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Criação de Sistema de Coordenadas (Alinhamento)

No documento apostila pcdmis_ed2 (páginas 56-66)

Sistema de Coordenadas

René Descartes, também conhecido como Cartesius, foi um filósofo e um matemático francês. Notabilizou-se, sobretudo pelo seu trabalho revolucionário da filosofia, tendo também sido famoso por ser o inventor do sistema de coordenadas cartesiano, que influenciou o desenvolvimento do Cálculo moderno. Chamamos "Sistema de Coordenadas Cartesianas" a um esquema reticulado necessário para especificar pontos num determinado "espaço" com dimensões.

Aplicado ao sistema podemos ter mais eixos, sempre perpendiculares entre si, e com uma convenção cartesiana obedecendo à regra da mão esquerda. Os três eixos perpendiculares no espaço podem se mover segundo esta regra.

Aplicando-se a regra a um sistema de medição por coordenadas composto por três eixos, como a CMM, temos os eixo X como o eixo transversal, Y como o eixo longitudinal e Z como eixo perpendicular. O giro entre estes eixos deve ser realizado sempre sentido anti-horário para obedecer ao posicionamento entre os eixos.

Este mesmo sistema é aplicado em peças e sistemas complexos, para medição.

O sistema de Coordenadas de um automóvel, por exemplo, é a máquina tridimensional invertida, de forma que se formos medir uma porta, podemos reproduzir sua montagem no veículo.

Entendendo O CMM: O Sistema de Coordenada

O sistema de coordenada, nos deixa localizar características relativas as outras características em peças a ser medidas. Um sistema de coordenada é similar a uma planta de um bairro que ao longo de suas extremidades mostram réguas que representam a localização geográfica da planta. Esta combinação de duas ou mais réguas perpendiculares é chamada coordenada e representa um lugar específico relativo aos outros.

Neste exemplo temos um mapa de rua com edifícios mostrados na figura. Caminhar para seu quarto de hotel, no Hotel Ritz até a estação de trem (sua origem), você caminha 2 blocos ao longo de rua Elm, 4 blocos na rua Maple e para cima 3 andares no Ritz.

Esta localização também pode ser descrita pelas coordenadas 4-E-3 no mapa e pode ser correspondida ao X, Y e Z nos eixos da maquina de coordenadas.

Entendendo uma CMM: Uma CMM trabalha do mesmo modo como seu dedo quando localiza mapa coordena; sua forma de 3 eixos de coordenada (X, Y, Z). Em vez de um dedo, o CMM usa um apalpador para medir pontos em uma peça. Cada ponto na peça faz parte de um sistema de coordenadas tridimensional. A CMM combina os pontos medidos para formar elementos, que podem ser relacionados com todas as outras características.

O Sistema de Coordenada da Máquina

Há dois tipos de sistemas de coordenada no mundo da CMM. O primeiro é chamado de sistema de coordenadas máquina. Aqui, a terna cartesiana X, Y, e Z está em referência a um ponto qualquer no sistema. Olhando a máquina de frente, as coordenadas do eixo X crescem para direita, as coordenadas do eixo Y crescem para frente e as coordenadas do eixo Z crescem para cima. X e Y são dois eixos perpendiculares planificados sendo que X é o eixo transversal e Y o eixo longitudinal. Z é um eixo vertical perpendicular aos outros 2.

Obs: Este é geralmente o sistema máquina mais comum atualmente. Dependendo do anos de fabricação, marca e sistema utilizado, esta informação será diferente.

O Sistema de Coordenada de Peça

O segundo sistema de coordenada é chamado o Sistema de Coordenadas da Peça, onde os 3 eixos relacionam ao datums ou características da peça. O sistema de coordenadas da peça é independente do sistema de coordenadas da máquina, a quantidade de sistemas de coordenadas da peça é infinita.

Ao criar este sistemas do coordenadas podemos “torcer” toda a máquina para que fique alinhada com o seu sistema

O que é Alinhamento?

Com o software PC-DMIS podemos criar este sistema de coordenadas de peças matematicamente, relacionando sistemas paralelos e rotacionando ao mesmo tempo.

O processo de relacionar os dois ou mais sistemas de coordenadas é chamado alinhamento. Com um mapa de rua, nós fazemos isto automaticamente virando o mapa de forma que isto é paralela a rua, ou para uma direção da bússola (i.e., norte). Quando nós fazemos isto, nós estamos nos localizando de fato para o sistema “de coordenada do” bairro.

O que é um Datum?

Um datum é uma localização de referência. Nós usamos datums como guias de referência para chegarmos a determinado lugar. No mapa, o Hotel de Ritz é um datum, como também as ruas, a estação de trem, o museu e o restaurante. Assim, usando uma origem de referência, datums, direções e distancia, podemos informar as pessoas tudo o que elas precisam para se mover de um lugar ao outro. Por exemplo, sair da estação de trem (origem) para o restaurante, você caminha 2 quarteirões sentido norte na Rua Elm (datum), vá direito, e caminhe 2 quarteirões ao leste na rua Maple (datum).

Na metrologia é dado no desenho todos os datuns necessários para medição de uma peça, por exemplo o plano superior, a linha lateral, o circulo central e o ponto de canto. Para determinarmos a distância em uma peça devemos referenciá-la em relação aos datums.

A regra geral de alinhamento é a regra 3-2-1. Esta regra é descrita abaixo com o primeiro exercício de alinhamento. Nivelar significa alinhar um eixo primário da máquina com um elemento primário de alinhamento. Rotacionar significa girar os dois eixos planares secundários para qual se alinhem a algum eixo da máquina. Origem é o ponto de partido no eixo x, y e z.

Vamos considerar os seguintes elementos para executar a regra 3-2-1.

Pontos para Nivelar (Level) ou Elemento Tridimensional para Nivelar (Level) ou Elementos Primários

Pontos para Alinhar/Girar (Rotate) – Elemento Tri ou Bidimensional para Alinhar/Girar (Rotate) ou Elementos Secundários.

Elemento de Origem nos eixos X, Y, Z

3 Pontos 3 Esferas

Plano Cilindro Cone Linha 3D

Plano Cilindro Cone

Vamos propor o seguinte alinhamento baseado na regra principal 3-2-1, conforme descrito abaixo:

O desenho propõe um nivelamento com o plano A e a rotação com a linha B. Vamos então tocar na peça:

Tocamos 4 pontos sobre o plano A e concluindo a tecla Done (RTN Screen) ou End do teclado, teremos escrito no programa um plano.

PLN1 =FEAT/PLANE,CARTESIAN,TRIANGLE THEO/<114.684,53.389,0>,<0,0,1> ACTL/<114.684,53.389,0>,<0,0,1> MEAS/PLANE,4

HIT/BASIC,NORMAL,<45.127,82.037,0>,<0,0,1>,<45.127,82.037,0>,USE THEO = YES HIT/BASIC,NORMAL,<43.79,20.242,0>,<0,0,1>,<43.79,20.242,0>,USE THEO = YES HIT/BASIC,NORMAL,<183.781,93.373,0>,<0,0,1>,<183.781,93.373,0>,USE THEO = YES HIT/BASIC,NORMAL,<186.036,17.903,0>,<0,0,1>,<186.036,17.903,0>,USE THEO = YES ENDMEAS/

Vamos entender o que esta escrito na janela de edição.

Na primeira linha temos a identificação do elemento lado esquerdo PLN1 e o elemento em questão é um plano medido no sistema cartesiano. O triângulo é o tipo de visualização do elemento sobre a tela.

PLN1 =FEAT/PLANE,CARTESIAN,TRIANGLE

Na linha seguinte temos os valores teóricos que estão dispostos da seguinte maneira: THEO/<X,Y,Z>,<I,J,K>.

THEO/<114.684,53.389,0>,<0,0,1>

Na linha seguinte temos os valores medidos (atuais/ REAIS) que estão dispostos da seguinte maneira:

ACTL/<X,Y,Z>,<I,J,K>.

ACTL/<114.684,53.389,0>,<0,0,1>

Na linha seguinte temos a descrição de quantos pontos foram utilizados para medir tal elemento e se o mesmo foi gerado a um plano de trabalho ou não. MEAS/PLANE,4.

Abaixo temos os toques que foram adquiridos para medição do elemento, sendo que no terceiro bloco da sentença estão os valores de objetivos e se o operador vai utilizar os teóriocos ou não.

HIT/BASIC,NORMAL,<X,Y,Z>,<I,J,K>,<X,Y,Z>,USE THEO = YES

Já temos o plano de referência A. Agora temos que medir a linha de referência B.

Tocamos dois pontos sob a linha de referência B e depois concluir a linha conforme o elemento anterior

LIN1 =FEAT/LINE,CARTESIAN,UNBOUNDED THEO/<50.009,0,-12.393>,<1,0,0> ACTL/<50.009,0,-12.393>,<1,0,0> MEAS/LINE,2,WORKPLANE

HIT/BASIC,NORMAL,<50.009,0,-12.558>,<0,-1,0>,<50.009,0,-12.558>,USE THEO = YES HIT/BASIC,NORMAL,<200.642,0,-12.227>,<0,-1,0>,<200.642,0,-12.227>,USE THEO = YES ENDMEAS/

A maneira como o PC-DMIS escreve os elementos na janela de edição de um,a maneira padrão.

Agora temos que tocar um ponto de Origem, assim teremos um alinhamento clássico Plano – Linha – Ponto.

Após tocar, concluir o ponto conforme o elemento anterior

PNT1 =FEAT/POINT,CARTESIAN

THEO/<0,7.797,-20.995>,<-1,0,0> ACTL/<0,7.797,-20.995>,<-1,0,0> MEAS/POINT,1

HIT/BASIC,NORMAL,<0,7.797,-20.995>,<-1,0,0>,<0,7.797,-20.995>,USE THEO = YES ENDMEAS/

Agora já temos os elementos necessários confecção do sistema de coordenadas da peça: Já podemos então entrar em alinhamento através do atalho CTRL+ALT+A ou clicando em inserir – alinhamento – novo.

Então se abrirá janela de alinhamento:

Seleciona-se então o Plano PLN1 e nivelamos clicando no botão LEVEL, escolhendo corretamente o eixo ZPLUS.

O segundo passo é selecionar o eixo de alinhamento (rotação) da linha, obedecendo o eixo de nivelamento que esta na caixa de seleção about, clicando em Rotate.

Agora que a nossa peça já está nivelada e alinhada, devemos posicionar a origem. A oigem do eixo Z é o plano pois em toda sua tensão a coordenada Z deste plano é zero.

Selecionamos o plano e depois clicamos em Origem, aplicando sobre o eixo Z.

A linha LIN1 está alocada sobre o eixo X porém ela é em toda a sua extensão a coordenada zero do eixo Y.

Selecionamos a linha X e determinamos sua origem em Y.

No documento apostila pcdmis_ed2 (páginas 56-66)

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