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MAPA 3 Malha Ferroviária do Recife em 1906: Recife possuía em 1906 um

19 CONCLUSÃO

A análise histórica, do período coberto pela pesquisa, sugere que as inúmeras tentativas, de solucionar o problema do baixo nível de desenvolvimento, partiram sempre do pressuposto que o fraco desempenho econômico e social do semi-árido se deveu sempre às terríveis conseqüências da seca. O capital humano da região esteve historicamente fora do sistema educacional e de formação profissional desde os tempos da cana de açúcar.

Após o advento do modelo de análise que quantifica o IDH das regiões, fica evidente que, o Estado como um todo e o Semi-Árido em especial, apresentam bolsões de pobreza e atraso perfeitamente identificados através da série de índices de desenvolvimento, publicados periodicamente.

Como não se espera das iniciativas econômicas, que solucionem diretamente os problemas de desenvolvimento humano, a menos que seja um empreendimento educacional, todos os programas endereçados à região esbarraram na baixa qualificação da mão-de-obra e as necessidades nesta área foram preferencialmente solucionadas mediante a importação de técnicos.

Aos governos ficou reservado o papel de agente fomentador do desenvolvimento através da melhoria das condições mínimas de sobrevivência das populações menos favorecidas. Porém, no período analisado não foi identificada nenhuma iniciativa oficial efetiva, neste sentido. Os investimentos foram sempre feitos em obras que pouco beneficiaram esta população, ou em ações assistencialistas com o efeito imediato de criar dependência e afastar a idéia de sustentabilidade.

O verdadeiro mecanismo que impulsiona a melhoria social dos indivíduos tem sido produzido pela economia de mercado com suas exigências crescentes e progressivas. Na extensa discussão sobre os males do capitalismo, em contraposição à idéia de outros regimes, os esforços sempre se concentraram nos efeitos danosos trazidos pela chamada exploração do homem pelo capital na exclusão das minorias, e outros aspectos mais ligados a questão ética do que propriamente à econômica.

Em apoio a este raciocínio, destaque-se que muitos dos indivíduos, sem qualificação e formação profissional, migraram para outras regiões mais prósperas, fugindo dos efeitos da seca em várias ocasiões, em busca de trabalho e renda. Por mera questão de sobrevivência estes indivíduos acabaram por adquirir algum tipo de qualificação. Os que deixaram de agir

assim acabaram voltando às origens ou permaneceram marginalizados nas grandes metrópoles.

A análise dos dados sobre os principais movimentos econômicos ocorridos em Pernambuco desde a década de 1850 – marco definitivo na historia econômica do Estado – indica, nas primeiras cinco décadas, uma continuada queda na importância do ciclo da cana de açúcar, amenizado pelo robustecimento do algodão, que compensou em certa medida o

débâcle econômico de Pernambuco.

Ficou evidente que o ciclo da cana de açúcar, pela longevidade, influência social e econômica foi o mais importante e abrangente fenômeno econômico em toda a historia do Brasil. Não seria exagero dizer que nenhum outro ciclo econômico brasileiro tenha lhe igualado em importância. Outros ciclos, como o do ouro, por exemplo, podem ter gerado maior riqueza, mas a duração e a influencia social teriam sido menores.

Pernambuco foi durante quatro séculos o centro nervoso deste fenômeno que influenciou de forma profunda e definitiva o pensamento, o modo de vida e a sociologia da região. É difícil, senão impossível, mensurar e avaliar a profundidade e real dimensão da influência e legado deixados na sociedade da época, pelo distanciamento do tempo e principalmente pela diferença de critérios utilizados atualmente e a falta de dados semelhantes relativos à época. Lembrando que as cogitações, sobre o que viria a ser a base do pensamento econômico, começaram a ser registradas apenas no século XVIII, assim restou a alternativa de recorrer a sinais exteriores remanescentes que indicam parcialmente o ambiente vivido por nossos antepassados.

Hoje contamos com indicadores econômicos e sociais capazes de fornecer um critério de avaliação do grau de desenvolvimento de uma sociedade de forma comparativa independente da cultura, da língua e do modo de vida das populações. Mas estes dados remontam, quando muito, às primeiras décadas do século XX.

Sabemos concretamente, apenas que no século XIX o açúcar produzido na região onde hoje se delimita o Estado de Pernambuco, foi o primeiro item de exportação da Colônia seguido pelo algodão e pelo café. O ouro não aparece nas contas oficiais provavelmente porque sua exportação se deu, em grande medida, sem passar pelas alfândegas.

No que diz respeito ao comportamento econômico de Pernambuco, percebe-se que o inicio do declínio do ciclo do açúcar coincidiu com a eclosão do algodão que introduziu o nascente Reino amigo de Portugal, no mapa da revolução industrial. Instalaram-se inúmeras tecelagens, na cidade do Recife e usinas descaroçadeiras de algodão no Sertão, que sobreviveram até a metade do século XX.

Esta orientação agrícola fez com que as reservas naturais da região fossem relegadas a um segundo plano, permanecendo pouco estudadas e quase desconhecidas pelos agentes econômicos. Somente a partir da segunda metade do século teve inicio a exploração de calcário, pela indústria do cimento e para uso agrícola, seguida pelo surgimento do pólo Gesseiro de Pernambuco, hoje, um dos mais importantes do país.

Pelas características atuais do Pólo Gesseiro fica evidente que sua organização institucional atende a maioria dos requisitos atribuídos ao conceito de Cluster utilizado em Economia. Embora seja uma operação limitada à extração e ao processamento mínimo para a produção de gipsita, uma matéria prima de emprego em larga escala na construção e na agricultura, seus dirigentes procuram desenvolver alternativas mercadológicas para expansão do uso e alargamento do mercado.

O setor se estruturou institucionalmente na forma de um sindicado da categoria que interage constantemente com o governo, outras categorias e agentes econômicos buscando soluções institucionais para seus principais gargalos. Trabalha-se com a noção de que o

Cluster do Gesso transcende, em importância, os interesses econômicos de seus empresários.

Hoje o Cluster é visto como um importante elo na cadeia de desenvolvimento da economia do Estado, principalmente da região, onde está instalado, que apresenta um dos menores índices de desenvolvimento humano.

Esta sinergia entre seus agentes diretos e indiretos, sintetiza o aspecto mais relevante do conceito de Cluster que propõe a busca da sobrevivência de forma sustentável, o que não ocorreu com os dois principais fenômenos econômicos da historia do Estado.

A filosofia de gestão aceita atualmente sinaliza na direção da formação de grupos estratégicos e conglomerados de empresas unidos em torno de metas comuns, com o apoio institucional de agências de desenvolvimento, bancos de fomento e órgãos reguladores. Na medida em que estes agentes se envolvem, discutem os problemas e traçam objetivos gerais, obtém-se diretrizes que, se implementadas corretamente, promovem a sustentabilidade do setor, mesmo em face de mudanças estruturais na economia. Este parece ser o perfil do Pólo Gesseiro de Pernambuco o que o assemelha em larga medida, ao sentido primordial de

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ANEXO A – Órgãos e Entidades envolvidas com o Cluster do Gesso

1. SECTMA – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco 2. CPRH – Companhia Pernambucana do Meio Ambiente

3. Instituto de Tecnologia do Estado de Pernambuco – ITEP

4. Secretaria de Desenvolvimento Indústria e Comércio do Estado de Pernambuco 5. AD/DIPER – Agência de Desenvolvimento do Estado

6. Ministérios do Governo Federal

7. Prefeituras Municipais da Região do Araripe 8. Bancos Regionais e Agências de desenvolvimento 9. Associações e Sindicatos

10. Universidades, Instituições de Ensino e Pesquisa 11. SEBRAE

12. SENAI 13. SESI

14. APEX – Agência Brasileira de Exportação 15. Sistema CNI

16. FIEPE/BFZ (Centros de Formação Profissional das Associações Empresariais da Baviera) – Projeto Cooperar

17. PBQPH – PSQ – Gesso

18. CEDENE – Centro de Desenvolvimento do Nordeste(OSCIP) 19. ASSOGESSO

ANEXO B – Matéria JC Online 22.07.2001

Jornal do Commercio Recife - 22.07.2001 Domingo

INDÚSTRIA

Alto custo inviabiliza a produção de granito

Bezerros e Bom Jardim já tiveram sete indústrias de pedras ornamentais. Hoje, só restam duas. Segundo o Sindipedra,

Pernambuco tem custo de beneficiamento superior ao do Sudeste

por ANGELA FERNANDA BELFORT

Das sete empresas que se instalaram no pólo de produção de granito nos municípios de Bezerros e Bom Jardim, somente duas continuam funcionando. A crise do setor foi deflagrada por juros altos, recessão, mas também por fatores regionais, que vão desde a mudança na cobrança dos empréstimos feitos pelo Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) até o beneficiamento da pedra que consegue ter um custo mais alto no Estado do que no Sudeste do País. O presidente do Sindicato da Indústria de Extração e Beneficiamento de Rochas de Pernambuco (Sindipedra), José Carlos Queiroga, explicou que “o custo de beneficiamento no Estado é mais alto do que as empresas instaladas no Sudeste, porque a pedra pernambucana tem um teor maior de quartzo que a torna mais dura.” Como as pedras encontradas nas jazidas, localizadas da Bahia para cima, são mais duras, elas levam mais tempo para serem serradas, o que implica num maior gasto de insumos, como energia elétrica, granalha (pequenos grãos de aço) e até custos com pessoal.

“Há pedras que são serradas em quatro dias no Espírito Santo, enquanto o nosso produto, que apresenta uma cor similar, leva de seis a oito dias para ser serrado na nossa empresa”, comentou o diretor e geólogo da Pergran, Douglas Falcão Wanderley. A companhia está instalada em Bezerros. O custo do beneficiamento incide diretamente no preço do produto e o resultado é que o granito extraído e produzido localmente fica com o preço mais caro do que um que apresenta a mesma coloração, mas é retirado e beneficiado no Espírito Santo. Somente como exemplo, o metro quadrado de um ladrilho de granito produzido por uma das empresas que continuam funcionando em Bezerros custa de R$ 45 a R$ 60, enquanto o produto do Espírito Santo, que tem a mesma cor, chega ao Estado por R$ 40. “Na época, em que instalamos a empresa sabíamos que o custo do beneficiamento seria mais alto, mas não pensávamos que a diferença seria tão grande”, comentou Wanderley.

HISTÓRICO – Quase todas as empresas que fazem parte do pólo de granito de Bezerros e Bom Jardim se instalaram

dentro de um programa chamado Pedra Bonita, que foi implantado em 1993 pelo então governador Joaquim Francisco. Na época, as empresas conseguiram um financiamento do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) via Bandepe, que ainda era um banco estatal. “Depois que contraímos os empréstimos, as regras da política financeira mudaram, as prestações aumentaram e retiraram o rebate de 40% sobre os valores que seriam pagos”, comentou o sócio diretor da empresa Pedra do Sol, Alberto Cavendish Moreira. Ele argumentou também que a mudança na política financeira fez as empresas ficarem sem capital de giro e isso ocorreu na mesma época em que houve a recessão do plano real durante 1998 e 1999. A Pedra do Sol já chegou a funcionar com 40 funcionários, mas está paralisada desde o mês passado e

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