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Correta! Bela citação de função alocativa! Vimos que a função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no

3 – Reformas Administrativa e Previdenciária 3.1 REFORMA ADMINISTRATIVA

I) Correta! Bela citação de função alocativa! Vimos que a função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no

fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado.

II) Correta! Segue a mesma ideia da função alocativa comentada no item anterior.

III) Errada! A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços configuram o campo de ação da função estabilizadora!

IV) Correta! Sim, em outras palavras, a função distributiva é também executada por meio de tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e de transferências de recursos paras as classes de renda mais baixa.

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74) (FCC/TCE-SP/AUDITOR/2008) Ao se referir à dívida pública e às operações de crédito, a Constituição Federal dispõe que

a) a União intervirá nos Estados para reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada por no mínimo 12 meses consecutivos, salvo motivo de força maior. b) compete privativamente ao Congresso Nacional fixar os limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

c) compete privativamente ao Senado Federal dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno.

d) a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, incluindo-se na proibição a autorização para a contração de operações de crédito por antecipação de receita.

e) a abertura de crédito suplementar ou especial será feita sem prévia autorização legislativa, para atender a despesas previsíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra ou calamidade.

Comentários

Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.

a) Falsa, já que essa alternativa está desacordo com o disposto na alínea “a” do inciso V do artigo 34 da CF/88. Confira com grifos nossos:

“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

...

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a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

Repare que o prazo é de 2 anos e não de 12 meses como está na alternativa.

b) Falsa, já que essa competência é privativa do Senado Federal e não do Congresso Nacional, como dispõe o inciso VI do artigo 52 da CF/88. Confira com grifos nossos:

“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais

para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”;

c) Verdadeira! Essa competência é privativa do Senado Federal como dispõe o inciso VIII do artigo 52 da CF/88. Confira com grifos nossos:

“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: ...

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de

garantia da União em operações de crédito externo e interno”; d) Falsa, já que essa proibição, na verdade, não existe. Confira com grifos nossos o § 8º do artigo 165 da CF/88:

“§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei”.

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e) Falsa, já que apenas o crédito extraordinário é aberto sem autorização prévia do Poder Legislativo, como dispõe o § 3º do artigo 167 da CF/88. Confira:

“§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62”.

75) (FCC/TCE-SP/AGENTE-FISCALIZAÇÃO/2005) A competência para autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, é atribuída pela Constituição Federal, em caráter privativo, a) ao Senado Federal.

b) à Câmara dos Deputados. c) ao Chefe do Poder Judiciário. d) ao Congresso Nacional. e) ao Chefe do Poder Executivo. Comentários

A resposta dessa questão está na literalidade da CF/88 em seu artigo 52 inciso V. Confira com grifos nossos:

“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de

interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios”;

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76) (ESAF/RFB/AFRFB/2005) Observando-se o comportamento das finanças públicas, no Brasil, a partir de 1999, não se pode afirmar que: a) Houve profunda reversão do desempenho fiscal do governo, que passou a apresentar, a partir de então, superávits primários expressivos.

b) O ajuste fiscal foi fortemente concentrado na elevação das receitas de impostos não-cumulativos.

c) A existência de superávits primários seria necessária para permitir a absorção de choque na economia, liberar a taxa de juros para ser usada para fins de política monetária e permitir a redução da dívida pública ao longo do tempo.

d) Houve a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, com a imposição de limites de gastos com pessoal para os três níveis de governo.

e) O fator previdenciário, implementado em novembro de 1999, visou adequar o benefício ao tempo médio de recebimento do benefício (expectativa de sobrevida), à idade e ao tempo de contribuição.

Comentários

Amigo(a)s a resposta é letra B pois um dos principais problemas herdados dessa época é exatamente o aumento da participação das receitas tributárias cumulativas, que geram distorções nos preços e prejudicam a competitividade externa de nossa indústria, na medida em que aumentam fortemente os custos de produção dos diversos bens e serviços.

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77) (CESPE/PF/APF/2004) A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos. Considerando essa teoria, julgue o item que se segue.

Em ambiente de alta inflação, o fator relevante para a evolução da razão dívida/PIB ao longo do tempo é o tamanho relativo do resultado nominal.

Comentários

O item está incorreto, pois em um ambiente de alta inflação, a NFSP que permite verificar a razão dívida/PIB livre sem as distorções inflacionárias é a Operacional e não a nominal como sugerida.

78) (CESPE/PF/APF/2004) Considerando que a macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos, julgue o item que se segue.

Políticas de orçamento equilibrado que implicam aumento, simultâneo e da mesma ordem de magnitude, das despesas públicas e da arrecadação eliminam déficits ou superávits fiscais e são, por conseguinte, incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos. Comentários

O item está errado, pois as políticas de orçamento equilibrado não são incompatíveis com a gestão dos ciclos econômicos. O Governo tem como uma de suas funções a de estabilizar os ciclos econômicos. Uma das “ferramentas” usadas é o gasto público. A elevação da demanda agregada, objetivo da gestão do ciclo econômico, na verdade pode ocorrer na mesma magnitude do aumento dos gastos públicos, sendo, portanto, compatível com uma política de orçamento equilibrado.

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79) (CESPE/PF/APF/2004) Considerando que a macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos, julgue o item que se segue.

Ceteris paribus, quanto maior for o crescimento da economia, mais

fácil será manter constante a razão dívida/PIB e, portanto, menor será a necessidade de se gerar superávits primários para estabilizar a razão dívida/PIB.

Comentários

O item está correto. A explicação é meramente matemática.

A razão dívida/PIB tem o PIB no denominador dessa fração. Assim, quanto maior for o crescimento da economia, maior será o PIB, e assim maior será o denominador da fração.

Desse modo, se o denominador cresce e deseja-se manter a mesma proporção, a dívida pode até crescer também, desde que mantenha constante a mencionada razão, diminuindo a necessidade de se gerar superávits primários.

80) (CESPE/PF/APF/2004) O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela microeconomia, as interações entre governo e mercados privados, e as questões macroeconômicas são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.

O resultado primário inclui as despesas com o componente real dos juros; não inclui, porém, a correção monetária e cambial da dívida pública.

Comentários

Esse item está errado, pois o resultado primário do Governo é a diferença entre as receitas não financeiras e as despesas não financeiras. Logo não são computadas no resultado primário as despesas com juros por serem despesas de natureza financeira.

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81) (ESAF/RFB/AFRFB/2002) Ao longo do período 1995/1998, o Governo Federal Brasileiro foi aperfeiçoando os seus mecanismos de controle sobre os déficits dos governos estaduais. Entre as mudanças, assinale a única opção não pertinente:

a) O fim do uso dos bancos estaduais para o financiamento dos tesouros estaduais, seja por via da privatização ou da sua transformação em banco de fomento, com regras rígidas de funcionamento.

b) O aumento da utilização de empresas estatais estaduais para o financiamento permanente dos tesouros estaduais.

c) O maior controle das antecipações de receitas orçamentárias, amplamente utilizadas até 1995 como forma de os tesouros estaduais se financiarem junto ao sistema bancário.

d) A inibição do instrumento dos denominados “precatórios”. e) A renegociação das dívidas mobiliárias estaduais.

Comentários

A resposta é a letra B já que uma forma de controlar o desequilíbrio dos governos estaduais foi impedir que esses usassem os recursos de suas próprias empresas estatais para financiar seus próprios déficits, o que motivou os processos de privatização.

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4. RESUMO

A Atividade Financeira do Estado – AFE consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público.

A ação econômica do setor público está vinculada às funções que promove junto à sociedade, dentre as quais: contribuir no fornecimento de bens públicos, melhorar a distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o crescimento econômico.

Segundo a classificação de Richard Musgrave sobre as funções do setor público (Estado), em economias de mercado, existem 3 funções exercidas pelo estado comentadas a seguir.

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A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado. Neste sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e não exclusivo a esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como exemplo de bens públicos a segurança.

Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo efetuadas por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos segmentos menos favorecidos na sociedade.

A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no intuito de contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as intervenções voltadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate do desemprego em determinado setor produtivo.

O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico, quando fixa impostos e subsídios, estabelece critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários.

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Os fundamentos da Lei de Wagner são os seguintes:

1) O processo de industrialização é acompanhado do crescimento das funções administrativas e de segurança por parte do Governo;

2) O crescimento econômico (renda per capita) gera uma maior demanda por serviços essenciais como educação e saúde;

3) As mudanças tecnológicas que demandam elevados investimentos fazem surgir monopólios em determinados setores econômicos.

A quarta e talvez mais famosa e mais presente em provas de concursos é a corrente de Charles Tiebout que constatou que o nível de gasto e a sua composição diferem entre localidades.

Logo, as pessoas escolherão residir nos locais em que a oferta de bens públicos satisfaçam as suas preferências.

O modelo presume que:

a) as pessoas têm a liberdade de se locomover entre as municipalidades;

b) possuem completo conhecimento da estrutura tributária dos diversos municípios.

Os Pressupostos do modelo de Tiebout são:

O equilíbrio é atingido quando as pessoas decidem residir nas comunidades que melhor satisfazem as suas preferências. nenhuma externalidade é produzida a partir do comportamento

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mobilidade total dos indivíduos e perfeita informação dos agentes no tocante às comunidades;

existência de um número considerável de localidades para que a pessoa possa encontrar alguma que satisfaça plenamente suas demandas por bens públicos;

se a quantidade de serviços públicos aumenta, seu custo aumenta na mesma proporção;

os serviços públicos são financiados mediante tributação direta.