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HOSPITAL VETERINÁRIO DE UBERABA

No documento Hospital Veterinário de Tubarão (páginas 34-42)

O Hospital Veterinário de Uberaba localiza -se na Avenida do Tutuna, no núcleo residencial do bairro Tutunas, n. 720, na cidade de Uberaba/MG (fig.25). Foi projetado no ano de 2000, pela arquiteta Carmem Silvia Maluf, para abrigar o hospital escola da Universidade de Uberaba, em parceria da universidade com a ABCZ (Associação Brasileira de criadores de Zebu) e co m a FUNDAGRI (Fundação para o Desenvolvimento Agropecuário). O hospital foi construído para atender grandes animais, e é voltado a reprodução e controle de raças, mas também faz o atendimento de pequenos animais.

Figura 25: Localização do hospital. Fonte: Wikipédia/Google Maps.

O Hospital Veterinário de Uberaba é predominantemente térreo, na entrada principal do hospital há um auditório e salas de administração, o qual há um segundo pavimento des nado ao setor de funcionários, como pode-se ver na figura 26. O restante é térreo. Este bloco de recepção se conecta através de um longo corredor com os demais ambientes. Em um dos lados encontra -se setores de operação como enfermaria, enfermagem, isolamento e observação. Um pouco mais a frente deste setor encontra -se os consultórios, que possuem ligação rápida com salas de exames, as quais localizam -se no centro da edificação e próximas ao setor cirúrgico. No outro lado estão dispostas as baias para pequenos e grandes animais, um pouco afastadas do restante do hospital, visando o conforto de animais e de pessoas, tendo em vista o odor dos grandes animais. Em meio aos setores encontra-se jardins, sendo maior próximos as baias, fazendo com que o cheiro emi do pelos animais não interfira nos outros ambientes. Os jardins são grandes e ocupam boa parte do projeto.

Figura 26: Planta Baixa do Hospital Veterinário de Uberaba. Fonte: Arcoweb.

3.2.1 ACESSOS

Levando em conta que o hospital faz parte de uma universidade e prioriza o atendimento dos grandes animais, o acesso principal do hospital é des nada aos médicos veterinários e alunos, e se dá por meio do bloco onde localiza-se o anfiteatro (fig.29). Há outras duas entradas secundárias nas laterais

da edificação, uma voltada aos clientes de pequenos animais, onde há um controle à entrada destes (fig.28), e a outra para o acesso de grandes animais, localizado próximo as baias, como mostra a figura 27.

Figura 27: Acesso do hospital. Fonte: Arcoweb, modificado pela autora.

Figura 28: Acesso de pequenos animais. Fonte: Alves. Figura 29: Acesso principal. Fonte: Arcoweb.

3.2.2 ZONEAMENTO FUNCIONAL

Grande parte do hospital é des nada a áreas de atendimentos, exames, setor cirúrgico, baia dos animais, desta forma classificando boa parte do projeto como zona funcional. Já a parte social se dá através da recepção e circulação frente a entrada principal, enquanto o setor de serviço é reservado a uma pequena porção do edi cio, próximo ao bloco principal, onde localiza -se a administração, como mostra a figura 30.

Figura 30: Zoneamento funcional do Hospital Veterinário de Uberaba: Fonte: Arcoweb, modificado pela autora.

Legenda: Acesso principal Acesso secundário

Legenda: Setor social Setor funcional Setor de serviço

3.2.3 CIRCULAÇÃO

O hospital é em boa parte térreo, e somente o bloco onde localiza - se o anfiteatro possui um segundo pavimento, des nado aos dormitórios dos plantonistas. Assim, encontra-se uma circulação ver cal próximo a estes. Por ser predominantemente térrea, a edificação conta com circulações horizontais do po linear, ou seja, corredores, localizados por todo o hospital, sendo estes bastante compridos e ocupando grande parte do projeto (fig.30).

Figura 31: Circulações do hospital. Fonte: Arcoweb, modificado pela autora.

3.2.4 HIERARQUIA ESPACIAL

Dentre as classificações encontradas no hospital, a classificação semi-pública é a que se destaca no quesito quan dade, sendo composta por um maior número de ambientes, os quais pode-se citar: consultórios, baias dos animais, salas de exames, banheiros, anfiteatro, enfim, locais onde o público tem acesso com mais facilidade. Já os ambientes classificados como semi-privado, pode-se mencionar o setor cirúrgico, UTI e sala de raio X. Já em relação aos ambientes privados, foi iden ficado apenas a administração, local restrito aos gestores do hospital (fig.32).

Figura 32: Hierarquia espacial. Fonte: Arcoweb, modificado pela autora.

Legenda: Circulação horizontal Circulação ver cal Circulação de pacientes Circulação técnica

Legenda: Semi-público Semi-privado Privado

3.2.5 VOLUME/MASSA

Sua forma é composta por dois volumes em curva que se encontram a par r de um eixo, dando simetria ao projeto (fig.33). O volume principal do hospital fica por conta do bloco des nado ao anfiteatro, o qual possui dois pavimentos, dando esta ênfase ao conjunto (fig.36). Outro ponto que se sobressai na volumetria do edi cio são os domos de coberturas sobre os jardins internos (fig.35). Por estar localizado em um grande terreno da universidade, o hospital localiza-se em meio a um vazio, rodeado por vegetação, desta forma, se destaca na paisagem a qual está inserido. É iden ficado ritmo em alguns momentos, como na cobertura, nas aberturas e nos corredores que possuem fechamento em pérgola em concreto.

Figura 35: Pérgola nas circulações. Fonte: HVU. Figura 36: Fachada principal. Fonte: HUV.

3.2.6 ESTRUTURA E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

A técnica constru va empregada é o concreto armado, cuja estrutura é feita a par r de vigas, pilares e laje, possuindo a função de sustentação do prédio. Já os fechamentos são em alvenarias e não possuem função estrutural. Outros materiais presentes são o vidro, principalmente nas aberturas, e o aço, encontrado em boa parte do hospital através de guarda corpos nas circulações (fig.34).

3.2.7 CONFORTO AMBIENTAL

Percebe-se que houve uma preocupação com a ven lação e iluminação nos ambientes internos do projeto. Para garan r o conforto ambiental, a arquiteta dispôs de jardins internos fazendo com que o ar circule em direção aos ambientes. Além disso, a cobertura conta com domos abertos que também permitem a passagem de luz e ventos para a parte de dentro do hospital , como pode-se ver na figura 38. As circulações estão localizadas principalmente nas bordas do edi cio, compostas por paredes envidraçadas, permi ndo que a iluminação e ven lação permeie por entre o bloco, como mostra a figura 37. Apesar de toda preocupação não há nenhum mecanismo para barrar o calor na edificação. Desta forma, a fachada leste e oeste, as quais possuem grandes aberturas envidraçadas sofrem mais com o calor, mas como possui largos corredores o sol demora a penetrar no ambiente, fazendo com que não haja tanto calor interno.

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Figura 37: Insolação e ven lação. Fonte: Arcoweb, modificado pela autora.

Figura 38: Domos de abertura para ven lação na cobertura . Fonte: Farol.com.

3.2.8 RELAÇÃO COM O ENTORNO

O bairro Tutunas, o qual está localizado o Hospital Veterinário, é um bairro residencial, aproximadamente 5 km distante do centro urbano. As residências apresentam caracterís cas de classe baixa, por serem pequenas, com terrenos diminutos quase totalmente ocupados. Grande parte das moradias são térreas, com telhado aparente e estrutura em concreto com fechamento e m alvenaria e sem muito acabamento. As vias também são estreitas e com pouca infraestrutura. Por se tratar de um bairro residencial apresenta usos compa veis com o tal, como escolas, igrejas, praças e comércios em geral. Nota -se que nesta parte há poucos vazios, o que pode-se concluir que é um bairro já consolidado. Porém, o hospital está localizado as margens do bairro, o que faz com que metade do seu entorno seja bastante densa, enquanto a outra metade seja totalmente vazia. Como o lote o qual está implantado pertence a universidade não há como haver crescimento nesta área. Assim, ao norte do hospital temos uma área vazia, possibilitando uma área des nada aos grandes animais (fig.39).

Figura 39: Entorno do bairro onde o hospital está localizado. Fonte: Google Maps, moidficado pela autora.

3.2.9 RELAÇÃO INTERIOR COM EXTERIOR

Há uma grande relação do interior com o exterior no projeto. Como conta com os jardins internos cobertos com os domos, o meio externo permeia por dentro do edi cio, trazendo a c on nuidade do redor arborizado para o interior (fig.41). As circulações abertas e envidraçadas também dão a sensação de conexão, por estarem ao mesmo tempo em contato com a parte de fora e com a de dentro do hospital, como mostra a figura 40.

Figura 40: Circulação aberta. Fonte: Arcoweb. Figura 41: Jardim interno. Fonte: Unoeste.

3.2.10 CONCEITO E PARTIDO

A intenção do projeto, segundo a arquiteta, era fazer uma releitura das edificações já existentes no campus da universidade, com um ar despojado. Para isso criou um desenho com formas diferentes e espaços que se conectam, também aproveitando a iluminação e ven lação natural (fig.42). “O projeto tem

como linhas norteadoras um eixo e uma curva que se cruzam num ponto central,

buscando a adequada distribuição das a vidades de forma ergonômica, racional e coerente” (REVISTA PROJETO DESIGN, 2000), afirma a arquiteta.

Figura 42: Croqui do hospital. Fonte: Arcoweb.

3.2.11 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA

Foi escolhido o Hospital Veterinário de Uberaba por este possuir estratégias as quais busca-se u lizar no projeto, como o aproveitamento de iluminação e ven lação natural, e os jardins internos, que conectam o usuário ao meio exterior através do contato com a natureza. Além disso, possui maior enfoque no tratamento, reprodução e controle de raças dos grandes animais, ponto que também deve ser aproveitado para o desenvolvimento do projeto.

4 ESTUDO DE CASO

No documento Hospital Veterinário de Tubarão (páginas 34-42)

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