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Comunidade e Meio Ambiente

No documento RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E (páginas 44-50)

6. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL

6.3. Comunidade e Meio Ambiente

Os impactos socioeconômicos das atividades da Companhia se apresentam em diferentes magnitudes e de acordo com a característica de cada projeto e lugar. Por isso, a Companhia busca agir em consonância com a Política de Sustentabilidade e o Código de Conduta, que já incorporam os compromissos assumidos com o desenvolvimento sustentável do Pacto Global da Organização das Nações Unidas - ONU, nos princípios de Governança Corporativa. Ter

45 princípios como estes é importante ante a necessidade de estabelecer uma sólida infraestrutura de serviços, detentores de alto potencial para o desenvolvimento socioeconômico das regiões.

Esta infraestrutura favorece o surgimento ou ampliação de polos industriais e de negócios e, consequentemente, amplia ofertas de trabalho e a arrecadação de tributos, se convertendo em benefícios e serviços para a população. É com este direcionamento, observando a necessidade de dialogar e servir a diversos públicos, que a Companhia zela pelo relacionamento eficiente com as comunidades nas quais essa dinâmica ocorre. Tal sentimento auxilia a Companhia no esforço por aprimorar os canais de diálogo nas cidades impactadas por sua atuação.

As avaliações de impacto sobre as comunidades são realizadas nos estudos elaborados durante o licenciamento ambiental de cada empreendimento. Nesses estudos os impactos são mensurados de acordo com as características do lugar e do empreendimento. Através da implantação dos programas ambientais são mitigados impactos negativos e potencializados os positivos, construídos juntamente com as comunidades impactadas, o poder público municipal e as lideranças locais.

Os casos de deslocamento são avaliados por meio do Cadastro Socioeconômico e, quando é identificada alguma situação de vulnerabilidade social, a Companhia providencia o processo de realocação da família e a compensação social pelos danos da instalação de empreendimentos. Não houve nenhum caso de pessoas deslocadas fisicamente em 2016. Já em relação ao deslocamento econômico, aconteceram 18 casos.

UHE Colíder

A UHE Colíder, que está na fase final de implementação no estado do Mato Grosso, conta com um site http://www.copel.com/uhecolider/ para que a comunidade tenha acesso a todos os relatórios produzidos pelos programas, com informações relacionadas ao empreendimento, além de disponibilizar canal de comunicação aberto à comunidade. A implantação da Usina Colíder inclui o desenvolvimento de 32 programas socioambientais, com o objetivo de evitar, mitigar e compensar as alterações que poderão ocorrer nos ambientes social e natural da região atingida pela obra.

Programa Fomento e Monitoramento de Arranjos Produtivos Locais Sustentáveis

A Companhia está desenvolvendo um programa de apoio às atividades de agricultores familiares que residem nos municípios da área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder, em construção no norte do Mato Grosso. Por meio dessa iniciativa, cerca de cem propriedades de Colíder, Itaúba, Nova Canaã do Norte e Cláudia vêm recebendo visitas técnicas mensais de engenheiros agrônomos que passam orientações aos moradores sobre agricultura sustentável, prioritariamente orgânica, buscando assegurar uma produção qualificada de alimentos e melhores condições de vida para as famílias.

Além dessa assistência técnica de extensão rural, também estão sendo realizadas oficinas de capacitação em processos de gestão, beneficiamento e comercialização dos produtos da agricultura familiar para melhorar as condições de inserção dos agricultores na cadeia produtiva local.

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Linhas de transmissão

A instalação de linhas de transmissão impacta as comunidades locais dos municípios onde a Copel GeT opera. As propriedades e moradores são afetados com perdas territoriais e produtivas, estabelecidas pela faixa de servidão, bem como com a alteração de aspectos da paisagem natural local. A mitigação dos impactos se dá por meio de remuneração compensatória aos proprietários por suas perdas.

Comunidades indígenas

A PCH Apucaraninha foi inaugurada em 1949, pela Empresa Elétrica de Londrina S.A., e foi incorporada pela Companhia em 1974. A usina localiza-se dentro da reserva indígena de mesmo nome. Como medida de reparação aos danos causados à Comunidade Indígena Apucaraninha, foram assinados dois Termos de Ajustamento de Conduta - TAC. O primeiro, celebrado em 2002, estabeleceu o pagamento anual de compensação financeira aos moradores da comunidade pela geração da usina. O segundo, celebrado em 2006, determinou o pagamento de indenização pelos danos ambientais, culturais e morais causados à comunidade, sendo que parte desse valor foi distribuído à Comunidade e o restante compôs um Fundo para Implantação do Programa de Sustentabilidade Socioeconômica Ambiental e Cultural da Comunidade Indígena, estabelecendo assim ganhos para as presentes e futuras gerações da comunidade. Este último se encontra em andamento e é gerido por um Comitê Gestor formado por representantes da comunidade indígena e empregados da Companhia.

Seminário Copel de Sustentabilidade

O Seminário Copel de Sustentabilidade visa compartilhar conhecimentos e experiências sobre o tema com o público interno, externo e fornecedores. É realizado anualmente desde 2010 e tem como objetivos principais:

• Contribuir para a educação e fortalecimento da cultura para sustentabilidade, trazendo para o ambiente empresarial conteúdos e temas tratados sistêmica e transversalmente, focados em questões ambientais, sociais e econômicas; • Apresentar boas práticas e temas contemporâneos de sustentabilidade empresarial;

• Dar visibilidade a projetos que tenham empregados da Companhia e da sua rede de relacionamento como protagonistas, visando a replicabilidade dos mesmos.

Em 2016, o Seminário foi reformulado e passou a ser estendido também ao interior, para as cidades de Londrina, Cascavel e Segredo, com o nome de “Diálogos de Sustentabilidade”. O objetivo dos Diálogos é valorizar os empregados que trabalham no interior, levando informações e sensibilizando-os sobre diversos temas ligados à sustentabilidade tais como: Direitos Humanos, Pacto Global, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Assédio Moral, Assédio Sexual, Ética, Valores e Cidadania Empresarial, Mudança do Clima, Ecoeficiência, Resíduos Sólidos, Equidade de Gênero e Raça, Acessibilidade e, ainda, a divulgação do Prêmio Susie Pontarolli. Os fornecedores de cada região também foram convidados a participar e apresentaram um case em cada região. Esse novo formato também está alinhado ao Programa Ânima da Copel, principalmente nos projetos de “cultura de alto engajamento e protagonismo” e “bem estar e satisfação plena de todos os copelianos”.

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Incentivos Fiscais

A Companhia, por meio de renúncia fiscal, apoia diversos projetos de incentivo à cultura (Lei Rouanet, Lei do Mecenato de Curitiba e Profice – Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná), ao esporte (Lei de Incentivo ao Esporte) ou a projetos sociais atinentes ao estatuto da criança e do adolescente (Fundo da Infância e do Adolescente - FIA), ao estatuto do idoso (Fundo do Idoso) ou a projetos voltados ao desenvolvimento da saúde (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica - PRONON e Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência - PRONAS).

Voluntariado Corporativo - EletriCidadania

O Programa permite que os empregados utilizem até 4 horas mensais do seu tempo de trabalho para a execução, de forma voluntária e espontânea, de ações comunitárias que, muito além do simples assistencialismo, levem ao desenvolvimento sustentável da sociedade em todos os aspectos, sejam eles culturais, educacionais ou profissionais. Em 2016 foi realizado um total de 2.020 horas de voluntariado.

Reservatórios e qualidade da água

Nos seus reservatórios e entornos, a Companhia monitora possíveis intervenções ambientais. A empresa age de acordo com ações específicas para sanar irregularidades identificadas, tais como lançamento de efluentes, estabilidade de taludes, uso e ocupação das Áreas de Proteção Permanente (APP’s), caça e pesca ilegal, etc. Para auxiliar nesse processo de preservação e em outras áreas de relevante interesse ambiental, a Companhia possui convênio com o Batalhão de Polícia Ambiental do Estado do Paraná. E participa ativamente dos Comitês de Bacia Hidrográfica e Conselho Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, realizando o monitoramento em tempo real da qualidade da água e da situação hidrológica dos rios onde possui reservatórios.

O principal impacto da Companhia nos recursos hídricos é a alteração de suas condições naturais e da vegetação da bacia de inundação das usinas hidrelétricas. Por isso, a Companhia atua na gestão dos impactos socioambientais de seus empreendimentos - desde a sua construção até a fase de operação. Para isso, realiza estudos, mitiga impactos e riscos, conforme as legislações ambientais pertinentes. A empresa coleta e analisa amostras de água trimestralmente para monitorar sua qualidade. São monitorados 25 parâmetros físico-químicos e biológicos. A Companhia também realiza o monitoramento da qualidade da água do rio antes do início da construção de um novo empreendimento. Esses monitoramentos incluem a análise de sedimentos e agrotóxicos.

Ecossistemas

A implantação e a operação de empreendimentos ocasionaram impactos negativos diretos e indiretos na fauna e na flora localizadas na área de influência. Estudos ambientais elaborados antes da etapa de instalação avaliam e classificam estes impactos, visando a proposição de programas socioambientais necessários para mitigar os impactos negativos e potencializar os positivos.

48 Empreendimentos de geração hidrelétrica

Para a construção de empreendimentos de geração hidrelétrica, os impactos diretos e indiretos significativos sobre a biodiversidade são:

 Redução de espécies importantes ao ecossistema local, ocasionada pela supressão da vegetação na bacia de acumulação.

 Conversão de habitats, ocasionado pelo barramento do rio para a criação do reservatório.

 Mudanças em processos ecológicos fora da faixa natural de variação: devido ao barramento de rio para a criação do reservatório.

 A mitigação dos impactos é feita com a implementação de programas de supressão de vegetação, monitoramento e resgate da flora e da fauna, recuperação de Áreas de Preservação Permanente, reposição florestal, monitoramento e resgate arqueológico, dentre outros.

Empreendimentos de transmissão

A redução de espécies da flora, ocasionada pela supressão da vegetação na faixa de servidão, é o principal aspecto negativo direto e indireto sobre a biodiversidade representado pela construção dos empreendimentos.

A Companhia tem como compromisso de sua matriz de sustentabilidade a mitigação destes impactos. Isso começa na fase de planejamento e licenciamento dos empreendimentos, através de estudos detalhados e multidisciplinares das alternativas de traçado com os menores impactos, priorizando a utilização de áreas previamente alteradas onde a fragilidade ambiental e social seja menor.

Nos locais nos quais o traçado precisa obrigatoriamente seguir por determinadas áreas com remanescentes estejam mais preservados, a Companhia coloca torres mais altas na faixa de servidão para minimizar impactos.

A Companhia executa também programas ambientais implementados de reposição florestal, preservação de encostas de áreas com solos frágeis e de nascentes, afugentamento e resgate de fauna e flora, dentre outros.

Compensação florestal

A Companhia mantém, desde 2012, convênio com o Instituto Ambiental do Paraná por meio do qual cede postos a trabalhadores terceirizados para se dedicarem exclusivamente na produção de mudas florestais nativas. Essas mudas são utilizadas na restauração de Áreas de Preservação Permanente, Reservas Florestais Legais e Áreas de Reposição Florestal do Estado do Paraná.

A ação ajuda a Companhia no plantio de milhares de árvores para compensar o impacto ambiental de suas atividades. Em 2016 realizou reposição florestal por meio de doação de mudas para plantios por terceiros e plantios em áreas urbanas. Foram 400 mudas florestais nativas e 2.434 mudas de arborização urbana.

Nesse mesmo período, foram plantadas 23.000 mudas florestais nativas no Parque Estadual do Ibicatu, totalizando 6 hectares para compensação ambiental do empreendimento LT 230 kV LON – FRA. Mais 1.455 mudas foram plantadas para arborização urbana como mitigação do empreendimento LT 230 kV BTA – CTN. A Companhia doou ainda 1.615 mudas para a Prefeitura de Campo Largo, como compensação desses projetos.

49 No Estado de Mato Grosso foram plantadas aproximadamente 60.000 mudas de espécies nativas na Área de Preservação Permanente do futuro reservatório da UHE Colíder, totalizando 59 hectares de área recuperada em 2016. Já no Estado de São Paulo, onde implanta linhas de transmissão, a empresa compensou o impacto do projeto com o repasse de 870 mudas nativas para terceiros e o replantio de outras 6.500.

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