• Nenhum resultado encontrado

CONCLUSÃO

No documento UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA (páginas 68-76)

Os resultados deste estudo permitem verificar que:

• 84,7% das raparigas e 66,3% dos rapazes estão livres de história de cárie (p= 0,004)

• os rapazes têm um risco 2,34 maior (OR=2,34) de ter história de cárie (cpo’d 0) do que as raparigas ( p=0,02)

• o cpo’d demonstra estar associado à idade, o grupo dos 3 anos têm maior percentagem de crianças com cpo’d igual a zero, comparativamente ao grupo dos 4 e 5 anos (p= 0,028).

• não foram encontradas diferenças significativas entre o cpo’d das crianças filhas de portugueses e imigrantes

• existe associação entre as variáveis cpo’d e a ida à consulta de saúde oral. A percentagem de crianças livres de história de cárie (cpo’d=0) é maior no grupo que nunca foi à consulta, comparativamente ao grupo que já foi a uma consulta de saúde oral (p=0,04)

• com o aumento na idade aumenta a percentagem de crianças que teve acesso à consulta de saúde oral (p= 0,006).

• as crianças filhas de pai com ensino básico são as mais representativas no grupo que nunca foi a uma consulta de saúde oral. As crianças filhas de pais com ensino secundário são as que mais recorreram à consulta (p=0,04)

• as crianças que já foram à consulta de saúde oral têm um risco, cerca de 3 vezes maior (OR=3,21) de ter um índice de cpo’d diferente de zero do que as crianças que nunca foram à consulta (p=0,005)

É de elevado interesse a realização de mais estudos com esta temática, não só nas crianças mas também em adultos. As crianças são um grupo privilegiado, pois têm acesso a cuidados de saúde oral através do SNS que os adultos não têm, sendo assim existe uma necessidade emergente de um maior conhecimento do estado de saúde oral destas comunidades, avaliando até que ponto estão mais vulneráveis ao aparecimento de doenças orais.

69 Seria importante a implementação de projectos locais, com directivas nacionais, que comtemplassem a identificação dos determinantes de saúde oral das populações, promoção da saúde oral e redução de factores de risco às doenças orais, alargada à população em geral. O PNPSO está direcionado para grupos específicos, nomeadamente, crianças, grávidas, idosos e indivíduos HIV positivo, estando excluída a restante população. Parece-nos importante a elaboração de políticas de saúde oral mais alargadas, de forma a reduzir a carga das doenças orais, principalmente nos grupos mais desfavorecidos e marginalizados.

70

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Abukumail, N. Acesso aos cuidados de Saúde oral e nível de saúde oral nas comunidades imigrantes Africana e Brasileira em Portugal. FMDUL, Mestrado em Saúde Oral Preventiva e Comunitária, 2009

• Adair, P. et al. Familial and culture perception and beliefs of oral hygiene and dietary practices among ethnically and socio-economically diverse groups. Community Dental Health, 21:102-121, 2004

• Almeida, C. et al. Changing oral health status of 6 and 12 years old schoolchildren in Portugal. Community Dental Health, 20:211-216, 2003

• Anderson, R. Revisiting the behavioral model and access to medical care: does it matter? Journal of Health and Social Behavior, 36: 1-10, 1995

• Anderson, R.; Davidson, P. Ethicity, aging and oral health outcomes: a conceptual framework. Adv. Dental Research, 11:203-209, 1997

• Andrade, I. Geografia da saúde imigrante na área metropolitana de Lisboa. ACIDI, IP, Tese de mestrado, 2008

• Beighton, D. at al. A multi-country comparison of caries-associated microflora in demographically diverse children. Community Dental Health, 23: 96-101, 2004 • Bonita, R. et al. Epidémiologia Básica.WHO, 2006

• Chakraborty, B.; Chakraborty, R. Concept, measurement and use of acculturation in health and disease risk studies. Coll. Antropol. 34 (4): 1179-1191, 2010

• Culyer, A.; Wagstaff, A. Equity and equality in health and health care. Journal of Health Economics, 12: 431-457, 1993

• Cruz, G. et al. The association of immigration and acculturation attributes with oral health among immigrants in New York City. American Journal of Public Health, 99 (62), 2009

71 • Cruz, G. et al. Determinants of oral health care utilization among diverse groups of

immigrants in New York City.JADA, 141, 2010

• DGS. Estudo Nacional de prevalência das doenças orais. 2008

• DGS. Acesso dos imigrantes ao Sistema Nacional de Saúde. Circular informativa nº12, 07/05/09

• DGS. Plano Nacional de Promoção de Saúde Oral. Ministério da Saúde, 2005 • Dias, C. et al. A saúde dos imigrantes - Inquérito Nacional de Saúde 2005-2006.

Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP. 2008

• Dias, S. et al. Determinants of health care utilization by immigrants in Portugal. BMC Health Service Research, 8:2007, 2008

• Diário da República. Plano para a Integração dos Imigrantes. Resolução de Conselho de Ministros nº63, II serie, 3 de Maio

• Diário da República. Lei nº48/90, I serie, 24 de Agosto

• Diário da República. Decreto Lei nº67/2004, I serie, 25 de Março

• Douglass, J. et al. A practical guide to infant oral health. American Family Physician, 70(11), 2004

• Emilio, A. et al. Diagnóstico Social da Freguesia do Cacém. Rede Social, 2008 • Featherstone, JDB. Dental Caries: a dynamic disease process. Australian Dental

Journal, vol.53:286-291, September 2008

• Fejerskov, O. Concepts of dental caries and their consequences for understanding the disease. Community Dentistry and Oral Epidemiology, 25: 5-12, 1997

• Fejerskov, O., Kidd, E. What constitutes Dental Caries? Histopathology of carious enamel and dentin related to the action of cariogénic biofilms. Journal Dental Res. Vol.83:35-38, 2004

72 • Ferreira, R. Relatório de actividades do PNPSO na zona do Cacém- ano lectivo

2008/2009. ACES X – Cacém/Queluz, 2009

• Fonseca, M. et al. Saúde e integração dos imigrantes em Portugal: uma perspectiva geográfica e política. Revista Migrações. Vol. 1:27-52, 2007

• Fonseca, M. Relatório sobre o estado da arte em Portugal. Departamento de Geografia/Centro de Estudos Geográficos, Universidade Nova de Lisboa, 2009 • Fortin, M. O processo de investigação. Décarie Éditeur, 2003

• Gao, X.; McGrath, C. A review on the oral health impacts of acculturation. J Immigrant Minority Health, 13:202-213, 2011

• Garcia, R. et al. Multicultural Issues in Oral Health. Dental Clinic North America, 52 (2), 2008

• Grindefjord, M. et al. Stepwise Prediction of dental caries in children up to 3.5 years of age. Caries Research, 30, 256-266, 1996

• Harris, R. e tal. Risk factors for dental cáries in young children: a systematic review of the literature. Community Dental Health. 21:71-85, 2004

• Hiramatsu, D. et al. Influencia da aculturação na autopercepção dos idosos quanto à saúde bucal em população de origem japonesa. Cad. Saúde Pública, 22 (11): 2441- 2448, 2006

• Hobdell, M. et al. Ethics, equality and global responsabilities in oral health and disease. Europe Journal Dental Education, 6 (supl 3), 2002

• Hughes, D. et al. Disparaties in children’s use of oral health services. Public Health Reports, 120, July-August, 2005

• IGE. Educação pré-escolar- Rede das IPSS- roteiro. Ministério do Trabalho e Solidariedade Social. 2005

• INE. Inquérito Nacional de Saúde 2005/2006. Lisboa, 2009 • INE. Censos 2011- Resultados Provisórios. Lisboa, 2011

73 • IOM. Migration Health: report of activities 2008-2009. 2010

• IOM/ ACIDI. Acolhimento e integração dos imigrantes em Portugal – Mapa de Boas Práticas. 2007

• Jackson, S. et al. Impact of poor oral health on children’s school attendance and performance. American Journal of Oral Health, 101 (10), 2011

• Kelly, S. et al. Barriers to care-seeking for children’s oral health among low-income caregivers.American Journal of Public Health. 95 (8). 2005

• Marthaler, T. Changes in dental cáries 1953-2003. Caries Research. 38:173-181, 2004 • Martins, M. et al. Estatística Aplicada às Tecnologias da Saúde. Lider.Lisboa, 2007 • Ministério da Saúde. Relatório anual sobre o acesso a cuidados de saúde no SNS.

Portugal, 2011

• Pahel, B. et al. Parental perception of children’s oral health: The Early Childhood Oral Health Impact Scale. Health and Quality of Life Outcomes, 5:6, 2007

• Plácido, A. Análise dos resultados preliminares dos censos 2011. DSIG/DPDE/Câmara Municipal de Sintra, 2011

• Petersen, P. et al. The global burden of oral diseases and risks to oral health. Bulletin of the World Health Organization, 83 (9), 2005

• Petersen, P. et al. Socialbehavioural risk factors in dental caries- international perspectives. Community Dentistry and Oral Epidemiology, 33:274-279, 2005 • Peterson, P.; Kwan, S. The 7ªWHO Global Conference on Health Promotion- towards

integration of oral health (Nairobi, Kenya 2009). Community Dental Health, 27: 129- 136, 2010

• Pine, C. et al. International comparisons of health inequalities in childhood dental caries. Community Dental Health, 21: 121-130, 2004

• Porta, M., Greenland, S., Last, J. A Dictionary of Epidemiology. Oxford University Press, 5ª edition, 2008

74 • SEF. Relatório de imigração, fronteiras e asilo 2010. 2010

• SEF. Relatório de imigração, fronteiras e asilo 2008. 2008

• Selwitz, R., Ismail, A., Pitts, N. Dental Caries. The Lancet, Vol.369: 51-52, 2007 • Selikowitz, H. Acknowledging cultural difference in the care of refugees and

immigrants. International Dental Journal, 44, 59-61, 1994

• Sheiham, A. Oral health, general health and quality of life. Bulletin of the world health organization. Vol.83, 2005

• Szilagyi, P. Oral health in children: A pediatric health priority. Academics Pediatrics, 9:372-3, 2009

• Tinanoff, N. et al. Current Understanding of epidemiology mechanisms and prevention of dental cáries in preschool children. Pediatric Dentistry. 24:6, 2002

• WHO. The World Oral Health Report. 2003

• WHO. World Health Organization global policy for improvement of oral health – World Health Assembly 2007. International Dental Journal, 58:115-121, 2008

75

76

Anexo I - Quadros da população residente no Concelho de Sintra segundo grupos

No documento UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA (páginas 68-76)

Documentos relacionados