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RELAÇÃO BENEFÍCIO CUSTO (RB/C)

5. Considerações Finais

O setor produtivo de panelas de pressão é extremamente competitivo no mercado brasileiro. Neste contexto, a empresa para se sobressair deve manter foco especial nos custos de produção. O monitoramento constante dos custos de produção aliada à busca pela melhoria contínua da produtividade concorre para que a organização se sobressaia perante aos seus concorrentes.

A verticalização da produção da válvula reguladora de pressão é uma das alternativas para que a organização mantenha-se com o propósito de oferecer produtos que satisfaçam as necessidades de seus consumidores com menor preço de mercado.

Os resultados encontrados satisfazem os objetivos proposto neste estudo, uma vez que foram descritos os processos de como, quando e o quanto disponibilizar para fabricar internamente a válvula reguladora de pressão. Os indicadores econômicos analisados no referido artigo demonstram a evidência clara e objetiva que é atraente a verticalização da produção no caso apresentado.

Entretanto, é preciso monitorar os custos de cada material (alumínio e Zamac), para que, se a diferença entre estes sofrerem grandes variações, o projeto deverá ser revisto de acordo com as alterações de valores de cada minério.

Como sugestão para estudos futuros, propõe-se que a organização acompanhe os valores dos minérios de alumínio e Zamac e determine a relação de valores entre estes. Desta forma, pode-se determinar até que ponto a diferença de valores entre os minérios poderá oscilar, e desta maneira determina-se os valores aceitos para produção em alumínio ou adquirir de empresas que produzam a válvula reguladora de pressão em Zamac.

6. Agradecimentos

Agradecemos à empresa estudada por ter cedido as informações para a elaboração do presente artigo, o qual foi apresentado aos diretores para tomada de decisão de produzir internamente a válvula reguladora.

7. Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11823: Utensílios domésticos – panela de pressão. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.

BACK, N. Metodologia de Projeto de Produtos Industriais. Guanabara Dois, 1983.

CORRÊA, H.L.; GIANESI, G.N. Just in Time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Atlas, 1993.

Introdução à Análise Econômica de Projetos: Princípios e Práticas – Prof. José DONIZETTI de Lima, Dr. Eng. Página 36 ESTEVÃO, V. Panela de Pressão. Disponível em: <http://www.efeitojoule.com>. Acesso em: set. 2009. FILHO, A.N.B. Projeto e Desenvolvimento de Produto. São Paulo: Atlas, 2009.

GARFINKEL, R. Knowing and the known. São Paulo: Saraiva, 2002.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Contagem da População. Disponível em:

<www.ibge.gov.br> Acesso em: jul. 2009.

KRAJEWSKI, L.J.; RITZMAN, L.P. Operations Management. São Paulo: Saraiva, 1999. MARTINS, P.G.; LAUGENI, F. Administração da Produção. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2001.

MORO; C. Horizontalização e Verticalização. Disponível em: <http://pt.shvoong.com>. Acesso em: jul.2009.

PORTER, M.E. Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de indústrias e da Concorrência. 7. ed., Rio de Janeiro: Campus, 1986.

ROZENFELD, H.; FORCELLINE, F; AMARAL, D.; ALLANPRADINI, D.; SILVA, S.E; SCALICE, R. Gestão de Desenvolvimento de Produtos – Uma Referência para a Melhoria do Processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

Sugestão de atividade complementar: Faça uma análise crítica do artigo de Luchtemberg et al. (2010), identificando oportunidades de melhoria e implementando-as.

Etapas:

1ª) Ler o artigo.

2ª) Refazer os cálculos.

3ª) Identificar oportunidades de melhoria.

4ª) Implementar, se possível, o que foi apontado na etapa anterior. 5ª) Apresentar sugestões para trabalhos futuros.

Para tanto, 0) Leia o artigo.

1) Construa o fluxo de caixa.

2) Elabore o diagrama do fluxo de caixa.

3) Calcule os indicadores/índices de retorno, risco e sensibilidade. 4) Verifique o espectro de validade da decisão: gráfico VPLs x TMAs.

5) Elaborar um relatório com os resultados encontrados e emita um parecer conclusivo. 6) Identifique oportunidades de melhoria no mesmo. Descreva-as.

7) Compare os resultados encontrados anteriormente ao aplicar a depreciação linear, uma alíquota de imposto de renda de 15% e possibilidade de acessar uma linha de financiamento que fornecerá 80% do capital inicial com taxa de juros de 0,7% ao mês no SAC.

Introdução à Análise Econômica de Projetos: Princípios e Práticas – Prof. José DONIZETTI de Lima, Dr. Eng. Página 37 RESOLVENDO NO $AVE

Introdução à Análise Econômica de Projetos: Princípios e Práticas – Prof. José DONIZETTI de Lima, Dr. Eng. Página 38

PONTO DE FISHER ou TAXA DE FISHER COMO MEDIDA DE RISCO

Adaptado/formatado/ampliado/implementado a partir de Souza e Clemente (2008)

Uma outra análise da dimensão risco pode ser feita por meio do Ponto de Fisher. Nessa análise, tendo em vista o comportamento normativo do binômio risco-retorno (mais ganhos só assumindo mais risco), Fisher preconiza a existência de um limite para a variabilidade da TMA em que o investidor, em termos de ganho, seria indiferente entre duas alternativas de investimentos. Ora, para o investidor ser indiferente é necessário que ambas as alternativas apresentem o mesmo VPL permitindo, matematicamente, que para uma taxa genérica, se igualem as expressões dos VPLs dos projetos. Ao se igualar as expressões dos VPLs resulta um fluxo de caixa igual à diferença dos fluxos de caixas originais que deve ser igualado a zero. A taxa que torna um fluxo de caixa qualquer igual a zero é, por definição, a Taxa Interna de Retorno (TIR) desse fluxo. A Tabela a seguir ilustra um procedimento simples (usando- se o MS-Excel) para cálculo do Ponto de Fisher.

Tabela – Procedimento para o cálculo do ponto de Fisher Período (j) Projeto B Projeto C Projeto de Fisher (B – C) 0 - R$ 50.000,00 - R$ 20.000,00 - R$ 30.000,00 1 R$ 20.000,00 R$ 8.000,00 R$ 12.000,00 2 R$ 10.000,00 R$ 6.000,00 R$ 4.000,00 3 R$ 10.000,00 R$ 6.000,00 R$ 4.000,00 4 R$ 15.000,00 R$ 4.000,00 R$ 11.000,00 5 R$ 15.000,00 R$ 4.000,00 R$ 11.000,00 TIR 12,83% 14,31% 11,98%

A TIR de 11,98% do projeto fictício B-C é o Ponto de Fisher. Para uma TMA de 11,98% ambos os projetos (B e C) apresentariam o mesmo VPL tornando o investidor, em termos de ganho, indiferente entre as duas alternativas de investimentos. A Figura a seguir ilustra essa situação.

Figura – Ponto de Fisher (11,98%) como limite para a variabilidade da TMA

O Ponto de Fisher estabelece um novo limite (11,98%) para a variabilidade da TMA. Essa informação melhora a percepção de risco do Projeto B, isto é, o Projeto B só é superior ao Projeto C para TMAs inferiores a 11,98% a.a.

Síntese do Ponto de Fisher: é a taxa que torna o investidor indiferente entre duas alternativas de investimentos. No processo de comparação entre duas alternativas de investimentos, o Ponto de Fisher é utilizado para verificar a robustez de uma decisão já tomada. Também representa um novo limite para a variabilidade da TMA. Pode ser interpretado como uma medida de risco para a decisão já tomada. A taxa de Fisher é igual à TIR do fluxo diferencial entre dois projetos.

Introdução à Análise Econômica de Projetos: Princípios e Práticas – Prof. José DONIZETTI de Lima, Dr. Eng. Página 39

Exemplo ilustrativo 2 – SELEÇÃO DE PROJETOS

Suponha que a empresa i9@gronegócio tenha que escolher/optar/eleger qual a melhor alternativa de investimento entre 2 (dois) projetos (A ou B), mutuamente exclusivos. A TMA da empresa é estimada em 10% ao ano. Observe o detalhamento dos projetos a seguir:

Projeto A: Investimento inicial (FCo) = R$ 100.000,00, fluxo de caixa anual com taxa de crescimento de

10% ao ano (devido a expansão do mercado e o lançamento de um produto inovador no segmento de atuação da empresa), começando com R$ 20.000,00. O valor residual é estimado em 5% do valor a ser investido inicialmente.

Projeto B: Investimento inicial (FCo) = R$ 80.000,00, fluxo de caixa anual com taxa de crescimento de

8% ao ano (devido a expansão do mercado devido ao lançamento de um produto inovador no segmento de atuação da empresa), começando com R$ 18.500,00. O valor residual é estimado em 5% do valor a ser investido inicialmente.

Qual projeto você recomendaria? Os dados complementares e relevantes para a análise estão na Figura a seguir:

Período (j) FCj (projeto A) FCj (projeto B)

0 - R$ 100.000,00 - R$ 80.000,00 1 R$ 20.000,00 R$ 18.500,00 2 R$ 22.000,00 R$ 19.980,00 3 R$ 24.200,00 R$ 21.578,40 4 R$ 26.620,00 R$ 23.304,67 5 R$ 29.282,00 R$ 25.169,05 6 R$ 32.210,20 R$ 27.182,57 7 R$ 35.431,22 R$ 29.357,17 8 R$ 38.974,34 R$ 31.705,75 9 R$ 42.871,78 R$ 34.242,21 10 R$ 52.158,95 R$ 40.981,59 Resolução:

Etapa1) Construção do Fluxo de Caixa (FC) e elaboração do diagrama do FC

TMA 10% Taxa Mínima de Atratividade ou Taxa de juros (desconto) por período.

N 10 Horizonte de planejamento ou horizonte de análise ou tempo/horizonte.

PROJETO Projeto A Projeto B Nome dos projetos

FC0 -R$ 100.000,00 -R$ 80.000,00 Investimento inicial: aquisição, transporte, instalação....

FC1 R$ 20.000,00 R$ 18.500,00 Fluxo de caixa para cada período = Receitas - Custos

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*O projeto B foi o vencedor na maioria dos indicadores. Entretanto, o pressuposto é a empresa tenha R$ 100.000,00. Desta forma, devo aplicar o capital flutuante (R$ 20.000,00) à TMA (10% ao período).

Nota: var. máx. TMA = Ponto de Fisher/TMA – 1 = 55,10%: Variação máxima admitida à TMA antes de mudar a decisão tomada.

O melhor projeto é o A. Essa decisão se sustenta enquanto a TMA (atualmente em 10%) for menor ou igual a 15,51% (Ponto de Fisher: novo limite para a variabilidade da TMA).

Parecer final: Se a tendência for a TMA permanecer abaixo de 15,51% (ponto de Fisher) é melhor investir no projeto A, pois o mesmo apresenta maior retorno e menor risco, inclusive sob o aspecto da análise de sensibilidade (TMA, custos e receitas). Por outro lado, se a tendência é de alta na TMA para valores acima de 15,51% então invista no projeto B e fique com R$ 20.000,00 aplicados na TMA, podendo utilizá-lo a qualquer momento (surgimento de uma nova oportunidade de investimento).

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Atividade proposta: Faça os Exercícios 3 e 4 das Atividades Práticas Supervisionadas

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