o atendimento de 100% de seu mercado, através de leilões do Ambiente de Contratação Regulado, que ocorrem com antecedência mínima de cinco, três ou um ano do início do fornecimento de energia.

A verificação sobre a contratação da totalidade do mercado é realizada observando-se o período compreendido pelo ano civil, sendo que a diferença entre os custos remunerados pela tarifa e os efetivamente realizados com a compra de energia são integralmente repassados aos consumidores cativos, desde que a Distribuidora apresente nível de contratação entre 100% e 105% do seu mercado;

Entretanto, na ocorrência de apuração de níveis de contratação inferiores ou superiores aos limites regulatórios, as distribuidoras ainda poderão manter a garantia de neutralidade caso se identifique que tal

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violação decorre de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, que não permitem gerenciamento por parte do comprador.

No ano de 2016, o segmento de distribuição esteve exposto a um cenário de sobrecontratação generalizada, a medida em que a maioria das empresas apurou nível de contratação superior a 105%. Por entender que vários dos fatores que contribuíram para esta situação são extraordinários e inevitáveis por parte das distribuidoras, tais como a alocação compulsórias de cotas de garantia física e a migração em massa de consumidores para o mercado livre, foram implementadas uma série de medidas visando a mitigação da sobrecontratação, quais sejam:

• Através da Resolução Normativa nº 706, de 1º de abril de 2016, a ANEEL regulamentou o reconhecimento da sobrecontratação involuntária decorrente da realocação de cotas de garantia física das usinas renovadas de acordo com a Lei 12.783/2013.

• Em março de 2016, a ANEEL abriu a Audiência Pública nº 012, com o objetivo de obter subsídios para a definição de mecanismos de adequação dos níveis de contratação de energia via acordos bilaterais entre distribuidoras e geradores de energia, visando minimizar impactos da sobrecontratação. Por meio da Resolução Normativa nº 711, de 19 de abril de 2016, a ANEEL estabeleceu os critérios sobre os quais passou a ser permitida a realização de tais acordos. Eles podem envolver a redução temporária, total ou parcial da energia contratada, redução permanente, porém parcial do contrato, ou ainda a rescisão contratual.

• Em julho de 2016, por meio da Resolução nº 727, a ANEEL implantou uma nova modalidade do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD para contratos de energia nova entre distribuidoras e geradores, permitindo a realocação de energia entre esses agentes e redução das sobras globais das distribuidoras. Foram realizados três processamentos do MCSD de Energia Nova em 2016. A participação nestes MCSDs auxiliou na mitigação de parte da energia sobrecontratada da Copel Distribuição para o ano de 2016.

• Em 27.06.2016, como resultado parcial da Audiência Pública 85/2013, foi publicada a Resolução Normativa 726/2016. Naquela ocasião, a ANEEL confirmou o direito das Distribuidoras de devolverem o volume de energia descontratada por consumidores especiais, amparada pelos Pareceres n° 260/2012/PFANEEL/PGF/AGU e n° 219/2016/PFANEEL/PGF/AGU, bem como pelas Notas Técnicas NT n° 66/2012-SEM/ANEEL e NT n° 46/2016-SRM/ANEEL. Não obstante, a Diretoria Colegiada da Aneel estabeleceu que esta possibilidade seria aplicável apenas aos contratos de energia existente celebrados após a publicação da referida resolução, seguindo assim o voto da Relatoria, que justificou tal proposta evocando princípios de segurança jurídica e estabilidade regulatória. Pelo fato de não ser objeto da Audiência Pública e também por julgar impróprio o julgamento desta questão de forma generalizada, a Aneel entendeu que as distribuidoras eventualmente interessadas deveriam

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solicitar individualmente o reconhecimento da respectiva exposição involuntária, demonstrando a utilização das demais possibilidades à sua disposição. A Companhia realizou todos os esforços possíveis, previstos em regulamento, para mitigar a sobrecontratação gerada pela migração de consumidores especiais para o mercado livre e solicitou junto à Aneel que eventual sobrecontratação relativo a esse tema fosse considerada como involuntária, principalmente suportado no Parecer nº 219/2016/PFANEEL/PGF/AGU, que abarcou explicitamente os consumidores especiais ao artigo 29, inciso I, do Decreto 5163/2004.

• Em 02 de agosto de 2016, o Governo Federal emitiu o Decreto nº 8.828, isentando as distribuidoras sobrecontratadas de penalidades, caso estas não declarem a necessidade de contratação de energia para repor dos contratos que se encerraram.

• Por fim, em 28 de dezembro de 2016, por meio do Ofício nº 339, a ANEEL permitiu às Distribuidoras declarar no primeiro MCSD Mensal de 2017 os montantes referentes a clientes potencialmente livres que migraram para o mercado livre após o processamento do último MCSD Mensal de 2016.

A Copel Distribuição, por sua vez, buscou utilizar todas as ferramentas que encontram-se à sua disposição para o gerenciamento dos níveis de contratação, a medida em que:

i. Procedeu à devolução integral, nos MCSD Mensais, dos montantes de energia descontratada por consumidores potencialmente livres e distribuidoras supridas;

ii. Declarou de forma integral suas sobras, nos MCSD Trocas Livres e de Energia Nova, relacionadas aos montantes de energia excedentes de cotas de garantia física e descontratada por consumidores especiais; iii. Estabeleceu tratativas junto à geradores para a redução contratos, nos termos da Resolução Normativa 711/2016.

5.2. Bandeiras Tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias tem como finalidade sinalizar aos consumidores as condições de geração de energia elétrica no SIN, por meio da cobrança de valor adicional na Tarifa de Energia - TE, permitindo a oportunidade de adequação de seu consumo ao preço real da energia elétrica. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. A Resolução Normativa nº 689/2015, regulamenta o módulo 6.8 dos Procedimentos de Regulação Tarifaria - PRORET, que estabelece os procedimentos comerciais para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias. Os valores das bandeiras tarifárias são publicados pela Aneel, a cada ano civil, em ato específico.

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O sistema de bandeiras tarifárias foi regulamentado pela ANEEL em dezembro de 2012. De julho de 2013 a dezembro de 2014, as bandeiras tarifárias foram divulgadas em caráter didático, sem a cobrança, com o objetivo de o consumidor familiarizar-se com as bandeiras – que então eram divididas por quatro submercados.

A cobrança começou em janeiro de 2015 e, a partir de março desse ano, a divisão por submercado deu lugar a uma única bandeira para todo o sistema interligado nacional.

A incidência da bandeira vermelha durante 2015 se deu em função do rigoroso período seco pelo qual o país passou e que afetou principalmente os reservatórios das usinas hidrelétricas e motivou a utilização das termelétricas para suprir o sistema.

Até fevereiro de 2015, as bandeiras tarifárias consideravam somente os custos variáveis das usinas térmicas que eram utilizadas na geração de energia. Para cada 100 kWh consumidos (ou suas frações), a bandeira vermelha era de R$ 3,00 e a amarela de R$ 1,50.

A partir de março de 2015, com o aprimoramento do sistema, todos os custos de geração, que variam conforme o cenário hidrológico, passaram a compor o cálculo das bandeiras. Com isso, a partir de 1º de março, para cada 100 kWh consumidos (e suas frações), a bandeira vermelha passou a ser de R$ 5,50 e a amarela de R$ 2,50.

A partir de 1º de setembro de 2015, a bandeira tarifária vermelha foi reduzida de R$5,50 para R$4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos (ou suas frações).

Em 1º de fevereiro de 2016 a bandeira vermelha passou a ter dois patamares: R$ 3,00 e R$ 4,50, aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. Também a bandeira amarela teve seu valor reduzido e passou de R$ 2,50 a R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh (e suas frações).

A tabela abaixo demonstra o histórico de bandeiras tarifárias e valores cobrados:

Inicial Final

jan/15 fev/15 Vermelha R$ 3,00

mar/15 ago/15 Vermelha R$ 5,50

set/15 jan/16 Vermelha R$ 4,50

fev/16 fev/16 Vermelha - patamar 1 R$ 3,00

mar/16 mar/16 Amarela R$ 1,50

abr/16 out/16 Verde R$ 0,00

nov/16 nov/16 Amarela R$ 1,50

dez/16 dez/16 Verde R$ 0,00

Período Valor aplicado na tarifa

( a cada 100 kwh) Bandeira

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5.3. Risco de Racionamento

Aproximadamente 61,0% da capacidade instalada no País atualmente é proveniente de geração hidrelétrica, o que torna o Brasil e a região geográfica em que operamos sujeitos a condições hidrológicas que são imprevisíveis, devido a desvios não cíclicos da precipitação média. Condições hidrológicas desfavoráveis podem causar, entre outros, a implementação de programas abrangentes de economia de eletricidade, tais como uma racionalização ou até uma redução obrigatória de consumo, que é o caso de um racionamento.

Ao longo de 2016, as principais bacias hidrográficas do País, onde estão localizados os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste enfrentaram situações climáticas adversas, levando os órgãos responsáveis pelo setor a adotarem medidas de otimização dos recursos hídricos para garantir o pleno atendimento à carga.

Todavia, em relação ao risco no curto prazo, segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE o risco de qualquer déficit de energia está dentro da margem de segurança. O mesmo posicionamento é adotado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS em relação ao risco de déficit no médio prazo, conforme apresentado no PEN 2016 – Plano da Operação Energética 2016-2020.

Embora os estoques armazenados nos reservatórios não sejam os ideais, sob o ponto de vista dos órgãos reguladores, quando combinadas com outras variáveis, são suficientes para manter o risco de déficit dentro da margem de segurança estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE (risco máximo de 5,0%) em todos os subsistemas.

5.4. Prorrogação da Concessão

Outro ponto que concentrou atenções no ambiente regulatório e que impacta fortemente no negócio foi a renovação das concessões de distribuição de energia elétrica. Importante resgatar que, em 2012 foi estabelecido um novo regramento para as concessões no setor elétrico, fato que permitiu a prorrogação das concessões, desde que aceitas uma série de contrapartidas do concessionário por parte do Poder Concedente. Deste modo, foi editada a MP nº 579/2012, posteriormente convertida na Lei nº 12.783/2013, que dispôs dentre outras, sobre o tratamento a ser dado às concessões de geração, transmissão e distribuição alcançadas pelos artigos 17, 19 e 22 da Lei nº 9.074/1995, cujo vencimento se daria entre os anos de 2015 e 2017 e que já haviam sofrido uma única renovação.

Em 02.06.2015, publicou-se o Decreto nº 8.461, o qual regulamentou a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica de que trata o art. 7º da Lei nº 12.783, de 11.01.2013. Por esse decreto, o Ministério de Minas e Energia - MME pôde prorrogar as concessões de distribuição de energia elétrica por trinta anos, com vistas a atender aos seguintes critérios:

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I – Eficiência com relação à qualidade do serviço prestado; II – Eficiência com relação à gestão econômico-financeira; III – Racionalidade operacional e econômica; e

IV – Modicidade tarifária.

Em 09.11.2015, por Despacho do Ministro de Minas e Energia, foi deferido o requerimento para a prorrogação, sendo que no início de dezembro de 2015 foi assinado o quinto aditivo contratual que formalizou a prorrogação do Contrato de Concessão do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica nº 46/1999, até 07.07.2045.

O quinto termo aditivo impõe condicionantes relacionadas a indicadores de qualidade do serviço e sustentabilidade econômico-financeira, os quais serão suportados por um programa de investimentos com foco em automação e novas tecnologias, pela aplicação integral dos reajustes tarifários aprovados pela Aneel, e pela implementação da estrutura de governança corporativa a ser definida pelo regulador, assegurando a blindagem e individualização da Copel Distribuição.

A tabela a seguir apresenta as metas definidas para a Copel Distribuição nos primeiros 5 anos de renovação:

DECi (b) FECi (b) DEC FEC

2016 - 13,61 9,24 10,82 7,23

2017 Lajida ≥ 0 12,54 8,74 -

-2018 Lajida (-) QRR ≥ 0 (d) 11,23 8,24 -

-2019 {Dívida Líquida / [Lajida (-) QRR ≥ 0]} £ 1 / (0,8 * Selic) (d) (e) 10,12 7,74 -

-2020 {Dívida Líquida / [Lajida (-) QRR ≥ 0]} £ 1 / (1,11 * Selic) (d) (e) 9,83 7,24 -

-Ano Gestão Econômico-Financeira Qualidade - limites

(a)

Qualidade - realizado (c)

(a) Conforme NT 0335/2015 Aneel.

(b) DECi - Duração Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora; e FECi - Frequência Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora.

(d) QRR: Quota de Reintegração Regulatória ou Despesa de Depreciação Regulatória. Será o valor definido na última Revisão Tarifária Periódica - RTP, acrescido do IPCA entre o mês anterior ao da RTP e o mês anterior ao do período de 12 meses da af erição de sustentabilidade econômico-f inanceira.

(e) Selic: limitada a 12,87% a.a.

(c) DEC/FEC realizado pela Companhia. Os indicadores DECi e FECi são calculados pela Aneel e não f oram divulgados.

A Companhia reitera o seu compromisso com a sustentabilidade econômica da concessão e com a continuidade dos investimentos respaldada em uma gestão de controle de custos, maximização da produtividade e melhoria da eficiência operacional.

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6.

COMPORTAMENTO DO MERCADO

6.1. Mercado de energia - Cativo e Fio (TUSD)

De janeiro à dezembro o consumo do mercado cativo foi de 22.328 GWh, com variação negativa de 7,1% em relação ao mesmo período de 2015. A queda no consumo cativo deve-se principalmente à: (a) recessão da economia verificada no segundo trimestre de 2014, que vem se agravando desde então e (b) à migração de 491 consumidores para o mercado livre em 2016, que representaram um consumo de 1.296 GWh no ano. A quantidade de consumidores cativos faturados pela Copel Distribuição em dezembro de 2016 foi 1,4% superior ao verificado em dezembro do ano passado, totalizando 4.478.767 consumidores.

Em 2016 a carga fio, que leva em conta todos os consumidores que acessaram a rede da Distribuidora, apresentou redução de 2,0%, em relação a 2015, sendo que o mercado industrial fio foi responsável pela redução de 1,4%, em função do contexto econômico nacional recessivo. No Paraná, o resultado do setor industrial foi influenciado principalmente pelo ramo automotivo, além das áreas de máquinas e equipamentos, mobiliário e minerais não metálicos. O baixo desempenho do setor agropecuário no Estado, que apresentou queda na produção de grãos este ano, devido à condições climáticas menos favoráveis,

também prejudicou a performance da agroindústria, que é bastante representativo no Paraná.

A tabela abaixo apresenta o comportamento do mercado cativo por classe de consumo em número de consumidores do mercado cativo.

Consumidores 2016 2015 2014 2013 2012 Residencial 3.597.105 3.527.126 3.437.030 3.320.098 3.196.457 Comercial 82.021 88.276 91.068 93.491 86.717 Industrial 382.121 376.959 369.205 338.502 327.244 Rural 360.066 368.297 372.464 372.835 372.640 Poderes Públicos 39.613 39.010 39.425 38.562 37.278 Iluminação Pública 12.172 12.770 12.301 12.907 12.114 Serviço Público 4.940 4.864 4.656 4.257 4.266 Próprio 729 760 821 841 854 Total 4.478.767 4.418.062 4.326.970 4.181.493 4.037.570 Variação 1,4% 2,1% 3,5% 3,6% 3,1% Número de Consumidores

A tabela abaixo apresenta o comportamento do mercado fio e cativo por classe de consumo em energia consumida:

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Mercado Atendido - GWh 2016 2015 2014 2013 2012

Energia Faturada 22.942 24.742 24.907 23.546 23.883

Fornecimento (Mercado Cativo) 22.328 24.043 24.208 22.926 23.248

Residencial 6.932 6.957 7.267 6.888 6.559 Comercial 5.059 6.929 6.838 6.605 7.405 Industrial 5.753 5.530 5.470 5.074 5.048 Rural 2.179 2.256 2.252 2.081 2.025 Poderes Públicos 651 664 695 669 657 Iluminação Pública 1.000 971 946 902 859 Serviço Público 733 713 715 682 670 Próprio 21 23 25 25 25 Suprimento p/ agentes de distribuição 614 699 699 620 635

Uso da Rede de Dsitribuição 5.325 4.101 4.521 4.439 3.020

Consumidores Livres Distribuição (Fio) 5.273 4.045 4.483 4.439 3.020 Concessionárias Livres (Fio) 52 56 38 -

-Total 28.267 28.843 29.428 27.985 26.903

Variação -2,0% -2,0% 5,2% 4,0% 2,7%

Mercado Atendido

A tabela a seguir apresenta a energia requerida, que em 2016 apresentou um decréscimo de 1,81% em relação a 2015.

Energia Requerida - GWh 2016 2015 2014 2013 2012

Venda de Energia 22.942 24.742 24.907 23.546 23.883

- Fornecimento 22.328 24.043 24.208 22.926 23.248

- Suprimento p/ agentes de distribuição 614 699 699 620 635 - Consumidores Livres/Suprimento Fio 5.325 4.100 4.521 4.531 3.020 Consumidores Rede Básica

Mercado Atendido 28.267 28.842 29.428 28.077 26.903

Perdas na Rede Básica 487 575 541 533 564 Perdas na Distribuição 2.510 2.422 2.598 2.519 2.556 Perdas Técnicas 1.888 1.908 1.996 2.022 1.916 Perdas não Técnicas - PNT 622 514 602 497 640

PNT / Energia Requerida % 2,0% 1,6% 1,8% 1,6% 2,1%

Perdas Totais - PT 2.997 2.997 3.139 3.052 3.120

PT / Energia Requerida % 9,6% 9,4% 9,6% 9,8% 10,4%

Total 31.264 31.839 32.567 31.129 30.023

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6.2. Revisão Tarifária Periódica (RTP)

A Resolução Homologatória nº 2.096, de 21 de junho de 2016, que homologou o resultado da quarta Revisão Tarifária Periódica da Copel Distribuição, reposicionou as tarifas de aplicação em -12,87%, correspondendo ao efeito tarifário médio a ser percebido pelos consumidores.

Tarifa Média aplicada:

dez/2016 dez/2015 Residencial 421,43 492,25 Industrial 373,80 418,49 Comercial 408,16 463,32 Rural 284,51 315,70 Poderes Públicos 424,74 482,89 Outros 263,79 306,37 Total 380,27 433,91 Revenda 249,77 287,29

Tarifa média de fornecimento em R$/MW/h

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7. DESEMPENHO OPERACIONAL

7.1. Compra de Energia

Pelo atual marco regulatório, a contratação de energia pelas distribuidoras ocorre principalmente através de leilões regulados pela Aneel. Para suprir parte do mercado de 2016 e próximos anos, a Copel Distribuição participou do 23º Leilão de Energia Nova (A-5), ocorrido em 29.04.2016, com aquisição de 40,5 MWmed e início de suprimento a partir de 01.01.2021.

Além deste certame, a partir de julho de 2015 a Copel Distribuição recebeu a alocação compulsória de novas cotas de garantia física, oriundas de usinas que passaram a operar no regime de quotas pela Lei nº 12.783/2013.

Os gráficos demonstram a composição do volume da compra de energia por contratos e por tipo de fonte, respectivamente:

a. CCEAR-Q - Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – Por Quantidade b. CCEAR-D - Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – Por Disponibilidade c. CCGF - Contrato de Cota de Garantia Física

d. CCEAL - Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Livre e. Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica

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7.2. Fluxo de Energia (em % e GW/hora)

Fluxo de energia (GWh)

CCEAR 13.544 45,4%

CCEAR GET 157 Energia vendida 26.549 88,9%

CCEAR 13.387 Distribuição direta 22.328

Concessionárias e permissionárias 614

Mercado Curto Prazo 3.607

Energia com prada (a) 29.863

Perdas e diferenças 3.314 - 11,1%

Perdas rede básica 488

Perdas distribuição 2.510

Alocação de contratos no CG (b) 316

(a) Considerando a energia de cota Itaipu sem descontar as perdas e a energia comprada/vendida no mercado de curto prazo (CCEE). (b) CG = Centro de gravidade do Submercado (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em contrato).

25,3% Itaipu 5.958 20,0% Proinfa 593 1,9% ELEJOR 1.189 4,0% Angra 1.026 3,4% CCGF 7.553 7.2.1 Operação Subestações

Em 2016, foram conectadas subestações e linhas em alta tensão para reforçar o sistema elétrico de distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a disponibilidade de energia aos consumidores. As obras de novas subestações e ampliações concluídas são:

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Subestação Potência (MVA) Localidade Implantações

SE Colombo 138 kV 30,00 Colombo

SE Hauer 69 kV 83,33 Curitiba

SE Rio Branco do Sul 138 kV 30,00 Rio Branco do Sul

SE Santa Esmeralda 34,5 kV 7,00 Santa Cruz do

Monte Castelo Ampliações

SE Marialva 138 kV 20,83 Marialva

SE Palmas 138 kV 41,67 Palmas

SE Umuarama 138 kV 41,67 Umuarama

SE Cristo Rei 138 kV 20,83 Maringá

SE Jardim Alvorada 138 kV 41,67 Maringá

SE Laranjeiras do Sul 30,00 Laranjeiras do Sul

SE Piraquara 69 kV 41,67 Piraquara

SE Santa Helena 138 kV 20,83 Santa Helena

SE São João 34,5 kV 7,00 São João

Novas linhas de alta tensão em 138 kV que foram concluídas:

Local Tensão Extensão

Jaguariaíva - Castro 138 kV 79 km

Sarandi - Jardim Tropical (recapacitação) 138 kV 5 km

Ao todo, em 2016 estes empreendimentos adicionaram aproximadamente 416,5 MVA ao sistema de distribuição e 84 km de novas linhas de distribuição de 138 kV.

Linhas de Distribuição

Na tabela a seguir são apresentadas as extensões de linhas de distribuição da Copel Distribuição:

Linhas de Distribuição Extensão (em km)

13,8 kV 104.556 34,5 kV 84.071 69,0 kV 695 138,0 kV 5.970 230,0 kV 166 Total 195.458

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Subestações

A tabela a seguir apresenta o parque de subestações da Copel Distribuição, aberto por tensão:

Tensão Automatizadas MVA

34,5 kV 223 1.489 69,0 kV 35 2.396 88,0 kV - 5 138,0 kV 106 7.133 Total 364 11.023Qualidade de Fornecimento

A qualidade de fornecimento é medida por indicadores que monitoram o desempenho das distribuidoras quanto à continuidade do serviço prestado. O DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período. O FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade consumidora. É a partir do DEC e do FEC que a ANEEL estabelece os parâmetros individuais de continuidade (Duração de interrupção individual por unidade consumidora - DIC, Freqüência de interrupção individual por unidade consumidora - FIC e Duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou ponto de conexão - DMIC) e que são informados mensalmente na conta de energia elétrica do consumidor.

Esses indicadores são revistos na Revisão Tarifária Periódica - RTP, e vão se tornando cada vez mais rigorosos, a fim de melhorar a qualidade do serviço prestado ao consumidor. O indicador é previsto no Contrato da Concessão, sendo que o descumprimento do critério de eficiência com relação à qualidade do serviço prestado, por dois anos consecutivos durante o período de avaliação ou no ano de 2020, acarretará a extinção da concessão.

O resultado dos indicadores DEC e FEC da Copel Distribuição apresentou melhoria na quantidade e na duração das interrupções para o ano de 2016 em comparação com o ano anterior, resultado dos investimentos em obras de desempenho e expansão, incremento de manutenções periódicas e inspeções preventivas, apresentados na tabela a seguir:

Jan/Dez DEC (horas) Copel FEC (interrupções) Copel Tem po de espera (horas)

2012 10,25 7,84 01:51

2013 11,62 8,06 02:08

2014 14,01 9,08 01:49

2015 13,67 8,33 02:03

2016 10,82 7,23 01:46

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Gestão de perdas de energia

As perdas de energia são inerentes à natureza do processo de transformação, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ao se analisar a energia necessária ao atendimento dos consumidores, há que se considerar que nem toda energia elétrica gerada é entregue ao consumidor final.

Neste contexto, as perdas podem ser segmentadas entre Perdas na Rede Básica, que são externas ao sistema de distribuição da concessionária e tem origem iminentemente técnica, e as Perdas na Distribuição que podem ser de natureza técnica ou não técnica.

As perdas técnicas se referem à parcela das perdas na distribuição inerente ao processo de transporte, transformação de tensão e medição da energia na rede da concessionária. As perdas não técnicas, por sua vez, representam todas as demais perdas associadas a distribuição de energia elétrica, tais como furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, entre outros.

No ano de 2016, as perdas globais da distribuição — técnicas, não técnicas e da rede básica — representaram 9,61% da energia injetada no sistema da distribuidora. Esse percentual se manteve aderente ao observado em 2015, que foi de 9,59%, e abaixo dos patamares dos últimos anos..

A Copel Distribuição mantém um Programa de Combate às Perdas não Técnicas, fator que contribui para a redução deste indicador. Este programa consiste em várias ações que objetivam reduzir ou manter o nível atual de perdas não técnicas, através das seguintes ações:

• Mapeamento constante da situação das ligações clandestinas na Copel, através da identificação das áreas e da quantidade de famílias com ligações clandestinas;

• Aperfeiçoamento das ações de combate ao procedimento irregular, melhorando a performance das inspeções direcionadas;

• Investimentos destinados à disponibilização e ou aquisição de equipamentos para inspeção;

• Elaboração e execução de treinamentos específicos e reciclagem relacionados a perdas comerciais;

• Realização de inspeções, tanto na Média como na Baixa Tensão;

• Notas educativas na imprensa e mensagens na fatura de energia elétrica.

Em função da qualidade dos equipamentos adquiridos, do treinamento das equipes e das ações relativas às inspeções de campo, a efetividade das inspeções aumentou significativamente nos últimos quatro anos, passando de 11,1% em 2012 para 32,0% em 2016, quando foram feitas aproximadamente 46.752 inspeções e detectados 14.974 procedimentos irregulares. As prospecções, para a realização das

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inspeções, são feitas através da utilização das informações disponíveis no cadastro das unidades consumidoras e da análise de nichos de fraudadores instalados nas diversas classes de consumo.

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8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

8.1. Receita Operacional Líquida

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 7.228.508 8.594.792 -15,9% 100,0%

Fornecim ento de Energia Elétrica 4.212.213 4.739.814 -11,1% 58,3%

Residencial 1.377.250 1.411.415 -2,4% 19,1%

Industrial 1.154.383 1.462.776 -21,1% 16,0%

Comercial, Serviços e Outras Atividades 1.024.998 1.139.362 -10,0% 14,2%

Rural 287.155 335.208 -14,3% 4,0%

Poder Público 136.961 147.596 -7,2% 1,9%

Iluminação Pública 113.006 120.850 -6,5% 1,6%

Serviço Público 118.460 122.607 -3,4% 1,6%

Suprim ento de Energia Elétrica 657.869 321.346 104,7% 9,1%

Câmara Comercialização Energia Elétrica-CCEE 502.300 144.098 248,6% 6,9%

Contratos Bilaterais 155.569 177.248 -12,2% 2,2%

Disponibilidade da Rede Elétrica 2.922.247 2.220.449 31,6% 40,4%

Residencial 955.709 706.984 35,2% 13,2%

Industrial 541.701 461.237 17,4% 7,5%

Comercial, Serviços e Outras Atividades 686.933 536.043 28,1% 9,5%

Rural 213.386 170.733 25,0% 3,0%

Poder Público 92.656 71.141 30,2% 1,3%

Iluminação Pública 76.517 53.844 42,1% 1,1%

Serviço Público 57.886 39.896 45,1% 0,8%

Consumidores Livres 296.347 179.711 64,9% 4,1%

Rede básica, de fronteira e de conexão 1.112 860 29,3% 0,0%

Ativos e Passivos Financeiros Setoriais (1.079.662) 858.170 -225,8% -14,9% Doações, Contribuições e Subvenções 498.545 446.166 11,7% 6,9%

Serviços Cobráveis 17.296 8.847 95,5% 0,2%

% ROL 2016

Variação da Receita (R$ m il) 2016 2015 Variação %

Em 2016 a Copel Distribuição apurou uma Receita Operacional Líquida – ROL com decréscimo de -15,9%, R$ 1.366,3 milhões em relação a 2015, impactado por:

• Redução de R$ 527,6 milhões, -11,1%, na receita de Fornecimento devido ao reajuste tarifário médio de -17,99% aplicado em junho de 2016 às tarifas de energia, e pela retração do consumo de energia verificado no mercado cativo, principalmente pela saída de consumidores para o mercado livre.

• O Suprimento de Energia Elétrica apresentou variação positiva de 104,7%, em relação a 2015, devido ao aumento na venda de energia no mercado de curto prazo, liquidado ao PLD.

• A variação positiva de R$ 701,8 milhões, 31,6%, da Disponibilidade da Rede Elétrica reflete o resultado do 4º Ciclo de Revisão Tarifária, ocorrido em junho de 2016, que elevou a Parcela B em 22%, parcialmente compensado pela queda do consumo verificada no mercado cativo e pelo reajuste tarifário

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médio de -5,16% na tarifa de uso. Além disso, parte desta receita é relativa à variação do encargo da CDE prevista em tarifa e faturada em relação á quota da CDE paga, cujo montante alcançou R$ 111,0 milhões, constituindo-se um passivo setorial a ser compensado no próximo reajuste tarifário.

• Os Ativos e Passivos Financeiros Setoriais tiveram retração de -225,8%, decorrente da redução dos custos de aquisição de energia e de encargos; pelo residual dos valores recebidos da Revisão Tarifária Extraordinária de 2015, homologados na RTP em 2016; e da amortização iniciada em julho de 2015, quando da aplicação do reajuste tarifário; compensado pelo acréscimo dos valores de neutralidade e sobrecontratação.

8.2. Custos e Despesas Operacionais

Os Custos e Despesas Operacionais apresentaram decréscimo de R$ 897,0 milhões em 2016, -10,4% em relação a 2015.

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS 7.697.251 8.594.248 -10,4% 106,5%

a. Custos Não Gerenciáveis (Parcela A) 5.535.983 6.745.383 -17,9% 76,6%

Energia Elétrica Comprada para Revenda 4.893.230 6.038.703 -19,0% 67,7%

Encargos de Uso da Rede Elétrica 642.753 706.680 -9,0% 8,9%

b. Custos Gerenciáveis (Parcela B) 2.161.268 1.848.865 16,9% 29,9%

Pessoal e Administradores 968.303 865.526 11,9% 13,4%

Material 59.178 55.531 6,6% 0,8%

Serviços de Terceiros 348.479 353.773 -1,5% 4,8%

Provisões e Reversões 291.164 195.370 49,0% 4,0%

Depreciação e Amortização 372.715 291.783 27,7% 5,2%

Outros Custos e Despesas Operacionais 121.429 86.882 39,8% 1,7%

% ROL 2016

Variação dos Custos e Despesas (R$ mil) 2015 Variação

% 2016

A Parcela A representa 71,9% dos custos totais e apresentou redução de 1.209,4 milhões em 2016, -17,9%, principalmente:

a. Pelo decréscimo de R$ 1.145,5 milhões em Energia Elétrica Comprada para Revenda, onde impactaram: (i) redução da tarifa da energia adquirida de Itaipu de R$ 478,0 milhões, redução de -30,5% em relação a 2015; (ii) redução da compra de energia no curto prazo (CCEE) de R$ 240,6 milhões decréscimo de -34,1%; e (iii) redução da compra de energia advinda de Leilões em R$ 630,1 milhões, -16,2%, devido ao encerramento de contratos de energia existente (2º LEE e 12º LEE) e sua substituição por contratos de energia proveniente de cotas de garantia física das usinas renovadas de acordo com a Lei 12.783/2013, cujo preço de compra é significativamente inferior ao preço médio dos

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