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mas, não tendo computadores, a escola pode simular no seu espaço físico experiências multiespaciais É possível transformar o mesmo

No documento Teorias da Comunicação (páginas 127-131)

História

2. mas, não tendo computadores, a escola pode simular no seu espaço físico experiências multiespaciais É possível transformar o mesmo

espaço em espaços diferentes conforme a experiência que se quer vivenciar. Sim, pois a escola é atravessada por todas as linguagens, por significações plurais, por vivências virtuais. Mesmo não sendo estruturada com espaços específicos, a escola pode multiplicar as experiências educativas com diversas linguagens no mesmo espaço ou contando com espaços fora da escola.

Essas vivências simbólicas que a escola produz ajudam as pessoas a interpretarem e significarem o mundo e a si mesmas no mundo por diversas linguagens. Ajudam a significar as relações sociais. O espaço escolar, portanto, não é o espaço dos seus muros ou cercas.

O espaço escolar, apesar da escola não contar com a posse de todas as mídias nos processos pedagógicos, conta com o mundo e, portanto, com as mídias fora dela para ensi- nar e significar a vida das pessoas, desde que saiba se relacionar com o fora da escola.

Se você prestar atenção, então, verá na escola os recortes de revista e jornal, o mimeógrafo, as aulas fa- ladas e escritas na lousa, o som da campainha avisando o intervalo, a gritaria das crianças, o movimento frenético dos seus corpos, as tatuagens e piercings, as gírias e a for- malidade na fala, enfim, o espaço e os espaços escolares significam e constituem um hipertexto.

A escola é um espaço comunicativo em que todo mundo aprende al- guma coisa o tempo todo. Alguma coisa que nem sempre é explicita- mente tematizada e problematizada e, portanto, não chega à reflexão e à interpretação significativa.

Alguma coisa que não é tomada nos processos pedagógicos, nas in- tervenções didáticas, mas que pode passar a ser, com a participação do especialista em multimeios.

O que você pensa sobre essa ideia de que o espaço escolar não é o espaço dos seus muros?

Você entende que a escola deveria ter espaços específicos para determinadas atividades e mídias? Que diferença faria para a

educação escolar se assim fosse?

Mimeógrafo: Equipamento que produz cópias a partir de matriz perfurada, afixada em torno de uma pequena bobina de entitamento interno e acionada por tração manual ou mecânica

Retome o mapa da escola que você elaborou na seção 1.5 da unidade 1, com vistas a planejar espaços interessantes para a realização de atividades educativas com base no uso de di-

ferentes mídias, linguagens e manifestações culturais: teatro, música, televisão, computador, contação de histórias, etc...

Esta atividade é o terceiro passo do planejamento de suas atividades na escola: você fez o mapa e diagnosticou o uso das mídias na escola; depois refletiu sobre a importância da mediação na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo. Agora, é definir os espaços mais ade- quados para desenvolver atividades com as diversas linguagens, todas fundamentais na educação integral de homens e mulheres.

RESUMO

O que vimos nesta última unidade de estudos?

A mídia, como sistema de comunicação social, como aparelhos ou como materiais e atividades de comunicação, educa a partir das suas próprias condições (linguagens e códigos) e interesses (comer- ciais, ideológicos, culturais, políticos...).

Na escola, é preciso saber interpretar criticamente a educação que a mídia propõe e os conteúdos que transmite, pois as finalidades e interesses da escola não são os mesmos da mídia. Porque a escola tem interesses diferentes da mídia, deve poder significar e usar a mídia em busca de seus objetivos e não simplesmente se conformar às imposições da mídia.

A mídia educa ao transmitir informações (valores, crenças, status, conhecimentos, opiniões), enquanto a escola educa pela interação entre os sujeitos. Na escola, professores e alunos devem interagir com a(s) mídia(s) e não se submeter a elas.

Nesse sentido, planejar os espaços escolares para que diversas mí- dias possam ser usadas e múltiplas linguagens possam se tornar acessíveis e conhecidas é fundamental para a educação escolar. È preciso criatividade, responsabilidade e compromisso nesse pla- nejamento.

Depois de tantas páginas de leitura, de informações e ques- tões para investigar, pensar e significar, está na hora de voltar ao início do caderno, lá na introdução, e retomar a pergunta problema geral que coloquei para os estudos: “que diferença faz para a escola ter ou não ter, usar ou não usar as TICs nas atividades educa- tivas”?

A esse problema acrescento agora outras duas perguntas: é possível não usar mídia na educação escolar? Como seria se a escola dispusesse de toda a tecnologia de informação e comunicação existente? Pense longamente sobre essas perguntas. Se possível, converse com seus co- legas e com o tutor sobre o tema. Depois, escolha a forma que achar mais interessante para expressar seus posicionamentos: conte uma his- tória, escreva uma carta, faça uma redação, desenhe, faça um vídeo, uma apresentação de slides, descreva uma situação fictícia ou real, en- fim, expresse de tal maneira que o ajude a entender e ao mesmo tempo possa ser comunicada. Entregue uma cópia ao tutor, guarde uma com você e, se achar interessante, ofereça uma cópia à escola, para que to- dos interpretem e signifiquem com você. Essa produção, não esqueça, deve fazer parte do seu memorial e o apoiará nas atividades da Prática Profissional Supervisionada.

Por profissionalidade entendo as condições (competências, habilidades, saberes, técnicas, etc.) exigidas para alguém agir como profissional.

Caro(a) estudante

Para concluir, gostaria de lançar algumas palavras (signos) mais diretas para sua reflexão sobre formação e atividade profissional do técnico em multimeios didáticos na escola.

Acredito, sinceramente, que o homem é devir: não fica pronto nunca. Não tem uma perfeição a atingir.

Por isso penso que a comunicação, a educação e a formação profissio- nal (seja cara a cara, seja a distância, seja na escola, seja na mídia) são elementos importantes do devir humano, mas não suficientes para deixar alguém pronto.

Quero dizer com isso que não tenho a expectativa de que ao fim des- te caderno você e eu tenhamos esgotado os problemas e teorias que ajudam a pensar o sentido dos meios de comunicação na educação, para que se possa agir profissionalmente. Aliás, penso que essa pro- fissionalidade também é devir e, portanto, os saberes e competên- cias exigidos por ela estão em constante construção e os problemas a serem enfrentados sempre se recolocarão.

Aposto na ideia de que você se torna profissional a cada dia de traba- lho. A cada nova experiência. A cada momento que é solicitado a pre- parar e a participar de alguma atividade na escola: selecionar livros e ajudar os alunos a fazê-lo na biblioteca; pesquisar páginas na internet e ajudar professores e alunos em uma pesquisa eletrônica; instalar TV e vídeo na sala de aula ou preparar o ambiente da sala de vídeo para receber uma turma.

Note, essa solicitação para que você participe de situações educativas pode ser uma solicitação casual, para dar uma força num momento específico, mas é ao mesmo tempo uma solicitação da profissão.

No documento Teorias da Comunicação (páginas 127-131)