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3.5 – Considerações finais

Em síntese, é possível afirmar que, durante este meio século, os manuais escolares, pela semelhança de conteúdos e abordagens, podem dividir-se em quatro grupos distintos, que coincidem com as reformas mais relevantes efetuadas no ensino ao longo deste período e que espelham o regime político, social e económico do país.

Assim, destacam-se

Ano lectivo de 1948-49 a 1969-70: a publicação dos estatutos dos ensinos liceal e técnico, que coincidiu com a adoção do livro único, e com o funcionamento integral do ciclo preparatório do ensino secundário. Neste período e, de acordo com os programas, os autores optaram por uma abordagem histórica acerca dos diferentes conceitos, nomeadamente do conceito estudado, inicialmente como parte integrante dos conteúdos a serem lecionados e, posteriormente, como leituras complementares, que surgiam à medida que os conceitos eram abordados.

Ano lectivo de 1969-70 a Abril de 1974: a tentativa de melhoria do sistema com Veiga Simão. A duração da escolaridade obrigatória alterada em 1967 para 6 anos com a consequente redução do ensino secundário de 7 para 5 anos, obrigou a uma remodelação dos manuais. Os autores, de acordo com os programas emitidos pelo ministério, limitaram-se a adaptar os manuais às novas exigências, alguns conteúdos foram suprimidos e outros reorganizados em diferentes anos de ensino, e a abordagem histórica acerca dos diferentes conceitos designada por “Leituras”, como foi referido anteriormente, tornou-se mais breve e começou a figurar no final do capítulo. Este grupo de manuais também poderia ter sido incluído no anterior se

158 apenas nos restringíssemos ao tipo de abordagem e aos conteúdos aflorados na globalidade destes ciclos de ensino.

Ano lectivo de 1975-76 a 1985-86: A democratização do ensino e a Unificação do mesmo. Com a unificação do ensino os manuais, dos mesmos autores, começam a surgir com as novas designações dos diferentes graus de ensino, mas os conteúdos continuam a ser tratados do mesmo modo e recorrendo aos mesmos textos. A grande inovação passa pela introdução de fichas de trabalho, com vários tipos de questões que inserem no final de cada capítulo.

Ano lectivo de 1985-86 até ao final do século: Neste período começam a surgir no mercado vários manuais de diferentes autores, com uma estrutura mais adequada ao nível etário dos alunos.

Os conteúdos são apresentados e explorados de modo diferente, os autores têm o cuidado de relacionarem factos do nosso quotidiano com os conceitos estudados em química. Alguns iniciam o estudo de um determinado conceito partindo de um objecto ou facto do conhecimento geral, outros porém só o fazem como conclusão de um determinado assunto. Os manuais, graficamente mais apelativos e de leitura mais fácil, revestem-se de esquemas resumo, que sistematizam ou interrelacionam os conceitos, de questões de cariz teórica e experimental e de indicações para trabalhos experimentais.

As leituras, mencionadas anteriormente, que faziam uma abordagem histórica dos conceitos ou passam a ser de leitura facultativa ou simplesmente são excluídas. Com a aproximação do término do século os manuais abordam os conteúdos, cada vez mais, desprovidos de um contexto histórico.

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3.6 – Referências

Diário do Governo, II Série de 29 de Maio de 1957. Diário do Governo nº 100, II Série de 27 de Abril de 1963. Diário do Governo nº 110, II Série de 8 de Maio de 1968. Diário do Governo, II Série de 18 de maio de 1955.

Diário do Governo nº 145, II Série de 24 de Junho de 1950. Diário do Governo, nº 145, II Série de 25 de Junho de 1960.

Decreto nº 39:807, do Diário do Governo I Série, nº 198 de 7 de Setembro de 1954. Portaria nº 420/80 de 19 de Julho.

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1950. livro único nº 2475.

—. 1986. História do Ensino em Portugal, desde a fundação da nacionalidade até o fim do

regime de Salazar-Caetano. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.

Cavaleiro, M. Neli G. C. e Beleza, M. Domingas. 1997. No Mundo da Química. porto : Edições

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—. 1982. Química, 2º volume, dinâmica química e transformações da matéria. 2ª . Coimbra :

Almedina Editora, 1982.

Lourenço, Mª da Graça Varandas e Tadeu, Virgília Lopes. 1988. Química 10º ano de

Escolaridade. Lisboa : Texto Editora, 1988.

—. 1993. Química 11º ano de Escolaridade. Lisboa : Texto Editora, 1993.

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—. 1957. Compêndio de Química, para o 7ºano dos liceus. Lisboa : Gomes & Rodrigues, Lda,

1957. Livro único nº 6705.

Magalhães, Alice Maia e Tomaz, Túlio Lopes. 1968. Compêndio de Química, 6º Ano. 3ª.

Coimbra : Coimbra Editora, 1968. Livro único nº 004531.

—. 1963. Compêndio de Química, para o 6º ano liceal. Porto : Livraria Avis, 1963. p. 376. Livro

único nº 1896.

—. 1963. Compêndio de Química, para o 7º ano liceal. Porto : Livraria Avis, 1963. p. 345. Livro

único nº 170.

Mendonça, Lucilia Santos e Ramalho, Maria Duarte. 1989. No Mundo em

Transformação...Química 1, 8º Ano. 4ª. Lisboa : Texto Editora, 1989.

Neves, Ana Maria, Santos, Arminda e Viveiros, Miguel. 2000. Encontro com a Química

Ciências Físico - Químicas - 9º Ano. Lisboa : Plátano Editora, 2000.

Pereira, Alda e Camões, Filomena. 1991. Química 12º ano. 1ª . Lisboa : Texto Editora, 1991.

ISBN 972-47-0279-0.

160 ano - Curso Complementar Unificado. Coimbra : Almedina, 1980.

—. 1980. O mundo dos átomos,Química 10º ano - Curso Complementar Unificado. Coimbra :

Almedina, 1980.

—. 1977. Química 4º ano (1º Ano do Curso Complementar), Estrutura Atómica e tabela

Periódica. Coimbra : Livraria Almedina Editora, 1977.

—. 1975. Química, Curso Complementar, Da teoria Atómica de Dalton à Classificação Periódica

de Mendeleev. Coimbra : Livraria Almedina Editora, 1975.

Teixeira, José A. e Nunes, Adriana B. S. 1972. Compêndio de Química 1º Ano. Porto : Porto

Editora, 1972.

—. 1974. Compêndio de Química 1º Ano (antigo 3º). Porto : Porto Editora, 1974. —. 1973. Compêndio de Química 2º Ano. Porto : Porto Editora, 1973.

Teixeira, José A. e Nunes, Adriana B. S. 1976. Compêndio de Química 2º Ano (antigo4º).

Porto : Porto Editora, 1976.

Teixeira, José A. e Nunes, Adriana B. S. 1975. Compêndio de Química 3º Ano (antigo 5º).

Porto : Porto Editora, 1975.

161

3.7 – Anexos

162

ÍNDICE

3.° ANO Pag, I. O a r ... 9 II. O oxigénio ... 20 III. Á água ... ... 32 IV. O hidrogénio ... . 49 V. Substâncias simples e compostas. Misturas e combinações.... 64

4.° ANO 'VI. O carvão ... 73 VII. O vinho ... 110 VIII. A madeira ... 132 IX. As gorduras ... , ... 138 X. O azeite ... 142 XI. O sabão... 146 XII. O leite ... ... 154 XIII. O açúcar ... 160 XIV. A farinha ... . . ... 165 XV. O algodão ... 173 5. ° ANO XVI, Os metais ... 183 XVII. O sódio e o potássio ... ... 191 XVIII, Metalóides ... 196 XIX. Anidridos e ácidos. Neutralização. Sais. Regras de nomenclatura 209 XX. Neutralização. Os sais. Nomenclatura ... 212 XXI. Acção dos ácidos sobre os metais ... 219 XXII. Acção dos ácidos sobre os sais ... 237 XXIII. A Química e os solos ... 273

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An

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An

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170 QUADRO DE MENDELEJEFF (actualizado)

Grupos

Séries 0 I II Hl IV v VI VII VIII

1 1 H 2 2 3 4 5 6 7 8 9 He Li Gl B C N 0 F 3 10 11 12 13 14 15 16 17 Ne Na Mg Al Si P S Cl 4 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 A K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni 5 29 30 31 32 33 34 35 Cu Zn Ga Ge As Se Br 6 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 Kr Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd 7 47 48 49 10 51 52 03 Ag Cd In Sn Sb Te I 8 54 55 56 57 58 59 60 61 Xe Cs Ba La Ce Pr Nd Pm 9 62 63 64 65 66 67 68 Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er 10 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 Tu Yb Lu Ct Ta W Re Os Ir Pt 11 ' 79 80 81 82 83 84 85 Au Hg Tl Pb Bi Po St 12 86 87 88 89 90 91 92 ___ Rn Fr Ra Ac Th Pa U

Os números que acompanham os símbolos dos elementos são os que lhes competem na ordem geral da classificação e chamam-se «números atómicos».

(Carvalho, 1950 p. 133)

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