sões espirituais, personagem demoníaco, àesvendando segredos vergonhosos da
humanidade. Seguiu logo depois a biografia escrita por Lúcia Miguel Pereira em
que se sintetizaram os conceitos contraditórios: as origens plebeias do escritor ex-
plicam-lhe o aristocratismo da velhice; o académico é a máscara, porventura indis
pensável, do génio subversivo. — As comemorações do centenário, em 1939, pro
duziram bibliografia imensa, muito discurso inútil, várias tolices, mas também
certo número de trabalhos em que se interpretam minuciosamente os múltiplos
aspectos da obra machadiana (destacando-se a interpretação sociológica de Astro-
gildo Pereira). Em virtude da intensidade das comemorações, Machado de Assis
tornou-se escritor popularíssimo no Brasil, unanimemente elogiado e geralmente
lido, apesar da feição pouco popular do seu espírito e da sua obra. Também depois
do centenário apareceram algumas interpretações, mais ou menos novas, de impor
tância, sobretudo a de Barreto Filho.
B i b l i o g r a f i a
1) CAETANO FILGUEIRAS: Prefácio de Crisálidas. Rio de Janeiro. Garnier. 1864. p . 7-20.
(Apresentação elogiosa do jovem escritor ao público, por conhecido jornalista da época; a crítica dos anos seguintes não sairá, em geral, desses moldes).
2) SÍLVIO ROMERO: A poesia das Falenas. (In: Crença. Recife, 30 de maio de 1870).
(Pela primeira vez o adversário discorda dos elogios gerais).
3) CAPISTRANO DE ABREU: AS Memórias Póstumas de Braz Cubas são um romance? (In: Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro, 30 de Janeiro e 1 de fevereiro de 1881).
(O ponto de interrogação reflete o espanto diante da nova fase de Machado).
4) ARTUR BARREIROS: Biografia de Machado de Assis. (In: Galeria Contemporânea do Brasil, literária, artística, científica, política, agrícola, industrial e comer cial. l.a série. Rio de Janeiro. Lombaerts & Cia. (Não se encontrando essa obra
nas bibliotecas principais do Rio de Janeiro, o estudo foi citado conforme Inocêncio, vol. XII (1884), p. 391; sempre conforme essa citação, Artur Barreiros parece ter sido dos primeiros que compreenderam a significação da fase iniciada com "Braz Cubas").
5) VALENTIM MAGALHÃES: Histórias sem data. (In: Gazeta de Notícias. Rio de J a neiro, 2 de setembro de 1884). (Machado parece, naquele tempo, lider de um mo
vimento de renovação literária, não sem encontrar oposição).
6) SÍLVIO ROMERO: Estudos de literatura contemporânea. Rio de Janeiro. Laemmert. 1885 (Machado de Assis e Luís Delfino p. 231-242).
7) TRISTÃO DE ARARIPE J Ú N I O R : Quincas Borba (In: Gazeta de Notícias, 12 de janeiro de 1892).
8) CARLOS MAGALHÃES DE AZEREDO: Quincas Borba (In: O Estado de São Paulo. 19 de abril de 1892).
9) J O S É VERÍSSIMO: Estudos brasileiros. Vol. II. Rio de Janeiro. Laemmert. 1894. (O Sr. Machado de Assis, p. 195-207). (Sobre Quincas Borba; início da crítica
verissimiana sobre Machado).
10) TRISTÃO DE ARARIPE J Ú N I O R : Machado de Assis (In: Revista Brasileira, 1/1, 1 de janeiro de 1895, p. 22-28). (Primeiro estudo compreensivo).
11) SÍLVIO ROMERO: Machado de Assis. Estudo comparativo de literatura brasileira. Rio de Janeiro. Laemmert. 1897. 352 p. (2.a edição, com prefácio de Nelson Ro mero, p . 4-12. Rio de Janeiro. José Olympio. 1936. 156 p . (Famoso ataque contra
o ceticismo, falso humorismo, anglicismo e incapacidade de composição de Machado, em que Sílvio Romero elogia, aliás, outras qualidades; mas, segundo o cAtico, a liderança da literatura nacional não caberia a Machado e sim a Tobias Barreto).
12) LABIENO (pseud. de Lafayette Rodrigues Pereira): Vindiciae. O Sr. Sílvio Romero crítico e filósofo. Rio d e Janeiro. Cruz Coutinho. 1898. 54 p . (3." edição, edit. por Mário Matos. Rio de Janeiro. José Olympio. 1940. 174 p . (Defesa
convincente de grande advogado).
13) J O S É VERÍSSIMO: Estudos de literatura brasileira. l.a série. Rio de Janeiro. Garnier.
1901. p . 252-261. (Sobre "Várias Histórias").
14) CARLOS MAHALHÃES DE AZEREDO: Homem e livros. Rio de Janeiro. Garnier. 1902. (Machado de Assis p . 177-188; Machado de Assis e Sílvio Romero p. 189-223). 15) FROTA PESSOA: Crítica e polémica. Rio de Janeiro. Artur Gurgulino. 1902. p . 66-67. 16) J O S É VERÍSSIMO: Estudos de literatura brasiUira. 3." série. Rio de Janeiro. Garnier.
1903. (O Dom Casmurro do Sr. Machado de Assis, p. 33-45).
17) ALCIDES M A T A : Machado de Assis. (In: O País. Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1904).
18) SÍLVIO ROMERO: Outros estudos de literatura contemporânea. Lisboa. A Editora. 1905. (Poesias completas, por Machado de Assis, p . 7-12).
19) PEDRO DO COUTO: Páginas de crítica. Lisboa. Livraria Clássica. A. M . Teixeira. 1906. p . 99. (Não encontra nada de grande em Machado; escreve bem a língua,
mas outros até (sic\) a ensinam).
'20) J O S É VERÍSSIMO: Estudos de literatura brasileira. 6.a série. Rio de Janeiro. Garnier.
1907. (Machado de Assis, p . 187-197; p . 21.5-222, sobre E s a ú e Jacó). (O primeiro
desses estudos 6 resumo, destinado para leitores estrangeiros).
'21) TRISTÃO DE ARARIPE J Ú N I O R : Machado de Assis. (In: Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1908).
22) CONSTÂNCIO ALVES: Figuras. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1922. (Machado de Assis p . 38-46). (Escrito em 1908).
:23) MACHADO DE ASSIS: Et son osvre liitéraire. Préface d'Anatole France. Paris. Louiu Michaud. 1909.
23a) M A N U E L DE OLIVEIRA LIMA: Machado de Assis et son oevre liitéraire p . 19-85.
(Estudo sólido).
23b) VICTOR ORBAN: Machado de Assis, romancier, conteur et poete p . 91-157).
(Orban, escritor belga, mereceu bem da literatura brasileira, divulgando-lhe os valores no estrangeiro).
'24) SÍLVIO ROMERO E J O Ã O R I B E I R O : Compêndio de História da Literatura Brasileira.
2.a edição. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1909. p . 329-364.
25) J O S É VERÍSSIMO: Estudos de literatura brasileira. 4.a série. 2.a edição. Rio de J a
neiro. Garnier. 1910. (Machado de Assis, poeta p . 85-103).
26) HEMETÉRIO DOS SANTOS: Machado de Assis. (In: Almanaque Brasileiro. Garnier. Rio de Janeiro. Garnier. 1910. p . 369-378). (Vejam-se também os artigos in: Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1908 e 29 de dezembro de 1908). (Violento ataque contra Machado que teria renegado suas humildes origens
de família de proletários de côr, desinteressando-se da Abolição).
27) ADRIEN D E L P E C H : Prelado da tradução Quelques contes Machado de Assis. Paris. Garnier. 1910. p . V - X X I X .
28) M Á R I O DE ALENCAR: Alguns escritos. Rio de Janeiro. Garnier. 1910. (Machado de Assis, páginas de saudade, p. 28-53; Esaú e Jacu p. 54-65; Memorial de Aires p. 66-79). (O primeiro desses estudos é comovente depoimento sobre a velhice de Ma
chado de Assis, esboçando ao mesmo tempo o retrato de Machado como académico olímpico).
29) ALCIDES M A Y A : Machado de Assis. Algumas notas sobre o humor. Rio de Janeiro. Jacinto Silva. 1912. 162 p. (2.° edição, Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Letras. 1942. 162 p. (O primeiro livro de importância sobre Machado de Assis;
finas análises, em tom apologético).
30) J O S É VERÍSSIMO: Letras e Literatos. Rio de Janeiro. José Olympio. 1936. (Machado de Assis p. 32-38). (Escrito em 1912).
31) J O S É VERÍSSIMO: Letras e Literatos. Rio de Janeiro. José Olympio. 1938. (Machado de Assis, crítico, p. 77-84). {Escrito em 1914).
32) AFONSO DE CARVALHO: Machado de Assis. Conferência. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.J 88, abril de 1929, p. 371-393). (Escrita em 1915).
33) J O S É VERÍSSIMO: História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1916. (Machado de Assis p. 415-435). (Ultimo capítulo da obra, colocando Machada
de Assis no cume da literatura brasileira: em certo sentido, trabalho que vale até hoje como definitivo).
34) ALFREDO P U J O L : Machado de Assis. São Paulo. Tipogr. Brasil. 1917. 352 p. (2.a
edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1934. 366 p.). (Biografia fundamental,
embora panegírica; retrato de Machado académico).
35) Luís RIBEIRO DO V A L E : A psicologia mórbida na obra de Machado de Assis. Rio de Janeiro. Tipogr. Jornal do Comércio. 1917. 184 p .
36) JoÃo CARNEIRO DA SOUSA BANDEIRA: Páginas literárias. Rio de Janeiro. Fran cisco Alves. 1917. (Machado de Assis, p. 82-88).
37) J O S É MARIA B E L O : Inteligência do Brasil. 2.a edição. São Paulo. Companhia E d i
tora Nacional. 1935. (Machado de Assis, p. 15-63). (Primeira publicação desse
estudo em 1917; Machado aparece como espirito ático, mulato grego).
38) BENEDICTO COSTA: Le roman au Brésil. Paris. Garnier. 1918. p . 83-121.
39) AFRÂNIO PEIXOTO: Poeira da Estrada. 1918. (3." edição. Rio de Janeiro. J a c k s o n . 1944. Aspectos do humor na literartura nacional p. 276-318).
40) RENATO DE ALMEIDA: Machado de Assis. (In: Revista Americana, VI/6, 1918, p. 73-89).
41) PEDRO LESSA: Discurso, saudando Alfredo Pujol na Academia Brasileira de Letras. São Paulo. O livro. 1919, 84 p.
42) RONALD DE CARVALHO: Pequena História da Literatura Brasileira. l.a edição.
1919. (5.a edição. Rio de Janeiro. Briguiet. 1935. p. 289-291, 312-317). (Elogia
sobretudo a finura estilística e psicológica; estuda Machado no capítulo dedicado aos naturalistas).
43) NESTOR VICTOR: A crítica de ontem. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurillo. 1919. (Relíquias de Casa Velha, por Machado de Assis, p. 205-210).
44) MEDEIROS E ALBUQUERQUE: Páginas de crítica. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1920.. (Alfredo Pujol: Machado de Assis p. 205-210).
45) JORGE J O B I M : Machado de Assis. (In: Alberto de Oliveira e Jorge Jobim: Machado. de Assis. Rio de Janeiro. Garnier. 1921. p. 1-19.
46) ISAAC GOLDBERG: Brasilian Literulure. New York. Knopf. 1922. (Machado de Assis;. p. 142-164).
47) TRISTÃO DA CUNHA: Cousas do tempo. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1922. (Machado de Assis; p. 171-174).
48) ALFREDO GOMES: História literária.. (In: Dicionário histórico, geográfico e etno gráfico do Brasil, comemoração do 1.° Centenário d a Independência. Rio de J a neiro. Imprensa Nacional. 1922. Vol. I I , p. I I . p. 1442-1445. (Professor atrasado,
estuda Machado rapidamente, prejerindo-lhe José de Alencar e até os naturalistas)'
49) J O S É DA GRAÇA ARANHA: Machado de Assis e Joaquim Nabuco. Comentários e notas à correspondência entre estes dois escritores. São Paulo. Monteiro Lobato. 1923. 268 p. (2a. edição. Rio de Janeiro. Briguiet. 1942. 269 p.). (Brilhante aná
lise psicológica do plebeu Machado que se aristocratiza; início da moderna inter pretação machadiana).
50) ÁLVARO GUERRA: Machado de Assis. Sua vida e suas obras. São Paulo. Melhora mentos. 1923. 56 p . (Divulgação).
51) AMADEU AMARAL: O elogio da mediocridade. São Paulo. Nova E r a . 1924. (Machado de Assis, p. 113-132; Machado de Assis e Joaquim Nabuco, p . 133-147). 52) M ú c i o LEÃO: Ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro. Coelho Branco. 1925. (Notas
sobre Machado de Assis, p . 125-136).
53) L u í s M U K A T : Machado de Assis e Joaquim Nabuco. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.° 54, junho de 1926, p. 143-148; n." 55, julho de 1926, p. 231-236; n.° 56, agosto de 1926, p . 318-324; n.° 57, setembro de 1926, p. 74-80; n.° 58, outubro de 1926, p. 152-158). (Contra a interpretação psicológica, reali
zada por Graça Aranha).
54) EMÍLIO M O U R A : Machado de Assis. (In: Revista do Brasil. 2." fase, 1/3, 15 de ou tubro de 1926, p . 46-47).
55) A. POMPÊO: Ideias, homens e livros. São Paulo. Ed. O Estado de São Paulo. 1927. (Yaia Garcia, p. 191-199).
56) WILHELM G I E S E : Machado de Assis. (In: Ibérica, Hamburg, n.° 4, Márz, 1927; tradução portuguesa por João Ribeiro, In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.° 69, setembro de 1927, p. 46-55).
57) GIUSEPPE A L P I : Prefácio da tradução italiana de Memórias Póstumas de Braz Cubas. Lanciano. R. Carabba. 1929.
58) ANTÓNIO SALLES: José de Alencar e Machado de Assis. (In: O Jornal, Rio de J a neiro, 1 de maio de 1929). (Alencar mais lido pelo povo do que Machado).
59) BARBOSA LIMA SOBRINHO: A timidez de Machado de Assis. (In: J o r n a l do Brasil. Rio de Janeiro, 3 de novembro de 1929. (Bom estudo psicológico).
60) AMÉRICO VALÉRIO: Machado de Assis e a psicanálise. Rio de Janeiro. Tipogr. Au rora H . Santiago. 1930. 232 p .
61) LAFAYETTE SILVA: O teatro de Machado de Assis. (In: Revista da Academia Bra sileira de Letras, n.° 120, dezembro de 1931, p. 467-471).
62) AGRIPPINO G R I E C O : Evolução da poesia brasileira. 1932. (3.a edição. Rio de J a n e i r o .
José Olympio. 1947. p . 46-47).
63) PHOCION SERPA: Machado de Assis. (In: Correio d a Manhã. Rio de Janeiro, 20 de junho de 1932).
64) AGRIPPINO G R I E C O : Evolução da prosa brasileira. 1933. (2." edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1947. p . 51-58). (Trata Machado com antipatia; acha-o frio e
míope).
65) OSCAR M E N D E S : Machado de Assis e os mineiros. (In: Boletim do Ariel, II/4, j a neiro de 1933, p . 86-87).
66) HUMBERTO DE CAMPOS: O menino do morro. (In: Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1933).
67) M Á R I O CASASANTA: Machado de Assis e o tédio à controvérsia. Belo Horizonte. Os Amigos do Livro. 1934. 72 p . (Importante contribuição psicológica).
28) M Á R I O DE ALENCAR: Alguns escritos. Rio de Janeiro. Garnier. 1910. (Machado de Assis, páginas de saudade, p . 28-53; Esaú e Jacu p. 54-65; Memorial de Aires p. 66-79). (O primeiro desses estudos é comovente depoimento sobre a velhice de Ma
chado de Assis, esboçando ao mesmo tempo o retrato de Machado como académico olímpico).
29) ALCIDES M A Y A : Machado de Assis. Algumas notas sobre o humor. Rio de Janeiro. Jacinto Silva. 1912. 162 p . (2.a edição, Rio de Janeiro. Academia Brasileira d e
Letras. 1942. 162 p . (O primeiro livro de importância sobre Machado de Assis;
jinas análises, em tom apologético).
30) J O S É VERÍSSIMO: Letras e Literatos. Rio de Janeiro. José Olympio. 1936. (Machado de Assis p . 32-38). (Escrito em 1912).
31) J O S É VERÍSSIMO: Letras e Literatos. Rio de Janeiro. José Olympio. 1936. (Machado de Assis, crítico, p . 77-84). (Escrito em 1914).
32) AFONSO DE CARVALHO: Machado de Assis. Conferência. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n." 88, abril de 1929, p . 371-393). (Escrita em 1915). 33) J O S É VERÍSSIMO: História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro. Francisco Alves.
1916. (Machado de Assis p . 415-435). (Último capítulo da obra, colocando Machada
de Assis no cume da literatura brasileira: em certo sentido, trabalho que vale até hoje como definitivo).
34) ALFREDO PUJOI,: Machado de Assis. São Paulo. Tipogr. Brasil. 1917. 352 p . (2.» edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1934. 366 p.). (Biografia fundamental,
embora panegírica; retrato de Machado académico).
35) L e i s RIBEIRO DO V A L E : A psicologia mórbida na obra de Machado de Assis. Rio d e Janeiro. Tipogr. Jornal do Comércio. 1917. 184 p .
36) JOÃO CARNEIRO DA SOUSA BANDEIRA: Páginas literárias. Rio de Janeiro. F r a n
cisco Alves. 1917. (Machado de Assis, p . 82-88).
37) J O S É MARIA B E L O : Inteligência do Brasil. 2." edição. São Paulo. Companhia E d i tora Nacional. 1935. (Machado de Assis, p . 15-63). (Primeira publicação desse
estudo em 1917; Machado aparece como espírito ático, mulato grego).
38) BENEDICTO COSTA: Le roman au Brésil. Paris. Garnier. 1918. p . 83-121.
39) AFRÂNIO PEIXOTO: Poeira da Estrada. 1918. (3." edição. Rio de Janeiro. J a c k s o n . 1944. Aspectos do humor n a literartura nacional p . 276-318).
40) RENATO D E ALMEIDA: Machado de Assis. (In: Revista Americana, VI/6, 1918,. p. 73-89).
41) PEDRO LESSA: Discurso, saudando Alfredo Pujol na Academia Brasileira de Letras. São Paulo. O livro. 1919, 84 p .
42) RONALD DE CARVALHO: Pequena História da Literatura Brasileira. l.a edição.
1919. (5." edição. Rio de Janeiro. Briguiet. 1935. p . 289-291, 312-317). (Elogia-
sobretudo a finura estilística e psicológica; estuda Machado no capítulo dedicado- aos naturalistas).
43) NESTOR VICTOR: A crítica de ontem. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurillo. 1919. (Relíquias de Casa Velha, por Machado de Assis, p . 205-210).
44) MEDEIROS E ALBUQUERQUE: Páginas de crítica. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro. 1920.. (Alfredo Pujol: Machado de Assis p . 205-210).
45) JORGE JOBIM: Machado de Assis. (In: Alberto de Oliveira e Jorge Jobim: Machado- de Assis. Rio de Janeiro. Garnier. 1921. p . 1-19.
46) ISAAC GOLDBERG: Brasilian Literuture. New York. Knopf. 1922. (Machado de Assis;. p. 142-164).
47) TRISTÃO DA CUNHA: Cousas do tempo. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1922„ (Machado de Assis; p . 171-174).
48) ALFREDO GOMES: História literária. (In: Dicionário histórico, geográfico e etno gráfico do Brasil, comemoração do 1.° Centenário da Independência. Rio de J a neiro. Imprensa Nacional. 1922. Vol. I I , p. I I . p. 1442-1445. (Projessor atrasado,
estuda Machado rapidamente, preferindo-lhe José de Alencar e até os naturalistas)'
49) J O S É DA GRAÇA ARANHA: Machado de Assis e Joaquim Nahuco. Comentários e notas à correspondência entre fistes dois escritores. São Paulo. Monteiro Lobato. 1923. 268 p . (2a. edição. Rio de Janeiro. Briguiet. 1942. 269 p.). {Brilhante aná
lise psicológica do plebeu Machado que se aristocratiza; inicio da moderna inter pretação machadiana).
50) ÁLVARO GUERRA: Machado de Assis. Sua vida e suas obras. São Paulo. Melhora mentos. 1923. 56 p. (Divulgação).
51) AMADEU AMARAL: O elogio da mediocridade. São Paulo. Nova Era. 1924. (Machado de Assis, p . 113-132; Machado de Assis e Joaquim Nabuco, p . 133-147). 52) M ú c i o LEÃO: Ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro. Coelho Branco. 1925. (Notas
sobre Machado de Assis, p . 125-136).
53) Luís M U R A T : Machado de Assis e Joaquim Nahuco. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.° 54, junho de 1926, p . 143-148; n.° 55, julho de 1926, p. 231-236; n.° 56, agosto de 1926, p. 318-324; n.° 57, setembro de 1926, p. 74-80; n.° 58, outubro de 1926, p. 152-158). (Contra a interpretação psicológica, reali
zada por Graça Aranha).
54) EMÍLIO MOURA: Machado de Assis. (In: Revista do Brasil. 2." fase, 1/3, 15 de ou tubro de 1926, p. 46-47).
55) A. POMPÊO: Ideias, homens e livros. São Paulo. Ed. O Estado de São Paulo. 1927. (Yaia Garcia, p . 191-199).
56) WILHELM G I E S E : Machado de Assis. (In: Ibérica, Hamburg, n.° 4, Márz, 1927; tradução portuguesa por J o ã o Ribeiro, In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.° 69, setembro de 1927, p. 46-56).
57) GIUSEPPE A L P I : Prejácio da tradução italiana de Memórias Póstumas de Braz Cubas. Lanciano. R. Carabba. 1929.
58) ANTÓNIO SALLES: José de Alencar e Machado de Assis. (In: O Jornal, Rio de J a neiro, 1 de maio de 1929). (Alencar mais lido pelo povo do que Machado).
59) BARBOSA LIMA SOBRINHO: A timidez de Machado de Assis. (In: J o r n a l do Brasil. Rio de Janeiro, 3 de novembro de 1929. (Bom estudo psicológico).
60) AMÉRICO VALÉRIO: Machado de Assis e a psicanálise. Rio de Janeiro. Tipogr. Au rora H . Santiago. 1930. 232 p.
61) LAFAYETTE SILVA: O teatro de Machado de Assis. (In: Revista da Academia Bra sileira de Letras, n.° 120, dezembro de 1931, p. 467-471).
62) AGRIPPINO G R I E C O : Evolução da poesia brasileira. 1932. (3.a edição. Rio de J a n e i r o .
José Olympio. 1947. p . 46-47).
63) PHOCION SERPA: Machado de Assis. (In: Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 20 de junho de 1932).
64) AGRIPPINO G R I E C O : Evolução da prosa brasileira. 1933. (2." edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1947. p . 51-58). (Trata Machado com antipatia; acha-o jrio e
míope).
65) OSCAR M E N D E S : Machado de Assis e os mineiros. (In: Boletim do Ariel, II/4, ja neiro de 1933, p. 86-87).
66) HUMBERTO DE CAMPOS: O menino do morro. (In: Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1933).
67) M Á R I O CASASANTA: Machado de Assis e o tédio à controvérsia. Belo Horizonte. Os Amigos do Livro. 1934. 72 p . (Importante contribuição psicológica).
68) \ I A N A MOOG: Heróis da Decadência. Rio de Janeiro. Guanabara. 1934. (Deca dência do mundo moderno: Machado de Assis p. 167-229). (2.a edição, Porto
Alegre. Globo. 1939).
69) ARTUR MOTTA: Machado de Assis. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras n.° 147, março de 1934, p. 320-352). (Bibliograjia muito insujiciente).
70) MODESTO DE A B R E U : O teatro de Machado de Assis. (In: Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 5 de agosto de 1934).
71) CARLOS DA VEIGA LIMA: Machado de Assis ou o fim do eterno. (In: A Nação. Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1934).
72) AUGUSTO M E Y E R : Machado de Assis. Porto Alegre. Globo. 1935. 116 p . (Ensaio
fundamental com que começa nova época da crítica machadiana: Machado como espírito demoníaco, recalcado).
73) TEIXEIRA SOARES: Machado de Assis. Ensaio de interpretação. Rio de Janeiro. Guido & Cia. 1936. 98 p. (Tem o mérito de chamar especialmente a atenção para
os contos de Machado).
74) LÚCIA M I G U E L PEREIRA: Machado de Assis. Estudo crítico e biográfico. São P a u l o . Companhia Editora Nacional. 1936. 342 p. (3.a edição aumentada. São Paulo.
Companhia Editora Nacioanl. 1946. 357 p.). (Biografia definitiva; interpre
tação psicológica completa).
75) AFRÂNIO PEIXOTO: Prefácio da tradução francesa, por Francis de Miomandre, de
Dom Casmurro. Paris. Instituto International de Cooperation Intellectuelle.
1936. p . 8-12.
76) CARLOS D A N T E DE MORAES: Tristão de Athayde e outros estudos. Porto Alegre. Globo. 1937. (Braz Cubas, o defunto autor, p. 109-117).
77) EDUARDO F R I E I R O : Letras mineiras. Belo Horizonte. Oa Amigos do Livro. 1937. (Machado de Assis e o tédio à controvérsia p . 138-145). (Sobre o livro de Mário
Casasania).
78) M A U R I C E M U R E T : Un roman brésilien, Dom Casmurro. (In: Journal des Débats. Paris, 13 janvier, 1937).
79) LYDIA DE ALENCASTRO GRAÇA: Machado de Assis. (In: Boletim do Ariel, VI/6 março de 1937, p. 180-181). (Sobre o livro de Lúcia Miguel Pereira).
80) PEREGRINO J Ú N I O R : Doença e constituição de Machado de Assis. Rio de Janeiro José Olympio. 1938. 166 p. (Importante contribuição psicofisiológica).
81) MODESTO D E A B R E U : Machado de Assis. Rio de Janeiro. Ed. Norte. 1938. 86 p . 82) M Á R I O CASASANTA: Minas e os mineiros na obra de Machado de Assis. Belo Hori
zonte. Os Amigos do Livro. 1938. 108 p.
83) OLÍVIO MONTENEGRO: O romance brasileiro. Rio de Janeiro. José Olympio. 1938. (Machado de Assis, p . 105-121). (Brilhante ensaio psicológico sobre as duas almas
em Machado).
84) MODESTO DE A B R E U : O Rio de Janeiro na obra de Machado de Assis. (In: Jornal do Brasil, 23 de janeiro de 1938).
85) LINDOLFO GOMES: Nótulas sobre Machado de Assis. (In: Diário Mercantil, Juiz de Jora, 16 e 18 de fevereiro de 1938).
86) HERCULANO BORGES DA FONSECA: A poesia de Machado de Assis. (In: Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1928).
87) CIRO VIEIRA DA CUNHA: Da doença e constituição de Machado de Assis, livro de
Peregrino Júnior. (In: Aspectos. Rio de Janeiro, H/16, de zembro de 1938 —
janeiro de 1939, p. 89-99).
88) EXPOSIÇÃO MACHADO DE ASSIS: Introdução de Augusto Meyer. Rio de Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1939. 238 p. (Publicação principal do Cen
89) CÂNDIDO J U C Á F I L H O : 0 pensamento e a expressão em Machado de Assis. Rio d e Janeiro. L. Fernandes. 1939. 160 p . (Trabalho filológico).
90) E L O Y PONTES: A vida contraditória de Machado de Assis. Rio de Janeiro. José Olympio. 1939. 330 p . (Sabre o ambiente literário do Rio de Janeiro, sobretudo
durante a primeira fase de Machado).
91) E U G Ê N I O GOMES: Influências inglesas em Machado de Assis. Bahia. Tip. Regina. 1939. 63 p. (Primeiro estuda sério de literatura comparada aplicada a Machado). 92) HELOÍSA L E N T Z DE ALMEIDA: A vida amorosa de Machado de Assis. Rio de Janeiro.
s. e. 1939. 96 p .
93) H U G O BKESSANE D E ARAÚJO: O aspecto religioso da obra de Machado de Assis. Rio de Janeiro. Cruzada da Boa Imprensa. 1939. 64 p. (Ponto de vista católico). 94) LIBERATO BITTENCOURT: Machado de Assis ou Desrespeito ao ídolo académico. Rio
de Janeiro. Ofic. Ginásio 28 de Setembro. 1939. 182 p. (Do último dos admira
dores fanáticos de Tobias Barreto; curiosidade).
95) Luís PAULA FREITAS: Perfil de Machado de Assis. Rio de Janeiro. O Globo. 1939. 46 p . (3.a edição. Rio de Janeiro. Âncora. 1947. 92 p.).
96) MÁRIO MATOS: Machado de Assis. O homem e a obra. São Paulo. Companhia Edi tora Nacional. 1939. 454 p . (Biografia extensa).
97) MODESTO DE A B R E U : Biógrafos e críticos de Machado de Assis. Rio de Janeiro. Academia Carioca de Letras. 1939. 391 p. (Exposição pouco sistemática; exalta
Alcides Maya e Alfredo Pujol em detrimento dos comentadores modernos Augusto Meyer e Lúcia Miguel Pereira).
98) RAIMUNDO DE MORAES: Machado de Assis. Belém. Instituto Lauro Sodré. 1939. 215 p .
99) FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS: Machado de Assis. Conferências. Rio de
Janeiro. Briguiet. 1939. 224 p .
99°) MODESTO D E A B R E U : Infância e adolescência de Machado de Assis. p . 9-33. 99b) CÂNDIDO MOTTA F I L H O : Machado de Assis e o enigma da vida. p . 53-84.
99") BENJAMIN LIMA: O Heroísmo da ironia em Machado de Assis. p . 85-114. 99d) M Á R I O CASASANTA: Machado de Assis, escritor nacional, p . 115-203.
99e) MABTIM GOMES: A obra de Machado de Assis e seus efeitos na educação moral
e cívica, p . 205-221.
100) OTHON COSTA: Conceitos e afirmações. Rio de Janeiro. Pongetti. 1939. (Machade de Assis, p . 65-72; Machado d e Assis, epilético, p . 73-86; A individualidade mór bida de Machado de Assis; p . 87-94).
101) ANTÓNIO JOAQUIM DA SILVA: A poesia de Machado de Assis. (In: Revista d a Aca demia Brasileira de Letras, vol. L V I I I , 1939, p . 71-86).
102) COELHO DE SOUSA: Fascinante inoculador de venenos sutis. (In: O Jornal. Rio d e Janeiro, 12 de janeiro de 1939). (Entrevista do então Secretário de Educação do
Rio Grande do Sul, denunciando a mentalidade antinacional de Machado).
103) MARTIM GOMES: Machado de Assis, estudos de caracterologia. (In: Correio do Povo. Porto Alegre, 12, 15 e 19 de fevereiro e 5 de março de 1939).
104) D A N T E COSTA: Machado de Assis e o conto. (In: D o m Casmurro. 20 de maio de 1939, p . 22).
105) REVISTA DO BRASIL: Número especial dedicado a Machado de Assis. H/12. (Da 3.a fase), junho de 1939.
105a) TRISTÃO DA CUNHA: Contos de Machado de Assis, p. 23-27.
105'J) M A N U E L BANDEIRA: Machado de Assis, poeta, p . 28-33.
105°) ALMIR DE ANDRADE: Machado de Assis, o romancista, p . 34-41.
155d) BARRETO L E I T E F I L H O : O jornalista que houve em Machado de Assis, p . 48-54.
105°) ORRIS SOARES: O teatro de Machado de Assis, p. 55-62. 105f) AUGUSTO M E Y E R : OS galos vão cantar, p . 69-73.
105*) L I A CORREIA DUTRA: Algumas mulheres de Machado de Assis p . 74-85. 105h) GRACILIANO RAMOS: OS amigas de Machado de Asis, p . 86-88.
105') J O S É V I E I R A : Machado de Assis, juncionário público, p . 89-94.
105') ANTÓNIO NORONHA SANTOS: O Rio de Janeiro em 1862 e as primeiras pro
duções literárias de Machado de Assis, p . 95-102.
105k) CIRO T. DE PÁDUA: Machado de Assis, crítico, p . 136-141.
106) ASTROJILDO PEREIRA: Interpretações. Rio de Janeiro. Casa do Estudante doBrasii.