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2.Biblioteca e fontes de informação

9. Outros cuidados de saúde prestados na farmácia

9.2. Cuidados de saúde prestados na Farmácia

Para além de todos os cuidados farmacêuticos efetuados numa dispensação e das boas práticas de farmácia, a farmácia pode prestar muitos outros serviços de forma a melhorar a saúde da população, e até diferenciar-se da concorrência.

A farmácia é muitas vezes utilizada pela população em situações de emergência. Por isso, é importante que os trabalhadores de uma farmácia tenham formação na prestação de primeiros socorros de forma a assegurar a estabilidade do doente até à chegada de ajuda especializada. O material necessário à prestação destes cuidados como pensos, ligaduras e material de esterlização está sempre disponível numa farmácia. O facto da farmácia possuir uma botija de oxigénio, fez-me questionar sobre a sua importância e da sua necessidade numa farmácia de forma a atuar mais rapidamente em situações de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou enfarte do miocárdio, podendo assim diminuir a dimensão das lesões.

Outra situação recorrente, é a administração de medicamentos aos doentes, principalmente os injetáveis subcutâneos e os intramusculares. Devido à incapacidade dos doentes, muitas vezes recorrem à farmácia para a administração de medicamentos em vez do centro de saúde. Posto isto, o farmacêutico deve estar também preparado para este tipo de serviços porque, para além contribuir para o sucesso terapêutico, também permite ganhar a confiança do doente e assim de forma indireta obter maior retorno financieiro. A FN também se disponibiliza para a administração de vacinas não incluídas no plano nacional de vacinação, como por exemplo, a vacina da gripe.

A determinação de parâmetros fisiológicos e bioquímicos é recorrente na farmácia, como a medição da pressão arterial, determinação do colesterol total, dos triglicerídeos, da glicose e do peso corporal. As doenças cardíacas são muito comuns em Portugal, pelo que é importante monitorizar todos estes parâmetros de forma a controlar e diminuir todos as causas de risco. O controlo da pressão arterial é muito

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importante, pois permite perceber se a terapêutica anti-hipertensora está a ser eficaz, uma vez que normalmente é assintomática. O colesterol total elevado é um fator de mau prognóstico para doença cardíaca no entanto, se o HDL estiver acima do normal, vai anular um fator de risco nas escalas de avaliação do risco cardiovascular. Por isso, é importante elucidar os doentes dando-lhes todas as informações acerca dos parâmetros que se está a avaliar. O controlo da glicemia também é uma prática muito comum, não só em doentes com Diabetes Mellitus (DM), mas também em pessoas com excesso de peso, dislipidemia e hipertensão, uma vez que nestas situações pode ocorrer uma dessensibilização à atividade da insulina com posterior desenvolvimento de DM. O controlo do peso juntamente com o Índice de Massa Corporal (IMC) são também muito importantes dado que o excesso de peso e um perímetro abdominal aumentado são fatores de risco para inúmeras doenças. Assim, a farmácia conta com uma nutricionista ao longo do ano que ajuda os doentes a controlar o peso e assim melhorar a sua saúde.

Aos clientes habituais da farmácia que, ou por motivos de saúde ou por impossibilidade de deslocação não se podem dirigir à farmácia, é prestado um serviço de distribuição domiciliária. Este tipo de serviço é efetuado sem qualquer tipo de custo assegurando um aprovisionamento adequado dos medicamentos e a satisfação do doente.

Nesta farmácia realizam-se alguns programas de educação para a saúde. Elaboraram-se e distribuiram-se, por exemplo, brochuras sobre doenças do pé, com a introdução de rastreio e consultas por uma podologista. O objetivo foi atingido porque a chamada de atenção à população para uma boa higiene e hidratação do pé, assim como o tratamento e prevenção de micoses levou a um maior cuidado com os pés. Ao longo do ano também são realizados alguns rastreios auditivos por um técnico auditivo como forma de promover uma boa audição.

Sensibilizada para as questões ambientais, esta farmácia dispõe de contentores da VALORMED que se responsabiliza pela gestão dos resíduos de

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Conclusão

Durante o período de estágio realizado na Farmácia Nelsina Lda., foram-me transmitidos conhecimentos fundamentais acerca da organização e funcionamento de uma farmácia comunitária e das funções desempenhadas pelo farmacêutico. Tive assim, a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos adquiridos na faculdade e aprofundá-los.

A receção de encomendas, arrumação de produtos, exposição dos produtos, indicação farmacêutica, trabalho com o Sifarma 2000 e contacto com os utentes e colegas da farmácia, foram atividades/situações que em muito contribuiram para a minha formação integral. Procurei sempre realizá-las com responsabilidade e brio.

Na Farmácia Nelsina Lda. foi-me possível viver uma experiência extremamente enriquecedora, tanto a nível pessoal como profissional, que ultrapassou todas as expetativas. Com este estágio pude completar da melhor forma os cinco anos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, desenvolvendo competências necessárias para a prática da profissão farmacêutica, na área da farmácia comunitária e sentir que ao decidir ser farmacêutica tomei a opção correta.

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Bibliografia

[1] Portaria n.º 352/2012, de 30 de outubro. [2] Deliberação n.º 414/CD/2007, 29 de outubro.

[3] Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 171/2012, de 1 de agosto.

[4] Deliberação n.º 425/CD/2007, de 28 de novembro.

[5] http://www.intrustvalue.pt/pdf/Gestao_Economica_de_Stocks_II.pdf, consultado a 10-06-3013.

[6] Página web da SINFIC:

http://www.sinfic.pt/SinficWeb/displayconteudo.do2?numero=46020, consultado a 10-06-2013.

[7] Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 152/2012, de 12 de julho.

[8] Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto. [9] Página web do INFARMED:

http://www.infarmed.pt/pt/noticias_eventos/eventos/2005/impacto_qualidade/ESTABILI DADEINFARMED.pdf, consultado a 22-06-2013.

[10] Anexo I do Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de setembro, alterado pelo Decreto- Lei n.º 115/2009, de 18 de maio.

[11] Página web da Uriage: http://www.sanintergrupo.pt/uriage/, consultado a 20-07- 2013.

[12] Deliberação n.º 1500/2004, 7 de dezembro. [13] Portaria n.º 769/2004, de 1 de julho.

[14] Página web do INFARMED:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_NOVIDADES/MAIS_NOVI DADES/2012/Venda%20de%20medicamentos%20veterin%E1riosCircular Informativa N.º 151/CD/8.1.6. Data: 28/06/2012, consultado a 22-07-2013.

[15] Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de junho. [16] Página Web da Ordem dos Farmacêuticos:

http://www.ordemfarmaceuticos.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/Doc6264.pdf, consultado a 28-07-2013.

[17] Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio. [18] Decreto-Lei n.º 81/2004, de 10 de abril. [19] Página web do Drugs:

http://www.drugs.com/interactions-check.php?drug_list=23110,869445&professional= 1, consultado a 28-07-2013.

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33 [20] Portaria n.º 4/2012 de 2 de janeiro.

[21] Despacho n.º 17690/2007, de 23 de julho. [22] Decreto-Lei n.º 48-A/2010 de 13 de maio. [23] Despacho n.º 15700/2012, de 30 de novembro. [24] Página Web do INFARMED:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PUBLICACOES/TEMATICOS/SA IBA_MAIS_SOBRE/SAIBA_MAIS_ARQUIVO/22_Psicotropicos_Estupefacientes.pdf, consultado a 11/08/3013.

[25] Decreto Regulamentar n.º 61/94, de 12 de outubro.

[26] Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de janeiro, alterado pela Lei n.º 18/2009, de 11 de maio.

[27] Decreto Regulamentar n.º 28/2009, de 12 de outubro. [28] Página web do VALORMED:

http://www.valormed.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=26&Itemid=96 , consultado a 16-08-2013.

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Anexo 1

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Anexo 2

Comparticipações em patologias especiais

Patologia Especial Âmbito Comp.

PARAMILOIDOSE Todos os medicamentos 100%

LÚPUS Medic. comparticipados 100%

HEMOFILIA Medic. comparticipados 100%

HEMOGLOBINOPATIAS Medic. comparticipados 100%

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