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O acesso à informação publicada nos sítios Web por meio de conteúdos nos mais diversos formatos é um direito de todos. A evolução da Web nos últimos anos mostra que a Internet é um dos meios de interatividade que mais cresce em todo o mundo, pois por meio da Web as pessoas podem buscar informações sobre praticamente qualquer aspecto que envolva o conhecimento humano. As tecnologias dominantes de interação foram desenvolvidas para que as pessoas pudessem usufruir de todos os conteúdos disponíveis. No entanto, embora a informação esteja disponível em grande escala, por meio deste trabalho ficou claro que a acessibilidade de conteúdos ainda não é universal, ou seja, as pessoas com inabilidades visuais ainda se deparam com sérias barreiras que as impedem de ter o mesmo nível de percepção dos conteúdos dos usuários sem inabilidades.

Este trabalho propôs como avaliar a acessibilidade Web por meio de métricas de

software. A abordagem de avaliação proposta possibilitou avaliar a acessibilidade sob o

ponto de vista de usuários com inabilidades e com o emprego de uma ferramenta automatizada homologada pelo consórcio W3C. Os resultados obtidos revelaram que a acessibilidade percebida pelos usuários é diretamente impactada pela existência de violações aos pontos de verificação e aos princípios de acessibilidade referenciados pelos guias de acessibilidade Web oficiais. Por meio dos resultados obtidos, ficou claro que a acessibilidade dos conteúdos de alguns sítios do Governo brasileiro, notadamente aqueles que disponibilizam serviços de grande interesse público, ainda não foi implantada integralmente, embora sua implementação seja obrigatória segundo o Decreto Lei 5.296. A abordagem proposta neste trabalho possui um diferencial em

relação a outras abordagens de avaliação, pois utiliza duas técnicas de avaliação que se complementam (ferramenta automatizada e avaliação com usuários reais) no intuito de atingir melhores resultados.

Os resultados mais significativos deste trabalho foram obtidos por meio do relacionamento dos dados coletados após a aplicação da ferramenta automatizada e por meio das sessões interativas de avaliação de acessibilidade com a presença de usuários reais. O relacionamento dos dados demonstrou que existe, para a maioria dos casos, uma relação inversa entre a percepção de acessibilidade por parte dos usuários com inabilidades e os quantitativos de violações coletados por meio da ferramenta automatizada. A existência desta relação comprova que as barreiras de acessibilidade impactam diretamente a interação dos usuários com os conteúdos Web, principalmente as barreiras de acessibilidade causadas por imagens distorcidas, do tipo CAPTCHA.

A maior contribuição do relacionamento dos dados foi a descoberta de indicadores para a definição de um catálogo de serviços para SLA de acessibilidade Web, obtidos por meio do refinamento dos dados relacionados às violações aos pontos de verificação do WCAG. Os indicadores que compõem o catálogo de serviços estabelecem níveis máximos tolerados para os percentuais de violação aos princípios da Percepção, Operação e Entendimento de conteúdos Web.

O catálogo de serviços definido poderá compor SLA de acessibilidade Web estabelecidos entre clientes e provedores de desenvolvimento Web ou mesmo compor sessões específicas de acessibilidade para SLA genéricos que envolvam o desenvolvimento de sítios Web. Os seguintes exemplos ilustram situações para as quais o catálogo de serviços poderá ser parte integrante de SLA formalmente estabelecidos: (i) fábricas de software contratadas para desenvolvimento e/ou manutenção de sítios Web do Governo com foco nos serviços ao cidadão, (ii) provedores de serviços Internet

que oferecem serviços Web para empresas da iniciativa privada interessadas em disponibilizar seu portifólio de serviços na Web com conteúdos acessíveis, (iii) equipes internas às empresas ou repartições públicas responsáveis pelo desenvolvimento da Intranet corporativa com conteúdos acessíveis para funcionários com inabilidades, (iv) desenvolvedores Web em geral conscientes da necessidade de minimizar as barreiras de acessibilidade para a comunidade de usuários com inabilidades.

Neste contexto, podem ser destacadas as seguintes contribuições desse trabalho: • Proposição de uma abordagem prática para avaliação de acessibilidade

Web com a participação de usuários reais;

• Proposição de um protocolo de coleta de dados sobre a percepção de acessibilidade Web por parte de usuários com deficiência visual em sessões interativas de avaliação de acessibilidade;

• Identificação de relacionamentos entre a percepção dos usuários e as violações obtidas por meio de ferramenta automatizada, indicando que as violações aos itens de verificação afetam a percepção dos conteúdos Web por parte dos usuários com inabilidades;

• Proposição de indicadores para um catálogo de serviços de SLA de acessibilidade que possa ser formalizado com desenvolvedores Web visando à melhoria da acessibilidade dos conteúdos dos sítios Web. Os resultados preliminares desta dissertação foram apresentados a diferentes comunidades em eventos acadêmicos como Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web (LIMA, LIMA, OLIVEIRA, 2006), Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software (SQBS) (LIMA, LIMA, OLIVEIRA, 2007a), e Workshop on Design & Evaluation of e-Government Applications and Services (Degas 2007) (LIMA, LIMA, OLIVEIRA, 2007b), evento co-locado ao XI International Conference on Human-

Computer Interaction (Interact 2007). As maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento deste trabalho dizem respeito aos seguintes aspectos: (i) limitação do número de voluntários para as avaliações de acessibilidade, visto que muitas pessoas não se sentiram seguras devido à falta de prática na interação com a Web ou por motivos de ordem pessoal e (ii) limitação do número de sítios e tarefas avaliadas nas sessões interativas, devido à janela de tempo, necessária para finalizar cada sessão, ser incompatível com a disponibilidade das pessoas e devido ao fato de que as sessões, por apresentarem barreiras de acessibilidade, foram muito cansativas para os voluntários.

Trabalhos futuros que se enquadrem no contexto da avaliação de acessibilidade Web poderão ter como meta a definição de novos indicadores para o catálogo de serviços visando ao aprimoramento da versão apresentada neste trabalho. Neste contexto, os futuros esforços certamente deverão considerar um maior contingente de usuários voluntários com inabilidades, mais sítios para avaliação e, conseqüentemente, mais tarefas por sessão de avaliação, como forma de minimizar as dificuldades encontradas neste trabalho e para permitir novos horizontes de pesquisa.

Outros aspectos que poderão ser explorados em trabalhos futuros são: a definição de novas métricas para a avaliação de acessibilidade Web e o desenvolvimento de ferramentas automatizadas que consigam obter as violações estritamente relacionadas ao caminho percorrido por um usuário durante a interação com a Web sem considerar os conteúdos não diretamente relacionados à execução de uma tarefa interativa. Esta precisão ainda não é possível devido a uma limitação das ferramentas de avaliação atualmente disponíveis para uso.

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