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logias, são as mais populares que há no Brasil; mas o resto da sua obra é muito menos lido do que a poesia de Castro Alves, como se revela pelo número sensivel­

mente menor de edições. Em compensação, é Gonçalves Dias o "poeta dos poetas".

Sua obra foi, em todos os aspectos, minuciosamente estudada; grande parte dos

estudos refere-se porém à biografia do poeta, que apresenta muitos problemas.

Verifica-se, em geral, um declínio de sua fama durante o segundo período ro­

mântico e o parnasianismo, depois, nova ascenção, preferindo-se, porém, agora

ao indianismo a poesia pessoal.

B i b l i o g r a f i a

1) ALEXANDRE HERCULANO: O futuro literário do Brasil. (In: Revista Universal Lis­ bonense, t. V I I , 1846, p . 5). (Famosa profecia do grande juturo do poeta, adivi­

nhado pelo maior dos românticos portugueses).

2) AUGUSTO FREDERICO COLIN: Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão. (In: Revista Universal Maranhense, 1/4, 1 de agosto de 1849, e 1/7, 1 de novembro de 1849).

(Primeira critica extensa e razoável).

3) QUINTINO BOCAYUVA: Estudos críticos e literários. Rio de Janeiro. Tipografia N a ­ cional. 1858. p . 81-87. (Defesa, em detrimento de Gonçalves de Magalhães). 4) BERNARDO GUIMARÃES: OS Timbiras. (In: Atualidade. Rio de Janeiro. 8, 15, 26, e

31 de outubro de 1859), (Estudo de valor).

5) ANTÓNIO J O A Q U I M DE M A C E D O SOARES: Três literatos contemporâneos. (In: Correio

Mercantil. Rio de Janeiro, 5, 7 e 8 de janeiro de 1862).

6) FERDINAND W O L F : Le Brésil littéraire. Berlin. Ascher. 1863. p. 175-180. (Insufi­

ciente).

7) M A N U E L PINHEIRO CHAGAS: Ensaios críticos. Porto. Viuva More. 1866. (Gonçalves Dias, p . 161-180).

8) ANASTÁCIO L U Í S DE BONSUCESSO: Quatro Vultos. Ensaio de biografia e crítica. Bi­ blioteca do Instituto dos Bacharéis em Letras. Rio de Janeiro. Tipogr. do Cor­ reio Mercantil. 1867. p. 287. (Gonçalves Dias seria um dos quatro vultos estudados,

mas o autor não acha preciso falar d respeito dele, porque todo o inundo o conhece).

9) LUCIANO CORDEIRO: Livro de crítica. Porto. Tipogr. Lusitana. 1869. p . 278. (0 cri­

tico português é contra a "mania" dos brasileiros que acreditam possuir uma lite­ ratura; nem gosta de Gonçalo — sic:. — Dias).

10) JOAQUIM CAETANO FERNANDES P I N H E I R O : Notícia sobre a vida c obras de Antânio

Gonçalves Dias. Introdução da 6.« edição das Poesias. Rio de Janeiro. Garnier.

1870. Vol. L, p . 21-37.

11) ANTÓNIO X A V I E R RODRIGUES CORDEIRO: António Gonçalves Dias. (In: Novo Al­

manaque de Lembranças Luso-Brasileiro para o ano de 1873. Lisboa. Lallemant Frères. 1872. p . 5-15). (Esboço razoável).

12) FRANCISCO SOTERO DOS R E I S : Curso de literatura portuguesa e brasileira. São Luís do Maranhão. Tipogr. do País. 1878. (António Gonçalves Dias, sua biografia, seus Primeiros Cantos, seus Segundos Cantos, seus Últimos Cantos. Seu poema épico Os Timbiras, vol. IV, p . 309-387; António Gonçalves Dias, seu drama Boabdil, sua obra o Brasil e a Oceania, vol. V, p. 1-56). {Consagração do român­

tico maranhense pelo humanista maranhense).

13) ANTÓNIO H E N R I Q U E S L E A L : Pantheon Maranhense. Vol. I I I . Vida de Gonçalves Dias. Lisboa. Imprensa Nacional. 1874. 580 p . (Biografia fundamental). 14) ANTÓNIO H E N R I Q U E S LEAL. Locubrações. São Luís do Maranhão. Magalhães & Cia.

1874. p . 205-212. (Defesa contra Luciano Cordeiro).

15) RICARDO LEÃO SABINO: Gonçalves Dias. (In: Tribuna Liberal. São Paulo. 31 de janeiro de 1874). (Artigo biográfico).

16) CAPISTRANO D E A B R E U : Ensaios e Estudos. I. Rio de Janeiro. Sociedade Capis- trano de Abreu. 1931. (A literatura brasileira contemporânea, p . 61-107). (Im­

portante estudo, de 1875, sobre o indianismo).

17) ARTUR DE OLIVEIRA: Tese de concurso para professora substituto de retórica, poética

e literatura nacional. Rio de Janeiro. Tipografia Gazeta de Notícias. 1879. Os

Timbiras, p . 15-19). (Estudo que ficou, sem razão, famoso).

18) CARLOS FERREIRA FRANÇA: Tese de concurso para professor substituto de retórica,

poética e literatura nacional. Rio de Janeiro. Leuzinger. 1879. (Os Timbiras,

p. 14-22). (Estudo sério).

19) TEÓFILO D I A S : António Gonçalves Dias. (In: A Semana, 1/38, 19 de setembro de 1885).

20) FRANKLIN TÁVORA: Gonçalves Dias. (A Semana, IV/160, 11 de fevereiro de 1888; IV/161, 19 de fevereiro de 1888; IV/162, 25 de fevereiro de 1888).

21) SÍLVIO ROMERO: História da Literatura Brasileira. 1888 (3." edição. Rio de Janeiro. José Olympio. 1943. Vol. I I I , p . 231-263). (A partir dessa data, os estudos tor-

nam-se mais raros).

22) M. SAID A L I : Notícia sobre a vida do autor. Prefácio da edição das Poesias. Rio de Janeiro. Laemmert. 1896. Vol. I, p . 5-9).

23) J O S É VERÍSSIMO: Estudos da literatura brasileira. 2.a série. Rio de Janeiro. Garnier.

1901. (Gonçalves Dias, p. 22-35). (O primeiro estudo compreensivo depois de

longa pausa).

24) OLAVO BILAC: Conferências literárias. Rio de Janeiro. Francisco Alves. 1912. (Gon­ çalves Dias, p . 5-28). (Bilac cotoca Gonçalves Dias acima de Castro A Ivcs). 25) J O S É VERÍSSIMO: História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro. Francisco Alves.

1916. p . 243-254.

26) ÁLVARO G U E R R A : Gonçalves Dias. São Paulo. Melhoramentos. 1923. 50 p. (Divul­

gação).

27) M Á R I O BARRETO: Gonçalves Dias. (In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, C X V I I I . 1923, p . 642-661). (A bibliografia do primeiro centenário

ainda é muito escassa).

28) CÂNDIDO MÇTTA F I L H O : Introdução ao estudo do pensamento nacional. O Roman­ tismo. Rio de Janeiro. Hélios. 1926. p. 138-152.

29) ALFREDO DE. ASSIS CASTRO: Gonçalves Dias. São Luís do Maranhão. Ramos d'Al meida. 1926. 46 p .

30) CLODOMIB CARDOSO: OS amores de Gonçalves Dias. (In: Correio da Manhã, Rio de Janeiro. 27 de maio de 1927).

31) ARTUR MOTTA: Gonçalves Dias. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, n.° 88, abril de 1929, p . 413-430). (Com bibliografia muito insuficiente).

32) M. NOGUEIRA DA SILVA: Gonçalves Dias patriota. (In; Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1929).

33) AGRIPPINO GRIECO: Evolução da poesia brasileira. 1932. (3.a edição. Rio de Janeiro. José Orympio. 1947. p . 23-24). (Apesar de toda a admiração o crítico prejere Castro

Alves).

•34) M . NOGUEIRV DA SILVA: Gonçalves Dias e Camilo Castelo Branco. (In: Jornal do Comércio. Rio do Janeiro. 12 de novembro de 1933).

35) RON.ALD CARVALHO: Pequena História da Literatura Brasileira. 5.a edição. Rio de

Janeiro. Briguiet. 1935. p . 221-225.

36) G. RAEDERS: Um grande poeta romântico em Coimbra: Gonçalves Dias. (In: Jornal do Comércio. Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1935).

37) M . NOGUEIRA DA SILVA: Estudos gonçalvinos. (In: Jornal do Comércio. Rio de J a ­ neiro, 17 de novembro de 1935 e 16 de fevereiro de 1936).

38) M . NOGUEIRV DA SILVA: O maior poeta. Rio de Janeiro. A Noite. 1937. 74 p . (Xo~

gueira da Silva joi o admirador mais apaixonado do poeta).

39) FHITZ ACKERMANN: Die Versdichtung des Brasiliers António Gonçalves Dias H a m - burg. Paul Evert. 1938, 117 p . (Traduzido para o português, in: Revista do Arquivo Municipal. São Paulo, vol. 40, agosto de 1939, p. 5-20; vo!. 41, setembro- outubro de 1939, p. 185-224; vol. 42, novembro-dezembro de 1939. p. 31-52;.

(Estudo minucioso, meri'ório, mas incompleto).

40) HAROLDO PARANHOS: História do Romantismo no Brasil. Vol. I I . São Paulo. Cul­ tura Brasileira. 1938. p . 74-105.

41) ANTÓNIO PICCAROLO: Gonçalves Dias et le Portugal. Separata do Bulletin des Etudes Portugaises, 1938/1. Lisboa. Instituí Français au Portugal. 1938. 9 p.

42) M . NOGUEIRA DA SILVA: O pressentimento da morte em Gonçalves Dias. (In: Jornal d a Manhã. São Paulo, 12 de março de 1938).

43) CÂNDIDO J U C Á F I L H O : A linguagem das Sextilhas de Frei Antão. (In: Anais do 2." Congresso das Academias de Letras. Rio de Janeiro. 1939. p . 137-145). (Ataque

de filólogo).

44) ALFREDO DE ASSIS CASTRO: A linguagem das Sextilhas de Frei Antão. Rio de J a ­ neiro. Amorim. 1939. 239 p . (Defesa contra Jucá Filho).

45) ERNESTO F E D E R : Gonçalves Dias e a poesia alemã. (In: A Manhã, Suplemento Au­ tores e Livros 9 de novembro de 1941).

46) JOSUÉ MONTEI.LO: Gonçalves Dias. Ensaio biobibliográíico. Rio de Janeiro. Aea- d e m i i Brasileira de Letras. 1942. 176 p .

47) D . DRIVER: The Indian in Brazilian Lilerature. N e w York. Instituto de las E s ­ panas. 1942. 190 p .

48) LÚCIA M I G U E L P E R E I R A : A vida de Gonçalves Dias. Rio de Janeiro. José Orympio. 1943. 424 p . (Biografia definitiva).

49) ROGER BASTIDE: Poesia afro-brasileira. São Paulo. Martins. 1943. p . 60-68, 50) M NOGUEIRA DA SILVA: Conçalves Dias e Castro Alves. Rio de Janeiro. 1943. 164 p .

(Palavra final da discussão, em favor de Gonçalves Dias).

51) H E N R I Q U E DE CAMPOS F E R R E I R A L I M A : Gonçalves Dias em Portugal. (In: Brasília.

Coimbra, vol. I I , 1943, p . 33-80).

52) M A N U E L BANDEIRA: Introdução da edição das Obras Poéticas. São Paulo. Com­ panhia Editora Nacional. 1944. Vol. I, p . VII-21).

53) AURÉLIO BUARQUE DE HOLLANDA: Ã margem da canção do Exílio. (In: Correio da Manhã. Rio de Janeiro. 30 de abril de 1944). (Brilhante análise estilística) 54) M A N U E L BANDEIRA: Apresentação da poesia brasileira. Rio de Janeiro. Casa do

55) LYDIA BESOUCHET Y N E W T O N DE F R E I T A S : Literatura dei Brasil. Buenos Aires.

Edit. Sudamericana. 1946. (Gonçalves Dias, p . 49-66).

56) P L Í N I O AYROSA: Gonçalves Dias e o indianismo. (In: Revista da Academia Paulista de Letras, IX/34, junho de 1946, p . 36-48).

57) ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS: Gonçalves Dias. Conferências. Rio de Janeiro. 1948.

57a) VIRIATO CORREIA: A Vida amorosa de Gonçalves Dias. p . 7-51.

57b) PEDRO CALMON: O símbolo indianista de Gonçalves Dias. p . 53-61.

57c) GUSTAVO BARROSO: A morte de Gonçalves Dias. p . 63-81.

57d) E. ROQUETTE P I N T O : Gonçalves Dias e os índios, p . 83-93. 57e) GUILHERME DE ALMEIDA: Gonçalves Dias e o romantismo, p . 95-110.

57f) M A N U E L BANDEIRA: A poética de Gonçalves Dias. p . 111-137. (Estudo impor­

tante da métrica e estilística).

Alencar

J O S É MAETINIAXO DE ALENCAR.

Nasceu em Mecejana (Ceará), em 1.° de maio