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invés das 2 que eram possíveis anteriormente, bem como o aumento do espaço para adição de código (32 kB para 512 kB) e do número máximo de programas (64 para 150).

• Mais e melhores interfaces de comunicação, tendo sido adicionadas portas RS-232 e RS-485 na segunda edição.

• Entradas digitais com capacidade de configuração da gama de operação através de software, onde na versão anterior esta configuração apenas poderia ser realizada através da ligação direta, para a gama de operação pretendida, dos jumpers presentes nas cartas.

• Entradas analógicas com capacidade de configuração, por software, das gamas de funci- onamento. Tal como nas entradas digitais, na versão anterior a configuração da gama de funcionamento pretendida era realizada através da ligação direta dos jumpers presentes nas cartas.

• O melhoramento do ecrã embutido permite uma interface de utilização mais evoluída e intuitiva.

Figura 3.11: BCU 500 edição 1. Figura 3.12: BCU 500 edição 2.

3.3

Conclusão

Durante o presente capítulo foi feita uma apresentação dos dois produtos que foram alvo de estudo. O primeiro produto, as passagens de nível XSafe, apresenta-se como sendo uma solução bastante flexível e completa podendo ser configurada de acordo com o nível de detalhe e com a necessidade que o consumidor final desejar. Esta segue uma arquitetura modular podendo ser, desta forma, decomposta em vários subsistemas. Essa decomposição será tida em conta durante o capítulo5pelo facto de permitir a realização de um estudo estatístico sobre o comportamento de cada subsistema e a sua influência no produto.

A unidade de controlo de painel BCU 500 apresenta-se, também ela, como sendo uma solução baseada numa arquitetura modular e flexível. Foi possível verificar que a segunda evolução deste produto consistiu num salto assinalável em complexidade.

É importante reter que em ambos os casos, os produtos em questão são utilizados em apli- cações cujo foco principal é a segurança. Este facto é importante, na medida em que ajudará a compreender o porquê de algumas considerações que foram tomadas, e explicadas, no decorrer dos seguintes capítulos.

Capítulo 4

Metodologia Aplicada

Neste capítulo são apresentadas as metodologias de cálculo de MTBF, MTTR e disponibili- dade que serão utilizadas durante este estudo.

Num primeiro subcapítulo são apresentadas a metodologia e as equações utilizadas para o cálculo dos valores de fiabilidade através dos métodos de estimação sendo que, neste caso, o esco- lhido recai sobre a análise dos dados de campo. De seguida é, também, apresentada a metodologia associada agora ao cálculo preditivo destes mesmos valores, recorrendo a dois dos métodos mais utilizados atualmente na indústria, a norma militar MIL-HDBK-217F e a FMEA/FMECA.

4.1

Método Estimativo - Dados de Campo

Dos dois métodos de estimação de resultados de fiabilidade estudados durante a realização do estado da arte, a escolha recaiu sobre a análise dos dados de campo. Esta é a mais utilizada pelos fabricantes e, como poderá ser visto, caso se tenha acesso aos dados completos de utilização, é possível obter resultados com um grau de precisão elevado. Podendo ainda ser utilizada, com algumas alterações, caso não se possuam dados muito exatos sobre tempos de funcionamento e avarias obtendo mesmo assim valores de fiabilidade aproximados.

4.1.1 Metodologia

Logo após a recolha e tratamento dos dados das intervenções, recolhidos na plataforma de re- gisto de intervenções, é necessário transformar o comportamento dos sistemas, utilizados ao longo do período de estudo, num comportamento típico. Para isso é necessário identificar o número de horas total sobre o qual o estudo assenta bem como o número total de equipamentos a funcionar à data. Aliado a isso é necessário relacionar esses dois valores, o que leva à necessidade de achar o tempo total de funcionamento do produto.

Parte deste pressuposto a formulação da primeira equação a utilizar em ambos os produtos que fazem parte deste estudo:

Tf = x

i=1

(Tn−CSi) ∗ 24 (4.1)

em que Tfé o tempo total de funcionamento, em horas, do sistema composto por x equipamentos; Tn a data final do estudo; e CSi a data de colocação ao serviço do produto i. Caso exista uma determinada quantidade de produtos colocados ao serviço no mesmo instante e existindo apenas uma data de colocação ao serviço em cada ano, a expressão a utilizar poderá ser dada por:

Tf = x

i

(Tn−CSn) ∗ 24 ∗ n (4.2) em que aqui CSn corresponde à data de colocação ao serviço da quantidade de produtos n; e o somatório será feito ano a ano, desde o ano i, de início do estudo, ao ano x, de fim de estudo.

A diferenciação entre as duas equações anteriores prende-se apenas com a diferença de exati- dão nos valores requeridos, para cada tipo de produto em estudo, para o cálculo do tempo total de funcionamento. Isto levou à necessidade de utilização das duas equações por forma a conseguir extrair o máximo detalhe possível.

Depois da obtenção do valor do tempo total de funcionamento, Tf, este é utilizado para o cálculo de um dos valores essenciais deste estudo, o MTBF. Isto é possível através da seguinte equação:

MT BF= Tf

Av (4.3)

onde Av corresponde ao número total de avarias registadas. A equação anterior pode ainda ser adaptada para obter o valor de MTBF por componente ou subsistema, bastando para isso que apenas sejam introduzidas as avarias ocorridas nesse mesmo componente ou subsistema.

Através do valor de MTBF obtido é então possível chegar ao valor da taxa de avarias, sendo para isso necessário calcular o inverso deste valor através de:

λ (t) = 1

MT BF (4.4)

Assumindo agora que λ (t) é constante e igual a λ , é possível calcular a fiabilidade de um componente através de:

R(t) = e(−λ ∗t) (4.5)

Sabendo que a fiabilidade de um sistema é dependente da fiabilidade dos seus componentes e, que neste caso, sendo uma associação em série, o critério de sucesso assenta na plena e correta funcionalidade de todos os seus componentes, bastaria a ocorrência de uma avaria num deles para

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