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O futebol é o esporte mais amado pelo povo brasileiro, isso é sem dúvidas algo que está estampado nos costumes do povo brasileiro, porém, existem muitos fatores jurídicos para que o espetáculo possa ocorrer com maestria. O trabalho monográfico redigido foi idealizado para exprimir um vínculo entre duas áreas, a área desportiva, que em sua maioria é tangível ao público de modo geral, e pela área jurídica, que fica em segundo plano diante do espetáculo, mas que, no entanto, é basilar para todo o processo que neste caso é focado na área futebolística. De início é apresentada uma necessitada evolução dos clubes futebolísticos, em razão das mudanças contemporâneas, ou seja, o capital em torno do futebol é nitidamente maior em relação aos anos anteriores, isto se dá pelo alto investimento de empresas no meio desportivo, o que é algo bom para ambos os lados, seja a empresa que irá estampar sua marca, e para os atletas, abrindo espaço para o nascimento de novos atletas e para a profissionalização destes no mercado de trabalho.

Embasado no conteúdo exprimido pelo trabalho acadêmico aqui comtemplado, é necessário então obter-se a discussão tangente aos dispositivos do adicional noturno e dos períodos de fim de semana, no âmbito desportivo, uma vez que existem meios jurídicos controversos sobre os institutos.

A primeira impressão deixada pelo trabalho, aos olhos dos doutrinadores, é que os importados celetistas não são aptos para provimentos adicionais, ou seja, os embates sugerem que os atletas futebolísticos sabem intrinsicamente que, a partir da assinatura contratual já possuem conhecimento dos horários e dos dias que sua profissão suporta.

As decisões judiciais trazem aspectos que não se correlacionam com os pedidos pelos autores, por se tratar de peculiaridades inocorrentes no âmbito celetista, entretanto, pode-se observar que a Lei Pelé opera um preceito denominado “remuneração especial”, que pelo nome sugere que todos os valores adicionais são repassados a este fundo, que deste modo, impossibilita qualquer tipo de pretensão de entrada judicial pelos atletas ao seus ex-clubes.

É importante ressaltar que os clubes devem se ater aos termos contratuais do atleta, sempre almejando dispor de clausulas para resguardar tanto o clube quanto ao atleta contratado no período, seja para o adicional noturno ou para direito de imagem, e os outros citados neste trabalho.

Conclui-se que o tema é bem controverso no âmbito jurídico, pois temos decisões antigas que ainda fazem norte para doutrinadores que negam a utilização das normas celetistas no meio desportivo, entretanto, decisões novas, proferidas pelo Tribunal Regional Trabalhista,

ou pelo Tribunal Superior Trabalhista podem mudar o rumo das jurisprudências, assim como o caso mencionado do atleta Maicon, que decidiu processar seu ex-clube São Paulo Futebol Clube, que pelo seu tamanho em estrutura e história, desencadeou uma série de discussões.

O mais interessante são as proporções tomadas da ação, pois um ex-atleta de um clube de grande proporção, que teoricamente possui um jurídico avantajado, conseguiu ganhar uma decisão que é baseada na jornada de trabalho da grande maioria dos atletas profissionais futebolísticos, então pode-se dizer que isto pode servir de “exemplo” para que mais atletas processem seus antigos clubes de futebol, podendo fazer com que o efeito gere uma bola de neve em todo desporto, atingindo principalmente aqueles clubes de menor expressão, sendo geralmente mais frágeis financeiramente.

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