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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.3 Análise Fatorial Exploratória dos Relacionamentos Interorganizacionais 6Cs

4.3.4 Construto Comunicação

O construto comunicação foi rodado com cinco variáveis, conforme pode ser observado no Quadro 11.

Quadro 11: Variáveis que formam o construto Comunicação.

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

O KMO apresentou índice moderado, com um poder de explicação entre os fatores e a variável de 0,792. O KMO encontrado indica que as correlações entre as variáveis são suficientes para o modelo (Tabela 13). No que tange ao teste de esfericidade de Bartlett, observa-se que no construto comunicação o nível de significância foi menor que 0,05.

Tabela 13: KMO e o teste de esfericidade de Bartlett do construto Comunicação.

Medida de Adequação da Amostra 0,792

Teste de esfericidade de Bartlett

Qui - quadrado 333,78

Df 10

Sig. 0,000

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

O nível de significância foi menor que 0,05, indicando a aplicação da AFE nas variáveis analisadas. Dessa forma, aceita-se a hipótese de que a correlação entre as variáveis é diferente de zero, isto é, suficiente para o uso da AFE.

Tabela 14: Matriz Anti-imagem do construto Comunicação.

V12 V13 V14 V15 V16 Correlação Anti-imagem V12 ,803ª -0,313 -0,026 -0,153 0,077 V13 -0,313 ,762ª -0,375 -0,018 -0,385 V14 -0,026 -0,375 ,836ª -0,225 -0,113 V15 -0,153 -0,018 -0,225 ,805ª -0,415 V16 0,077 -0,385 -0,113 -0,415 ,771ª

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

Construto - Comunicação Variável Código A disponibilidade do parceiro em ouvir as necessidades do seu negócio

contribui para a continuidade da parceria. V12 CMC1 A recepção e o repasse de informações entre parceiros no APL influencia o

desenvolvimento do seu negócio. V13 CMC2 O estabelecimento de uma comunicação rápida e segura com os parceiros no

APL influencia a sua tomada de decisão. V14 CMC3 O compartilhamento de informações e ideias entre parceiros no APL trouxeram

algum tipo de vantagem para seu negócio. V15 CMC4 A qualidade das informações trocadas com os parceiros no APL influencia o

O MSA da matriz anti-imagem revela que todas as variáveis apresentaram valores acima de 0,70. Tal valor indica que as variáveis têm boa relação com os fatores sendo satisfatório para AF.

Quanto à comunalidade do construto comunicação, observa-se que a variável V12 foi a que apresentou o menor resultado, isto é, valor de 0,344. Tal valor indica que a variável possui pouca relação com os fatores , sendo necessária sua retirada da análise.

Apesar de os valores apresentados na tabela anti-imagem (Tabela 14) terem sido satisfatórios, nota-se que, na tabela comunalidade, o resultado da variável V12 não atende a premissa, pois apresentou valor inferior a 50%, conforme pode ser observado na Tabela 15.

Tabela 15: Comunalidade do construto Comunicação.

Inicial Extração V12 1,000 0,344 V13 1,000 0,717 V14 1,000 0,626 V15 1,000 0,613 V16 1,000 0,667 Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

No que tange à tabela da variância total explicada, nota-se que o modelo não consegue demonstrar satisfatoriamente a variância dos dados originais, uma vez que o valor se mostrou inferior a 60%. Considerando-se o que enfatizam Hair Jr. et al. (2009) e Prearo et al. (2011), tais valores deverão ser superiores a 60%. Ou seja, mais um motivo para a retirada de variáveis com baixo poder de explicação no intuito de se melhorar a qualidade do modelo.

Tabela 16: Variância total explicada do construto Comunicação.

Componente

Valores Iniciais Próprios Somas de Extração de Cargas Quadradas

Total % de Variância Acumulativo

% Total % de Variância Acumulativo % 1 2,968 59,358 59,358 2,968 59,358 59,358 2 0,779 15,582 74,940 3 0,534 10,689 85,629 4 0,435 8,691 94,319 5 0,284 5,681 100,000

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

Assim, considerando-se o valor da variável V12 e o resultado da tabela da variância total explicada, optou-se por realizar uma nova rodada (tentativa). O objetivo da retirada dessa

variável foi o de melhorar a explicação do modelo. Retirando-se da análise a variável V12, observa-se que o KMO apresentou uma leve diminuição do seu valor, caindo de 0,792 para 0,784, apesar da redução o resultado indica que as correlações entre as variáveis são suficientes para o modelo.

Tabela 17: Sequências de tentativas - KMO do construto Comunicação.

KMO

1.ª Rodada 2.ª Rodada

Todas (-) V12

0,792 0,784

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

O teste de esfericidade de Bartlett apresentou nível de significância inferior a de 0,05, indicando a aplicação da AFE nas demais variáveis analisadas. Dessa forma, aceita-se a hipótese de que a correlação entre as variáveis é diferente de zero, isto é, são suficientes para o uso da AFE.

Tabela 18: Sequências de tentativas - Matriz Anti-imagem do construto Comunicação.

Correlação Anti-imagem 1.ª Rodada 2.ª Rodada Todas (-) V12 V12 ,803ª V13 ,770ª V13 ,762ª V14 ,805ª V14 ,836ª V15 ,801ª V15 ,805ª V16 ,767ª V16 ,771ª

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015).

Quanto à matriz anti-imagem do construto comunicação, observa-se que as variáveis continuam apresentando boa relação com os fatores. As variáveis V14 e V15 são as que apresentam melhores resultados, isto é, valores de 0,805ª e 0,801ª, respectivamente. As variáveis V13 e V16 apresentam valores menores, porém, dentro do que sugere a teoria, isto é, os valores encontrados na tabela conseguem explicar satisfatoriamente as variações dos dados.

Tabela 19: Sequências de tentativas – Comunalidade do construto Comunicação.

Comunalidade 1.ª Rodada 2.ª Rodada Todas (-) V12 V12 0,344 V13 0,702 V13 0,717 V14 0,653 V14 0,626 V15 0,638 V15 0,613 V16 0,717 V16 0,667

Outro índice que apresentou melhoria foi o da variância total explicada. Nota-se que o modelo composto pela variável V12 não explicava satisfatoriamente a variância dos dados originais, pois o valor mostrava-se inferior ao que sugere a teoria (60%).

Tabela 20: Sequências de tentativas - Variância do construto Comunicação.

Acumulativo % Variância Total

Explicada

1.ª Rodada Todas 59,358

2.ª Rodada (-) V12 67,737

Fonte: A Autora, com dados da pesquisa (2015)

Na segunda tentativa, o modelo apresentou uma melhoria no resultado, com um valor acima de 67%. Assim, considerando o que postulam Hair et al. (2009); Bezerra (2009) e Prearo et al. (2011), esse valor é aceitável, pois o modelo explica mais de 67% da variância dos dados originais. Vale salientar que o construto comunicação formou apenas um fator.

4.3.4.1 Considerações sobre o construto Comunicação

A comunicação entre as partes é defendida nos estudos de Ulaga (2003); Gonzalez; Martins; Toledo, (2009) e Ketkar et al. (2012). O relacionamento entre atores num arranjo de empresas pode incluir diversas formas de interação e comunicação.

O valor percebido na relação pode refletir as características da oferta e do conteúdo dessa relação. Nota-se a necessidade de se considerar a percepção de valor que cada membro tem e como suas ações individuais podem impactar o nível de interação e comunicação dos demais atores (ULAGA, 2003).

O bom comportamento geralmente encontra sustentação no nível de confiança posto na relação de parceria. Ela tem o poder de facilitar a aceitação ou convivência com possíveis problemas decorrentes dessa interação; a comunicação é um importante instrumento de resolução de conflitos, pois, com o diálogo (comunicação), eliminam-se conflitos de interesses entre as partes (DIAS, 2009; BORGES et al., 2013), beneficiando a tomada de decisões por meio de uma comunicação rápida e segura.

O construto comunicação está relacionado com o objetivo específico (d) de pesquisa que busca “identificar como o valor proveniente da comunicação entre parceiros de negócios influencia os ganhos de competitividade e o desenvolvimento do APL”. Com isso, busca-se confirmar a hipótese H4 de pesquisa.

H4: A comunicação entre os parceiros de negócios influencia positivamente os ganhos

de competitividade e o desenvolvimento do APL de frutas do município de Itacoatiara.