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Designam-se corantes reativos aqueles que, quando aplicados aos materiais têxteis, devem sua solidez à úmido pelas combinações químicas covalentes com a fibra. Ao reagir, esses corantes tornam-se quimicamente parte da fibra. DADOS TÉCNICOS PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL (2003).

Os corantes reativos constituem uma classe de corantes que vêm sendo utilizadas em escala crescente pelas indústrias têxteis, devido à sua reatividade com as fibras, e estabilidade da cor, possuindo também tonalidades brilhantes, ampla gama de cores, procedimento de aplicação flexível e propriedades completas de cores sólidas dos tingimentos resultantes.

Estes corantes contem um grupo eletrofílico (reativo), que favorece a formação de ligações covalentes com o grupo hidroxila das fibras celulósicas, com grupos amina, hidroxila e tióis das fibras protéicas e também com os grupos amino das poliamidas. Este

42 grupo apresenta como característica uma alta solubilidade em água e o estabelecimento de ligações covalentes entre o corante e a fibra (GUARATINI E ZANONI, 2000).

Existem várias classes de corantes reativos, a classe estudada neste trabalho é a classe de bifuncionais caracterizados por um grupo monoclorotriazina e outro vinilsulfônico, onde o grupo reativo é o vinilsulfona (–SO2CH=CH2), e reage

preferencialmente com o grupo hidroxila do carbono 6 da celulose, formando uma ligação covalente, por reações de adição ou substituições nucleofílicas.

Um exemplo de reação de adição nucleofílica entre o corante e a celulose é representado pelas equações abaixo:

Corante–SO2CH2CH2OSO3Na + NaOH → Corante–SO2CH=CH2 + Na2SO4 + H2O (1)

Corante–SO2CH=CH2 + HO–Celulose → Corante–SO2CH2–CH2–O–Celulose (2)

A combinação química covalente significa a repartição de elétrons entre átomos para formar mais uma liga química do que uma associação eletrovalente, que é simplesmente uma atração de íons de carga oposta, como se dá com sais de metal. Como a liga química desses corantes à fibra não é influenciada pelos tratamentos a úmido, domésticos ou industriais, suas tonalidades não se alteram após sucessivas lavagens.

Esses corantes são versáteis também nos seus processos de aplicação, permitindo que ele seja aplicado desde à temperatura ambiente até através de vaporização.

Outro fator importante é que o corante fica hidrolisado no banho, sendo assim, ele também é um importante elemento no caudal do efluente tratado neste projeto.

Os corantes devem ser solúveis molecularmente, dispersíveis ou capazes de se tornar solúveis no meio em que são aplicados. Esse meio de aplicação é quase sempre a água.

Na maioria dos corantes a adsorção oscila desde níveis médios até níveis altos. Em contrapartida a classe dos corantes reativos apresenta uma adsorção muito baixa nas biomassas convencionais.

43 TABELA 11 – CARACTERÍSTICAS DO CORANTE REATIVO

Caráter iônico Aniônico

Definição São corantes que preferem reagir quimicamente com a fibra

Classificação e reatividade

Monoclorotriazinílicos – baixa reatividade Diclorotriazinílicos – alta reatividade Tricloropiramidínicos – baixa reatividade Fluorclorpiramidínicos – alta reatividade Vinilsulfônicos – baixa reatividade 2,3 dicloroquinoxilina – baixa reatividade

Aplicáveis

às seguintes fibras:

Principais: Secundárias:

Celulósicas Protéicas e Poliamidas

Solubilidade Facilmente solúveis em água

Processos de aplicação

Tingimento por esgotamento, Semicontínuo ou contínuo

Auxiliares de tingimento

Eletrólitos: Sulfato ou cloreto de sódio

Álcalis: Carbonato, bicarbonato, silicato, trifosfato ou hidróxido de sódio

Solidez À luz: Boa

À lavagem: Boa a ótima Aos ácidos: Ruim a média Às bases: Média a boa

Descarga Parcial: em banho ácido

Total: banho redutor seguido de banho com hipoclorito de sódio.

Neste projeto, como só é efetivado com adição de sal, pH neutro ou relativamente baixo.

reaja lentamente com a fibra, tendo lugar aumentamos o pH do banho pela adição de álcali

lentamente e só depois o pH é elevado ao seu valor final, de modo que a fixação de equilíbrio tenha lugar, esse álcali também fará parte do

Segundo TEIXEIRA

termodinâmica. A Figura 7 demonstra

tingimento.

Figura 7: Fases do tingimento

Fonte: SALEM, 2000

Os fatores termodinâmicos e cinéticos no processo de tingimento são muito importantes, através deles

(ABRAÃO E SILVA, 2002) somente em experiências práticas.

como foi utilizado o esgotamento, vale salientar que este

efetivado com adição de sal, que auxilia no esgotamento do corante, sob condições de pH neutro ou relativamente baixo. Estas condições fazem com que o corante não rea

lentamente com a fibra, tendo lugar ao que chamamos de igualização. Depois o pH do banho pela adição de álcalis, estes permitem que a reação se dê lentamente e só depois o pH é elevado ao seu valor final, de modo que a fixação de equilíbrio tenha lugar, esse álcali também fará parte do caudal final.

TEIXEIRA (2009) Nesta situação ocorre duas fases:

7 demonstra através de um gráfico as duas fases que ocorrem no

: Fases do tingimento

Fonte: SALEM, 2000

Os fatores termodinâmicos e cinéticos no processo de tingimento são muito avés deles pode-se conhecer melhor o mecanismo de reação corante/fibra

, 2002), conhecimento este que não seria alcançado baseando somente em experiências práticas. Estas duas fases serão descritas a seguir:

44 vale salientar que este processo esgotamento do corante, sob condições de

o corante não reaja, ou o que chamamos de igualização. Depois s, estes permitem que a reação se dê lentamente e só depois o pH é elevado ao seu valor final, de modo que a fixação de

uma cinética e uma através de um gráfico as duas fases que ocorrem no

Os fatores termodinâmicos e cinéticos no processo de tingimento são muito melhor o mecanismo de reação corante/fibra , conhecimento este que não seria alcançado baseando-se

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