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3.3 Variável Dependente

3.4.3 Comunicação

Uma equipe de trabalho coesa, antes de tudo aprende a comunicar-se. Kanaane (2001, p. 75), considera característica importante do treinamento a ênfase à comunicação. Chiavenato (1997) enfatiza que a comunicação como a troca de informações entre os indivíduos, constitui-se num dos processos fundamentais da experiência humana e da organização social. Portanto, ouvir e aprender aumenta a competência do trato interpessoal, no sentido de enfrentar com competência os problemas, independente de sua complexidade.

Robbins (2002, p. 276) afirma que a comunicação tem quatro funções básicas dentro de um grupo ou de uma organização: controle, motivação, expressão

emocional e informação. Para muitos funcionários, o grupo de trabalho é a fonte

primária de interação social, portanto a comunicação tem a função final de facilitar as ações organizacionais, pois proporciona as informações que as pessoas e os grupos precisam para tomar as decisões, transmitindo os dados para que se identifique e avalie alternativas.

a comunicação serve de ponte entre a meta e a criação de padrões de desempenho e de realização do funcionário. Funcionários que não compreendem aquilo que é esperado no local de trabalho têm pouca, se tiverem alguma, chance de alcançar os resultados desejados.

Neste contexto a comunicação se torna essencial para o sucesso gerencial e organizacional. O treinamento situa a comunicação como uma função básica que envolve as pessoas dentro da organização.

Para Montana e Charnov (2001), mesmo que uma empresa esteja estruturada com uma comunicação eficaz, mas os funcionários tiverem habilidades pobres em comunicação, dificilmente um grupo de indivíduos consegue realizar uma meta em comum. O grupo como um todo deve saber o que está sendo esperado como resultado final. Um dos perigos da falta ou nitidez da comunicação é o controle da alta direção no encaminhamento da comunicação, tanto pode acontecer de não ser estimada corretamente a quantidade de informação necessária, quanto causar na empresa uma dependência de cima para baixo que impede um relacionamento interpessoal ou intergrupal.

VARIÁVEL INDEPENDENTE CARACTERÍSTICAS

Comunicação

• derrubar as barreiras da hierarquia

• valer-se da transação para levar mensagens ágeis e claras • dar respostas naturais e razoáveis

• conhecer a política da empresa • marketing da empresa

• visão sistêmica;

• relacionamento interpessoal e intergrupal

Quadro 20: Comunicação

3.4.3.1 Derrubar as barreiras da hierarquia

O treinamento no seu aspecto técnico tem como principal função melhorar a capacidade dos indivíduos, suas relações de trabalho com as outras pessoas; propiciar as relações entre grupos e tornar eficaz a organização como um todo.

Chiavenato (1997) concorda com esse aspecto se houver na organização o afastamento de relações hierárquicas, pois isso propiciará o aperfeiçoamento da comunicação interpessoal pela eliminação de barreiras, desde que os indivíduos se tornem menos temerosos das intenções dos superiores, mais responsáveis, entendendo que suas necessidades deixarão de ser interpretadas de forma negativa.

Tornando-se menos defensivo, o indivíduo passa a adotar um comportamento mais flexível em relação aos outros através da prática e da experiência, o que constitui eficácia na melhoria da competência individual e interpessoal.

3.4.3.2 Mensagens ágeis e claras, respostas naturais e razoáveis

Considerando que a comunicação é imprescindível para uma gestão de qualidade, uma das principais fraquezas/inadequações pela não integração organizacional é a omissão de informações. Para Gil (1997), existe, na maioria das organizações, insuficiência de um plano informação e contra-informação, o que inviabiliza as práticas e resultados da gestão e da qualidade, entendendo que a transmissão de informação correta no eixo empresa/funcionários/ sociedade é fator decisivo para a continuidade das linhas de negócios das organizações.

Funcionários treinados têm possibilidade de fornecer versão adequada a fatos e eventos de interesse organizacional, identificar fontes de noticias tendenciosas ou prejudiciais às linhas de negócios organizacionais.

3.4.3.3 Conhecer a política da empresa

Um sistema de comunicação eficaz permite a que todos os funcionários saibam da necessidade da organização possuir um arsenal de esquemas de mudança, para enfrentar a competitividade do mercado, garantindo assim a sua sobrevivência.

Segundo Gil (1997), os funcionários que não conhecem, não acompanham e não contribuem para esses esquemas, não estão justificando sua função dentro da organização e têm os seus postos de trabalho constantemente ameaçados.

3.4.3.4 Marketing da empresa

Para Kanaane (2001) o funcionário tem maior possibilidade de participar das situações/mudanças da empresa quando entende o nível de competitividade de cada linha de negócio, entende as análises comparativas de qualidade dos produtos fabricados e dos serviços prestados, os indicadores de qualidade apurados comparativamente com os concorrentes. Essa possibilidade acontece quando um processo educacional promove a ascensão intelectual dos profissionais.

Oakland (1994), considera que a função do marketing de uma organização deve liderar o estabelecimento de requisitos para os produtos, determinando as características-chave que definem a adequação do produto ou serviço aos olhos do cliente. Nessa proposta, o marketing estabelece um retorno de informações do cliente e de sua reação, que deve encontrar no ambiente da empresa receptividade para que possa haver um contínuo acompanhamento que resulte em mudanças

adequadas para definir os requisitos dos clientes fazendo a revisão das necessidades do mercado.

Ao reconhecer que o marketing estabelece os requisitos corretos para o produto ou serviço e que permite a comunicação com os clientes e fornecedores, Oakland (1994) o entende como atividade essencial para identificar os requisitos necessários para destituir os fatores que complicam a qualidade, por ações internas da organização, que incluem entre outras medidas, o treinamento de pessoal.

3.4.3.5 Visão sistêmica

Maximiano (2000) vê a organização como um sistema composto de um sistema técnico e um sistema social que se influenciam mutuamente, o que significa a necessidade de entender a organização como um sistema que busca alcançar um objetivo; que deve ser montado e administrado de forma que seus elementos providenciem a informação necessária sobre sua situação e objetivo, processando essa informação de forma a ajustar o comportamento funcional às exigências impostas pelo objetivo.

O autor, fundamentado nestes princípios, declara que o enfoque sistêmico enxerga as organizações como produto da interação de dois sistemas interdependentes, o técnico e o social, mantendo um processo de troca de energia e informações.

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