• Nenhum resultado encontrado

C. Unidade sísmica S2U3

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o início do século XX que o setor costeiro da margem portuguesa é objeto de inúmeros estudos e projetos, sendo o seu conhecimento ainda deficiente. Fruto de uma evolução tectónica faseada ao longo do tempo, que remonta ao ciclo varisco e se prolonga até à atualidade, é na zona costeira do setor imediatamente a sul de Lisboa que se encontra o principal relevo positivo formado no último impulso da orogenia alpina, a cadeia da Arrábida. Na plataforma continental adjacente, o conhecimento da extensão desta herança estrutural meso-cenozóica e a sua influência nos processos de geodinâmica externa (em especial os relacionados com a evolução ambiental recente) constituiu o principal objetivo deste trabalho, o qual utilizou dados de reflexão sísmica de alta resolução, obtidos pelo Instituto Hidrográfico em diversas campanhas.

A aplicação de critérios sismo-estratigráficos, complementada com trabalhos realizados por outros autores, nesta mesma área durante os anos 70 e 80 do século passado, permitiu pormenorizar a descrição de algumas particularidades da área, enumeradas nos pontos seguintes:

- Em termos estratigráficos, a coluna identificada nos registos de reflexão sísmica (escala vertical 250 ms td) é constituída por três sequências sísmicas distintas. A mais antiga, a sequência SR, é a referente ao substrato rochoso presente maioritariamente em toda a zona oriental da área, tendo-lhe sido atribuída uma idade ante-pliocénica. A sequência S1 integra as unidades sísmicas que, pelas suas caraterísticas, corresponde a um enchimento sedimentar de idade Plio-Quaternária. Preenchendo uma grande depressão tectónica, alinhada com a orientação do Canhão de Sesimbra, esta sequência integra 4 unidades sísmicas que testemunham o enchimento faseado e resultante de diferente ciclos eustáticos. Superiormente, a sequência S2, estando depositada sobre uma superfície mais ou menos aplanada, de natureza erosiva bem evidente e com expressão regional, que trunca todas as unidades sísmicas mais antigas. Esta sequência também é composta por unidades sísmicas, a mais recente das quais, correspondendo aos depósitos sedimentares que, atualmente cobrem a plataforma continental; - O estilo de deformação identificado é maioritariamente frágil, expresso por estruturas do tipo falhas, que afetam essencialmente as sequências sísmicas mais antigas (SR e S1). As falhas correspondem, provavelmente à expressão superficial de estruturas antigas enraizadas no soco antigo (Paleozóico), reativadas em regime distensivo durante o Mesozóico (a abertura do Atlântico Norte) e, posteriormente, em contexto de inversão tectónica, durante a fase Bética da orogenia alpina (Miocénico), fase que se começou a fazer sentir com a colisão tripla das placas litosféricas Iberia-Euro-Asiática-Núbia (final do Cretácico), levando mais tarde a soerguimento geral no caso da placa Iberia no Pliocénico, persistindo até aos dias de hoje. Não foram encontradas evidências de deformação na sequência S2;

- O mapa da espessura da cobertura sedimentar foi obtido através da interpolação dos dados referentes à distância vertical entre os refletores do fundo marinho atual e o refletor da base da sequência S2 (UMG (?)), permitiu obter um valor médio na ordem dos 14 ms, o que representa aproximadamente 12 m (Vp = 1800 m/s) de espessura para esta unidade. Os valores mais altos da espessura da cobertura sedimentar, pela localização junto à costa e estrutura interna muito deformada, foram identificados como depósitos de vertente resultantes de processos de erosão costeira e colapso de vertente (na zona emersa estão adjacentes a uma arriba bastante proeminente);

- Numa posição estratigráfica superior, a sequência sísmica S2, constituída por 3 unidades sísmicas (S2U1, S2U2 e S2U3), está depositada sobre a superfície erosiva denominada por UMG (?), anterior ao Último Máximo Glaciar, datado de há cerca de 20 000 a 18 000 anos; as unidades sísmicas S2U1, S2U2 e S2U3 terão uma idade mais recente e, refletem as sucessivas fases transgressivas do período pós-glaciário. Estas unidades sísmicas estão delimitadas pelos refletores R1 e R2 que, representam os períodos de estabilização ou de descida do NMM.

Assim, no que diz respeito à deposição das unidades identificadas na sequência sísmica S2, propõem-se que a unidade sísmica S2U1 represente a primeira fase de subida do NMM (cerca de 3 000 anos, em que o NMM subiu da cota -130 até à cota -100 m). A

73

estabilização naquela cota permitiu a formação do refletor R1, mais visível na zona menos profunda ou emersa da área estudada.

Este refletor foi rapidamente coberto pela sequência S2U2, depositada durante a rápida migração do NMM para cotas superiores (em 2 000 anos o NMM subiu cerca de 60 m, até atingir a cota -40 m aos 11 000 anos). Esta mudança rápida no NMM foi provocada pelo aumento das temperaturas, fortemente ligado ao estabelecimento da Corrente do Golfo, acompanhado pela migração, para Norte, da frente polar atmosférica e oceânica.

Esta tendência evolutiva do NMM foi, no entanto e de uma forma abrupta, interrompida com um episódio de agravamento do clima, o Dryas Recente, de muito curta duração (cerca de 1 000 anos), mas caraterizado por um arrefecimento generalizado e restabelecimento de clima do tipo glaciar. Como consequência, o NMM desceu 20 m em 1 000 anos e, os depósitos formados na fase anterior foram redistribuídos pelos agentes de erosão e transporte dominantes. O refletor R2 marca o fim desta fase regressiva.

Por fim, a última unidade sísmica (S2U3), representa todo o período Holocénico, por se ter depositado após o fim do Dryas Recente (há 10 000 anos, aquando o NMM se encontrava 60 m abaixo do nível atual). Os depósitos sedimentares que se encontram no fundo marinho atual materializam o topo daquela unidade sísmica.

Globalmente considera-se que os objetivos traçados inicialmente foram alcançados, não obstante, terem surgido, durante o trabalho, algumas questões e problemas que, futuramente, poderão dar azo a novas linhas de investigação.

Invariavelmente, e como por vezes acontece em estudos de estratigrafia sísmica, a qualidade e localização dos perfis de reflexão sísmica condicionaram a cartografia das unidades e as estruturas identificadas. Este aspeto, para além da subjetividade inerente ao processo interpretativo, terão necessariamente de ser confirmados e corrigidos (se for caso disso) com novos perfis adquiridos nesta mesma área (adensando e regularizando a malha de perfis) ou estendendo-a para as áreas vizinhas, bem como a aquisição de outro tipo de dados que permita confirmar, ou infirmar, as considerações realizadas.

74

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Afilhado, A.; Moulin, M.; Cunha, T.A.; Lourenço, N.; Neves, M.C.; Pinheiro, L.; Terrinha, P.; Rosas, F.; Matias, L.; Pinto de Abreu, M. (2013) – Margem Oeste Portuguesa. In: Dias, R.; Araújo, A.; Terrinha, P.; Kullberg, J.C.; Geologia de Portugal, Geologia Meso-cenozóica de

Portugal, volume II. Escolar Editora, Lisboa, Portugal. 405 – 460pp.

Allan, T.D. (1965) – A magnetic survey off the coast of Portugal. Geophysics, Vol. 30:3, 411- 417.

Andrade, C.; Freitas, M.C.; Brito, P.; Amorim, A.; Barata, A.; Cabaço, G. (2006) – Estudo de Caso da Região do Sado – Zonas costeiras. In: Santos, F.D. & Miranda, P. (Eds). Alterações

Climáticas em Portugal. Cenários, Impactos e Medidas de Adaptação. Projecto SIAM II,

Gravida, pp. 423-438.

Antunes, M.T.; Elderfield, H.; Legoinha, P.; Pais, J. (1995) – Datações isotópicas com Sr do Miocénico do flanco sul da Serra da Arrábida. Comun. Inst. Geol. e Min.; 81, pp. 73-78. Applied Acoustics Engineering (2003) – Sound Source Operating Manual AA200 Boomer Plate.

United Kingdom. 57 pp.

Azerêdo, A.C.; Duarte, L.V.; Henriques, M.H.; Manupella, G. (2003) – Da dinâmica continental no Triásico aos mares do Jurássico Inferior e Médio. Cad. Geol. Portugal, Inst. Geol. Mineiro, 43pp.

Azevedo, M.T. (1979) – A Formação vermelha de Marco Furado (Península de Setúbal). Bol.

Soc. Geol. Portugal, XXI, pp.153-162.

Azevedo, M.T. (1982) – O sinclinal de Albufeira, evolução pós-miocénica e reconstituição

paleogeográfica. Dissertação de doutoramento, Universidade de Lisboa, 302pp (não publicado).

Azevedo, M.T.; Cardoso, J.L.; Penalva, C.; Zbyszewski, G. (1979) – Contribuição para o conhecimento das indústrias líticas mais antigas do território português: as jazidas com “Pebble Culture” da formação de Belverde – Península de setúbal. Setúbal Arqueológica, V, 31-42.

Baptista, M.A. & Miranda, J.M. (2009) – Revision of the Portuguese catalogo of tsunamis. Nat.

Hazards Earth Syst. Sci.; 9, pp. 25-42.

Bezzeghoud, M.; Borges, J.F.; Caldeira, B. (2013) – Fontes sísmicas ao longo da fronteira de placas tectónicas entre os Açores e a Argélia: um modelo sismotectónico. In: Dias, R.; Araújo, A.; Terrinha, P.; Kullberg, J.C. (Eds), Geologia de Portugal, Escolar Editora, vol. 2, pp. 747- 790.

Boillot, G.; Dupeuble, P.A. ; Mougenot, D. (1974) – Geólogie du plateau continental portugais entre le Cap Carvoeiro et le Cap de Sines. C.R. Acad. Sc. Paris, 279, pp. 887-890.

Boillot, G.; Mougenot, D.; e outros (1978) – Carta geológica da plataforma continental de

Portugal, escala 1/1 000 000. Publ. Serv. Geol. e Instituto Hidrográfico. Portugal, Lisboa.

Brito, P. (2009) – Impactos da elevação do nível médio do mar em ambientes costeiros: O caso

do estuário do Sado. Tese de doutoramento, Departamento de Geologia da Faculdade de

Ciências da Universidade de Lisboa (não publicado).

Cabral, J. (1993) – Neotectónica de Portugal Continental. Tese de doutoramento, Universidade de Lisboa, 435 p. (não publicado).

Cabral, J. (1995) – Neotectónica em Portugal Continental. Memórias do Instituto Geológico e Mineiro, 31, Lisboa: 265 pp.

Cabral, J. (2012) – Neotectonics of mainland Portugal: state of the art and future perspectives.

75

Calvo, J.P.; Daams, R.; Morales, J.; Lopez-Martinez, N.; Agusti, J.; Anadon, P.; Armenteros, I.; Cabrera, L.; Civis, J.; Corrochano, A.; Diaz-Molina, M.; Elizaga, E.; Hoyos, M.; Martin- Suarez, E.; Martinez, J.; Moissenet, E.; Muñoz, A.; Perez-Garcia, A.; Perez-Gonzalez, A.; Portero, J.M.; Robles, F.; Santisteban, C.; Torres, T.; Van Der Meulen, A.J.; Vera, J.A.; Mein, P. (1993) – Up-to-date Spanish continental Neogene synthesis and paleoclimatic interpretation. Rev. Soc.Geol. España, 6 (3-4), 29-40 pp.

Carta Geológica de Portugal na escala 1: 500 000 (1992). Serviços Geológicos de Portugal.

Choffat, P. (1882) – Note sur les vallées tiphoniques et les éruptions d’ophite et de teschenites en Portugal. Bull. Soc. Géol. France 3e sér.; X, pp. 267-295.

Choffat, P. (1903-1904) – L’Infralias et le Sinémurien du Portugal. Com. Serv. Geol. Portugal, Lisboa, t. V, pp. 49-114.

Choffat, P. (1908) – Essai sur la tectonique de la chaîne de l’Arrábida. Mem Comiss. Serv. Geol.

Portugal, 89pp.

Clark, J.A.; Farrel, W.E.; Peltier, W.R. (1978) – Global Changes in Postglacial Sea Level: A Numerical Calculation. Quaternary Research, 9, pp. 265-287.

Coppier, G. (1982) – Tectonique et sedimentation tertiaries sur la marge sud-portugaise. Thèse

3ème cycle, Univ. Paris VI, dactyl.; 140pp.

Coppier, G. & Mougenot, D. (1982) – Stratigraphie sismique et evolution géologique des formations néogènes et quaternaires de la plate-forme continentale portugaise au Sud de Lisbonne. Bull. Soc. Géol. France, 24, 3, pp. 421-431.

Costa, M. & Esteves, R. (2008) – Clima de agitação marítima na costa oeste de Portugal Continental. 11ª Jornadas de Engenharia Naval, Lisboa, 25 a 27 Novembro 2008. In: C. Guedes e C. Costa Monteiro (Eds), O Sector Marítimo Português, Salamandra, Lisboa, 2010, pp.413-426 (ISBN 978-972-689-237-3).

Cunha, P.P.; Martins, A.A.; Daveau, S.; Friend, P.F. (2005) – Tectonic control of the Tejo river fluvial incision during the late Cenozoic in Ródão – Central Portugal (Atlantic Iberian border).

Geomorphology, 64: 271-298. (doi: 10.1016/j.geomorph.2004.07.004)

Cunha, P.P.; Lopes, F.C.; Gomes, A.; Pereira, D.I.; Cabral, J.; de Vicente, G.; Martins, A.A. (2010) – The fluvial terraces of the Douro river as indicators of tectonic displacements and of crustal uplift (Pocinho area, Vilariça fault zone). In: J.M. Insua and F.Martín González (eds.), Contribución de la Geología al Análisis de la Peligrosidad Sísmica, Livro de Resumos da 1ª

Reunião Ibérica sobre Falhas Activas e Paleossismologia, Sigüenza, pp. 45-48.

Cunha, P.P.; Martins, A.; Huot, S.; Murray, A.; Raposo, L. (2008) – Dating the Tejo river lower terraces (Ródão, Portugal) to assess the role of tectonics and uplift. Geomorphology, 102: 43- 54. (doi: 10.1016/j.geomorph.2007.02.019).

Cunha, P.P.; Martins, A.A.; Cabral, J.; Gouveia, M.P.; Buylaert, J.P.; Murray, A.S. (2015) – Staircases of wave-cut platforms in western central Portugal (Cape Mondego to Cape Espichel) – revelance as indicators of crustal uplift. Resúmenes sobre el VII Simposio MIA15, 21 a 23 de Septiembre, Málaga, pp.141-144

Dias, J. M. A. (1987) – Dinâmica sedimentar e evolução recente da plataforma continental

setentrional. Dissertação para obtenção do grau de Doutoramento. Universidade de Lisboa,

Lisboa. 384 pp. (não publicado).

Dias, J.M.A.; Rodrigues, A.; Magalhães, F. (1997) – Evolução da linha de costa, em Portugal, desde o último máximo glaciário até à actualidade: Síntese dos conhecimentos. APEQ Lisboa, pp. 53-66.

Dias, J.M.A.; Boski, T.; Rodrigues, A.; Magalhães, F. (2000) – Cost line evolution in Portugal since the Last Glacial Maximum until present – a synthesis. Marine Geology 170, PII: S0025- 3227(00)00073-6, pp. 177-186.

76

Dias, J.M.A. (1985) – Registos da migração da linha de costa nos últimos 18000 anos, na plataforma continental setentrional. Actas da I Reunião do Quaternário Ibérico, I:281-295. Dias, R. & Ribeiro, A. (1995) – The Ibero-Amorican Arc: a collisional effect against an irregular

continent? Tectonophysics 246, pp.113-128.

Edgerton, H.E. & Hayward, G.G. (1964) – The Boomer sonar source for seismic profiling.

Journal of Geophysical Researches, 17, pp. 535-555.

Faibridge, R.W. (1961) – Eustatic changes in sea level. Physics and Chemistry of the Earth, Vol. 4, pp. 99-185.

Hamilton, E.L. & Bachman, R.T. (1982) – Sound velocity and related proprieties in marine sediments. J. Acoust. Soc. Am., 72(6), pp.1891-1904.

Haq, B.U.; Hardenbol, J.; Vail, P.R. (1987) – The new chronostratigraphic basis of Cenozoic and Mesozoic sea level cycles. Cushman Found for Foraminiferal Research, Spec. Publ. 24. Instituto Hidrográfico (2005) – Sedimentos superficiais da plataforma continental. Folha SED5

(Cabo da Roca ao Cabo de Sines), esc. 1:150 000, 1ª Edição.

Jelgersma, S. (1961) – Holocene sea level changes in the Netherlands. Geol. Stich. Med., ser. C- 6, 101.

Jones, E.J.W. (1999) – Marine Geophysics. Wiley, 474 p. (ISBN: 978-0-471-98694-2).

Kullberg, J.C. & Kullberg, M.C. (2017) – The tectono-stratigraphic evolution of an Atlantic-type basin: an example from the Arrábida sector of the Lusitanian Basin. Ciências da Terra/Earth

Sciences Journal 19(1), pp. 53-74. DOI: 10.21695/cterra/esj.v19il.354

Kullberg, J.C. (2000) – Evolução tectónica mesozoica da Bacia Lusitaniana. Tese de Doutoramento, Univ. Nova Lisboa, 361pp. (não publicado)

Kullberg, J.C.; Monteiro, C.; Rocha, R.B. (1995a) – Evolução diapírica: Modelo cinemático baseado no estudo do doma da Cova da Mijona. IV Cong. Nac. Geol.; Fac. Ciênc. Mus. Lab.

Min. Geol. Univ. Porto, Mem. 4, pp. 259-261.

Kullberg, J.C.; Rocha, R.B.; Soares, A.F.; Rey, J.; Terrinha, P.; Callapez, P.; Martins, L. (2006) – A Bacia Lusitaniana: Estratigrafia, Paleogeografia e Tectónica. In: Dias, R.; Araújo, A.; Terrinha, P.; Kullberg, J.C., Geologia de Portugal no contexto da Ibéria. Univ. Évora, pp. 317-368.

Kullberg, J.C.; Rocha, R.B.; Soares, A.F.; Rey, J.; Terrinha, P.; Azerêdo, A.C.; Callapez, P; Duarte, L.V.; Kullberg, M.C.; Martins, L.; Miranda, R.; Alves, C.;Mata, J.; Madeira, J.; Mateus, O.; Moreira, M.; Nogueira, C.R. (2013) – A Bacia Lusitaniana: Estratigrafia, Paleogeografia e Tectónica. In: Dias, R.; Araújo, A.; Terrinha, P. & Kullberg, J.C.; Geologia

de Portugal, Geologia Meso-cenozóica de Portugal, volume II. Escolar Editora, Lisboa,

Portugal, pp.195 – 347.

Kullberg, M.C.; Kullberg, J.C.; Terrinha, P. (2000) – Tectónica da Cadeia da Arrábida. In: Tectónica das regiões de Sintra e Arrábida, Mem. Geociências, Univ. Lisboa 2, 35-84. Kullberg, M.C.; Kullberg, J.C.; Ribeiro, A.; Phipps, S. (1995b) – Geodynamics of the eastem

sector of the Arrábida chain. IV Cong. Nac. Geol.; Fac. Ciênc. Mus. Lab. Min. Geol. Univ. Porto, Mem. 4, pp. 263-267. .

LNEC (1986) – A sismicidade histórica e a revisão do catálogo sísmico. Proc. 36/11/7368. Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Ministério do Equipamento Social.

Lurton, X. (2008) – An Introdution to Underwater Acoustics. Principles and Aplications (Second

Edition). London, New York: Springer & Praxis.

Manupella, G. (1994) – Carta Geológica de Portugal à escala 1/50000, folha 38-B (Setúbal), 2ªed.;

77

Manupella, G.; Antunes, M.T.; Pais, J.; Ramalho, M.M.; Rey, J. (1999) – Carta Geológica de

Portugal na escala 1/50000. Notícia explicativa da Folha 38-B, Setúbal, Inst. Geol. e Min.;

Lisboa.

Martins, I. & Victor, L.A.M. (2001) – Contribution of the study of seismicity in the West Margin

of Iberia. Univ. Lisboa, IGIDL Pub 25, ISSN 0870-2748.

Mcquillin, R.; Bacon, M.; Barclay, W. (1984) – An introduction to seismic interpretation, Graham

&Trotman, 287 pp.

Medwin, H. & Clay, C.S. (1998) – Fundamentals of Acoustical Oceanography. USA, Academic Press.

Mitchum, R.M. Jr. & Vail, P.R. (1977) – Seismic stratigraphy and global changes of sea level, part 7: Seismic stratigraphic interpretation procedure. In: Payton, C.E. (Ed.), Seismic Stratigraphy-applications to Hydrocarbon Exploration. Am. Ass. Petrol. Geol. Mem. 26, pp. 135-143.

Mitchum, R.M. Jr.; Vail, P.R.; Sangree, J.B. (1977b) – Seismic stratigraphy and global changes of sea level, part 6: Stratigraphic interpretation of seismic reflection patterns in depositional sequences. In: Payton, C.E. (Ed.). Seismic Stratigraphy-applications to Hydrocarbon Exploration. Am. Ass. Petrol. Geol. Mem. 26, pp. 117-133.

Mitchum, R.M. Jr.; Vail, P.R.; Thompson, S. III (1977a) – Seismic stratigraphy and global changes of sea level, part 2: The depositional sequence as a basic unit for stratigraphic analysis. In: Payton, C.E. (Ed.). Seismic Stratigraphy-applications to Hydrocarbon Exploration. Am.

Ass. Petrol. Geol. Mem. 26, pp. 53-62.

Mondol, N.H. (2010) – Seismic Exploration. In: K. BjØrlykke (Ed.), Petroleum Geoscience: From

Sedimentary Environments to Rock Physics, Spring-Verlag, Berlin, Heidelberg, pp. 375-402.

(DOI: 10.1007/978-3-642-02332-3_17)

Mougenot, D. (1985) – Progradation on the Portuguese Continental Margin: interpretation of seismic facies. Marine Geology, 69, pp. 113-130.

Mougenot, D. (1989) – Geologia da margem Portuguesa. Documentos Técnicos, Instituto Hidrográfico, 32, 259 pp.

Neres, M.; Terrinha, P.; Calado, A.; Miranda, M.; Madureira, P. (2016) – Marine magnetic survey between Cabo da Roca e Cabo Espichel (near Lisbon, Portugal): first results. Geophysical

Research Abstracts, Vol. 18, EGU2016-17403.

Neto, A. (2001) – Uso da sísmica de reflexão de alta resolução e da sonografia na exploração mineral submarina. Brazilian Journal of Geophysics, Vol. 18 (3), pp. 241-256.

Pais, J.; Cunha, P.; Legoinha, P.; Dias, R.P.; Pereira, D.; Ramos, A. (2013) – Cenozóico das Bacias do Douro (sector ocidental), Mondego, Baixo Tejo e Alvalade. In: Dias, R.; Araújo, A.; Terrinha, P., Kullberg, J.C. Geologia de Portugal, Geologia Meso-cenozóica de Portugal, vol. II. Escolar Editora, Lisboa, Portugal. 461 – 532 pp.

Pais, J.; Lopes, C.S.; Legoinha, P.; Ramalho, E.; Ferreira, J.; Ribeiro, I.; Amado, A.R.; Sousa, L.; Torres, L.; Baptista, R.; Reis, R.P. (2003) – Sondagem de Belverde (Bacia do Baixo Tejo, península de Setúbal, Portugal). Ciências da Terra (UNL), Lisboa, nº esp.V, CD-ROM, pp. A99-A102.

Palain, C. (1976) – Une série detritique terrigène. Les “Grès de Silves”: Trias et Lias inférieur du Portugal. Mem. Serv. Geol. Portugal, N.S. 25, 377 pp.

Pérez-Gonzalez, A. (1979) – El limite Plioceno-Pleistoceno en la submeseta meridional en base a los datos geomorfológicos y estratigráficos. Trabajos Neógeno-Cuaternario, 9, pp. 23-26. Pérez-Gonzalez, A. (1982) – Néogeno y Cuaternario de la Llanura Manchega y sus relaciones

78

Pfinffner, O.A. (2017) – Thick-Skinned and Thin-Skinned Tectonics: A Global Prespective. Preprints 2017, 2017070020 (doi: 10.20944/preprints201707.0020.v2).

Pimentel, N. & Reis, R.P. (2016) – Petroleum systems of the West Iberian Margin: A review of the Lusitanian Basin and the deep offshore Peniche Basin. Journal of Petroleum Geology, Vol. 39(3), pp. 305-326.

Quevauviller, P. & Moita, I. (1986) – Historie holocène d’un système transgressif: la plate-forme du Nord Alentejo (Portugal). Bull. Inst. Geól. Bassin d’Aquitaine, Bordeux, 40, pp. 85-95. Quevauviller, P. (1986) – Une relation paléorivage. Morphologie de la plate-forme continentale.

Journ. Rech. Océan. vol. 11, n. 2.

Reis, L. (2017) – Qualidade de sinal acústico em ambiente marinho utilizando uma fonte

controlada. Tese de mestrado, Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia

da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (não publicado).

Ressureição, R.; Dias, R.; Cabral, J.; Pais, J. (2013) – Estratigrafia do Cenozóico no sector litoral Melides-Santa Cruz e a problemática da deformação: Neotectónica vs. Carso. Geodinâmica e

Tectónica global; a importância da Cartografia Geológica. Livro de actas da 9ª conferência

Anual do GGET-SGP. 13-14 de Dezembro. Estremoz, 67-70 pp.

Reynolds, J.M. (1997) – An introduction to applied and environmental geophysics. John Wiley & Sons, 796 pp.

Ribeiro, A. & Cabral, J. (1988) – Carta Neotectónica de Portugal Continental (escala 1:1 000 000). SGP. Lisboa.

Ribeiro, A. & Ramalho, M. (1986) – Estratigrafia e tectónica da Cadeia da Arrábida. II Congr.

Nac. Geol. Universidade de Lisboa, Guia da excursão B2/B3.

Ribeiro, A.; Antunes, M.T.; Ferreira, M.P.; Rocha, R.B.; Soares, A.F.; Zbyszewski, G.; Almeida, F.M.; Carvalho, D.; Monteiro, J.H. (1979) – Introduction à la Géologie Génerale du Portugal. Serv. Geol. Portugal, 114pp.

Ribeiro, A.; Cabral, J.; Baptista, R.; Matias, L. (1996a) – Stress Pattern in Portugal Mainland and the adjacente Atlantic region, West Iberia. Tectonics, Vol. 15, Nº 2, pp. 641-659.

Ribeiro, A.; Catarino, F.M:; Daveau, S.; Kullberg, J.C.; Kullberg, M.C.; Pais, J.; Rey, J.; Rocha, R.B.; Soares, A.F.; Terrinha, P. (2008) – Anotações à edição fac-simile do livro “Essai sur la tectonique de la Chaîne de l’Arrábida”. In Rocha, R.B.; Pais, J.; Kullberg, J.C. & Ribeiro, M.L. (Eds.), Paul Choffat na Geologia Portuguesa, II, pp. 81-118.

Ribeiro, A.; Kullberg, M.C.; Kullberg, J.C.; Manupella, G.; Phipps, S. (1990) – A review of Alpine Tectonics in Portugal: Foreland detachment in basement and cover rocks.

Tectonophysics 184, pp. 357-366.

Ribeiro, A.; Silva, J.B.; Cabral, J.; Dias, R.; Ronseca, P.; Kullberg, M.C.; Terrinha, P.; Kullberg, J.C. (1996b) – Tectonics of the Lusitanian Basin. Final Report, Proj. MILUPOBAS, Contract nº JOU-CT94-0348, ICTE/GG/GeoFCUL; 126 pp.

Ribeiro, A: (2002) – Soft plate and impact tectonics. Springer-Verlag, 324 pp.

Rocha, R.B. & Soares, A.F. (1984) – Algumas reflexões sobre a sedimentação jurássica na orla meso-cenozóica ocidental de Portugal. Mem. Notícias, Univ. Coimbra 97, pp. 133-142. Rodrigues, A. (2004) – Tectono-Estratigrafia da Plataforma Continental Setentrional

Portuguesa. Documentos Técnicos, Instituto Hidrográfico, 35, 277 pp.

Roque, C. (2007) – Tectonoestratigrafia do Cenozóico das margens continentais sul e sudoeste

portuguesas: um modelo de correlação sismoestratigrafica. Tese de doutoramento,

Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. 316p. (não

publicado)

Ruddiman, W.F. & McIntyre, A. (1973) – Time-transgressive deglacial retreat of polar waters from the North Atlantic. Quaternary Research, 3, pp.117-130.

79

Ruddiman, W.F. & McIntyre, A. (1981) – The North Atlantic ocean during the last glaciation.

Paleogeogr. Paleoclimatol. Paleoecol. 35, pp. 145-214.

Seifert, H. (1963) – Beitrage zur geologie der serra da Arrábida in Portugal. Geol. Jahrbuch 81, pp. 273-344.

Sheriff, R. & Geldart, L. (1995) – Theory of seismic waves. In: Exploration Seismology. Cambridge University Press, pp. 33-72 (doi: 10.1017/CBO9781139168359.003).

Silva, E.A.; Miranda, J.M.; Luis, J.F.; Galdeano, A. (2000) – Correlation between the Paleozoic structures from West Iberian and Grand Banks margins using inversion of magnetic anomalies.

Tectonophysics 321, pp. 57-71.

Silva, E.C.L.A. (1992) – Correlação Tectónica-Geofísica na Orla Mesocenozóica Ocidental. Relatório de Estágio Profissionalizante. Dep. Física Fac. Ciências Univ. Lisboa, 105p. Sloss, L.L. (1963) – Sequence in cratonic interior of North America. Geol. Soc. Am. Bull. 74, pp.

93-114.

Soares, A. (2002) – Geoestatística para as Ciências da Terra e do Ambiente. Instituto Superior Técnico, IST. Press. Lisboa, Portugal. 214 pp.

Sousa, M.L.; Martins, A.; Oliveira, C.S. (1992) – Compilação de catálogos sísmicos da Região

Ibérica, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, Rep. 36/92-NDA, 1-250.

Vanney, J. & Mougenot, D. (1981) – La plate-forme continentale du Portugal et les provinces adjacentes: Analyse Geomorphologique. Mem. Serv. Geol. Portugal, 28, 145 pp.

Vinhas, A.; Rodrigues, A.; Pimentel, N. (2018) – Caracterização da cobertura recente da plataforma continental ao largo de Sesimbra: primeiro resultados. Livro de atas das 5as

Jornadas de Engenharia Hidrográfica, 19 a 21 de junho, Instituto Hidrográfico, Lisboa. 361-

364 pp.

Wilson, R.C.L.; Sawyer, D.S.; Whitmarsh, R.B.; Zerong, J.; Carbonnell, J. (1996) – Seismic