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O ambiente da escola retrata as condições da sociedade atual, que de maneira geral nutre-se de informação, mas descultiva conhecimento. As aulas de educação física na escola permeiam pela desmotivação dos professores, sendo esses, alimentados pelo desinteresse dos alunos. Tal situação agrava-se com a falta de investimentos, de recursos necessários para o andamento das aulas, bem como de incentivo para qualificação profissional. Entretanto, o cenário que parece ser desestimulador não deve ser generalizado, pois ensinar extrapola as condições iniciais, ganha força na superação dos desafios, surpreende na manifestação da criatividade e

concretiza-se em ações intencionais, agregada de valores positivos e que ainda podem ser vistas em alguns contextos escolares.

Dentre essa disposição, o mais cômodo seria deixar-se levar pela renúncia, pela desistência, abdicando do crescimento a partir das dificuldades e da busca de novas possibilidades para o ensino. É inegável que de fato o contexto real não propicia condições favoráveis, mas quando reporta-se ao ensino do esporte o leque de possibilidades se expande e abre portas para um relacionamento mais proximal e espontâneo entre professor-aluno. Isso se evidencia no fato do esporte ser um fenômeno sociocultural de elevada visibilidade e influência, estimulando os alunos para a prática. Todavia, o envolvimento dos alunos torna-se também dependente dos da intervenção do processo e dos procedimentos pedagógicos utilizados pelos mesmos.

A utilização de diferentes procedimentos pedagógicos para o ensino esportivo passa pelo reconhecimento das concepções de ensino, suas possibilidades em meio à Pedagogia do esporte, beneficiando-se também quando atreladas à exploração das novas tecnologias. Portanto, ensinar esportes no ambiente escolar representa uma tarefa complexa, cercada de problemas e dificuldades, mas que quando respaldada pela comunidade escolar em seus diversos níveis tende a elevar as possibilidades e a potencializar a qualidade do processo de ensino.

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