de 1942).
Nenhum outro poeta brasileiro, nem sequer Cruz e Sousa, foi tratado de ma
neira tão revoltante pelos "donos da poesia" da época como Alphonsus. Ainda
Ronald de Carvalho, revendo em 1934 a 4.
aedição de sua "Pequena História da
Literatura Brasileira", obra meio oficial, não achou por bem incluir uma única
linha sobre Alphonsus, mencionando-lhe o nome só uma vez, sem adjetivo, ao lado
de Félix Pacheco. Só por volta de 1935 os críticos se lembram do esquecido poeta
provinciano, primeiro seus conterrâneos mineiros (Afonso Arinos e outros), depois
Manuel Bandeira, o que significa enfim a reabilitação. Hoje ê Alphonsus reco
nhecido como um dos maiores poetas do Brasil. Infelizmente, o rápido esgotamento
da edição das Poesias, publicada em pequena tiragem, tornou o poeta de novo ina
cessível.
B i b l i o g r a f i a
1) JOSÉ VEBÍSSIMO: Estudos da literatura brasileira. 2.a série. Rio de Janeiro. Garnier.
1901. (Um poeta simbolista, p. 225-237). (Incompreensão).
2) M Á R I O DE LIMA: Esboço de uma história literária de Minas. Belo Horizonte. Imprensa Oficial. 1920. p. 32. (Dando notícia do poeta, revela através das expressões que o
desconhece).
3) AGBIPPA DE VASCONCELLOS: Discurso de posse na Academia. (In: Revista da Academia Mineira do Letras, I I , 1923-1924, p. 5-31).
4) JACKSON DE FIGUEIREDO: Durval de Morais e os poetas de Nossa Senhora. Rio de Janeiro. Centro D. Vital. 1925. p. 73-159. (Duvida da sinceridade do poeta). 5) AGRIFPINO GRIECO: Evolução da poesia brasileira. 1932.(3." edição. Rio de Janeiro.
José Olympio. 1947. p. 100-108). (Grande elogio, co?nparação com Verlaine; parece
que sem repercussão sujiciente).
6) AFONSO ARINOS DE M E L O FRANCO: Espelho de três faces. São Paulo. Edit. Brasil. 1937. (Alphonsus de Guimaraens; p. 198-208). (Importante artigo que vale como
redescoberta).
7) E N R I Q U E DE RESENDE: Retrato de Alphonsus de Guimaraens. Rio de Janeiro. José Olympio. 1938. 133 p. (Esboço biogrâfico-psicológico, proscrito pelos admiradores
de Alphonsus porque fala do acoolismo do poeta).
8) J O Ã O ALPHONSUS: Introdução da edição das Poesias. Rio de Janeiro. Ministério da Educação e Saúde. 1938. p . I - X L I I . (Biografia, escrita pelo filho).
9) M A N U E L BANDEIRA: Alphonsus ds Guimaraens. (In: Revista do Brasil. 3." fase, 1/2, agosto de 1938. p. 163-174). (Importante estudo crítico).
10) EDUARDO F R I E I R O : Mestre Alphonsus e seus discípulos. (In: Folha de Minas. Belo Horizonte, 17 de setembro de 1933).
11) BASÍLIO DE MAGALHÃES: O simbolismo na poesia ds Alphonsus de Guimaraens. (In: Federação das Academias de Letra*, Conferências. Rio de Janeiro. Briguiet. 1939. p. 75-78). (Apenas esboço; a conferência não foi publicada).
12) JOÃO DORNAS F I L H O : Alphonsus de Guimaraens. (In: D a m Casmurro, 11 de março de 1939).
13) J O S É OITICICA: Sobre Alphjnsus de Guimaraens. (In: Dom Casmurro, 18 de março de 1939).
14) AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT: Em louvor de Alphonsus de Guimaraens. (In: Men
sagem, 15 de julho de 1940).
15) EDUARDO FRIEIRO: Mestre Alphonsus. (In: Mensagem, 15 de julho de 1940).
16) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: Viagem a Alphonsus de Guimaraens. (In: Eu-
clydes, II/8, 15 de dezembro de 1940).
17) TRISTÃO DE ATHAYDE: Poesia brasileira contemporânea. Belo Horizonte. Paulo Bluhm. 1941. (Alphonsus e a crítica p. 49-78).
18) EMÍLIO MOURA: Alphonsus de Guimaraens e Cruz e Sousa. (In: A Manhã, Suple mento Autores e Livros, 1 de novembro de 1942).
19) GUILHERMINO CÉSAR: Alphonsus de Guimaraens e os modernos. (In: A Manha, Suplemento Autores e Livros, 1 de novembro de 1942).
20) JOÃO CAMILO DE OLIVEIRA TORRES: Sobre Alphonsus de Guimaraens. (In: O Jornal.
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1943). (Interpretação jilosójica).
21) HENRIQUETA LISBOA: Alphonsus de Guimaraens. Rio de Janeiro. Agir. 1945. 74 p. {Importante estudo).
22) MANUEL BANDEIRA: Apresentação da poesia brasileira. Rio de Janeiro. Casa do Estudante do Brasil. 1946. p. 125-130).
23) TÚLIO HOSTÍLIO MONTENEGRO: Três notas sobre Alphonsus de Guimaraens. (In: Diário de Xotícias. Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1946).
A u t a d e S o u s a
A U T A D E SOUSA. X a s c e u em M a c a í b a (Rio G r a n d e d o X"orte), em 13 de s e t e m b r o de 1876. M o r r e u e m X*atal ( R i o G r a n d e d o X o r t e ) , e m 7 d e fevereiro de 1901.
OBRA
Horto ( X a t a l . Ofic. A R e p ú b l i c a . 1900; 2.a edição. P a r i s . Aillaud. 1910;
3.a edição. Rio de J a n e i r o . T i p . B a t i s t a de Sousa. 1936).
Do caráter simbolista da poesia de Aula de Sousa pode-se duvidar; está no entanto ligada ao simbolismo, mais do que a qualquer outro movimento literário, pelo espiritualismo religioso. Daí o fato de que Auta, de Sousa joi descoberta pelos críticos católicos.
Bibliografia
1) J. A. CORREIA DE ARAÚJO: Aida de Sousa e as poesias do Horto. Caruaru. Tip. Freitas & Azevedo. 1915. 37 p.
2) XESTOR VICTOR: A crítica de ontem. Rio de Janeiro. Leite Ribeiro & Maurillo. 1919. . (Horto, poesias de Auta de Sousa, p. 261-277).
3) JACKSON DE FIGUEIREDO: Auta de Sousa. Rio de Janeiro. Centro D. Vital. 1924. 62 p.
4) TRISTÃO DE ATHAYDE: Prefácio da 3." edição de Horto. Rio de Janeiro. Tip. Baptista de Sousa. 1936. p. I-ÍII.
5) ÁLVARO MARINHO REGO: Auta de Sousa. (In: Dom Casmurro, 6 de maio de 1939). P e r e i r a d a S i l v a
A X T Ô X I O J O A Q U I M P E R K I R A DA S I L V A . X"asceu em A r a r u n a ( P a r a í b a ) , em 12 de n o v e m b r o de 1877. M o r r e u no R i o de J a n e i r o , e m 11 de janeiro de 1944. 188
OBRAS PRINCIPAIS
Solitudes (Rio de J a n e i r o . Leite Ribeiro & Maurillo. 1918); Beatiludes (Rio de J a n e i r o . Leite Ribeiro & Maurillo. 1919); Holocausto (Rio de J a neiro. Leite Ribeiro. 1921); O pó das sandálias (Rio do J a n e i r o . Leite Ribeiro. 1923).
Pereira da Silva joi o último sobrevivente do simbolismo no Brasil. O poeta nordestino coloca-se entre os primitivos simbolistas e os decadentistas, ao lado das expressões do espiritualismo jilosójico e poético. Entrou, como único dos simbo listas, na Academia, ficando porém à margem dos movimentos literários.
Bibliografia
1) JOÃO RIBEIRO: Solitudes (In: O Imparcial, 24 de dezembro de 1917). 2) JOÃO RIBEIRO: Holocausto. (In: O Imparcial, 29 de novembro de 1921).
3) ANDRADE MURICY: O suave convívio. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1922. (Pe reira da Silva. p. 222-235).
4) NESTOR VICTOR: Cartas à gente nova. Rio de Janeiro. Anuário do Brasil. 1924. (So litudes. p. 44-55).
5) PAULO SILVEIRA: Asas e patas. Rio de Janeiro. Benjamim Costallat & Miccolis. 1926. (O pó das sandálias p. 148-153).
6) ÁLVARO LINS: Jornal de Crítica. 1." série. Rio de Janeiro. José Olympio. 1941. p. 60- 61. (Julgamento desfavorável).
7) PEREGRINO JÚNIOR: Discurso de posse. (In: Revista da Academia Brasileira de Letras, vol. LXXII, 1946, p. 26-94) (Panorama da história do simbolismo no Brasil). E d u a r d o G u i m a r a e n s
E D U A R D O G U I M A R A E N S . N a s c e u em P o r t o Alegre, em 30 de m a r ç o de 1892. M o r r e u no Rio de J a n e i r o , em 13 d? d e z e m b r o de 1928.
OBRA
-■1 Divina Quimera (Rio de J a n e i r o . Vieira d a C u n h a . 191G; 2.a edição.
P o r t o Alegre. Globo. 1944).
O simbolismo joi, em geral, movimento do Sul do pais; o mineiro Alphonsus jicou, também — por isso, isolado. Eduardo Guimaraens representa o simbolismo
no Rio Grande do Sul, tardiamente reconhecido. Bibliografia
1) MANSUETO BERNARDI: Prefácio da 2." edição de Divina Quimera. Porto Alegre. Globo. 1944. p. 7-122. (Monografia completa).
A l c e u W a m o s y
A L C E U WAMOSY. X a s c e u em U r u g u a i a n a (Rio G r a n d e d o Sul), e m 14 de feve reiro de 1895. M o r r e u em S a n f A n a do L i v r a m e n t o (Rio G r a n d e do S u l ) , em 13 de s e t e m b r o de 1923.
O B R A S