• Nenhum resultado encontrado

2 OBJETIVOS

3.2 Critérios de Exclusão

3.2.1 Tratamentos anteriores

 Quimioterapia ou radioterapia prévia.

 Participando em qualquer estudo investigacional de drogas. 3.2.2 Características dos pacientes

 Estádios T1N0 e T2NO, qualquer M1.

 Pacientes grávidas ou lactantes; pacientes com potencial para engravidar devem introduzir método contraceptivo adequado durante a participação no estudo.

 Doença cardíaca instável não controlada por medicamento. Histórico anterior de infarto do miocárdio no período de seis (6) meses da entrada do estudo, hipertensão arterial não controlada ou arritmias.

 Histórico de distúrbios neurológicos ou psiquiátricos significativos incluindo distúrbios psicóticos, demência ou convulsões que possam impedir a compreensão do questionário de qualidade de vida e do TCLE.

 Infecção ativa não controlada.

83

melanoma curativamente tratado, carcinoma cervical in situ excisado.  Doença Inflamatória intestinal.

3.3 Plano de Estudo

Abaixo, o desenho do Estudo INCAGI004.

R a n d o m i z a ç ã o C i r u r g i a * N e o a d j u v â n c i a : R X T + Q T A d j u v â n c i a : Q T

Capecitabina 1650 mg/m2 dia v.o. por 5 dias durante 5 semanas.

5-FU 350 mg/m2 + LV 20 mg/m2 bolus por 5 dias na 1ª e 5ª semanas de RXT.

Radioterapia (RXT): 4500 cGy + 540 cGy em 5 semanas. RXT RXT QT QT • ypT0-2: 5-FU 370 mg/m2+ LV 50 mg/m2 EV em bolus semanal por 30 semanas. • ypT3-4 ou N+: oxaliplatina 85mg/m2 nos dias 1, 15 e 29 e 5-FU 500mg/m2+ LV 20mg/m2 nos dias 1 , 8, 15, 22, 29 e 36 de cada ciclo. Três ciclos no total em 22 semanas.

•Assinatura do TCLE. •Biópsia de tecido normal e tumor para o BNT (RSC). •Coleta de sangue: hemograma, bioquímica , CEA e BNT. •Estadiamento com TC de tórax, abdome e pelve, EcoE e RNM de pelve.

•Questionários de QOL.

•Coleta de sangue: Coleta de sangue: hemograma, bioquímica , CEA e BNT. •Re-estadiamento com TC de tórax, abdome e pelve, EcoE e RNM de pelve. •Questionários de QOL. •Coleta de sangue. •Avaliação patológica. •Questionário de QOL. Ressecção de reto e coleta de tecido.

*Cirurgia 6 a 8 semanas após o término da RXT/QT.

Estudo de fase II aberto, randomizado, realizado em instituição única com o objetivo de comparar a taxa de regressão de estádio clínico após o tratamento de pacientes com CR localmente avançado com radioterapia associada à capecitabina

versus 5-fluorouracil em bólus.

84

detectadas por avaliação clínica ou por exame de imagem foram descontinuados do protocolo, mas foram incluídos na análise de intenção de tratar.

Este estudo foi realizado no Hospital do Câncer I com a colaboração de cinco Serviços (Oncologia Clínica, Cirurgia Abdominopélvica, Radioterapia, Endoscopia Digestiva e Divisão de Patologia), coordenado pela Coordenação de Pesquisa Clínica e Incorporação Tecnológica do INCA. Foi calculado um tamanho amostral de 96 pacientes, randomizados em dois grupos de 48 pacientes cada.

3.4 Tratamento

3.4.1 Quimioterapia Neoadjuvante

Foram dois esquemas neoadjuvantes:

1. Capecitabina 825mg/m2 administrado VO 2x ao dia, cinco dias por semana, em todos os dias de radioterapia (Grupo 1).

2. 5-fluorouracil 350mg/m2 administrado EV em bólus seguido por leucovorin 20 mg/m2 EV, também em bólus, do dia 1 ao dia 5 e do dia 29 ao dia 33, concomitante à radioterapia (Grupo 2).

3.4.2 Radioterapia neoadjuvante

Um acelerador linear foi utilizado para administrar 25 frações de 1,8 Gy durante cinco semanas. A energia preferida foi > 10 MV.

A técnica utilizou quatro campos isocêntricos (AP X PA e LAT X LAT) planejados por TC (TC-simulador) com fótons de alta energia prescritos no isocentro. A documentação do planejamento foi feita em filme ou mídia magnética. Foram realizadas revisões semanais durante o tratamento utilizando-se filmes de revisão (check films) para confirmação do volume planejado.

O Volume de Tratamento foi baseado no ICRU 50 com Gross Tumor Volume (GTV) correspondendo ao tumor primário mensurado por exame físico e exame de imagem. Toda a pélvis e os grupos nodais primários de risco receberam 46,8 GY, seguido de um reforço de 3,6 Gy no tumor primário.

85

Os limites de campos foram: AP X PA com limite superior na articulação L5/S1, limites laterais a 2,0 cm da pelve verdadeira e limite inferior delimitado a 3,0 cm do limite inferior de doença ou na protuberância inferior do forâmen obturador. LAT X LAT tem os mesmos limites superior e inferior dos outros campos, sendo o limite anterior na sínfise púbica e o posterior na articulação S2/S3, ou incluindo toda a peça sacral de acordo com o volume do GTV mensurado.

A intenção do reforço é tratar o tumor primário e não incluir os grupos nodais em risco. O tamanho exato do campo foi determinado pela localização e dimensão do tumor primário. A dose de reforço foi de 3,6 Gy levando a uma dose total (pelve mais reforço) de 50,4 Gy.

Todos os esforços foram feitos para evitar redução de dose. Os atrasos superiores a quatro dias foram relatados. No caso de hemoglobina <10,0 g/dl, a hemotransfusão poderia ser permitida em qualquer fase do tratamento radioterápico.

3.4.3 Tratamento cirúrgico

A ressecção cirúrgica foi programada para ocorrer entre seis a oito semanas após a RXT/QT nos pacientes considerados operáveis após avaliação da resposta clínica. Foram realizadas RAR, RAR interesfincteriana ou APR, de acordo com a localização, utilizando a técnica de EMT. Foi sempre avaliada a possibilidade de preservação esfincteriana nos tumores de reto inferior, com o uso de técnicas cirúrgicas apropriadas (ressecção interesfincteriana, anastomose coloanal), salvo em caso de suspeita de invasão do esfíncter externo ou canal anal. A via de acesso ficou a critério da equipe cirúrgica, e técnicas minimamente invasivas foram utilizadas, e respeitados os princípios da EMT e das margens distais apropriadas (mínimo de 1,0 cm). Em tumores T4 com invasão de estruturas adjacentes, foi preconizada a ressecção alargada em monobloco incluindo a estrutura adjacente acometida. Foi confeccionado estoma de proteção (ileostomia ou colostomia em alça) nos casos de anastomose colorretal baixa ou coloanal.

86

3.4.4 Quimioterapia adjuvante

A quimioterapia adjuvante foi definida pela resposta patológica

 Pacientes com tumores ypT0-2: 5-fluorouracil 370mg/m2 administrado EV em bólus seguido por leucovorin 50 mg/m2 EV, também em bólus em esquema semanal por 30 semanas seguidas.

 Pacientes com tumores ypT3-4 ypN1: oxaliplatina 85mg/m2 administrado EV em 120 minutos nos dias 1, 15 e 29 de cada ciclo, 5-fluorouracil 500mg/m2 administrado EV em bólus nos dias 1, 8, 15, 22, 29 e 36 de cada ciclo e leucovorin 20mg/m2 EV nos dias 1, 8, 15, 22, 29 e 36 do ciclo. Cada ciclo é composto por seis semanas de quimioterapia seguidas por duas semanas de descanso, sendo ao todo três ciclos, num total de 22 semanas.

3.4.5 Seguimento

Após o término do tratamento adjuvante, os pacientes foram acompanhados com consultas trimestrais nos primeiros dois anos, e semestralmente do terceiro ao quinto ano, nas quais serão realizados exame físico e realizados exames laboratoriais (hemograma, bioquímica e CEA). Foram realizadas TC de tórax, abdome e pelve semestralmente (planejados para os primeiros cinco anos de seguimento), assim como exame endoscópico, alternando-se a colonoscopia e a RSC a cada seis meses.