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3 A COMUNICAÇÃO DA PASTORAL OPERÁRIA DA ARQUIDIOCESE DE

3.2 A COMUNICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA

Para estudar a comunicação da Arquidiocese de Vitória foram feitas entrevistas com a gerente do Departamento de Comunicação e Marketing da Arquidiocese Maria da Luz Fernandes, o diretor executivo da Fundação Nossa Senhora da Penha e da Rede Católica de Rádio do Espírito Santo Alessandro de Mello Gomes e o coordenador da Pastoral da Comunicação padre Gudialace Silva de Oliveira.

De acordo com Maria da Luz Fernandes (2018, informação verbal), a Arquidiocese de Vitória não tem uma política de comunicação, e sim, orientações para a comunicação que funcionam como se fossem as políticas. Nelas, segundo a gerente de Comunicação e Marketing, o bispo Dom Luiz Mancilha Vilella determina o funcionamento dos três níveis de comunicação. Um deles é o Departamento o qual ela gerencia, que cuida do que é oficial da instituição, como o site, revista Vitória, assessoria de imprensa, redes sociais e da imagem visual da Igreja em meio à sociedade.

Outro nível de comunicação apontado por Maria da Luz (2018, informação verbal) é a Pastoral da Comunicação, que tem um coordenador, uma comissão arquidiocesana, e fica ligada ao Departamento de Pastoral. Além disso, tem diálogo aberto com o Departamento de

Comunicação, pois precisa interligar e conectar informações, mas hierarquicamente, fica no Departamento de Pastoral. Maria da Luz explica que a Pastoral da Comunicação trabalha mais as pessoas envolvidas nas paróquias.

O papel da Pascom é pastoral, trabalhar com grupos nas paróquias, tentar fazer com que as pessoas estejam mais preparadas, dar mais formações, acompanhar os processos para poder fazer a ponte entre o que acontece lá e o que chega para a Mitra para a divulgação. Faz formações sobre redação, fotografia, estudo sobre os documentos da Igreja sobre comunicação, tanto no nível da reflexão sobre o pensamento da Igreja quanto à comunicação, oficinas práticas para fazer determinadas coisas, como fazer post no facebook. São oficinas práticas específicas para aprender a fazer. O pessoal da Pascom não precisa necessariamente ter formação em jornalismo. Há necessidade de se fazer. Claro que tem paróquia que tem jornalista, que tem formação em Rádio e TV, e que trabalha na paróquia também, mas a gente parte do princípio que na pastoral qualquer um pode ser agente e, portanto, há necessidade de formar. (FERNANDES, 2018)

O terceiro núcleo, de acordo com a gerente de Comunicação e Marketing, (2018, informação verbal) é o núcleo das rádios, que abrange a América AM, América FM e FM Líder, que segundo ela têm autonomia, pois precisam ter sua linha editorial, mas obedecendo as orientações gerais. Maria da Luz (2018, informação verbal) afirma que os três núcleos dialogam por meio da ampliada da comunicação, que funciona da seguinte forma: quando sentem necessidade, ou seja, não há uma periodicidade, eles se reúnem. Ela exemplifica com a campanha sobre a água, feita no final de 2017.

Ano passado, no final do ano, percebemos o problema da água. Então a gente fez um material e uma baita campanha, em todos os veículos, os oficiais da instituição, as rádios e as pascoms, que distribuíram pelas paróquias. Então de vez em quando a gente faz isso. Ou com eventos da Igreja. Agora a gente está na celebração dos sessenta anos da Arquidiocese. (FERNANDES, 2018)

Quanto à existência de jornais específicos de pastorais sociais, Maria da Luz (2018, informação verbal) afirma que com o surgimento das redes sociais e a redefinição do conceito de Comunidades Eclesiais de Base por parte do bispo Dom Luiz Mancilha Vilella eles não são mais necessários. Conforme destacado no primeiro capítulo desta dissertação, em seu conceito de Comunidades Eclesiais de Base, analisando as três palavras separadamente, o bispo afirma

que comunidade se refere a local e caráter coletivo da organização, eclesial, à fé; e base, ao fato de ser constituída de poucos membros. O bispo (2013, p. 21) enfatiza que as Comunidades Eclesiais de Base não são associações de bairro, movimentos políticos, partidos políticos ou sindicatos. Todavia, recomenda que os fiéis que têm vocação para atuar nesses espaços o façam. Entretanto esses compromissos fazem parte da vocação missionária de cada um, sendo distintos da Comunidade Eclesial de Base. Assim, evitam-se nelas, de acordo com o bispo, ideologias, sejam elas de direita ou de esquerda.

Com o surgimento de facebook e whatsapp nas paróquias, mais o da Arquidiocese, deixou de ser uma necessidade. Talvez também porque Dom Luiz redefiniu o conceito de Comunidade Eclesial de Base na Arquidiocese de Vitória. Há alguns anos atrás, a gente tratava as Ceb’s como se fossem um movimento, tinha de um lado a Renovação Carismática, a Legião de Maria, e de outro lado tinha as Ceb’s. Ceb’s é uma estrutura física, é uma pequena paróquia, onde todas as pastorais, movimentos podem acontecer. Esse juntar todo mundo na comunidade ou na paróquia acabou com as necessidades de cada um ter sua coisinha. Paróquias têm jornais e muita página de facebook. Unifica. (FERNANDES, 2018)

Em virtude dessa ideia de unificação, Maria da Luz Fernandes destaca que a orientação é que as pastorais não tenham perfil no Facebook, concentrando as informações de todas elas na fanpage institucional. As informações devem ser enviadas pela Pastoral da Comunicação das paróquias.

Facebook de pastoral existe. A mídia que funciona mais na igreja hoje é facebook e whatsap. A nossa ideia é que uma fanpage institucional é suficiente. A ideia é unificar. O pessoal da Pascom da paróquia manda para o departamento de pastoral ou de comunicação. Os grupos de Pascom devem enviar. Criando laços com as pessoas, a pessoa te envia direto. Para divulgar na grande imprensa, a gente orienta que envie direto para o departamento de comunicação e marketing. (FERNANDES, 2018)

A comunicação feita pelos agentes de pastoral, segundo Maria da Luz, seja nos jornais paroquiais ou as enviadas para as redes sociais institucionais, devem ser objetivas, informativas.

A gente trabalha com a ideia da informação. A gente entende que tem muito agente de pastoral que não tem muito conhecimento para falar da coisa em si, explicando. A gente orienta que façam informação. É nessa linha que a gente trabalha com ele. A gente trabalha o lead. A gente pede que sejam bastante objetivos, bastante

informativos. Por exemplo: abertura da campanha da Fraternidade. O tema é esse, vai ser no lugar tal, no dia tal, contamos com a participação de todos. E não ficar falando sobre segurança, como é que se evita a violência. A gente procura fugir disso para não ter discursos diversificados, ainda mais com o pluralismo que existe hoje, ou coisas erradas também. Pensamentos de católicos que não representam fielmente o da Igreja. (FERNANDES, 2018).

Em relação às rádios, a Arquidiocese tem a 91,1, que é a América FM, da Fundação Rômulo Neves Balestrero; a 101, 5, que é a FM Líder; e a América 690 AM. Essas últimas são da Fundação Nossa Senhora da Penha. De acordo com o diretor executivo da Fundação Nossa Senhora da Penha e da Rede Católica de Rádio do Espírito Santo Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal), a rádio América FM toca somente música católica, tem uma programação religiosa que atinge a todos os segmentos da Igreja, não sendo uma rádio de um segmento, e sim, de todos os segmentos.

Contudo, Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) destaca que o ibope aponta que o segmento que mais ouve a rádio, que mais tem apelo são a Renovação Carismática Católica e várias Comunidades de Vida e Aliança. Ele frisa que pessoas relacionadas às Ceb’s estão ligadas na Rádio América, mas “participam menos, exigem menos, procuram menos”, havendo procura maior por parte de outros grupos.

A gente busca pessoas para entrevista, aí tem dificuldade; a gente busca fazer programas, e tem dificuldade, e os outros grupos chegam e propõem, mesmo que a gente não procure. Os outros grupos chegam e propõem, apresentam projetos... E como eu falei, a Igreja é de todos, a rádio é da Igreja. A gente não nega projeto, a gente tenta adaptar as coisas para que fiquem dentro de uma regularidade daquela proposta que a gente tem para a rádio, para a rede né, mas os outros grupos procuram mais do que os grupos de Ceb’s. (GOMES, 2018)

Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) salienta que, na questão financeira, as Ceb’s também contribuem menos, inclusive, têm apoiado menos a Associação dos Amigos da Rádio América do que os demais segmentos. Ele relata que as paróquias contribuem com 3% da renda de arrecadação, mas não é o bastante. Essa porcentagem equivale a cerca de 65 mil reais, sendo que a rádio, enxuta, gasta em média 200 mil. Segundo Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal), em virtude da crise comercialmente se arrecada cerca de 30 mil. Por isso, é necessário, de acordo com o diretor executivo, apoios.

Exemplo: eu vou pegar um exemplo claro - Mães que Oram pelos Filhos57, que é um movimento que cresce hoje no Brasil e no mundo. As mães que oram apresentaram uma proposta de programa. É um programa altamente vendável, do ponto de vista financeiro e do ponto de vista do público. A gente fez uma mudança para que ele seja mais social, então ele tem uma parte de reflexão formativa, é formação para mãe e para o filho. Formação que caminha mais no sentido catequético mesmo e tem uma parte de oração. Por exemplo, os grupos falam em línguas e tal, no programa não. Então eles têm essa responsabilidade com essa linha da rádio também. Um programa que eu fiquei muito triste que acabou foi o programa doCebi58. Muito triste, muito triste. Porque ele era um programa, Elaine, e você conheceu de perto, né, que precisava ir se moldando, se ajustando, mas infelizmente o grupo não teve pernas. E aí eu também faço essa análise - o povo que está ligado aos movimentos mais progressistas tem menos pernas que as outras pessoas, dos outros grupos, desses grupos mais jovens, né, que a gente encontra na Igreja. Menos pernas. (GOMES, 2018)

Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) afirma que se alguma pastoral quiser ter programa na rádio há espaço e que as gravações são feitas em horário comercial, pois essa é a tendência nas rádios atualmente, já que o custo do ao vivo é mais alto, principalmente nos programas de final de semana e os da noite. Para Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal), as pessoas ligadas às Ceb’s estão em número menor na Igreja hoje, assumem um grande número de compromissos e não têm muita disponibilidade para atuar na rádio. Mesmo assim, ele buscará fazer uma aproximação delas com esse veículo de comunicação.

Eu estou para fazer uma reunião, Elaine, eu vou até adiantar aqui, pra você, chamar esses grupos mais ligados às Ceb’s, para nós fazermos uma conversa, fazermos um bate papo. E eu tenho uma proposta para fazer para esses grupos para ocuparem boa parte da programação. Mas vai depender das pernas que a gente vai ter para fazer. A programação a gente mexe, a gente vai até fazer uma mexida agora, e essa reunião vai ter que acontecer antes dessa mexida, possivelmente até o final do mês (de abril). Eu vou pedir uma reunião com um determinado grupo, em muito especial com as pastorais, para que a gente possa discutir sobre a possibilidade de a gente fazer algo diferente. E eu tenho até sugestões para isso já. (GOMES, 2018)

57 Movimento surgido no bairro Mata da Praia, em Vitória, no Espírito Santo, com o objetivo de orientar, formar

e direcionar a criação e funcionamento dos grupos de mães que oram pelos filhos e que desejam fazer parte deste movimento especifico.

58 Programa A Palavra na Vida, do Centro de Estudos Bíblicos do Espírito Santo, que chegou ao fim depois que deixou de ser ao vivo aos domingos e passou a ser gravado em dias de semana em horário comercial. A equipe não tinha como comparecer às gravações nesse horário.

Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) afirma que a rádio América AM está em período de transição. Ela vai se transformar em FM. Por isso, por enquanto, ela basicamente repete a programação da América FM. Já a FM Líder, de acordo com Alessandro, apesar de ser da Igreja Católica tem uma programação secular.

A rádio Líder evangeliza também, porém, ela só toca música secular e ela também tem jornalismo, mas jornalismo de uma maneira mais jovem, mais pop, com entradas mais soltas, mas é uma rádio também católica. Por exemplo, algumas músicas acabam não tocando, músicas que não dignificam a sociedade, músicas que têm algumas delas duplo sentido, músicas que atrapalham do ponto de vista da formação sociológica das pessoas, enfim… “Ah, é uma censura?” Tudo que você não toca é censura. Não adianta a gente ser hipócrita e dizer que não. Tudo que você não toca, tudo que você não faz é censura, mas a gente ideologicamente também tem que pensar no público que nós queremos atingir. Então é censurado por uma classe de público que eu quero atingir. Suponhamos: eu estou numa rádio classe A, B, que só toca internacional - eu não vou tocar música brasileira porque eu só toco internacional. Uma rádio que toca MPB. Eu não vou tocar um funk na rádio que toca MPB, então a mesma coisa é na Líder e outras rádios católicas. A gente não toca determinada música porque atende determinado segmento. (GOMES, 2018)

Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) explica que esse jornalismo da FM Líder que ele chama de “jovem” é aquele em que o jornalista entra no estúdio, “bate papo” com o locutor, apura de dentro do estúdio, é solto, leve, dialogado. Apesar da FM Líder ser uma rádio secular, e a América, religiosa, Alessandro destaca que o conteúdo do jornalismo não se difere muito.

O jornalismo é o mesmo. O que difere é que na América entram mais conteúdos religiosos. Exemplo: nós saímos agora da Festa da Penha. A Festa da Penha é um conteúdo extremamente religioso e que tem muita matéria para a América, que não é o mesmo conteúdo que entra na Líder. Na Líder a Festa da Penha - claro, ela entra também como uma festa religiosa, mas ela entra mais como cultural. Religioso- cultural. Mas não deixa de ter matéria da Festa da Penha. Na América ela tem mais característica religiosa. Lá na Líder ela tem mais característica cultural. (GOMES, 2018)

O diretor executivo da Fundação Nossa Senhora da Penha e da Rede Católica de Rádio do Espírito Santo salienta que mesmo as rádios de conteúdo católico não devem limitar as pautas jornalísticas aos temas religiosos. Por isso, segundo ele, a Rádio América não trata apenas de temas religiosos em seu conteúdo jornalístico.

O jornalismo de religião, em que pese na América, ele ter um apelo forte, mas ele não é o único e ele não pode ser só ele. Até porque quando eu falo de economia eu estou falando de religião. Quando eu falo de política, eu estou falando de religião. Quando eu falo de cidades eu estou falando de religião. Quando eu falo de mobilidade eu estou falando de religião. Do ponto de vista do sentido filosófico e antropológico da religião tudo o que a gente fala que serve para a sociedade como bem, tanto bem material ou bem imaterial ou até o bem emocional da pessoa, isso é falar de religião. Essa é a igreja de Jesus Cristo. Eu não preciso literalmente trazer uma reflexão das cartas de Paulo, por exemplo, eu já estou refletindo Paulo quando eu ajudo a fazer o bem para outra pessoa, quando eu informo. (GOMES, 2018)

Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) informa que, diante das dificuldades financeiras advindas da crise mundial, e por causa do processo de migração para a FM, que segundo ele é caro, ficou decidido que a América AM será vendida. O diretor executivo da Rede Católica de Rádio (2018, informação verbal) afirma que chegou-se à conclusão de que a Arquidiocese de Vitória não precisa de três FMs para fazer o trabalho de evangelização. Ele (2018, informação verbal) destaca que o comprador será um grupo do norte do Espírito Santo, que também vai arrendar a FM Líder por dois anos e meio.

A proposta foi aceita, de acordo com Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal), pois possibilita sanar todos os problemas de dívidas, reformular a programação da América, fazer publicidade da rádio em um momento de crise em que ninguém está fazendo isso, possibilitando a realização de promoções e o aumento da audiência. Alessandro de Mello Gomes (2018, informação verbal) afirma que quem quiser divulgar atividades de suas comunidades ou pastorais deve entrar em contato com o departamento de jornalismo da rádio por telefone ou e-mail.

No que diz respeito à Pastoral da Comunicação, seu coordenador, o padre Gudialace Oliveira da Silva (2018, informação verbal), a define como uma estrutura que tem como objetivo ajudar as comunidades a se comunicar melhor e a se relacionar com os meios de comunicação. O sacerdote declara que ela tem uma organização arquidiocesana e também paroquial. A primeira é composta por um representante de cada área pastoral, além dele, que é coordenador da pastoral e, portanto, da comissão.

Na comissão arquidiocesana a tarefa da Pascom é formar os leigos e os agentes pastorais dando qualificação crítica em relação aos meios de comunicação e ajudando a compreender que a comunicação vai muito além dos seus meios. Além disso, dar assessoria técnica, como na área de fotografia, vídeo, redes sociais, entre outros. O sacerdote explica como é essa formação crítica em relação aos meios de comunicação:

Hoje um dos assuntos que estão muito em voga é sobretudo a questão do fake news. Então nós precisamos ter uma postura de não acreditar que tudo aquilo que nos aparece ou que vem na nossa linha do tempo, que nós recebemos via whatsapp seja verdade. Mas a gente tem uma falsa impressão de, por exemplo, aquilo que é divulgado por instituições ou grandes organizações da comunicação também é verdade, e não é sempre assim. Essas organizações também estão imbuídas de uma porção de atravessamentos institucionais, patrocínios. Então é oferecer a eles essa possibilidade de, ao ter uma informação, não tratar como se fosse uma verdade absoluta. É um lado da verdade que se apresenta. (SILVA, 2018)

Entretanto, os participantes dessa formação, segundo padre Gudialace (2018, informação verbal), não precisam ser multiplicadores desse tipo de formação em suas comunidades. Ele explica que nas paróquias a Pastoral da Comunicação atua no sentido de auxiliar na comunicação entre a paróquia e seus paroquianos, e entre as outras pastorais. Ela é responsável por atividades como elaboração de folders, convites, ajudar o padre na divulgação dos avisos, ajudar as equipes de liturgia, por exemplo, sobre como se segura um microfone, qual a postura que se deve utilizar para falar e dando visibilidade para as ações que são realizadas, por exemplo, por meio da transmissão online pelas mídias sociais ou de fotos e vídeos comunitários. Em relação ao conteúdo dos veículos de comunicação, o coordenador da Pascom afirma que são dadas orientações técnicas do que deve ser divulgado ou não.

Nós falamos sobre direito de imagem, que é uma coisa extremamente complicada. Quando você vai tirar uma foto embora você esteja dentro da igreja, cuidado pra você não tirar uma foto de uma pessoa que está numa posição ruim - porque às vezes você tira a foto e a pessoa está com um olho meio entreaberto, uma boca meio aberta, sei lá, bocejando, e a pessoa pode ser exposta ao ridículo ali porque você lançou e alguém pode pegar e fazer um meme com aquela foto, essas coisas todas. Os textos devem sempre ser aprovados pelo padre. Você apresenta para não correr o risco de sair uma heresia ou alguma coisa que não condiz com a nossa teologia, que possa criar um mal estar entre o padre ou a Igreja, ou com alguma outra Igreja ou alguma outra pessoa. A questão dos crimes cibernéticos, então, que as pessoas têm que estar atentas. Não falar ‘fulano de tal ´ladrão’ ‘não presta’, ou compartilhar isso vindo de uma outra sabendo que o fato de você compartilhar mesmo que você não tenha sido o publicador, a primeira pessoa a ter colocado, você também pode sofrer uma penalização por causa disso. A paróquia também pode sofrer. Então trabalhamos essas questões. (SILVA, 2018)

Segundo o sacerdote, outra orientação é que os veículos de comunicação das paróquias noticiem somente assuntos relacionados à Igreja.