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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.7 CUSTOS CONSIDERADOS NA AIR

Os custos considerados nesta AIR foram originalmente resumidos nas Tabelas 4.4, 4.5 e 4.6. Os itens a seguir mostram um detalhamento sobre esses parâmetros.

O custo do medidor inteligente é um dos principais pontos desta análise. Primeiro, porque os gastos com compra e instalação desses equipamentos de medição constituem os maiores dispêndios para implantação de redes inteligentes. Segundo, porque o custo do medidor é a base para estimativa dos gastos com os demais componentes das redes inteligentes (os custos de aquisição, de instalação e de O&M de equipamentos e de sistemas de telecomunicações, de automação e de TI são calculados a partir do valor do medidor).

Diante desse panorama, uma postura conservadora é indicada para a estimativa do valor do medidor inteligente. É importante que essa estimativa considere um valor coerente com as diversas referências e informações coletadas. Para esse custo, uma análise de sensibilidade é realizada no Item 5.6.1.

Conforme já destacado, com exceção do estudo preliminar de AIR conduzido pela Aneel, todas as referências de ACB e os guias com diretrizes consideraram modelos avançados de medidores. Baseando-se nessa conjectura e com vistas a abraçar o amplo conceito de redes inteligentes, a presente análise considerou um medidor completo e as funcionalidades são aquelas apresentadas anteriormente no Item 2.3.1.

No Apêndice B, a Tabela B.10 apresenta valores de custos de medidores inteligentes. Muitas referências pesquisadas referem-se aos custos dos equipamentos a depender do tipo de telecomunicação utilizada. Em alguns casos foi considerado um custo base acrescido de um valor relacionado ao modem da tecnologia de comunicação associada. Em outros casos foi adotado um valor médio.

Para definição do valor nesta AIR, não são feitas distinções de preço vinculadas ao tipo de telecomunicação. Os medidores não foram separados em monofásicos, bifásicos ou trifásicos. Também não há diferenças se a unidade consumidora de baixa tensão é enquadrada como residencial, comercial ou industrial. Ou seja, é considerado um valor

médio único para o custo do medidor inteligente. 4.7.1 - Aquisição e instalação do medidor inteligente

Nesse contexto, considerando as informações das referências e após a realização de uma pesquisa de preços simplificada com alguns fabricantes brasileiros, a presente análise

adota custo unitário de aquisição do medidor inteligente de R$ 355,00.

Considerando a redução anual dos custos de 1,50%, decorrente de ganhos de escala e evolução tecnológica (conforme comentado anteriormente), a Figura 4.6 ilustra o preço dos medidores inteligentes ao longo dos anos da análise.

Na Figura 4.6, note que a saturação em 70% do valor original ocorre em 2034 (ano 21), quando o preço do medidor atinge R$ 248,50. Buscando simplificação e adotando uma visão conservadora, foi adotada uma redução linear, diferente da projeção feita pelo EPRI e mostrada na Figura 4.5.

Figura 4.6 - Projeção do preço dos medidores inteligentes adotados nesta AIR.

Para o valor da instalação do medidor inteligente, a Tabela B.11 do Apêndice B apresenta diferentes referências. Os valores verificados em outros países são maiores, uma vez que o custo da mão de obra no mercado brasileiro é relativamente menor49.

49 Uma análise sobre custo da mão de obra e uma comparação internacional entre salários são mostradas na seção que trata dos benefícios com redução de custos operacionais.

R$ 355,00 R$ 248,50 R$ 0,00 R$ 50,00 R$ 100,00 R$ 150,00 R$ 200,00 R$ 250,00 R$ 300,00 R$ 350,00 R$ 400,00 P re ço Ano

Nesse contexto, foi considerada uma aproximação dos custos regulatórios adotados pela Aneel nas revisões tarifárias das distribuidoras. O valor aplicado nesta AIR considera a mão de obra, os componentes menores e os custos adicionais para instalação.

Assim, o valor de instalação do medidor adotado nesta AIR é um valor fixo de R$

20,00 por unidade consumidora.

O custo da instalação é somado ao custo de aquisição, de modo que o valor unitário do medidor instalado é de R$ 375,00 no primeiro ano da análise50.

Ao se optar pela implantação de um medidor inteligente, deixa-se de se instalar um equipamento convencional. Assim, o valor do preço do medidor básico deve ser contabilizado como um benefício, uma vez que se resume a um custo evitado (trata-se de uma compra que seria realizada, mas não é efetivada, pois esse equipamento não é necessário).

Atualmente, as linhas de produção de medidores eletromecânicos já estão desabilitadas e esses antigos equipamentos não são mais fabricados. Assim, o medidor básico é também um equipamento eletrônico e possui a mesma vida útil de 13 anos.

No Apêndice B, a Tabela B.12 apresenta valores de custos de medidores básicos. Considerando as informações pesquisadas, a presente análise adota custo unitário do

medidor básico de R$ 25,00.

Nesse caso, avalia-se um custo evitado, pois não há compra de equipamentos. Consequentemente não há efeitos de escala. Ademais, considera-se que já existe saturação do modelo básico e não há espaço para redução de preço. Assim, não foi adotada a taxa de redução anual dos custos de 1,50%. Com isso o valor do medidor básico é constante.

50 Relembra-se que aos valores de aquisição são aplicadas reduções em função de ganhos de escala e evolução tecnológica, enquanto o valor de instalação é constante ao longo do tempo de análise.

A forma como o benefício (custo evitado) é contabilizado é mostrado no Item 4.8.9.

Nos Cenários 1 a 6, não é considerada a instalação de medidores básicos e, por isso, há contabilização apenas de compras evitadas (benefícios). Por outro lado, os medidores básicos continuariam a ser instalados na situação onde não existe plano de redes inteligentes. Ou seja, na conjuntura “não fazer nada”, o custo do medidor básico deve ser considerado. Assim, no Cenário Zero, o valor de R$ 25,00 é considerado para mensurar os gastos, conforme detalhado no Apêndice C.

Conforme comentado, a instalação de IHD ocorre em cenários específicos. Para esses casos, esta AIR considerou tanto os gastos com o equipamento IHD, quanto os custos com a rede Home Area Network - HAN. Ademais, foi considerado um custo de instalação.

No Apêndice B, a Tabela B.13 apresenta valores de custos de IHD e rede HAN em seis referências internacionais. A partir dessas informações, encontra-se um valor médio de aproximadamente R$ 112,00 por UC.

Nesse contexto, a presente análise considera custo unitário de aquisição do IHD,

incluindo a capacidade da rede HAN, de R$ 125,00.

Considerando a redução anual dos custos de 1,50%, decorrente de ganhos de escala e evolução tecnológica, a Figura 4.7 ilustra o preço desse componente ao longo dos anos da análise. Note que a saturação em 70% do valor original ocorre em 2034 (ano 21), quando o valor do IHD com HAN atinge R$ 87,50.

Figura 4.7 - Projeção dos preços de IHD e rede HAN adotados nesta AIR.

Para o valor da instalação do IHD e da rede HAN, a Tabela B.14 do Apêndice B apresenta algumas referências. Os valores verificados em outros países são maiores, uma vez que o custo da mão de obra no Brasil é menor. O valor aplicado nesta AIR foi o mesmo para a instalação dos medidores e considera a mão de obra, os componentes menores e os custos adicionais para instalação.

Assim, o valor de instalação do IHD com HAN adotado nesta AIR é um valor fixo de

R$ 20,00 por unidade consumidora.

Os gastos associados aos equipamentos de telecomunicações devem cobrir a relação entre os equipamentos de redes inteligentes, incluindo medição, automação e sistemas de TI. Com isso, estão considerados gastos com infraestrutura para transmissão de dados das diferentes redes (NAN/acesso, WAN/Backbone e RAN/Backhaul), incluindo comunicação das UCs até as subestações e até o centro de operação ou centro de medição da distribuidora. Diante disso, estão compreendidos os gastos com concentradores, antenas, coletores, repetidores e demais dispositivos de envio, propagação e recepção de dados.

R$ 125,00 R$ 87,50 R$ 0,00 R$ 20,00 R$ 40,00 R$ 60,00 R$ 80,00 R$ 100,00 R$ 120,00 R$ 140,00 P re ço Ano

Custos do IHD e rede HAN o longo dos anos

A Tabela B.15 do Apêndice B apresenta gastos com infraestrutura de telecomunicações. Nessa Tabela, também está disponibilizado o custo da infraestrutura de telecomunicações como um percentual correspondente ao custo do medidor adotado em cada análise. Todavia, algumas ressalvas são necessárias: em alguns casos, as informações apresentam custos de aquisição (Capex) e de O&M (Opex) e, em outros casos, estão incluídas diversas despesas que não são exclusivamente telecomunicações (incluem TI).

Diante dessas informações, e considerando as ressalvas mencionadas, foi possível estimar um custo para infraestrutura de telecomunicações baseado em um percentual correspondente ao custo do medidor inteligente. Assim, a presente AIR adota gastos com

equipamentos de telecomunicações iguais a 40,0% dos gastos com medidores inteligentes. Com isso, é adotado custo de aquisição e instalação de equipamentos de telecomunicações de R$ 142,00 por unidade consumidora.

Considerando a redução anual dos custos de 1,50%, o valor de R$ 142,00 (em 2014) decresce uniformemente até R$ 99,40 (em 2034, quando o valor final satura em 70% do valor original), permanecendo constante até o fim do tempo de análise (analogamente às Figuras 4.6 e 4.7). Lembrando-se que se trata de um valor por unidade consumidora.

Nesta AIR, adotou-se um valor médio, sem discriminar se a estrutura de telecomunicações utiliza PLC, GPRS, mesh, ADSL ou outra tecnologia. A decisão pelo tipo de tecnologia é imputada à distribuidora diante das particularidades de cada área de concessão/permissão. Existe uma opção mais adequada a cada situação, dependendo, por exemplo, da disponibilidade de infraestrutura e de serviços de telecomunicação locais, da localização (rural ou urbana), da extensão da rede, da densidade de unidades consumidoras e da necessidade de comandos e ações específicas. Em alguns casos, dentro de uma mesma distribuidora, a tecnologia a ser adotada não será única.

São considerados gastos com automatização de redes e de subestações, com aquisição e instalação de equipamentos de controle e manobra como, por exemplo, religadores automáticos em saídas de alimentadores, chaves automatizadas de operação sob carga,

sensores de estado e unidades remotas. Também estão incluídos gastos com dispositivos de automação denominados Intelligent Electronic Devices – IEDs51.

As referências da Copel (Copel, 2012; Omori, 2012) descrevem o programa de automação da distribuidora e apresentam os resultados já constatados, além de outras estimativas de benefícios. Entretanto, não apontam os gastos verificados. Complementarmente, entre as referências internacionais de ACB para implantação de redes inteligentes, os custos de automação não foram contabilizados ou não são citados nos documentos analisados.

Apenas os estudos realizados no âmbito do P&D Estratégico apresentam os valores gastos com automação, onde foram consideradas despesas com automatização de redes e de subestações, incluindo dispositivos IEDs (Abradee, 2011a; Abradee, 2011b).

No estudo do P&D Estratégico, todos os conjuntos de unidades consumidoras52 das distribuidoras do Brasil foram agrupados em trinta redes elétricas representativas (clusters). O objetivo desse agrupamento foi verificar as diferentes topologias e realidades das redes de distribuição no país. Para cada um dos clusters, foi definido um grau de implantação de redes inteligentes em função de características de mercado, extensão da rede, área de cobertura e densidade de unidades consumidoras. Foram definidas trajetórias de implantação de recursos de automação para cada rede, considerando também o padrão atual de qualidade do serviço em cada cluster (Abradee, 2011a; Abradee, 2011b). Ou seja, a análise considerou os indicadores de interrupções em cada cluster e estimou os diferentes níveis de investimentos de automação necessários para melhoria da qualidade.

Nesse contexto, considerando o valor total de investimentos em automação nos trinta

clusters e considerando a quantidade de UCs nos três cenários da análise do projeto de

51 Os IEDs apresentam caráter multifuncional e possuem, além das funções de proteção, funções adicionais de medida, registro de eventos, controle e monitoração de qualidade. Caracterizam-se como uma evolução do relé de proteção e possuem potencialidades internas de alta velocidade (Paulino, 2007).

52

Conforme definido no Módulo 8 do Prodist, conjunto é caracterizado pelo agrupamento de unidades consumidoras, aprovado pela Aneel e pertencente a uma mesma área de concessão ou permissão. O conjunto de unidades consumidoras é definido por subestação de distribuição e a abrangência do conjunto são as redes de média tensão à jusante da subestação (o que inclui as redes de baixa tensão e as próprias unidades consumidoras) (Aneel, 2013c).

P&D Estratégico, chega-se a um valor médio unitário dos gastos em automação. Esse valor é de R$ 17,15 por UC, que corresponde a aproximadamente 4,5% do valor do medidor adotado na análise do projeto de P&D (valor médio unitário do medidor inteligente instalado foi de R$ 380,00) (Abradee, 2011a; Abradee, 2011b).

Assim, a presente AIR partiu do valor adotado no Projeto de P&D Estratégico e superestimou os gastos de automatização da rede. Portanto, neste trabalho adota-se

dispêndio com equipamentos de automação igual a 15,0% dos gastos com medidores inteligentes. Com isso, é considerado custo de aquisição e instalação de equipamentos de automação de R$ 53,25 por unidade consumidora.

Considerando a redução anual dos custos de 1,50%, o valor de R$ 53,25 (em 2014) decresce uniformemente até R$ 37,28 (em 2034, quando o valor final satura em 70% do valor original), permanecendo constante até o fim do tempo de análise (analogamente às Figuras 4.6 e 4.7). Lembrando-se que se trata de um valor por unidade consumidora.

Se comparados aos gastos do Projeto de P&D Estratégico, os gastos com automação adotados neste trabalho foram superestimados. O objetivo é potencializar os benefícios, em especial aqueles decorrentes da redução das interrupções. Essa postura conservadora, além de primar pela melhoria da qualidade do serviço, remete à importância da automação e permite que diferentes configurações e soluções sejam aplicadas, uma vez que os dispêndios já estão contabilizados e cobertos pela estimativa adotada nesta AIR.

Nesta AIR, foram cobertas despesas de capital e de implantação de softwares e hardwares dos diversos sistemas e plataformas de gerenciamento e controle, tais como: gestão de bases comerciais, operacionais e de faturamento (contratos e solicitações com clientes, instalações, leituras, cobranças, cortes e religações, gestão de fraudes e de dívidas, inspeções, fiscalizações); planejamento de recursos empresariais; controle de materiais, compras e logística; e gestão de obras, finanças, contabilidade e manutenção. Complementarmente, são considerados gastos com processamento, bancos de dados e sistemas de gerenciamento de dados de medição (Meter Data Management – MDM). Dentro dos gastos também estão os portais na internet (web sites) e aplicativos e interfaces

para dispositivos móveis. Transcorrem todos esses sistemas as despesas com interoperabilidade, privacidade e segurança da informação.

A Tabela B.16 do Apêndice B apresenta gastos com infraestrutura de informática. Nessa Tabela, também está disponibilizado o custo como um percentual correspondente ao custo do medidor adotado em cada análise. Todavia, algumas ressalvas são necessárias: em alguns casos, as informações apresentam custos de aquisição e operação e, em outros casos, estão incluídas despesas que não são exclusivamente de TI.

Considerando essas informações e avaliando as ressalvas mencionadas, foi possível estimar um custo para infraestrutura de TI baseado em um percentual do custo de medição. Assim, a presente AIR adota gastos com TI iguais a 15,0% dos gastos com medidores

inteligentes53. Com isso, é considerado custo de aquisição e instalação de equipamentos de TI de R$ 53,25 por unidade consumidora.

Considerando a redução anual dos custos de 1,50%, o valor de R$ 53,25 (em 2014) decresce uniformemente até R$ 37,28 (em 2034, quando o valor final satura em 70% do valor original), permanecendo constante até o fim do tempo de análise (analogamente às Figuras 4.6 e 4.7). Lembrando-se que se trata de um valor por unidade consumidora.

A Tabela B.17 do Apêndice B apresenta gastos com O&M para equipamentos de telecomunicações. Nessa Tabela, esses gastos estão ilustrados como um percentual correspondente ao custo da infraestrutura de telecomunicações (diferentemente dos outros casos, onde os custos são mostrados como um percentual do valor do medidor).

53 Esta análise considera gastos relacionados a novos softwares e hardwares e a atualização dos existentes. Conforme já mencionado, a vida útil dos sistemas de TI é de 5 anos. Como esse período é menor do que a vida útil dos demais equipamentos, ocorre o efeito em que o valor presente dos gastos com TI é maior do que 15,0% do valor presente dos gastos com medição (ou seja, ocorrem gastos maiores com TI). Essa postura possibilita atualização mais rápida dos sistemas e equipamentos de informática e reflete a importância desses componentes no contexto de redes inteligentes. Essa consideração legitima as estimativas dos benefícios. 4.7.7 - Gastos de O&M para infraestrutura de telecomunicações

Com base nessas informações, a presente AIR adota gastos anuais com O&M para

infraestrutura de telecomunicações iguais a 2,5% do valor de aquisição e instalação dos equipamentos de telecomunicações. Com isso, é considerado custo anual inicial de O&M de R$ 3,55 por unidade consumidora.

Em função dos ganhos de escala e evolução tecnológica, esses custos sofrem redução ao longo dos anos, até o valor final atingir 70% do valor original.

Especificamente para os serviços de telecomunicações, esta análise também considera gastos com subscrição, mesmo já incluindo gastos com aquisição, instalação e O&M. O termo subscrição se refere ao aluguel do serviço de telecomunicações ou ao pagamento pelo uso da rede de outras empresas que proveem esses serviços.

A Tabela B.18 do Apêndice B apresenta gastos com subscrição de telecomunicações, ilustrados como um percentual do custo de aquisição do medidor.

Com base nessas informações, a presente AIR adota gastos anuais com subscrição dos

serviços de telecomunicações iguais a 3,0% do valor de aquisição dos medidores. Com isso, é considerado custo anual inicial de R$ 10,65 por unidade consumidora.

Em função dos ganhos de escala e evolução tecnológica, esses custos sofrem redução ao longo dos anos, até o valor final atingir 70% do valor original.

A Tabela B.19 do Apêndice B apresenta gastos com O&M para infraestrutura de TI. Nessa tabela, esses gastos estão ilustrados como um percentual correspondente ao custo do medidor. Neste caso, os gastos com O&M são destinados a licenças, suporte e atualização de softwares, além de custos anuais de processamento e armazenamento de dados.

Conforme mencionado, a vida útil dos sistemas de TI é de 5 anos, valor menor quando comparado a outras referências e menor do que a vida útil dos outros equipamentos

4.7.8 - Subscrição dos serviços de telecomunicações (aluguel)

incluídos nesta AIR. Com isso, há uma atualização mais rápida dos sistemas e equipamentos de informática, o que permitiria adotar custos de O&M mais conservadores.

Assim, esta AIR adota gastos anuais com O&M para infraestrutura de TI iguais a

1,5% do valor de aquisição dos medidores. Logo, para O&M da infraestrutura de TI é considerado custo anual inicial de R$ 5,33 por unidade consumidora.

Em função dos ganhos de escala e evolução tecnológica, esses custos sofrem redução ao longo dos anos, até o valor final atingir 70% do valor original.

Conforme mencionado, o caso da Copel e as referências internacionais de ACB para implantação de redes não apontam os valores gastos com automação do sistema. Do mesmo modo, não há menção sobre gastos de O&M para essa infraestrutura. Até os documentos sobre o projeto de P&D Estratégico da Abradee, que consideram gastos de aquisição, não deixam explícitos se foram considerados despesas com O&M.

Assim, para valores com O&M de automação, foram adotados montantes iguais aos de O&M para TI e, com isso, a presente AIR adota gastos anuais iguais a 1,5% do valor

de aquisição dos medidores. Com isso, para O&M da infraestrutura de automação é considerado custo anual inicial de R$ 5,33 por unidade consumidora.

Em função dos ganhos de escala e evolução tecnológica, esses custos sofrem redução ao longo dos anos, até o valor final atingir 70% do valor original.

A implantação de redes inteligentes em todo o país se constitui em um programa de grandes dimensões e exigirá esforços significativos das distribuidoras. Portanto, é razoável (e aconselhável) que sejam considerados custos com logística de implantação. Parte dos gastos está intrinsecamente incluída nos valores de Capex e Opex discriminados nas seções anteriores, mas outras despesas devem ser listadas e contabilizadas.

4.7.10 - Gastos de O&M para infraestrutura de automação

Nesse sentido, esta AIR inclui gastos com a gestão e condução de atividades como formação e treinamento de pessoal; elaboração de projetos; aquisição, testes e pré- implantação dos diversos equipamentos e sistemas; e relacionamento com os agentes envolvidos (fabricantes, fornecedores, terceirizados e demais prestadores de serviços).

A Tabela B.20 do Apêndice B mostra valores considerados em outras análises. Além de custos com logística, estão ilustrados na Tabela outros custos relacionados a campanhas de comunicação e a custos administrativos. Esses outros custos são contabilizados nesta AIR em categorias separadas, conforme listado a seguir.

Assim, para cobrir os gastos com a logística, são considerados custos de R$ 12,50 por

medidor instalado durante todo o tempo de análise. Trata-se de um custo constante