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Conclusão com base na visita

No documento Hospital Veterinário de Tubarão (páginas 48-59)

4.1 HOSPITAL VETERINÁRIO SANTA CATARINA

4.1.13 Conclusão com base na visita

O estudo de caso tem o intuito de conhecer melhor o ambiente a ser projetado, e vivenciar a ro na, o trabalho e o funcionamento deste, verificando os pontos posi vos, e os que não funcionam tão bem, para que possa

ser melhorado. Após a realização da visita técnica no Hospital Veterinário Santa Catarina pode-se concluir que apesar de funcionar bem, há algumas falhas.

Do ponto de vista do fluxo, funciona perfeitamente, com a disposição do layout facilitando a passagem de pessoas e pacientes, com ambientes próximos conectados através de corredores, o que facilita a movimentação. Outro ponto posi vo se dá em relação a ambientes dis ntos para cães e gatos (fig. 64), sa sfazendo as necessidades de cada um.

Mas também foram encontrados alguns pontos nega vos. A sala de ultrassonografia não funciona onde está localizada. Assim, foi adaptada e atualmente se encontra próximo ao setor cirúrgico dando mais rapidez à realização do exame. Com o adicionamento de uma nova sala para exames, a sala de tomografia (fig. 67), a área primeiramente projetada aos funcionários teve de ser alterada. Assim, quando necessário a realização do exame, os pacientes e seus proprietários deverão acessar uma área mais reservada do hospital, tornando essa área menos privada.

Notou-se também que nem todas as disposições legisla vas são seguidas. Por conta do seu tamanho, não foi preciso seguir todas as normas previstas aos hospitais, como as salas separadas no setor cirúrgico, como, salas de lavagem e an ssepsia, que estão localizadas em um mesmo ambiente, bem como algumas salas do setor de sustentação como sala de preparo de alimentos e unidade de conservação de animais mortos.

Também percebeu-se que a iluminação e ven lação poderiam ser melhores aproveitados na edificação, como nos ambientes das salas de administração e na recepção (fig.62), a qual possui pé direito duplo e poucas

aberturas. Outra observação feita, se dá em relação ao des no do lixo, que é re rado pelos funcionários da limpeza e levados a central do lixo nos fundos do terreno, tanto o lixo comum como o hospitalar.

Dentre tantos pontos observados pode -se concluir que a visita foi de suma importância, de modo a contribuir com a produção do projeto e de pontos ao qual deve-se levar em conta, visando maior bem estar e funcionalidade.

Figura 65: Sala de laudo. Figura 66: An ssepsia do setor cirúrgico. Figura 67: Sala de tomografia. Fonte: Acervo autora.

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5 ANÁLISE DA ÁREA

5.1 O TERRENO

O terreno escolhido está localizado no Bairro Humaitá de Cima, às margens da SC-370, no município de Tubarão e possui cerca de 75.300,00m², como mostra a figura 70. O local foi escolhido devido a proximidade com a BR- 101, o que torna o lugar de fácil acesso, além de ser próximo ao centro da cidade. Por estar situado em uma rodovia, também torna o acesso mais fácil, sendo que esta faz ligações com municípios vizinhos, os quais tem alta demanda na prestação de serviços veterinários à grandes animais. Além do mais, a área possui uma grande área livre, o que permite desenvolver áreas de lazer aos grandes animais (fig.68 e 69). A área de análise compreende o entorno do terreno, que engloba três bairros: Humaitá de Cima, São João Margem Esquerda e São Bernardo, bairros que possuem grande potencial de desenvolvimento, como veremos ao longo deste capítulo.

Fig. 68: Vista do terreno. Fonte: Acervo autora. Fig. 69: Vista lateral do terreno. Fonte: Acervo autora.

Figura 70: Localização do terreno. Fonte: Google Maps, modificado pela autora.

5.2 O MUNICÍPIO

O município de Tubarão está localizado na região Sul de Santa Catarina e faz divisa com 7 municípios: Laguna, Capivari de Baixo, Gravatal, São Ludgero, Jaguaruna, Treze de Maio e Pedras Grandes. Está a 133km da capital Florianópolis e a 336km da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Tubarão conta com uma população de 104.937 habitantes, segundo dados de 2018 do IBGE, IDH de 0,797 e PIB de R$ 3,3 bilhões, sendo suas principais a vidades a prestação de serviço (41,1%) e o comércio (39,3%). (SEBRAE,2017).

Legenda: Terreno BR-101 SC-370 Av. Patrício Lima

5.3 HISTÓRICO DA ÁREA

Antes de se tornar município, Tubarão era uma Vila de Santo Antônio dos Anjos de Laguna, uma vila de destaque, uma vez que era ponto de descanso dos comerciantes que passavam pela região. Assim foi se destacando e se desenvolvendo, até se tornar distrito em 1833, e mais tarde Freguesia, em 1837, até que em 27 de maio de 1870 é sancionada a lei que desmembra Tubarão de Laguna, criando assim o município (MEDEIROS, 2006).

A par r de sua fundação em 1870, a cidade começa a se desenvolver com a presença de fábricas de cerveja e de lojas na Rua do Comércio, próximos a capela no alto do morro da Igreja. Até que em 1880 é implantada a Ferrovia Dona Thereza Chris na, próximo a estas áreas, fazendo o desenvolvi mento do município alavancar ainda mais. Nesta época a margem esquerda ainda não era povoada, e foi só a par r de 1939, com a inauguração da primeira ponte da cidade, que começa a expansão à esta direção (MEDEIROS, 2006).

Assim, nas décadas seguintes o interesse por estas áreas aumenta, e começam ser abertas novas ruas e avenidas. A construção da BR-101 em 1971, com seu traçado cortando a cidade, faz o interesse pelas áreas próximas aumentarem ainda mais, o que impulsionou o desenvolvimento de bairr os próximos, sendo até hoje de interesse econômico, principalmente para a implantação de indústrias (MEDEIROS, 2006).

5.4 LEGISLAÇÃO

Figura 71: Zoneamento. Fonte: Plano diretor de Tubarão. Figura 72: Legislação. Fonte: Plano

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk diretor de Tubarão.

Assim como mostra a figura 71, a área analisada está inserida no meio de três zonas, entre residencial, comercial e industrial. Porém, o terreno escolhido está localizado em apenas uma delas: a Zona Residencial 3.

Segundo o Plano Diretor da cidade de Tubarão, é permi do diversos usos na Zona Residencial 3, como mostra a figura 72. Encontra-se diversos usos permi dos, e também os usos tolerados, como o uso ins tucional, uso este referente à hospitais veterinários, sendo assim, permi do construí -lo na área. Ainda segundo o Plano Diretor, é possível iden ficar os parâmetros urbanís cos, como mostra a figura 72. Levando em conta os parâmetros indicados à esta zona , pode-se perceber que o gabarito é H/8, que faz com que a edificação possa ter a

altura que desejar, sendo este u m fator nega vo, considerando que o gabarito que existe atualmente é no máximo 3 pavimentos. A taxa de ocupação é de 80% e de permeabilidade 10%, possuindo índices baixos para região alagadiça.

5.5 USO DO SOLO

Figura 73: Mapa de uso do solo. Fonte: Autora.

A área em estudo, assim como mostra a figura 73, é predominada pelo uso residencial, mas também notou-se outros usos, em pontos específicos, como industrial, ins tucional, comercial e misto.

Os três bairros apresentam caracterís cas residencias, sendo este uso predominado no seu interior. Ao lado do terreno há um novo loteamento residencial sendo executado, demonstrando que a tendência é a predominância deste uso. Já as margens da SC-370 e da Rua São João foi encontrado diversas indústrias, tanto nas rodovias, como próximo a elas. As indústrias são em sua maioria galpões, com serviços de marcenaria, auto mecânicas, entre outros. Com certa proximidade das indústrias com o terreno, deve-se levar em conta o impacto gerado pela poluição sonora causado por estas, para o desenvolvimento do projeto.

Foram também encontrados usos ins tucionais, como escolas, igrejas e posto de saúde na área, principalmente no interior dos bairros. O uso misto é encontrado em alguns terrenos, e é compreendido por comércios vicinais de dois pavimentos, junto com o uso residencial. Já o uso comercial predomina nas margens da SC-370, caracterizado por comércios diversos, sendo encontrado em menor número no miolo dos bairros. Apesar destes usos serem em menor número, pode-se concluir que estes são capazes de suprir as necessidades dos moradores. Não foi encontrado nenhum uso des nado a animais, como clínicas ou pet-shops, apenas algumas agropecuárias de bairro, o que evidencia a carência do serviço na região.

Legenda: Terreno Residencial Comercial Misto Ins tucional Industrial

5.6 GABARITO

Figura 74: Mapa de gabaritos da área. Fonte: Autora.

A área analisada possui gabaritos baixos, foram encontrados no máximo 3 pavimentos, como pode-se observar na figura 74. As edificações térreas existem em maior quan dade na área, por ser um bairro predominado por residências, encontrando este gabarito principalmente em meio aos bairros. Mas também foram encontrados residências de dois ou mais pavimentos, onde

grande parte caracteriza-se pelo uso misto, onde apresenta comércio no térreo e residência no pavimento superior.

Em torno da rodovia é possível ver um gabarito um pouco mais alto. As indústrias presentes nestas vias e próximas a elas, são de tamanhos variados, entre 2 ou 3 pavimentos.

Com o baixo gabarito encontrado na área pode-se perceber que não há problemas de insolação, uma vez que, por serem baixas não correm o risco de sombrear as edificações vizinhas.

5.7 CHEIOS E VAZIOS

A par r da análise de cheios e vazios percebe-se que ainda há grandes áreas vazias no entorno do terreno, como mostra a figura 75. Como percebe-se, há um novo loteamento próximo ao lote escolhido, assim concluindo que a área está em constante desenvolvimento.

Pode-se notar também que no interior dos bairros há uma maior densidade, encontrando poucos lotes desocupados, enquanto no restante as áreas são mais vazias. Grande parte das edificações respeitam os recuos frontais, mas não os laterais, encontrando diversas rente ao lote, nos três bairros. A situação se agrava nos bairros com menos infraestruturas e com grande quan dade de becos, como em algumas ruas dos bairros São João e São Bernardo, onde os edi cios são muito próximos, notando maior densidade nestas áreas. A falta de recuos e pouco espaço entre as casas levam estas a ter pouca

Legenda:

Terreno Térreo 2 Pavimentos 3 Pavimentos

insolação e ven lação, além de não respeitar a taxa de permeabilidade, gerando problemas com alagamentos em dias de chuvas mais fortes.

Figura 75: Mapa de Cheios e Vazios. Fonte: Autora.

5.8 TIPOLOGIAS

A maior parte das residências são térreas e em grande maioria o material u lizado é a madeira, principalmente nos bairros São Bernardo e São João (fig. 78 e 79). Mas também encontram-se algumas edificações em alvenaria, em maior número no Bairro Humaitá de Cima (fig. 76). Assim pode-se concluir

que os bairros São Bernardo e São João possuem uma classe mais baixa em relação ao bairro Humaitá de Cima. As residências são simples, com formas geométricas comuns, poucos ornamentos e sem a presença de algo que as diferencie. Já as indústrias são predominadas por grandes galpões sem muito tratamento ou adorno nas fachadas, como mostra a figura 77.

Figura 78: Tipologia do bairro São Bernardo. Figura 79: Tipologia bairro São João. Fonte: Acervo autora.

5.9 HIERARQUIA VIÁRIA

Legenda: Terreno Cheio Vazios

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Figura 80: Mapa de hierarquia viária. Fonte: Autora.

Ao analisar a hierarquia viárias das ruas existentes na área, foram encontradas as seguintes classificações: Vias de trânsito rápido, vias arteriais, vias coletoras e vias locais, como observada a figura 80.

A rodovia SC-370, onde está localizado o terreno, é uma via de trânsito rápido. A via arterial encontrada é a Rua São João, que liga o bairro São João com a BR-101 e com a SC-370. Também foram encontradas algumas vias coletoras, que coletam o fluxo da via arterial para distribuir às locais. Essas foram iden ficadas perpendicular a SC-370, no bairro Humaitá de Cima, uma vez que

estas conectam a rodovia com a Rua São João. Foram encontradas as ruas José Alves dos Santos Passos e João Bristot, nos bairros São Bernardo e São João, respec vamente. A maior parte das vias encontradas na área são locais, tendo em vista que estas não possuem nenhuma ligação e são u lizadas para tráfego local.

Com a análise das vias pode-se concluir que grande parte das ruas são locais e não apresentam conexões entre si. Poucas vias possuem con nuidades. No bairro Humaitá de Cima foram encontradas ruas que ligam umas às outras, notando nesta área um traçado urbano geométrico de quadras e vias. Nos outros bairros isso não é encontrado. No bairro São João, as ruas são perpendiculares a via arterial, mas não levam a lugar nenhum e não tem conexões entre si. Já no bairro São Bernardo grande parte das ruas também não tem saída, mas apresentam formato irregular, pois situam-se em local de topografia acidentada.

5.10 FLUXOS

Como a maioria das vias encontradas na área caracterizam-se como locais, em grande parte o fluxo é considerado baixo, pois as ruas locais são predominantemente usadas por moradores, e por estas não apresentarem conexões faz com que não haja tráfego intenso. Nas vias coletoras e arteriais o fluxo é moderado e na via de trânsito rápido o fluxo é intenso, dado que esta é uma rodovia que liga municípios da região com a BR-101 e com a cidade de Tubarão. Assim denota-se que a rua em que o terreno está localizado é de tráfego

Legenda:

Terreno Via de trânsito rápido Via arterial Via coletora Via local

intenso, provocando ruídos, tendo de ser considerado este ponto para o desenvolvimento do projeto, assim como deve-se considerar uma faixa de desaceleração para o acesso ao empreendimento. Todas as vias analisadas possuem sen do duplo.

Como a Rodovia SC-370 possui fluxo intenso há conflitos nos horários de pico. Com o grande tráfego ocorrendo na via, forma -se filas principalmente no sen do que leva a BR-101.

5.11 TRANSPORTE COLETIVO

Figura 81: Mapa de transporte cole vo na área. Fonte: Autora.

A área em análise é atendida pelo transporte público, ao qual duas empresas possuem linhas em diversos horários, passando nas principais ruas dos bairros, como mostra a figura 81.

Tanto a empresa TCL, como a Transgeraldo possuem linhas ligando o Bairro São João, e o Bairro São Bernardo e Humaitá de Cima, com pontos importantes da cidade, como: o shopping, o hospital, a Praça Sete, a UNISUL, bem como as escolas próximas aos bairros.

As linhas do bairro São João tem seu fluxo a par r do terminal, em direção a ponte do Morrotes, chegando ao bairro pela Rua São João, cortando o bairro São Bernardo e indo em direção ao Bairro São Mar nho. Já a linha que passa no bairro Humaitá de Cima, segue o fluxo através da Av. Patrício Lima, seguindo pela SC-370, passando pelo bairro e indo em direção ao bairro São Mar nho.

Foram encontrados na área 4 paradas de ônibus (fig. 82, 83, 84 e 85). Estas apresentam pouca infraestrutura, e apesar da baixa quan dade, é capaz de atender toda a área, tendo em vista que o raio de abrangência para os pontos de ônibus é de 500 metros.

Legenda: Terreno

Linha Av. Patrício Lima – São Mar nho

Linha Morrotes – São Mar nho Parada de ônibus

Raio de abrangência

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Figura 83: Paradas de ônibus encontradas na área. Fonte: Acervo autora.

5.12 PASSEIOS E PAVIMENTAÇÃO

Na área analisada foram encontradas vias em asfalto, em bloco intertravado de concreto, mais conhecido como lajota, e sem nenhuma pavimentação. Nas vias arteriais e de trânsito rápido há pavimentação asfál ca em bom estado, sem buracos ou desníveis, como mostra a figura 87. As ruas encontradas no bairro Humaitá de Cima (fig. 86), são largas, enquanto nos demais bairros as vias são estreitas e sem saída e possuem péssima infraestrutura, pois são em terra ba da com diversos buracos , como pode-se observar nas figuras 88 e 89.

Os passeios públicos também possuem baixa infraestrutura. Muitas ruas não possuem passeios, inclusive na rodovia, e quando há são irregulares, pois não tem as dimensões adequadas, ou possuem obstáculos, além de nenhum deles dispor de acessibilidade.

Fig.86: Pavimentação e falta de passeio no bairro São Bernardo. Fig. 87: Falta de pavimentação e calçada no bairro São João. Fonte: Acervo autora.

5.13 INFRAESTRUTURA

O terreno conta com a infraestrutura necessária para o devido funcionamento. A energia elétrica é fornecida pela empresa Cergal, e a distribuidora responsável pela distribuição de água é a Tubarão Saneamento. Apesar de estar sendo implantada na cidade a coleta de esgoto, ele ainda não é tratado, desta forma, o esgoto é des nado à fossa sép ca.

Já a coleta de lixo é feita pela empresa Retrans, atuando nos bairros em dias diferenciados. No bairro Humaitá de Cima a coleta é feita nas segundas e sextas a par r das 7:30hrs, enquanto no bairro São João e São Bernardo é nas

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Fig. 84: Pavimentação e calçada bairro Humaitá. Fig.85: Pavimentação SC -370. Fonte: Acervo autora.

terças e quintas a par r das 7:30hrs. Também há a coleta sele va na cidade, que atua em 50% dos bairros, atuando somente nos bairros Humaitá de Cima e São João, quarta-feira a par r da 13:30hrs e terça-feira a par r das 10:00hrs, respec vamente.

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