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A primeira contribuição teórica deste trabalho é ter confirmado a existência de atos resistência informal à vigilância eletrônica. Conforme discutimos anteriormente, a corrente estruturalista da LPT vê os trabalhadores como uma voz passiva ao poder gerencial. Autores como Bain e Taylor (2000), Fernie e Metcalf (1998), Fleming e Sewell (2002) e Sewell e Wilkinson (1992) afirmaram que as novas práticas de gestão e o tamanho reduzido dos dispositivos de controle haviam criado um “controle perfeito”, ou seja, sem resistência. Os nossos resultados, no entanto, mostram os trabalhadores como uma voz ativa na manutenção das relações organizacionais. Este resultado corrobora com os autores que afirmaram que a ideia de “controle perfeito” é uma visão simplista da complexidade das relações de trabalho (ACKROYD; THOMPSON, 1999; LANKSHEAR et al., 2001; TAYLOR; BAIN, 2003; ZIMMER, 2009).

A segunda contribuição teórica deste trabalho é ter identificado atos de resistência em grupo nos casos estudados. Conforme discutimos anteriormente, a corrente ortodoxa da LPT reduziu a resistência a manifestações individualistas e independentes, onde os trabalhadores procuram apenas um “local de escape” (KNIGHTS; MCCABE, 1998, p. 1981). Este resultado corrobora com os trabalhos que mostraram o contrário, que a resistência pode ter formato individual, quase coletivo ou coletivo (TAYLOR; BAIN, 2003).

A terceira contribuição teórica deste trabalho é ter identificado um novo formato de resistência informal através de página de redes social. Conforme discutimos anteriormente, o conceito tradicional de resistência informal prevê um comportamento individual, indireto e escondido no dia a dia da organização (PRASAD; PRASAD, 2000; SCOTT, 1985). O uso das páginas de redes sociais para expressar uma insatisfação foge deste conceito tradicional, por ela ser mais explícita, direta e danosa. Assim, consideramos que o uso das tecnologias para expressar a resistência ao controle criou uma “resistência virtual” que precisa ser investigada pela literatura.

A quarta contribuição teórica deste trabalho é ter identificado as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos gestores. Conforme discutimos anteriormente, havia uma lacuna teórica quanto à atuação do gestor com a resistência informal (LAPOINTE; RIVARD,

2005). A partir da identificação da estratégia “controle” como a mais utilizada pelos gestores (64,5% das referências textuais), mostramos que os gestores têm atuado no sentido de resolver a situação – como sugerido por Efthymiou (2009) e Lapointe e Rivard (2005).

A quinta, e última, contribuição teórica é ter apresentado as implicações da resistência informal identificadas por nove gestores. Conforme foi mostrado anteriormente, identificamos uma lacuna na literatura nacional sobre este tema (ZIMMER, 2009). Através dos nossos resultados, mostramos que, na maioria das vezes, a resistência informal não gerou mudanças no sistema de controle – conforme prevê uma parte da literatura internacional (ROSCIGNO; RODSON, 2004; CONTU, 2008; DEETZ, 2008; KARREMAN; ALVESSON, 2009; KORCZYNSKI, 2011). É importante destacar que os dois casos em que foram geradas concessões a resistência teve características mais disruptivas e ativas – conforme os resultados de Rodrigues e Collinson (1995) e Prasad e Prasad (2000).

5.3 CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS

A primeira contribuição metodológica desta pesquisa é ter proposto a extensão da etapa de codificação até a etapa de interpretação. Apesar de Charmaz (2009) e Saldaña (2009) sugerirem a separação entre as duas fases, percebemos que é possível identificar oportunidades e falhas no esquema de códigos ao longo do processo reflexivo da interpretação. Por esta razão, ao contrário do que sugeriram os autores, consideramos que a codificação não deva terminar antes do início da interpretação, mas sim ser melhorada através dela.

A segunda contribuição metodológica foi ter desenvolvido quadros ilustrativos para apresentar e interpretar os números de códigos e referências. Ao longo da apresentação dos nossos resultados, utilizamos diversos quadros para mostrar o número de referências de cada subcategoria. Desenvolvemos estes quadros porque não identificamos no NVivo® um recurso que os apresentasse essas informações. Como não identificamos o uso deste recurso em outras pesquisas que utilizaram a Análise de Conteúdo, gostaríamos de propor o seu uso em pesquisas futuras. Estes quadros permitem uma visualização geral do número de referências textuais por código e entrevistado e auxiliam na interpretação dos resultados.

5.4 CONTRIBUIÇÕES PRÁTICAS

A primeira contribuição prática desta pesquisa é ter apontado as atividades que estão relacionadas à comportamentos de resistência. Baseado nos nossos resultados, sugerimos que as empresas discutam e avaliem, em particular, o uso do celular durante o expediente, a

restrição de acesso à certas páginas de internet e o acumulo de banco de horas no trabalho – que foram as reivindicações mais citadas pelos entrevistados. Tanto os gestores que trabalhavam em empresas que autorizavam o uso, quanto os que trabalhavam em empresas que não permitiam narraram casos de resistência às normas.

A segunda contribuição prática deste trabalho é ter descrito os comportamentos de resistência informal à vigilância eletrônica. Sugerimos que empresas que desenvolvem hardwares e softwares de monitoramento analisem os resultados para identificar novas oportunidades e realizar melhorias em seus produtos. O uso do celular, por exemplo – que foi citado por uma parte considerável dos entrevistados –, é algo que poderia ser monitorado através de um novo recurso no software ou um novo hardware de segurança. No caso do uso do celular, em específico, ainda surgem outras questões, como “como balancear os interesses da organização com os dos trabalhadores?”.

A terceira contribuição prática desta pesquisa é ter identificado o uso das redes sociais para reivindicar questões profissionais. Como discutimos na análise, as redes sociais são ambientes abertos cujo conteúdo pode ser acessado por diversas pessoas. Assim, sugerimos que as organizações estejam atentas ao uso das redes sociais pelos trabalhadores, bem como, estar mais próximas deles para impedir que a resistência evolua a esse estágio – conforme Efthymiou (2009), Lapointe e Rivard (2005) e Thomas e Davies (2005). Acreditamos que os gestores possam utilizar esses resultados para tomar decisões sobre a infraestrutura de TI.

A quarta contribuição prática desta pesquisa é ter mostrado que os gestores não usam a resistência como uma fonte de informações estratégicas. Apesar da maioria das referências identificadas serem do tipo “dissuasão” – o que pode ser considerado bom, já que tenta resolver a situação –, não identificamos situações em que os gestores tenham utilizado a resposta “retificação”, ou seja, que tenham feito melhorias a partir da resistência informal. Como Rivard e Lapointe (2012) apontam esta resposta como a segunda que mais reduz os comportamentos de resistência, sugerimos que as organizações avaliem as suas práticas gerenciais e promovam o uso “produtivo” da resistência.

5.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

A primeira limitação desta pesquisa foi o tempo disponível para sua construção. Para cumprir o prazo estabelecido pelo programa de pós-graduação, tivemos que abdicar de alguns procedimentos traçados no projeto inicial da pesquisa – como utilizar outras técnicas de coleta e alcançar a saturação teórica. Apesar de ter atingido o objetivo proposto com as técnicas

utilizadas, consideramos que a realização dos procedimentos não realizados poderia ter conferido mais validade e confiabilidade aos resultados.

A segunda limitação percebida foi a dificuldade de identificação e acesso à população da pesquisa. Como mostramos anteriormente, o fim da etapa de identificação da amostra se deu quando não obtivemos novos contatos de conhecidos e resposta das empresas visitadas – e não a saturação teórica, conforme planejado. Consideramos que essas dificuldades podem ter limitado os resultados encontrados pela pesquisa.

5.6 ESTUDOS FUTUROS

Com base nos resultados obtidos e nas lacunas identificadas ao longo da revisão da literatura, sugerimos que pesquisas futuras investiguem os impactos da permissão ou não do uso do smartphone no ambiente de trabalho. Como discutimos anteriormente, uma parte considerável dos atos de resistência identificados estão relacionados ao uso destes dispositivos. Qual o impacto da proibição do uso do celular em comparação com a permissão? Qual a percepção do trabalhador sobre o tema?

Também sugerimos a realização de pesquisas etnográficas com o mesmo objetivo do presente trabalho, englobando à amostra outros trabalhadores da organização. Consideramos que pesquisas com este escopo poderão encontrar formas de resistência e respostas gerenciais que não foram identificadas por este trabalho. Os resultados a pesquisa também poderiam ser comparados com os nossos para identificar possíveis vieses nos resultados.

Por fim, sugerimos a realização de pesquisas empíricas que investiguem instituições públicas. Apesar de não termos entrevistado gestores públicos, consideramos que as particularidades estruturais dessas instituições poderão gerar resultados diferentes dos obtidos por nós, apresentando uma visão diferente e aumentando os conhecimentos sobre o tema. Algumas sugestões de problemas de pesquisa são “como os servidores públicos resistem a vigilância eletrônica?” e “como os gestores públicos lidam com a resistência?”. A comparação com os nossos resultados permitiria identificar falhas e boas práticas.

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