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AVIFAUNA EM FRAGMENTOS DE MATA CILIAR E ÁREAS ADJACENTES NO BAIXO RIO GRANDE, SUDESTE DO BRASIL

CONCLUSÕES E IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA NA REGIÃO DO BAIXO RIO GRANDE

Os resultados obtidos no presente estudo indicam que a região sob influência da UHE Volta Grande, localizada na sub-bacia hidrográfica do baixo rio Grande, possui uma elevada riqueza de aves, perfazendo 12% das espécies já descritas para o Brasil e 27% em relação ao bioma Cerrado.

Através deste trabalho foi possível corroborar estudos prévios conduzidos em ambientes tropicais que demonstram que a riqueza da avifauna está positivamente correlacionada com as variáveis ambientais referentes ao tamanho dos fragmentos, à riqueza e abundância vegetal e ao nível de cobertura florestal da paisagem; e negativamente correlacionada com a intensidade de urbanização e com altos níveis de áreas abertas na paisagem circundante. Foi possível corroborar também dados que mostram que a estação chuvosa é a época onde são registradas as maiores riquezas de aves em função da maior disponibilidade de recursos alimentares e que a composição da comunidade de aves tende a diferir entre as estações seca e chuvosa em função da chegada das populações de espécies migratórias no início da estação chuvosa.

A partir dos dados referentes à frequência de ocorrência das espécies em cada uma das cinco áreas de estudo, foi possível constatar que as áreas se encontram isoladas umas das outras, com baixo fluxo de indivíduos entre si. Assim, é de extrema importância a implementação de corredores ecológicos que cumpram a missão de unir os fragmentos que hoje estão isolados e dispersos em uma matriz dominada por monoculturas de cana-de-açúcar, de forma a permitir a dispersão dos indivíduos pela paisagem e assim contribuir para o fluxo gênico entre as populações. Em uma prospecção em longo prazo, caso os fragmentos permaneçam da maneira como estão hoje, é forte a tendência de diminuição da riqueza de aves na região, sobretudo de espécies florestais, com baixa capacidade de dispersão e espécies mais sensíveis aos impactos antrópicos existentes, como os grandes frugívoros de solo.

Embora as espécies dependentes de habitats florestais sejam maioria no bioma Cerrado, os dados obtidos para a região de estudo mostram que apenas 19% das espécies são classificadas como estritamente dependentes destes ambientes. Ou seja, é possível afirmar que houve uma perda significativa de espécies florestais na região sob influência da UHE Volta

81 Grande, região esta incluída nos domínios biogeográficos do Cerrado. Possivelmente a perda de habitat e a concomitante fragmentação florestal vivenciada na região, contribuíram para tais perdas.

Neste estudo, assim como em outros trabalhos, foi observado que o processo de fragmentação tende a beneficiar espécies generalistas de habitat e pouco especializadas quanto a sítios de forrageamento e/ou nidificação em detrimento de espécies dependentes de habitats florestais e com maiores exigências alimentares. De forma geral, foi observada uma superioridade de aves onívoras e insetívoras menos especializadas em relação às espécies frugívoras e insetívoras mais especializadas. As guildas tróficas menos representativas do estudo foram aquelas compostas por espécies mais sensíveis à fragmentação ambiental e com maiores exigências ecológicas.

A pouca representatividade de algumas guildas tróficas pode ser em função da perda de habitat e/ou fragmentação da área de ocorrência das espécies, da exclusão competitiva em função da intensificação da competição interespecífica por recursos limitados e também da não adaptação a um ambiente estruturalmente mais simplificado. Respostas mais seguras a respeito de possíveis eventos de extinção local, na tentativa de explicar ausências de algumas espécies nas áreas estudadas, só poderiam ser encontradas a partir de estudos específicos de longo prazo sobre a ecologia das espécies.

Com este estudo, foi possível também confirmar a importância da região no que diz respeito à presença de um elevado número de espécies migratórias e de espécies incluídas em categorias de ameaça de extinção em diferentes listas vermelhas de espécies ameaçadas. Mesmo com todos os impactos antrópicos existentes, muitas espécies de interesse conservacionistas ainda conseguem persistir nos ambientes remanescentes na região. A manutenção e conservação das matas ciliares e dos demais fragmentos florestais, bem como a recuperação dos ambientes ciliares às margens do rio Grande, são imprescindíveis para que estas espécies não se extingam localmente em um futuro próximo.

O fato de a região sob influência da UHE Volta Grande ser definida como de “Alta Importância Biológica” para a conservação de aves no estado de Minas Gerais somado ao alto grau de intervenção antrópica inerente às atividades agrárias que donimam a paisagem da região, o desenvolvimento de estudos como este são de grande importância e urgência. A partir de estudos que, como este, tenham por objetivo avaliar a influência de características ambientais nos padrões de riqueza e estruturação da comunidade de aves, adequados planos de manejo e políticas públicas voltadas à preservação da biodiversidade terão maiores subsídios nos quais se embasar a fim de garantir a efetiva conservação da avifauna local.

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