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4. Apresentação e Discussão dos Resultados

4.4. Cuidando do recém-nascido e família

4.4.4. Cuidado Humanizado

O cuidado é entendido como um modo de ser; sem ele, deixa-se de ser humano, considerando os pressupostos heideggerianos. Assim, engloba atos, comportamentos e atitudes. Entretanto, a expressão “cuidado humanizado” surgiu no sentido de excluir o desrespeito, a violência e as relações de poder presentes na atenção à saúde (Waldow e Borges, 2011).

As enfermeiras falam de cuidado humanizado para os bebês e suas famílias, abordando conforto, bem como respeito às suas reações durante o cuidado:

“Tem a ver com conforto assim, de mesmo numa situação em que as coisas estejam muito ruins, para o bebê, para a família (...) ter um conforto pro bebê, pra família, pra equipe... Que as coisas aconteçam de um jeito tranquilo, conversando, sem sustos, sem surpresas, sem angústia. Eu acho que tem a ver com isso”. (Esmeralda)

“Assim, a gente procura dar mais conforto, dar mais contato com a mãe, com o pai, com a família, porque sabe que não vai ser... pelo menos acha que não vai ser por muito tempo.” (Rubi)

“A gente tem que cuidar da criança da melhor forma possível, tentar deixa-la o mais confortável possível, não ser negligente, né? Não cometer iatrogenia e lidar com a família também, né? (...) Acolher a família de uma forma que eles se sintam da melhor forma possível, né? Assim, saber escolher as palavras certas na hora de conversar.” (Jade)

“Ontem teve até batizado. A gente falou com o padre anteontem. Ele veio. (...) E marcamos a data pra ontem, às duas horas. Aí ele veio, a mãe trouxe vestidinho, eu coloquei vestidinho, sapatinho, arrumei o cabelinho dela. Você precisa ver que bonitinha que ela ficou. Eu até chorei.” (Safira)

Nesse último relato vê-se um exemplo do que seria um cuidado humanizado de acordo com as necessidades e crenças maternas. Muito mais do que a realização de procedimentos, a disponibilidade de tempo, a intenção e a capacidade do profissional fazer algo diferente e especial que venha sanar alguma carência apresentada pela família (Pedro, 2005).

As enfermeiras precisam atentar-se justamente para as questões de cuidado individualizado, lembrando que a necessidade de um bebê é diferente da de outro, bem como as necessidades dos familiares também são diferentes. Ao relatar que ‘cuida do RN da mesma forma que os demais’, leva a pensar que elas procuram desenvolver um

cuidado livre de preconceitos, porém, esse cuidado deve contemplar as particularidades daquele que o recebe:

“Mas é o cuidado mais humanizado, mas aí pra esse e pros outros também, né?! Você fazendo isso pra todo mundo, o paliativo vai acabar sendo beneficiado com isso também. (...) Não ficar restrito ao horário de cuidado, né? Vê um melhor horário pra criança, acolher melhor os pais, principalmente os pais de bebê paliativo, (...) eles tem dificuldade de aceitar, de entender. (...) (Ametista)

“A gente trata, eu acho, igual as outras crianças mesmo, não faz muita diferença. Uma coisinha ou outra só que a gente deixa de fazer. (...) Não faço distinção porque ele é paliativo e outro não. Converso com ele da mesma maneira, trato da mesma maneira os pais, não distingo.” (Ametista)

“Eu trato ele como uma criança normal, uma criança com chances de vida. Eu não penso que ela vai morrer (silêncio e choro).” (Safira)

“Eu vou estar conversando com esse bebê, da mesma forma que eu converso com os outros: modificando a voz como a gente fala com bebê. Igualzinho. O toque vai ser o mesmo. Eu não vou pegar nesse bebê como se eu tivesse pegando num boneco só porque ele está em coma, só porque ele não responde, só porque ele não reage, não. (...) Qualquer coisa que tenha que fazer que seja dolorosa, vai ser com o mesmo cuidado, com o mesmo respeito que eu faço com qualquer outro bebê.” (Diamante)

A aproximação dos pais é uma estratégia de cuidado qualificado, com a valorização da permanência destes na unidade e sua participação no cuidado ao RN. Isso é apontado por uma das enfermeiras como estratégia de melhoria do cuidado prestado:

“Permitir que a mãe, por exemplo, realize os cuidados se a criança está entubada, (...) você consegue preparar ela pra aproveitar aquele momento que ela está com a criança, entendeu? (...) Você permite que ela participe mais das coisas. (...) Deveria deixar os pais participarem mais do cuidado da criança paliativa. (...) Eles tem pouco tempo pra ficar com a criança, né?” (Quartzo)

A equipe assistencial tem por obrigação acolher os pais e permitir que exerçam o seu papel, trazendo-os para perto do RN e incluindo-os no cuidado quando possível, ou na impossibilidade do cuidado, estimulando para que tenham contato com o RN por meio do toque físico: mesmo dentro da incubadora, o que traz benefícios tanto ao neonato quanto ao familiar. E, mesmo após a constatação do óbito, devem encorajar os pais a viver este momento, permanecendo o tempo que for necessário com o RN. Por outro lado, respeitar a escolha dos pais, caso decidam não terem contato com o RN que morreu (Barbosa et al, 2008).

Na presença de conflitos entre a proposta de cuidados apresentada pela equipe para não prolongar o sofrimento da criança e o desejo dos pais de permanecerem com todas as intervenções médicas possíveis, é necessário discutir o quanto as ações podem prolongar o sofrimento do RN, bem como proporcionar o apoio emocional aos pais. Nesse contexto de cuidado, visa-se manter um bom relacionamento com a família, mas não estabelecer relações de poder, nas quais o profissional mantém total controle e ignora o querer dos pais (Souza, 2012).

A implementação dos CP não deve ser engessada ou estática, mas a equipe de enfermagem precisa avaliar continuamente a inclusão ou exclusão de cuidados específicos, conforme a necessidade apresentada pela família e pelo RN (Barbosa et al, 2008).

Para que o cuidado seja uma realidade, existem alguns aspectos inerentes ao profissional de saúde: apreciar aquilo que faz; acreditar que o cuidado prestado dá certo, mesmo que o resultado não seja o almejado por ele, mas que trouxe conforto ou melhorou alguma situação conflituosa do paciente; transpor o cuidado clínico curativo, focado na doença, para o cuidado humanizado focado no paciente; atributos como

afetividade, doação e trabalho em equipe (Kovács, 2008). O que se mostra na fala da enfermeira Safira:

“Gostar muito, né? E respeitar um ao outro, saber trabalhar em equipe, saber acolher os pais e respeitar os pais.” (Safira)

5.

Considerações Finais

É certo que escolher ser enfermeiro significa estar presente em todos os momentos do cuidado. Embora as situações de sofrimento sejam inerentes aos profissionais de saúde, estes contextos do cuidado ainda são temidos. Ao investigar o significado de CP para enfermeiros neonatais, encontrou-se um grupo bastante fragilizado pelo tema.

Entre as maiores dificuldades existentes, estão as emoções frente ao cuidado paliativo neonatal. A negação destas emoções pode interferir e prejudicar a dinâmica do cuidado, pois a tentativa das enfermeiras em se protegerem leva ao desenvolvimento de mecanismos de defesa que privam o paciente de um atendimento qualificado e humanizado, além de dificultarem a reflexão sobre o cuidado prestado. Tais mecanismos podem ser explicados pelos conceitos sobre morte da cultura ocidental, pela falta de preparo para atuação junto a esses RN e suas famílias, bem como pela falta espaços para que as profissionais expressem suas vivências e sentimentos.

Para garantir a qualidade de atendimento, é importante ter um compromisso com a ética e respeitar a individualidade humana, buscando compreender a comunicação verbal e não-verbal, e lançando mão da rica atuação de uma equipe multiprofissional.

Estudar sobre CP, investir no aprimoramento profissional e atualização científica constante, buscar o autoconhecimento são estratégias importantes para a manutenção de um cuidado humanizado e qualificado, de forma a encarar e trabalhar os próprios sentimentos de maneira positiva, sem que esses interfiram no cuidado a ser prestado ao paciente que está fora de possibilidade terapêutica de cura. Outra estratégia imprescindível é reconhecer os seus limites, a fim de não prejudicar nem negligenciar o desempenho profissional e a si próprio.

Assim, considera-se importante a abordagem das questões que envolvam o processo de morrer e a morte, bem como as questões relacionadas à finitude do ser humano ainda durante o período de formação profissional, com grades curriculares que

permitam momentos de reflexões e abordagem das questões subjetivas do cuidado. As instituições de saúde, também, precisam mobilizar-se para capacitar os profissionais.

Transpor as barreiras impostas pela cultura e pela limitação das instituições de ensino e assistência à saúde em assumir questões subjetivas que envolvam a cronicidade, o processo de morrer e a morte ainda é um grande desafio. Desse modo, ainda existe um longo caminho a percorrer quando se trata de cuidados paliativos. E os profissionais de saúde em geral precisam conhecer e explorar essa temática que é tão rica, porém pouco discutida.

6.

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7.

Apêndices

7.1. Apêndice  I  

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome da pesquisa: O significado de cuidados paliativos para enfermeiros que atuam

em neonatologia.

Pesquisadora responsável: Enfa. Fernanda de Castro de Oliveira Orientadora: Profa. Dra. Elenice Valentim Carmona

Meu nome é Fernanda de Castro Oliveira, sou enfermeira, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas. Estou realizando uma pesquisa junto a enfermeiros que cuidam de neonatos fora de proposta terapêutica curativa. O objetivo deste estudo é compreender o significado de cuidados paliativos para os enfermeiros que atual em neonatologia.

Estou lhe convidando para participar deste estudo, de forma que necessito realizar uma entrevista, em encontro único, que será gravada para garantir o completo registro das informações. A entrevista será realizada em local privativo de sua escolha, no horário que lhe for conveniente. Assumo o compromisso de manter sigilo quanto à sua identidade, uma vez que todas as informações coletadas serão identificadas com um código fictício, de conhecimento apenas da pesquisadora e orientadora. As gravações serão guardadas em local seguro. Você pode se negar a participar deste estudo, o que não lhe causará qualquer tipo de prejuízo ou constrangimento. Caso deseje participar, terá liberdade de retirar o consentimento a qualquer momento, mesmo que a entrevista já tenha sido realizada e a gravação ser-lhe-á devolvida.

Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a pesquisa, entre em contato com:

           Entrevistadora: Fernanda de Castro de Oliveira: fer.c.oliv@gmail.com, (19)9118-9832            Orientadora: Elenice Valentim Carmona: elenicevalentim@uol.com.br, (19) 3521-8820            Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): cep@fcm.unicamp.br – Fone: (19) 3521-8936;

Sua assinatura significa que você concordou em participar da pesquisa, respondendo a entrevista com clareza e fidelidade.

Declaração do participante

Eu, , RG n° _, abaixo assinado, tendo recebido informação suficiente sobre este estudo, e ciente dos meus direitos, abaixo relacionados, concordo em participar voluntariamente da pesquisa: “O Significado de Cuidados Paliativos para os Enfermeiros que Atuam em

neonatologia”. Minha participação se dará por meio de uma entrevista, realizada pela

pesquisadora supracitada, tendo por finalidade Compreender o significado de cuidados paliativos para os enfermeiros que cuidam de bebês fora de proposta terapêutica.  

Optando por participar, estou ciente que:

1. Receberei resposta a qualquer pergunta e esclarecimentos acerca dos assuntos relacionados ao procedimento da entrevista;

2. Caso não concorde em participar da entrevista, não terei qualquer prejuízo;

3. Tenho a garantia do sigilo e do caráter confidencial das informações que prestarei, tanto durante a fase de coleta dos dados, quanto na fase de divulgação dos resultados da pesquisa; 4. Estou ciente de que não haverá qualquer tipo de remuneração ou benefício em função desta

participação, além de contribuir com o objetivo do estudo. Não haverão benefícios imediatos por meio deste estudo;

5. Em qualquer etapa do estudo terei acesso ao pesquisador responsável e/ou orientador para esclarecimento de eventuais dúvidas;

6. Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido contém duas vias, sendo que uma ficará em meu poder e a outra arquivada com a pesquisadora;

7. O pesquisador tem como compromisso utilizar os dados coletados somente para esta pesquisa, se comprometendo a respeitar as recomendações e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, conforme consta na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

     

---

Assinatura do participante Data / /

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito de pesquisa para a participação neste estudo.

   

--- Fernanda de Castro de Oliveira – RG: 42.501.253-0

   

--- Elenice Valentim Carmona – RG: 25.908.849-3

7.2. Apêndice II

ROTEIRO DE ENTREVISTA:

 

1. Em seu cotidiano profissional você tem cuidado de bebês fora de proposta terapêutica curativa. Fale-me sobre a sua experiência em cuidar destes pacientes.

 

2. No seu dia-a-dia o que você considera essencial para que a equipe de enfermagem possa prestar o cuidado a estes bebês fora de proposta terapêutica curativa e sua família?

3. Em sua experiência profissional, você consegue descrever algum bebê em cuidado paliativo que te marcou?

8.

Anexos

8.1. Anexo I

 

 

   

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