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Esta pesquisa, ao partir da compreensão das mulheres no sistema prisional, dá voz as experiências silenciadas sobre a realidade que vivenciam no cárcere. Dessa forma, o trabalho se preocupou em perceber os sujeitos como autores de sua própria história, identificando como pessoas ativas do processo histórico, social e cultural em que estão inseridos e provocando a construção do pensamento sobre a realidade e os fenômenos que cercam. Partindo dessa premissa, foi investigada a efetivação do Direito Humano à Alimentação Adequada em mulheres privadas de liberdade na Paraíba. Essa análise contou com a caracterização do acesso à alimentação, a identificação de desafios e alcances, e a compreensão de mulheres no sistema prisional a respeito do referido direito social fundamental. A escolha pelo estudo de caso, possibilitando a articulação entre diferentes fontes de dados e a contextualização da realidade onde esta temática está inserida, foi essencial para responder a questão da pesquisa e alcançar os objetivos propostos.

A relação do contexto com o Direito Humano à Alimentação Saudável, portanto, dá subsídios para repensar as ações do Estado na garantia do DHAA, bem como do respeito à cidadania e dignidade humana de mulheres apenadas, de forma a garantir sua qualidade de vida e minimizar os riscos à saúde que estas possuem ao ingressar no sistema carcerário. Além de estimular a expressão das mulheres no sistema prisional, também contempla a visão de outros sujeitos importantes, como os profissionais e direção da administração penitenciária, de modo a considerar novos elementos de análise, a partir do olhar da instituição prisional, que podem ser refletidos através das experiências desses indivíduos.

O estudo de caso é um método potente para evidenciar que o cenário do sistema prisional na Paraíba é semelhante a realidade nacional, onde o encarceramento massivo é desproporcional às condições estruturais, o perfil das mulheres presas reafirma o racismo institucional e a desigualdade de classe e gênero, o abandono à mulher é uma realidade que submete ainda mais a punição social, a política de repressão ou guerra às drogas afeta desproporcionalmente as mulheres e territórios mais vulneráveis, o encarceramento feminino é um sistema de punição violento, patriarcal, opressor e de negação de direitos às mulheres além do que já é historicamente inacessível.

As condições de alimentação no cárcere refletem a violação à condição de humano e os direitos básicos constitucionais, sendo este contexto fruto de desigualdades estruturais. Gera-se, assim, a manutenção de um sistema de opressão de mulheres, onde o Estado, na

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medida em que deve garantir o direito à dignidade, muitas vezes, deixa de agir em prol da manutenção e fiscalização destas condições.

A precariedade do acesso à alimentação adequada revela o descompasso das ações e políticas de alimentação e nutrição para a população brasileira com a efetivação destas ações em situação de desigualdade social, como as prisões, e infringindo o DHAA, gerando manutenção da situação de Insegurança Alimentar e Nutricional (ISAN).

É necessário que o Estado assuma seu papel efetivando os princípios de cidadania e dignidade também nos espaços em que institucionaliza pessoas em conflito com a lei e não apenas assumir um papel de caráter punitivo. Essa responsabilidade é coletiva entre as esferas municipal, estadual e nacional, que devem dialogar no sentido de encontrar estratégias de superação dos desafios, compartilhar planejamento, avaliação e monitoramento.

Alguns caminhos para a consolidação da responsabilidade coletiva é a articulação de agendas que reúna os setores envolvidos com a administração penitenciária, entre eles os setores saúde, educação, trabalho e cultura. No caso da Paraíba, a articulação entre setores das três esferas governamentais deve preocupar-se em garantir estrutura que ofereça capacidade física, respeitando o cumprimento das normas administrativas correspondentes, especialmente relativas às condições sanitárias e de produção de alimentos, acesso à agua potável, o respeito às orientações relativas à metragem e aeração das celas. Ainda, que dê condição às pessoas e maior acesso a cuidados especializados e ações de promoção à saúde e à alimentação adequada, compreendendo a alimentação no perfil de saúde e doença, de modo a fazer parte de uma agenda prioritária das ações desenvolvidas no sistema prisional.

A Administração Penitenciária da Paraíba deve garantir a contratação de profissionais nutricionistas, respeitando o dimensionamento necessário de recursos humanos, para a gestão da alimentação coletiva nas unidades penais. Além disso, é preciso que a gestão prisional conheça a legislação que orienta prestação de serviços de alimentação e nutrição às pessoas privadas de liberdade e aos trabalhadores no sistema prisional, em consonância com as políticas de alimentação e nutrição vigentes. Somado a isso, deve oferecer um leque de alimentos saudáveis mais diversos, que inclua, conforme preconiza o Guia Alimentar da População Brasileira, grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc.

Essas iniciativas devem ser pensadas em coerência com a problematização da realidade, das questões estruturais que atravessam o modelo do sistema penal e punitivo, de

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modo a romper com a estruturação opressora do sistema e defender a dignidade, bem-viver e liberdade das mulheres.

A devolutiva deste trabalho vem sendo elaborada em torno de propor uma discussão com a Secretaria de Atenção Penitenciária e Coordenação de Saúde no Sistema Prisional na Paraíba, com a apresentação de um relatório técnico, apresentando os principais achados da pesquisa. A discussão pretende discutir alternativas para a gestão considerando os desafios que limitam ou tornam inacessíveis os direitos às mulheres no sistema prisional.

Considerando a conjuntura brasileira de retrocessos e desmontes das políticas e estratégias que visam a garantia de direitos, sobretudo no atual governo federal, sugere-se que mais estudos possam ser desenvolvidos na perspectiva abordada por esta pesquisa, de modo que contemplem o impacto do encarceramento sobre o perfil nutricional e consumo alimentar, a avaliação da segurança alimentar e nutricional, cultura, ato de comer e comensalidade e a reflexão sobre sistema alimentar, produção, aquisição e distribuição de alimentos para a população privada de liberdade.

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