• Nenhum resultado encontrado

Capítulo VII

Confirmamos, ao fim deste estudo, nossa preocupação de que a formação permanente de enfermeiros preceptores numa perspectiva reflexiva merece ser especialmente discutida e repensada, visto que fora constatado que alguns sujeitos entrevistados, ainda que não a maioria, demonstraram vínculo apenas com métodos positivistas de ensino, não fomentando a reflexão e a criticidade dos graduandos o que for a evidenciado através das descrições de suas ações cotidianas, o que nos permite inferir que ainda existe uma visão tradicionalista arraigada à estrutura de ensino da Enfermagem. Dessa forma, percebeu-se que há uma tendência à priorização de ações técnicas a despeito das questões sociais, humanas, legais que fazem parte do cotidiano do trabalho.

Refletindo sobre as categorias apresentadas nesta pesquisa, observamos que não há um autorreconhecimento dos preceptores como agentes de transformação social. O agente social preceptor precisa aprimorar/ desenvolver determinadas competências que são a base para que todas as demais sejam consubstanciadas, tais como: ser experiente na prática da Enfermagem no setor que o aluno vai realizar o estágio; entender o contexto coletivo e não só o individual; ter noções básicas sobre políticas públicas; entender as estratégias de consolidação do SUS; gostar de estar em contato com alunos; ter carga horária de trabalho destinada para participação na formulação dos estágios; ter canais de discussões constantes com gestores, docentes, discentes e usuários sobre a temática.

Identificou-se competências a serem desenvolvidas pelos preceptores, a partir da reflexão retrospectiva sobre sua prática, apontando prioritariamente para a necessidade de competências relacionadas à falta de proatividade sobre sua própria formação e à deficiência no planejamento do processo ensino-aprendizagem advindo de falta de capacitações específicas, que podem ser promovidas a partir do compartilhamento de experiências sobre métodos didático- pedagógicos e maior entrosamento com os diversos atores envolvidos através da realização de reuniões regulares para planejar em conjunto .

Acredita-se na plena possibilidade do desenvolvimento de tais competências pelo enfermeiro preceptor uma vez que se busque a formação profissional para os egressos dos cursos de Enfermagem de forma mais aberta e dialógica e ao mesmo tempo crítica; mais flexível e ao mesmo tempo mais rigorosa; solidamente alicerçada em conhecimentos e principalmente,

fundamentada na ética, voltada para uma prática reflexiva que gere autonomia, criatividade, comunicação e capacidade de identificar problemas e buscar alternativas para superá-los. Somente assim, o graduando estará construindo suas competências e habilidades voltadas para a superação dos conflitos existenciais e éticos, bem como para o enfrentamento dos desafios que a convivência social e o mundo do trabalho apresentarão no decorrer de sua trajetória de vida.

Através do estudo foi possível analisar as possíveis estratégias para viabilização das competências a serem aprimoradas ou desenvolvidas pelo preceptor, sendo percebido que o locus do trabalho é rico em experiências que demandam estratégias diárias bastante efetivas para solucionar situações, no entanto, a falta de conhecimento sobre os contextos (seja político, social, econômico) limita tais estratégias e a falta de estímulo de reflexão sobre as mesmas, acaba não permitindo que tais estratégias sejam aprimoradas. Tivemos a oportunidade de realizar um constructo (ainda inacabado) de possibilidades estratégicas para cada competência elencada tendo como base as experiências diversificadas dos preceptores e as bases teóricas adotadas. Ainda que saibamos que esta construção não terá um fim, dada a dinâmica do objeto de estudo, gostaríamos de prosseguir, expandindo o estudo através de outras pesquisas com grupos focais compostos por preceptores para um aprofundamento na temática.

Como recomendação, sugiro maior participação dos preceptores no planejamento dos processos de ensino-aprendizagem com a academia e discentes e que assim como a tecnologia educacional realizada neste estudo, outras tecnologias sejam estimuladas e implementadas a fim de fomentar discussões sobre a temática de tamanha relevância e proporcionar parâmetros para esta prática, ainda pouco explorada.

Iniciativas como o Mestrado profissional tem propiciado um espaço valoroso, ainda que incipiente frente à crescente demanda. Tivemos, através do mesmo, a oportunidade de produzir um evento para abordar, a interação do serviço e academia, enfatizando a temática Preceptoria e Educação Permanente. Este evento contou com a participação de representantes das academias, gestão, Pró-saúde, PET-Saúde, discentes e preceptores. Foi notório o consenso de que estes espaços de discussão devem ser fomentados para que haja afinação nas ações e efetividade das mesmas.

Cabe destacar que os sujeitos desta pesquisa são imprescindíveis para o processo de construção da ciência do graduando em Enfermagem, mas que, para tanto, precisam estar cientes desta importância a ponto de refletir sobre suas ações e sobre as reflexões prévias, entendendo

sua atividade como algo dinâmico e cíclico que a cada volta sempre resultará em decisões de manter ou mudar suas ações, dando exemplo desta atitude para os graduandos que estão em acompanhamento, contribuindo para a valorização da própria profissão e fortalecimento do SUS.

REFERÊNCIAS

ABREU, Estela dos Santos; TEIXEIRA, José Carlos Abreu. Apresentação de trabalhos monográficos de conclusão de curso. 10 ed. Revisada e atualizada. Niterói – RJ: Editora da UFF, 2012.83p

ALMEIDA, Maria Cecília Puntel; ROCHA, Semiramis Melani Melo. O trabalho de enfermagem. São Paulo: Cortez, 1997. 296p.

ANGERAMI, Emilia Luigia Saporiti; GOMES, Daisy Leslie Steagall. Análise da formação do enfermeiro para a assistência de enfermagem no domicílio. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n. 2, p. 5-22, jul. 1996. Disponível em: <http://www.eerp.usp.br/rlaenf>. Acesso em: jun.2006.

BASTABLE, Susan. O Enfermeiro como Educador - Princípios de ensino-aprendizagem para a prática de enfermagem; tradução Aline Capelli. 3 ed.- Porto Alegre: Artmed, 2010.687p.

BEHRNS, Marilda Aparecida. Tecnologia Interativa a Serviço da Aprendizagem. São Paulo: Salto, 2003. 85p.

BERARDINELLI, Lina Márcia Miguéis et al . A Preceptoria na residência de enfermagem. Rio de Janeiro: EPUB, 2003.p 6.

BICHO, Leandro; BAPTISTA Susana. Modelo de Porter e análise SWOT: estratégias de negócio; 2006. Disponível em: <http://www.ecnsoft.net/wp-content/plugins/downloads- manager/upload/ FATEC-SBC_ADME_Forcas_Competitivas_de_Porter.pdf>. Acesso em: 10 out. 2011.

BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino aprendizagem. 26 ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 313 p.

BOTTI, Sérgio Henrique de Oliveira; REGO, Sérgio. Preceptor, Supervisor, Tutor e Mentor: Quais são seus papéis? Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 32, n. 3, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbem/v32n3/v32n3a11.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde. Departamento de gesto da Educação na Saúde. Política de educação e desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação Permanente em Saúde – Pólos de Educação Permanente em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.60 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 4)

BRASIL. Constituição da Republica. Artigos 194, 196. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: < http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const/> Acesso em: 29 nov. 2011.

BRASIL. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=134238>. Acesso em: 29 nov. 2011.

BRASIL. Portaria n. 648, de 28 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saúde. 2006. Disponível em: <http://dtr2001saude.gov.br/sãs/PORTARIAS/Port2006/GM/GM648.htm>. Acesso em: 4 set. 2011.

BRASIL. MEC. Lei das Diretrizes e Bases da Educação no. 9.394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em 14 nov. 2011.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES N. 3, de 07 de novembro de 2001. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em enfermagem. Diário Oficial da República Federativa da União. Brasília: 09 nov. 2001. Seção 1, 1987.

CAMPOS, G. W. S. et al. Tratado de Saúde Coletiva. 1. reimp. São Paulo: Hucitec. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006.

CARVALHO, Evanilda Souza Santana; FAGUNDES, Norma Carapiá. A inserção da preceptoria no curso de graduação em enfermagem. Rev. Rene, Fortaleza, v.9, n.2, p.98-105, abr/jun, 2008.

CECCIM, Ricardo Burg. Educação Permanente em Saúde: Desafio Ambicioso e Necessário. RS: Interface v.9, n.16, 2005. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a13.pdf>. Acesso em: 04 de Nov. 2012.

CUNHA, Maria Isabel. O bom professor e sua prática. In: MASETTO, M. T. Docência na Universidade. Campinas: Papirus, 2002. 214p.

DEBUS, Marc. Manual para excelência en La investigación mediante grupos focales. Washington: Academy for Educational Development,1997.97 p.

Faissol, Speridião. O Espaço, território, sociedade e desenvolvimento brasileiro. Rio de Janeiro: IBGE, 1994. 308p.

FAUSTINO, Regina Lúcia Herculano; EGRY, Emiko Yoshikawa. A formação da enfermeira na perspectiva da educação reflexões e desafios para o futuro. São Paulo: Rev Esc Enferm USP, 2002; 36(4): 332-7.

FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio: o minidicionário da língua portuguesa. 6. ed. Curitiba: Positivo, 2004.856 p.

FUSZARD, Bárbara. Innovative teaching strategies in nursing. Rockville: Aspen Publishers; 1989. 292p.

GADOTTI, Moacir. História das idéias Pedagógicas. 3ed. São Paulo: Ática, 1995.319 p.

GALLEGUILOS, Tatiana Gabriela Brassea; OLIVEIRA, Maria Amélia Campos. A gênese e o Desenvolvimento Histórico do Ensino de Enfermagem no Brasil. SP: REEUSP; 2001 v. 35, n. 1, p. 80-7, mar. 2001.

GEIB, Lorena Teresinha Consalter. A tutoria acadêmica no contexto histórico da educação. Rev. bras. enferm. vol.60 n.2 Brasília Mar./Apr. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000200017>. Acesso em: 10 nov. 2012. GERMANO, Raimunda Medeiros. Percurso revisitado: o ensino da enfermagem no Brasil. Proposições, Campinas-SP: v. 14, n. 1, p. 13-28, 2003.

HANGER, Paul John; GONCZI, Andrew. What is competence? Medical Teacher, EHE v.18, n.1, p. 15-8, 1996.

HANGER, Paul John; GONCZI, Andrew; ATHANASOU, James. General issues about assessment of competence. Asses. EHE, v.19, n.1, 1994. 327p.

HERNÁNDEZ, Daniel. Políticas de Certificación de Competências em América Latina. In: Cinterfor. Montevideo: Boletin Técnico Interamericano de Formación Profesional, n.152, 2002.12p.

ITO, Elaine Emi et al. O ensino de Enfermagem e as diretrizes curriculares nacionais: Utopia x Realidade. São Paulo: Rev. esc. enferm. USP [online]. 2006, vol.40, n.4, pp. 570-575. ISSN 0080-6234. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342006000400017 &script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 10 jan.2012.

LARANJEIRA, Carlos António. Aprendizagem pela Experiência em Enfermagem. Rev. Enf. UERJ. Rio de Janeiro, 14 (2), p.176-181, abr/jun, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Reflexividade e formação de professores: outra oscilação do pensamento pedagógico brasileiro? In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro. (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e critica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002. 264p.

LIMA, Maria Alice Dias Silva. Ensino de Enfermagem: Retrospectiva, Situação atual e Perspectivas. RJ: Rev. Br. Enf.; 47 (3): 270-7, 1994.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: Abordagens Qualitativas. 4. reimp. São Paulo: EPU, 2005.48p.

MARINHO, Emandes Reis. As Relações de Poder segundo Michel Foucault. Revista Facitec. ISSN 1981-3511, v. 2, n. 2, Art. 2, dez. 2008. Disponível em: <http://facitec.br/ojs2 /index.php/erevista/article/view/7>. Acesso em 15 set. 2012.

MATTA, Gustavo Corrêa; MOROSINI, Márcia Valéria Guimarães. Atenção Primária à saúde. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. FIOCRUZ: Rio de janeiro, 2009. Disponível em: < http://pap.fundap.sp.gov.br/arquivos/dic_profissoes_saude.pdf>. Acesso em 15 nov. 2012. MERHY, Emerson Elias; FRANCO, Túlio Batista. Por uma Composição Técnica do Trabalho Centrada nas Tecnologias Leves e no Campo Relacional. in Saúde em Debate, Ano XXVII, v.27, N. 65, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: <http://www.professores.uff.br/tuliofranco /textos/composicao_tecnica_do_trabalho_emerson_merhy_tulio_franco.pdf>. Acesso em 15 nov. 2012.

MINAYO, Maria Cecília de Souza et al. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32 ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2011. 80 p.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O Desafio do Conhecimento:Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo: Hucitec, 2010. 407 p.

MONTEIRO, Simone Souza et al. Educação, comunicação e tecnologia educacional: interfaces com o campo da saúde. Rio de Janeiro: ed. FIOCRUZ, 2006.252p.

MOURA, Abigail et al. SENADEn: Expressão política da Educação em Enfermagem. Rev. bras. enferm. Brasília, vol.59, no. spe , 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br /scielo.php?pid=S0034-71672006000700011&script=sci_arttext>. Acesso em: 22 set. 2012. NOGUEIRA, Maria Alice; NOGUEIRA, Cláudio Martins. Bourdieu & a Educação. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.149p

Oficina de Trabalho. Diretrizes Curriculares Nacionais e Formação em Enfermagem: Construindo Perfis com Qualidade Política. Relatório final. 54º Congresso Brasileiro de Enfermagem; 2002 nov. 09-14, Fortaleza: ABEn-Seção, 2002.

PERES, Ainda Maria. Sistema de informações sobre pesquisa em enfermagem: proposta para um departamento de ensino de universidade pública [dissertação]. Florianópolis: Centro Sócio- Econômico da UFSC; 2002. Disponível em: <http://www.enfermagem.ufpr.br /paginas/publicacoes/Dissertacao_Aida.pdf>. Acesso em: 15 set.2012.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre. Artes Médicas sul, 1999.90p

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 176 p.

PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.208p.

PERRENOUD, Philippe et al. As Competências para Ensinar no Século XXI- A Formação dos Professores e o Desafio da Avaliação .Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 192 p.

POZO, Juan Inácio. Teorias cognitivas da Aprendizagem. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.284 p.

RESSEL, Lúcia Beatriz et al . O uso do grupo focal em pesquisa qualitativa. Texto Contexto Enfermagem. 2008; 17(4): 779-86. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/21.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2013.

RODRIGUES, Elizabeth Nascimento. Primeiro estágio Curricular: relato de experiência. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio de Janeiro. v.48, n.4, p.436-443, out/dez. 1995.

SABÓIA, Vera Maria. Educação em saúde: a arte de talhar pedras. Niterói-RJ: Intertexto, 2003.134p.

SAUPE, Rosita. Educação em enfermagem: da realidade construída à possibilidade em construção. Florianópolis: EDUFSC, 1998. 306p.

SAUPE, Rosita; GEIB, Lorena Teresinha Consalter. Programas tutoriais para os cursos de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2002, vol.10, n.5, pp. 721-726. ISSN 0104- 1169. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692002000500015 &script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 8 set. 2011.

SAUPE, Rosita et al. Avaliação das competências dos recursos humanos para a consolidação do Sistema Único de Saúde no Brasil . Texto contexto- Enfermagem vol.16 n.4 Florianópolis Oct./Dec. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 07072007000400009&script=sci_arttext>. Acesso em: 5 nov. 2012.

SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. 92p.

SCHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Trad. Costa, Roberto Cataldo. Porto Alegre: Artes Médicas sul, 2000.256p.

SILVA, Verônica Caé da. Preceptoria – Nexos com a Pedagogia Histórico-Crítica: o Caso da Escola de Enfermagem Anna Nery. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. 126p. TEIXEIRA, Elizabeth; SABÓIA, Vera Maria. Tecnologias Educacionais em foco. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 2011. 101p.

TRAJMAN, A. et al. A preceptoria na rede básica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro: opinião dos profissionais de saúde. RJ: RBEM. Vol.33. RJ: 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022009000100004>. Acesso em 10 nov. 2012.

VALENTE, Geilsa Soraia Cavalvanti. A Reflexividade na Prática docente da Graduação em Enfermagem: Nexos com a Formação Permanente do Enfermeiro Professor. Tese (doutorado em enfermagem)– Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro. RJ, 2009.180 p.

VALENTE, Geilsa Soraia Cavalvanti; VIANA Lígia de Oliveira. (Re) Conhecendo as Competências do Enfermeiro Professor. São Paulo: Casa do novo autor, 2007. 116p.

VALENTE, Geilsa Soraia Cavalcanti. A formação do enfermeiro para o ensino de nível médio em Enfermagem: uma questão de competências. 2005. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)– Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. As dimensões do projeto político-pedagógico. 1. ed. Campinas SP: Papirus, 2001.14p.

ANEXO 1

RESOLUÇÃO SMSDC Nº 1.720 DE 22 DE MARÇO DE 2011 DISPÕE SOBRE AS ATIVIDADES DE SUPERVISÃO E

PRECEPTORIA DE ESTÁGIO NO ÂMBITO DA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL - SMSDC.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

CONSIDERANDO o disposto no art. 9º da Lei Federal n.º 11.788 de 25 de setembro de 2008; CONSIDERANDO a necessidade de atualizar e adequar as normas de que trata a Resolução SMS n.º 1.023 de 01 de dezembro de 2003;

CONSIDERANDO a necessidade de contribuir com o desenvolvimento profissional do estagiário;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer um vinculo maior entre ensino- serviço;

CONSIDERANDO que o supervisor é o profissional que planeja e coordena as atividades teórico-práticas a serem desenvolvidas pelo estagiário;

CONSIDERANDO que o preceptor é o profissional que acompanha o estagiário no desempenho das atividades planejadas pela supervisão.

RESOLVE

Art. 1º São condições para exercer atividades supervisão e preceptoria de estágio na Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil - SMSDC:

I - Ser agente público ou equiparado lotado na Unidade onde se desenvolverá o estágio;

II - Exercer atividade profissional na SMSDC na área de formação ou conhecimento desenvolvida no curso do estagiário;

III - Manter ativa sua filiação no Conselho Regional de sua categoria profissional. § 1º Para os fins desta Resolução, considera-se agente púbico:

I – Servidores de cargo efetivo e de cargo comissionado submetidos ao regime estatutário; II – Empregados públicos contratados sob regime da legislação trabalhista;

III – Empregados das empresas prestadoras de serviços; IV – Empregados das organizações sociais sem fins lucrativos.

§ 2º Caberá ao Chefe de Serviço, com a ciência do Diretor da Unidade e do Presidente do Centro de Estudos, a indicação ou afastamento do respectivo supervisor e preceptor.

§ 3º Caberá à Coordenação ou Gerência de Programas, a indicação para as categorias funcionais que não possuam Chefia de Serviço.

Art. 2º Compete aos Supervisores:

a) elaborar o programa teórico-prático dos estágios da SMSDC;

b) planejar, ordenar e acompanhar as ações dos preceptores junto aos estagiários nas Unidades da SMSDC;

c) avaliar, conjuntamente com os preceptores, o desempenho dos estagiários;

c) participar das reuniões específicas de supervisão, programadas pelo Centro de Estudos ou pela SMSDC;

d) indicar os preceptores, submetendo-os a apreciação do Chefe de Serviço, com ciência do presidente dos Centros de Estudos;

e) conhecer e cumprir os regulamentos e as normas vigentes estabelecidos pela SMSDC, relativos aos estágios.

Art. 3º Compete, especificamente, aos Preceptores:

a) assessorar o supervisor na elaboração, ordenação e execução do programa teórico-prático dos estágios da SMSDC;

b) avaliar, junto com o supervisor, o desempenho dos estagiários;

c) participar das reuniões organizadas pelos supervisores e presidentes de Centros de Estudos; d) zelar pelo cumprimento das ações programáticas implantadas nas Unidades da SMSDC, privilegiando os programas práticos de atendimento;

e) conhecer e cumprir os regulamentos e as normas vigentes estabelecidos pela SMSDC, relativos aos estágios.

Art. 4º Para o exercício das atividades de que trata a presente Resolução, o profissional deverá preencher os seguintes documentos fornecidos pelo Centro de Estudos da Unidade de Saúde, ou, quando este não existir, pela Gerência de Desenvolvimento Técnico Acadêmico da Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas da Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Subsecretaria de Gestão - S/SUBG/CGP/CDP/GDTA:

a) Carta de intenção;

b) Formulário de Cadastramento de Supervisão/Preceptoria assinado pela Chefia de Serviço, Centro de Estudos e Direção da Unidade.

§ 1º Os profissionais de que tratam os incisos III e IV do § 1º do art. 1º deverão apresentar ao Centro de Estudo da Unidade declaração de capacidade técnica expedida pela instituição contratante.

Art. 5º O número de supervisores e preceptores, por programa, será definido para cada Unidade de acordo com suas atividades e em concordância com o art. 9º inciso III da Lei Federal n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008.

Art. 6º O supervisor e preceptor devem ser liberados de suas atribuições na Unidade, a fim de frequentar eventos que promovam sua melhoria de conhecimentos no campo específico ou acerca