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Podemos destacar algumas chaves de leitura fundamentais para refletirmos sobre a organização da mobilização social da comunidade de Piquiá de Baixo em função do problema público de contaminação pelo ferro gusa, levando em consideração a sua formulação, a cooperação reflexiva e o trabalho normativo dos atores sociais em torno do dispositivo de reparação. Evocamos o modo como o projeto de desenvolvimento do governo federal na região implica diretamente em violação dos direitos humanos e com o atropelamento de normas ambientais como forma de justificação para o crescimento econômico. Consequentemente, identificamos como as pessoas afetadas reagem diante desse cenário e evocam um discurso de resistência relacionado à necessidade de mudança na microestrutura da realidade local, no modus operandi das siderúrgicas e mineradora e, principalmente, problematizando e criando condições para a necessidade de elaboração de um aparato normativo legal: o reassentamento de populações afetadas por grandes empreendimentos de mineração.

Constatamos lutas sociais de habitantes de um bairro precário, localizado na rota de projetos desenvolvimentistas de grande porte, no interior do Maranhão, contaminado por ferro gusa produzido por atividades extrativistas, que não necessariamente se deram exclusivamente em torno da proteção à Natureza, mas foram, principalmente, motivadas pela defesa de qualidade sanitária dessa localidade. As demandas dessa população postulam o bem-estar ambiental e social de uma comunidade já exposta a riscos sociais, como a pobreza e/ou outras desvantagens. Na pedagogia do embate com o setor privado e com o poder público, esses cidadãos e cidadãs aprenderam a se tornar atores de seu desenvolvimento local, não se resumindo a alvos de assistência, mas experimentaram o reforço às capacidades locais, atuando na adaptação de um dispositivo de compensação às suas necessidades objetivas e subjetivas, a partir do apoio e da aliança com outros atores sociais (nacionais e internacionais).

A abordagem de levar a sério as capacidades críticas dos atores em ação e o acesso aos dispositivos comunicacionais criados por estes viabilizou a problematização acerca das experimentações democráticas que articulam a expressividade de sentimentos de injustiça social e ambiental, elaboração de protestos e organização das ações coletivas. Tal procedimento de investigação nos permitiu ainda tratar sobre a participação do público

“leigo” nos processos de tomadas de decisão em situações que afetam diretamente suas vidas. Postulamos, então, três inferências principais decorrentes da nossa pesquisa.

A primeira constatação deriva dos conflitos latentes no âmbito da questão do desenvolvimento em consonância com a preservação ambiental. No que diz respeito aos riscos sociais e ambientais decorrentes da atividade de mineração, observamos com o estudo que o problema público de saúde e moradia em Piquiá de Baixo está ligado, sobretudo, ao planejamento de políticas públicas dissociadas da realidade local. Na medida em que os governos federal e estadual investiram em uma atividade de alto impacto social e ambiental como a do setor de produção e exportação do minério de ferro, os investimentos para a manutenção dos órgãos e Conselhos de fiscalização ambiental criados nos últimos anos foram negligenciados. Também notamos nesse cenário que a prevenção dos impactos sociais e ambientais são colocadas em segundo plano diante da alternativa de compensação ou ressarcimento de possíveis danos causados às populações no seu entorno. Porém, o acesso dos afetados a essas possibilidades de reparação é dificultado pela negação de responsabilidades das empresas poluentes, do governo local e também decorre da falta de estrutura dos órgãos ambientais responsáveis pela fiscalização.

A segunda observação decorre da passagem da experiência individual, atrelada a choques emocionais dos moradores ao verem seus cotidianos pertubados pelos efeitos da contaminação, a uma ação coletiva de forma reflexiva. Esse processo corrobora para a busca de aliados e parceiros que cooperam na construção de uma solução para o problema de saúde e moradia ao publicizar as denúncias e mobilizar estratégias comunicacionais que ampliam o alcance do conflito para os mais variados públicos. O dispositivo de reparação, conjugado com outros dispositivos sociotécnicos está conectado a uma ideia de justiça num estado democrático de direito. Todos estes elementos perpassam a experiência que os moradores têm com uma negação de direitos, que produziu reação e críticas, ao invés de conformismo.

A terceira averiguação consiste na revelação de práticas sociais dos atores mobilizados inspiradas em ideais cívicos de participação social e valorização do conhecimento científico que apontam para a importância da investigação leiga nas disputas que envolvem controvérsias socioambientais. Nesse caso, essa dinâmica repercute quando os próprios moradores passam por uma formação para identificar o nível de poluição local do bairro e utilizam os dados para tornar consistentes os argumentos e críticas nos espaços públicos. Esses aspectos evidenciam ainda a possibilidade de resultados efetivos em

contextos de ambientalização dos conflitos sociais pautados no desenvolvimento da cidadania científica.

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Gravações:

Visita institucional em Piquiá da Conquista, em 07 de agosto de 2019.

Roda de conversa: impactos da mineração (de Piquiá à Brumadinho), em 19 de agosto de 2019.

Entrevistas

Edvar Dantas, em 22 de janeiro de 2019 Francisca Sousa, em 22 de janeiro de 2019 Joaquim e Osmarina, em 01 de agosto de 2019 Joselma de Oliveira, em 02 de agosto de 2019 Dário Bossi, em 05 de agosto de 2019

William Melo, em 08 de agosto de 2019 Joselita de Oliveira, em 18 de agosto de 2019 Antônio Filho, em 20 de agosto de 2019