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Foi objetivo do presente trabalho abordar o tema “Reabilitação de Edifícios” num grande grupo empresarial, onde foi explorado dois edifícios de serviços, complementares entre si, isto é o primeiro edifício, em Évora, continha patologias típicas da reabilitação derivadas essencialmente por infiltrações de águas de precipitação, contrariamente temos o edifício em Castelo Branco, que apresenta diversas anomalias no funcionamento do sistema de climatização, que são tipos de “reabilitação” escassas de serem detalhadas numa dissertação. A nível do primeiro imóvel em estudo, conseguiu-se atingir os objetivos dando ainda um maior contributo com a existência de dois Certificado de Desempenho Energéticos e da Qualidade do Ar Interior, sendo o primeiro realizado antes da intervenção e o segundo após as obras realizadas, obtendo-se a classe energética de C e de B‾ respetivamente, devido essencialmente a implementação de isolamento térmico na cobertura (cerca de 40 mm de poliestireno extrudido (XPS)) e a instalação de um sistema de Microgeração de produção de energia elétrica para vender a rede publica, a descrição das patologias e a medidas corretivas adotadas encontram-se descritas e ilustradas com figuras, mostrando deste modo o envolvimento com as obras realizadas e a obtenção das soluções mais adequadas.

No segundo caso de estudo, o CDEQAI apresentava algumas melhorias mas de pouca relevância, no entanto com uma inspeção e diagnóstico mais profundo foi possível identificar as anomalias que o sistema de climatização continha que contribuir para a redução dos consumos de energias. Neste sentido pode-se retirar algumas conclusões das anomalias detetas, como por exemplo a introdução de ar novos dever ser corrigida a temperatura do ar introduzindo, de forma a não diminuir ou aumentar (aquecimento ou arrefecimento, respetivamente) a temperatura no interior do espaço ocupado, as grelhas de reticula fixa auxiliar ao sistema de desenfumagem que existem no teto falso, devem ser removidas e criar mecanismos que permitam a aberturas dessas zonas do mesmo modo que o sistema de ventilação passiva, em caso desenfumagem, e por ultimo temos o caso das unidades interior tipo cassete onde foram instalado deflectores acrílicos que procuraram minimizar o desconforto causado pela insuflação de ar, que cumprem a sua função na exercício aquecimento mas no exercício de arrefecimento é mais penalizador também devido ao baixo pé direito, deste modo a solução mais adequada será a colocação de modelos de embutir no teto falso, com distribuição de ar por condutas acima do teto e insuflação de ar por difusores de discos rotativos com insuflação de ar rasante ao teto e com direcionamento de sentido de ar a 360º. Visto que nem todas estas medidas de melhoramento propostas são possíveis de

implementar devido ao custo que acarretam, foi construído o mapa de identificação global de prioridades, que neste caso são os dois primeiros exemplos indicados anteriormente.

Comparando agora os dois edifícios de serviço em estudo, com base no CDEQAI poderá se evidenciar que o imóvel de Évora foi construído na segunda metade do século XVIII ou na primeira do século XIX, que não disponha de qualquer legislação com exigências térmicas dos edifícios, no entanto o imóvel apresenta uma boas classe energética tendo em conta a sua classificam como grande edifício de serviços. Por outro lado temos outro edifício de serviços que é classificado com pequeno, que apresenta uma classe energética próxima do limite inferior para edifícios novos construídos posterior a 2006 exigido por decreto lei nº 79/2006 de 4 de Abril. Ou seja o grupo empresarial que gere estes edifícios tem a preocupação em manter os edifícios com a melhor classe energética possível, tendo deste modo o interesse em avaliar as necessidades energéticas que os edifícios dispõem, averiguando a sua viabilidade e sendo introduzidas durante uma operação de reabilitação.

A fim de enquadrar o tema realizou-se, um primeiro capitulo com, um enquadramento histórico com a indicação das principais cartas de referência para a conservação e o restauro e a caraterização do parque edificado na Europa incluindo a caraterização do edifícios em Portugal com o objetivo de obter a informação mais atualizada possível. Relativamente ao parque edificado na Europa, não se consegui quantificar o parque edificado para além de 2001, no entanto tentou-se caraterizar esse parque até 2010 através das áreas úteis de cada edifício, com informações bastante uteis como por exemplo a área do parque edificado na UE- 27, de Noruega e a Suíça que é equivalente à da Bélgica. No entanto conseguiu-se dados relativamente recentes do parque habitacional e da produtividade na área da reabilitação. No caso de Portugal os dados são de 2011 onde foi possível quantificar os edifícios, cerca de 3,55 milhões de edifícios, identificar quais as estruturas e os revestimentos predominantes nestes imóveis, como sendo as estruturas de betão armado e paredes de alvenaria de pedra ou cerâmica com elementos de cintagem em betão armado e lajes horizontais e nos revestimentos exteriores: rebocos tradicionais ou marmorite e nas coberturas: inclinadas revestidas a telhas cerâmicas ou de betão. Porém os edifícios com necessidade de reparação atualmente devem de ser bastante superiores aos expostos neste documento, visto que os dados são de 2011 e já estamos em 2013, mas os poderá se afirmar que os edifícios com necessidade de reparação são bastante superiores aos atuais um milhão e os edifícios muito degradados devem ultrapassar os 60 mil.

A nível dos incentivos a reabilitação em Portugal existem poucos ou ineficientes, neste sentido propunha que colocassem mais incentivos que seja eficientes com por exemplo:

 na reabilitação dos edifícios em geral, e na recuperação com preocupações de eficiência energética, em particular, deverá ser contemplada com redução do IVA referente a materiais e mão-de-obra;

 na implementação de incentivos fiscais e a redução da taxa de IMI, serão também fatores potencialmente impulsionadores da expansão da reabilitação;

 adicionalmente, as necessidades crescentes de melhoria da eficiência energéticas dos edifícios, conforme diretivas emanadas da Comissão Europeia (31/UE/2010) e transpostas para a legislação nacional (Decreto Lei 118/2013), obrigarão a intervenções de reabilitação do parque edificado.

A reabilitação é um dos mercados que precisa de se desenvolver no intuito de recuperar o nosso parque edificado, promover a ocupação dos centros urbanos e desenvolvimento do comércio tradicional.