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As conclusões, a que chegou esta pesquisa, foram resultados das percepções dos docentes acerca das violências possivelmente praticadas em sala de aula da educação superior de IES particulares de São Luís do Maranhão. Para atingir esse objetivo, definiram-se outros específicos, considerado relevantes: explorar conceitos de violências definidos pelos docentes; identificar tipos de violências que possivelmente ocorrem em IES particulares; e, identificar prováveis impactos das violências sobre o desempenho de docentes.

A primeira conclusão respondeu à pergunta: o que os docentes entendem por violências? Um grupo pequeno demonstrou não ter clareza acerca da semântica do fenômeno, violência, pois houve oscilação quanto à gravidade dos fatos. Ora consideravam discussões entre alunos e professores como algo simples, corriqueiro; ora, em outras situações, alegavam não haver violências quando já haviam declarado que em sala de aula os alunos costumavam agredir um ao outro com palavras de baixo calão e ainda desrespeitar o próprio docente. Por outro lado, constatou-se que um grupo ponderável de docentes fez a distinção entre os comportamentos considerados indisciplina/incivilidades (grosserias) e os considerados violências, conceitos bem próximos do que apresenta a literatura utilizada.

Os tipos de violências percebidos e/ou sofridos por eles nas IES envolviam desde agressões verbais, ameaças, até violências físicas. No entanto, as agressões verbais e as ameaças eram as mais frequentes. Isso não quer dizer que não exista preocupação com os atos de violência física, pelo contrário. Os docentes temiam que a frequência daqueles pudesse aumentar a destes.

Para eles, a indisciplina/incivilidades (grosserias), embora menos grave, virou rotina na sala de aula, assumindo formas extremamente perturbadoras, suscetíveis de inviabilizar a realização de atividades pedagógicas e ainda dificultar a socialização entre docentes e discentes, o que poderia ferir significativamente o processo ensino-aprendizagem. Declararam ainda que muitos docentes já não iam para as salas de aula com o mesmo entusiasmo de antes, pois o sentimento era de desmotivação e frustração com as atitudes presenciadas todos os dias: desinteresse dos alunos, falta de respeito para com o professor e para com a disciplina, principalmente quando não específica do curso deles, descaso total com a aprendizagem. Uma preocupação da maioria dos discentes, relato da maioria dos professores, era apenas quanto ao tempo de aula, sempre esperavam que fosse menor que o estipulado pela instituição.

Segundo os participantes, os fatores responsáveis por esses comportamentos eram o prolongamento da adolescência, a pós-adolescência, pois, mesmo adultos, alguns apresentavam características de adolescentes, como mencionado antes, por alongarem o tempo dos estudos e por protelarem o pelo ingresso na idade adulta. As principais causas das mudanças, segundo os professores, eram a desestruturação familiar e a adoção de novos valores pelos estudantes.

Além de momentos como este, que a pesquisa qualitativa exploratória enseja, verificaram-se generalizações provisórias, as quais não poderiam ultrapassar os limites das sugestões. Assim, as principais diferenças constatadas neste grupo de participantes foram:

1. Professores, especialmente do sexo masculino, notaram que as suas alunas apresentavam frequência mais elevada de agressões verbais, que foram atribuídas ao estresse de tríplice jornada de atividades, composta pelo papel de dona de casa e/ou mãe, trabalhadora e estudante. Essas alunas, pelas percepções dos docentes, sentiam mais protegidas para agredir verbalmente os docentes do sexo masculino não só pela tradição patriarcal de que a mulher é a „parte fraca‟, como também pelas interdições legais, como a da Lei Maria da Penha (2006), que, conforme alguns participantes, era por elas interpretada como um escudo e uma permissão para violências verbais. Tais comportamentos discentes, pelo prisma das percepções, ocorriam com maior frequência em cursos da área de ciências da saúde.

2. Os alunos do período matutino praticavam mais violências que os do noturno. Esta diferença foi atribuída à sua idade e papéis sociais exercidos: os primeiros, mais jovens e não trabalhadores, tinham maiores dificuldades de aprender o que Coulon (1997) e outros pesquisadores, como Maulini (2009), chamam de métier de estudante. Ao passarem da educação básica para a superior, os alunos sofrem um „choque de realidade‟ e necessitam socializar-se para o exercício de novo papel social, passando pela transição, rumo a novos modos de agir, pensar e sentir que a academia espera implícita e explicitamente, inclusive quanto aos modos de estudar, de suscitar e discutir questões e de apresentar trabalhos escritos e orais. Agravando esta ponte, assinala-se, ainda, o prolongamento dos estudos e o adiamento da idade adulta, por meio da chamada pós-adolescência, consoante estudado anteriormente.

3. A adoção distorcida do papel de cliente pelos discentes, ao considerarem que, por pagarem os seus estudos, garantem o suposto direito de ser aprovados e receberem, ao final, o diploma como produtos. Também nesta interpretação errônea uma parte dos alunos se considera livre para se comportarem do modo que consideram certo em sala

de aula. Daí, em grande parte, o surgimento das incivilidades (grosserias) que, às vezes, desembocavam na violência física.

4. Ao contrário das expectativas, os participantes não mencionaram como dificuldade as origens socioculturais dos alunos que, subindo de status, passaram a frequentar a educação superior. Destacaram os participantes a fragilidade da educação básica, que não é privativa da educação pública, conforme mostram as avaliações internacionais. 5. Em autocrítica, alguns participantes, mais jovens e do sexo masculino, se declararam

despreparados didática e emocionalmente para as novas situações. Mesmo há pouco tempo o professor era o detentor do saber, quando havia menor indisciplina e o discente não assumia de modo distorcido o papel de cliente.

6. Por fim, os docentes em geral, tinham a percepção de que as violências simbólicas e físicas aumentavam na educação superior, em face de mudanças da sociedade e dos tempos, cujos novos valores norteiam o relacionamento interpessoal e as hierarquias sociais, inclusive entre educadores e educandos.

Quanto às recomendações a partir desta investigação, considera-se que as futuras pesquisas precisam expandir-se do ponto de vista espacial e acadêmico, sob este último considerando as diversas áreas do conhecimento e as diversas categorias legais de instituições de ensino superior. É necessário também captar outras perspectivas, em particular a dos estudantes, mas também de funcionários e gestores.

Do ponto de vista das ações, mais uma vez a educação inicial e a continuada, dos professores, devem colocar-se em sintonia com novos tempos e desafios, levando em conta que os conteúdos constituem apenas uma parte do processo, cujos componentes emocionais e sociais são da mais alta relevância. Em conexão com ela os currículos precisam ajudar alunos e docentes a construírem as pontes entre a educação básica e superior. Isso significa não só questões de domínio dos idiomas e de conhecimentos curriculares que deveriam ter sido aprendidos, mas também os métodos e técnicas de estudo; o uso das bibliotecas, inclusive eletrônicas, com a identificação, a crítica e a seleção de fontes; o desenvolvimento da capacidade de analisar criticamente e parafrasear a literatura; a aprendizagem de novas formas de relacionamento social e, particularmente, a ciência das normas de agir regimentais e regulamentares. Como observava Durkheim (1972) nos tempos pioneiros da sociologia, a anomia conduz à violência. Desse modo, as normas precisam ser de amplo conhecimento público e aplicadas de maneira sistemática, coerente e justa.

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VIOLÊNCIAS EM SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: PERCEPÇÕES DE DOCENTES DE INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SÃO LUÍS DO

MARANHÃO

2012

APÊNDICE A: Questionário do Professor

Prezado (a) Professor (a),

Este questionário pretende conhecer sua opinião sobre indisciplina/incivilidades (grosserias) e violências possivelmente percebidas em sala de aula da educação superior e sua relação com o processo ensino-aprendizagem. Para responder às perguntas, não há necessidade de se identificar, basta apenas lê-las atentamente e, em caso de dúvida, solicite ajuda ao aplicador.

Agradeço a sua colaboração.

CARACTERIZAÇÃO DO RESPONDENTE Dados pessoais: 1 Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) 2. Idade: Até 25 anos ( ) Entre 26 e 40 anos ( ) Mais de 40 anos ( ) 3. Tempo de magistério: Entre 2 e 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 anos ou mais ( )

4. Tempo de trabalho nesta instituição:

2 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 anos ou mais ( )

5. Disciplina (s) que leciona:

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

6. Turnos em que trabalha:

Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno ( )

7. Sua carga horária total nesta instituição:

Até 10 horas semanais ( ) 11 a 19 horas semanais ( ) 20 a 30 horas semanais ( ) 31 a 40 horas semanais ( ) Mais de 40 horas semanais ( )

8. Qual seu grau de escolaridade?

Graduação ( ) Especialização completa ( ) Especialização incompleta ( ) Mestrado completo ( ) Mestrado incompleto ( ) Doutorado completo ( ) Doutorado incompleto ( )

9. Em relação ao clima nesta instituição de ensino:

Atitudes Não ocorre Ocorre raramente Ocorre com frequência

Tenho vontade de vir à instituição Relaciono-me bem com o diretor acadêmico

Relaciono-me bem com as coordenações de curso

Relaciono-me bem com os demais professores

Relaciono-me bem com os funcionários

A comunicação com todos é muito boa

Sobre a ocorrência de indisciplina/violências:

10. Nesta instituição de ensino, o que você tem observado em relação aos comportamentos discriminados abaixo:

Comportamentos ocorre Não raramente Ocorre Ocorre com frequência

Aluno que age de forma racista ou preconceituosa com outro colega Aluno que assiste às aulas com fone de ouvido

Aluno que atende a celular na sala de aula

Aluno que bate em colega Aluno que bate em professor Aluno que, durante a aula, „sussurra‟ tudo o que o professor diz

Aluno que circula na sala de aula

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