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COMPROVANTE DE DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht).

Em tempos tão difíceis, de ataque aos direitos sociais, de redução das políticas sociais e do papel do Estado, de criminalização dos mais pobres, do desmantelamento da formação profissional de qualidade, entre outros inúmeros desafios, consideramos que o desenvolvimento e a conclusão deste trabalho apresenta-se como um enfrentamento, uma resistência a esse cenário, nem que seja individual. Essa resistência pode vir de várias maneiras, mas quando se opta pelo enfrentamento através da produção de conhecimentos, reafirma-se um posicionamento crítico, orientado pelo projeto ético-político do Serviço Social, que desafia a um processo que formação que não pode parar.

Ao escolher o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR), houve o encontro com um espaço de formação interdisciplinar, com capacidade de agregar conhecimentos de diferentes áreas, que trouxeram para a formação e para a pesquisa a possibilidade de múltiplos olhares. Talvez o principal papel do Mestrado, na minha vida, tenha sido a demonstração do quanto o caminho da ciência e da pesquisa abrem um leque gigantesco de inquietudes e incertezas, ao mesmo tempo em que comprovam a necessidade de ampliar as produções, as pesquisas e as reflexões ao conjunto da categoria profissional que componho.

Desta forma, retomamos em linhas gerais o ponto de partida, a trajetória que buscamos trilhar ao longo deste estudo, e alguns apontamentos conclusivos que podem provocar novas questões e fornecer subsídios para o desenvolvimento de novas pesquisas e aprofundamentos. De antemão, é importante mencionarmos que esta dissertação trouxe um grande desafio de aproximação das pautas da subalternidade e a invisibilidade do rural na Assistência Social com as contribuições

dos burocratas de nível de rua, a partir do estudo do CadÚnico nos CRAS Rurais, assunto ainda pouco debatido academicamente.

Partimos da preocupação em analisar o modo como as dinâmicas, os fatores e as relações entre burocratas de nível de rua e os usuários dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Rurais, particularmente no que concerne ao acesso ao Cadastro Único para Programas Sociais, afetam a condição de subalternidade e invisibilidade da pobreza no rural. O campo da pesquisa, com a observação e as entrevistas, proporcionou o acompanhamento da rotina dos CRAS Rurais, situados em um município da região metropolitana de Porto Alegre/RS. A aproximação com inúmeras teorias buscou a compreensão sobre implementação de políticas públicas, especialmente a assistência social para as populações rurais, com um olhar focado na atuação profissional burocratas de nível de rua.

Ao olharmos especialmente para a atuação da burocracia de nível de rua no Cadastro Único para Programas Sociais, foi possível demonstrar as dificuldades que enfrentam as famílias rurais mais vulneráveis. Especialmente, os fatores que influenciam a atuação dos burocratas de nível de rua, com essas populações rurais, buscando um olhar ainda mais específico para manutenção ou não de uma relação subalternizada.

As questões centrais – “como ocorre o processo de implementação do CadÚnico em áreas rurais? Como os fatores pessoais, institucionais e relacionais influenciam na implementação do CadÚnico nesses contextos? Como esses fatores afetam a interação dos assistentes sociais e cadastradores com os usuários dos Centros de Referência de Assistência Social Rurais? Como as diferentes formas de implementação são construídas, apropriadas e colocadas em prática para que se construam as condições para superar a condição de subalternidade e invisibilidade dos usuários atendidos nos CRAS Rurais?” – serviram de referência para testar as hipóteses que balizaram esse estudo, procurando confirmar ou refutar as suas considerações.

Como primeira hipótese, afirmávamos que os processos de implementação passam por definição de territórios prioritários de atuação, análise e capacitação dos profissionais acerca das características territoriais e populacionais, contando com a participação dos burocratas em nível de rua e da população beneficiária da política pública. Nesse processo, fatores pessoais, institucionais e relacionais influenciam

diretamente a tomada de decisão, o direcionamento do trabalho técnico e o cumprimento de metas, não necessariamente respondendo às decisões centrais do Ministério da Cidadania. Esta hipótese confirma-se parcialmente, trazendo algumas considerações mais expressivas:

a) negamos a hipótese, quando partimos do pressuposto de que a definição dos territórios prioritários de atuação, análise e capacitação dos profissionais acerca das características territoriais e populacionais, com o envolvimento e participação nos processos decisórios, tanto dos burocratas de nível de rua, como dos usuários da política de assistencial, estava presente na implementação da política pública, nos territórios rurais. Isso porque foram identificados muitos elementos que demonstraram o desconhecimento dos territórios e sua população. Cenário que se confirma desde o gestor municipal até os burocratas de nível de rua;

b) ainda é negada quando considera a participação da população beneficiária na tomada de decisões e na apropriação da política pública. Mesmo porque, nem os mecanismos formais de estabelecer o controle social, acompanhamento e qualificação da política de assistência social estão em funcionamento;

c) os burocratas de nível de rua, que atuam como assistentes sociais, devem ocupar os espaços, respaldados nas bases teórico-metodológicas e ético- políticas do Serviço Social, que indicam o envolvimento da comunidade, o reforço de ações de rompam com as decisões institucionais excludentes, na medida em que conseguem colocar os usuários como prioridade de intervenção. A ação pautada nessas premissas estava mais presente no CRAS Rural B, que demonstrava, através da atuação profissional crítica, a proposição de alternativas e contraponto às barreiras que os fatores pessoais, institucionais e relacionais impunham à rotina de trabalho nos CRAS Rurais;

d) ao considerar que os fatores pessoais, institucionais e relacionais, influenciam diretamente a tomada de decisão sobre as diferentes vertentes do processo de implementação, temos a sua comprovação. Influenciam a tomada de decisão, na condução do trabalho e até mesmo nas definições

de territórios e prioridades no atendimento, excluindo ou não, as populações rurais;

e) ainda nesta hipótese, afirmamos que os fatores pessoais, institucionais e relacionais influenciam diretamente a tomada de decisão, o direcionamento do trabalho técnico e o cumprimento de metas, não necessariamente respondendo às decisões centrais do Ministério da Cidadania. Isso se confirma de forma ampla e com muitos elementos, que passam pelo poder discricionário dos burocratas de nível de rua, somados a limitações no acompanhamento por parte da gestão municipal, nem mesmo o acompanhamento e fiscalização do Governo Federal sobre as formas de implementação, para além dos números que se refletem no sistema e do pagamento do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do município. Como segunda hipótese, afirmávamos que a interação dos burocratas em nível de rua com os usuários da assistência social é afetada diretamente pelos diversos fatores de influência, ficando com o burocrata em nível de rua uma sobrecarga de responsabilidade sobre os caminhos possíveis para inclusão ou exclusão. Ainda assim, cria-se um espaço de mediação entre o assistencial e a condição de subalternidade dos usuários da assistência social, abrindo um caminho para a apropriação da política como direito social, tornando a assistência um apoio a sua reorganização enquanto sujeito. Hipótese comprovada parcialmente, trazendo as considerações para esta análise:

a) os CRAS Rurais, estando mais distantes da sede da Secretaria, não contam com um acompanhamento e supervisão mais presentes da Coordenação de Atenção Básica. Portanto, desenvolvem suas ações a partir do entendimento do conjunto de profissionais que ali estão alocados. A falta de capacitação e sensibilização dos burocratas de nível de rua para conhecer os territórios e suas demandas específicas, assim como as populações que ali habitam, demandam um trabalho em equipe e uma atuação vigilante para não gerar ainda mais exclusão e invisibilidade. No entanto, em não sendo orientação institucional, cada equipe de assistentes sociais e cadastradores, age conforme o entendimento do seu CRAS Rural; b) foi possível observar, a potência da atuação conjunta dos diferentes profissionais que compõem a burocracia de nível de rua no Cadastro

Único, que é implementado nos CRAS Rurais. Quando atuam integrados, encontram caminhos e alternativas reais de inclusão, mesmo que mantenham visíveis as contradições e dificuldades do trabalho, que passam inclusive, pelo não reconhecimento e legitimação das ações e decisões da gestão;

c) em contraposição, o entendimento de que a orientação ou a falta de orientação da gestão municipal, que indiquem uma integração entre os burocratas de nível de rua na implementação do programa, geram afastamento e uma reprodução da exclusão, dificultando o acesso das famílias mais vulneráveis ao programa. No limite dessa ação – ou falta de ação de busca ativa e de fazer o programa chegar a quem se destina – tivemos a perda de alimentos destinados às famílias quilombolas e indígenas, por não estarem cadastradas, ou ainda, cadastradas sem o respeito à sua diversidade;

d) os assistentes sociais que atuam nos CRAS Rurais, ao definirem sua postura profissional dentro da política de assistência social, podem construir uma mediação entre o assistencial e a condição de subalternidade dos usuários da assistência social, abrindo um caminho para a apropriação da política como direito social, tornando a assistência, um apoio a sua reorganização enquanto sujeito. Assim, ao ter presente suas atribuições, o caminho histórico da política de assistência social e o código de ética profissional, tornam a ação profissional superior as decisões institucionais, utilizando seu poder discricionário e a autonomia, conquistadas pela profissão nas duas últimas décadas, a favor dos usuários;

e) os CRAS no Rural estão ainda muito aquém da necessidade dessa população, seja em número de equipamentos, seja em equipes e serviços, como CRAS Móvel. Da mesma forma, nem os profissionais, nem os gestores da política de assistencial social recebem formação específica para compreender as especificidades das populações rurais. Seja na formação dos cursos de graduação específicos (e aqui faço referência ao Serviço Social), seja nas formações propostas pela política pública em todas as esferas, estão muito distantes de debater essa temática.

Apesar dos fatores institucionais, pessoais e relacionais que tencionam um exercício profissional comprometido com o Projeto Ético-Político, é perceptível nos relatos que parte das profissionais não adota uma postura fatalista, como se a realidade não fosse possível de transformação. Pelo contrário, vislumbram possibilidades a partir dos subsídios teórico-metodológicos e ético-políticos da profissão, expressos nas legislações profissionais (que norteiam o exercício profissional em qualquer espaço sócio-ocupacional). Essa avaliação é essencial quando se pensa a atuação do profissional em si, mas também a sua responsabilidade com os cadastradores que atuam nos seus territórios de intervenção. Sendo assim, a relativa autonomia profissional constitui-se uma possibilidade de ter um agir profissional crítico, pautado no código de ética profissional e nos documentos que expressam o Projeto Ético-Político.

O que constatamos no campo da pesquisa é que o burocrata de nível de rua, atuando no cotidiano profissional, utiliza-se da relativa autonomia do assistente social para qualificar o exercício profissional e não reforçar o que já está instituído. Ou seja, a partir de uma orientação ético-política é possível romper com os processos de alienação, negar as práticas burocratizadas e imediatistas, tendo como horizonte a defesa dos princípios e valores que fundamentam o Projeto Ético- Político. Caso contrário, ao se apegar aos entraves institucionais, pessoais e relacionais, reforça uma prática excludente, que invisibiliza os usuários e suas demandas especificas, reforçando sua condição de subalternidade frente a política de assistência social.

A própria trajetória da assistência social no Brasil é associada à invisibilidade da população rural na consolidação do seu arcabouço legal e na implementação dessa política pública. Ao longo do trabalho, o problema central vai se corporificando, traduzindo a ausência do rural no cotidiano da execução da política de assistência social, apontando para a importância da construção de uma proposta de inclusão do cenário rural na execução das políticas públicas, tanto na região, como em todo território nacional.

Mais do que tratar da condição de subalternidade, ou não, na relação com os burocratas de nível de rua na assistência social, é preciso refletir sobre a condição de subalternidade da própria política pública. Mesmo porque nos propõe a reflexão a autora Yasbek (2003), dizendo que, apesar de a assistência social cumprir um papel

fundamental no campo da dominação, sua importância contrasta com a posição subalterna que ela mesma ocupa frente às demais políticas. Redução de recursos orçamentários, criminalização ou desvalorização enquanto sujeitos sociais do público beneficiário, geram uma condição de “política pobre, feita para os pobres”.

De tal modo, conforme Couto, Yasbek e Raichelis (2010, p. 57), se por um lado os avanços constitucionais reconhecem os direitos, trazendo à tona a pobreza e a desigualdade social, e tornam a política social uma arena de exercício de participação, por outro lado, o Estado brasileiro “coloca em andamento os processos desarticuladores, de desmontagem e retração dos direitos e investimentos sociais”.

É importante dialogarmos sobre a subalternidade da própria política de assistência social frente ao econômico, já que a proposta de ajuste fiscal sempre traz à tona a necessidade de ajustar os gastos públicos pela redução e desmonte de direitos trabalhistas, previdenciários e sociais de modo geral. Então, é preciso entender que atuar enquanto burocrata de nível de rua – com iniciativas e ações que reflitam sobre a condição de subalternidade, assim como usar do poder discricionário e dos fatores que interferem na atuação profissional para construir um caminho de ruptura dessa condição – torna-se uma iniciativa contra desmanche, e isso é um desafio ainda maior.

Vale destacar que, em nenhum momento, tem-se a compreensão de que uma categoria profissional, ou os burocratas de nível de rua, tem o poder de superar a condição de subalternidade dos mais pobres. Nessa perspectiva, é possível verificar a superação da subalternidade na assistência social, na medida em que se se estabelece enquanto um espaço de reconhecimento das demandas dos subalternos e na relação entre usuários e profissionais. Mesmo assim, é importante refletir sobre a dificuldade percebida entre os profissionais de falarem sobre esse assunto, ora por se enxergarem fora do processo, ora por entenderem, enquanto categoria política, que compõem parte importante das produções da área do Serviço Social, sem conseguirem conectá-lo com o campo de atuação.

Assim, ao estabelecermos a mediação entre a burocracia de nível de rua, representada pelos assistentes sociais e cadastradores, com os usuários da política de assistência, torna-se possível amortecer as tensões sociais e, ao mesmo tempo, apoiar o enfrentamento da subalternidade e a organização dos usuários em suas lutas e resistências cotidianas. Assim, para que se cumpra o papel de romper a

condição de subalternidade do rural na assistência social, é preciso reconhecer as demandas específicas dessas populações, suas características e lutas históricas, mas fundamentalmente romper com o senso comum. Portanto, ao se propor a superação da subalternidade, é essencial que haja permanente capacitação, diálogo e reconhecimento do espaço de fala e demanda do rural.

Por diversas vezes, os burocratas de nível de rua mencionaram a necessidade de capacitação e aprimoramento profissional para atuar nos CRAS Rurais e lidar com as demandas especificas desses territórios. Além disso, mesmo que o foco da pesquisa e escrita não esteja na questão da capacitação profissional, não há como não destacar a importância da formação continuada, como forma de reflexão, socialização e ampliação do conhecimento. A própria Política Nacional de Assistência Social (PNAS) defende a formação como instrumento de ruptura com a permanência ou continuidade de práticas conservadoras na área da assistência social.

Assim, aos assistentes sociais e demais profissionais que atuam no CadÚnico e nos CRAS Rurais, enquanto burocratas de nível de rua, precisam cada vez mais se propor ao exercício de reflexão e articulação entre as teorias assumidas, com as práticas realizadas, rompendo de vez com o discurso de que “a prática nada tem a ver com a teoria”. Ao contrário disso, ampliar a construção do saber sobre a prática profissional, tendo por base um conhecimento teórico consistente, sobre a política pública, sobre a atuação profissional ou, ainda, sobre os públicos e suas demandas específicas.

Compreendemos que, a política de assistência social, por si só, não garante o bem-estar social da população, e, por mais avanços que tenhamos conquistado com a Constituição de 1988 e demais legislações, ela não responderá ao conjunto de exclusões, riscos e vulnerabilidades que marcam a vida da população mais pobre. Contudo, é fundamental, especialmente nessa conjuntura, uma atuação que busque romper com a condição de subalternidade, e estruture uma ação pautada na autonomia dos sujeitos e na expansão dos direitos.

De tal modo, Yasbek (2012) ainda propõe uma reflexão sobre a dubiedade que a assistência social pode ter no rural, podendo tanto matar a cidadania como ser um espaço para o protagonismo de seus usuários e uma forma de organização e visibilidade dessa população. Está na população rural, ainda mais vulnerável, a

representação da falta de poder, de trabalho, de informação, de direito, de oportunidades, de esperanças. Essa população vive em grande parte sob condições muito restritas, muito miserável e submersa numa sociedade que a desqualifica, que a constitui como “cidadãos às avessas”. População que ainda encontra inúmeros clichês para designá-la: “Jeca-Tatu”, “inadaptados ao mundo atual”, “casos sociais”.

Uma das possíveis respostas às nossas indagações, é que ao atuarmos na assistência social no rural, seja por meio do Cadastro Único para Programas Sociais, seja para qualquer outra política de direitos, é preciso criar possibilidades de participação para essa população, oferecer proteção e possibilidades de protagonismo. O grande desafio para a burocracia de nível de rua na assistência social é trazer para a esfera pública a pobreza, a invisibilidade, transformando o que é garantido constitucionalmente em campo de exercício participativo, sobretudo dos segmentos subalternizados e excluídos.

Mas isso seria ir negar a própria história da política de assistência social, entendendo que há prevalência da esfera econômica sobre o social. Que as características históricas da assistência social ainda trazem, de maneira muito forte, o assistencialismo, os estereótipos e a benesse. Isso só reforça a necessidade de olharmos permanentemente para os fatores pessoais, relacionais e institucionais que dialeticamente atravessam a atuação profissional.

Para refletir criticamente aos movimentos contraditórios da política de assistência social, é preciso destacar a papel da formação profissional e das expressões do trabalho na política de assistência social em tempos de redução do papel do Estado, de adoção de teto de gastos, que precarizam as políticas sociais, a educação superior e o mundo do trabalho. No âmbito da relação entre expressões do trabalho no SUAS, não há como não destacar, o quanto as condições de trabalho das assistentes sociais pesquisadas são permeadas pela precarização.Fatores que impactam não apenas a concepção crítica da formação do Assistente Social, mas também a própria concepção de assistência social como política de proteção social, que precisa dar visibilidade as demandas do rural.

Importa destacar que, ao analisar os dados e concluir o processo de escrita, ainda no 1º semestre de 2020, começamos a viver a crise mundial do novo coronavírus (Covid-19). Essa é a conjuntura que amplia ainda mais os desafios para a saúde pública, assim como também para a economia dos países afetados pela

pandemia, inclusive o Brasil. Houve a aprovação, em final de março de 2020, do