quer dia e a qualquer hora, respeitadas as res- trições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Art. 727. Não será permitido o emprego de for-
ça, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
Art. 728. O mandado de prisão:
• Em anexo, modelo de Mandado de Prisão – PJ-392.
a) será lavrado pelo Escrivão e assinado pela
autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser pre-
sa, por seu nome, alcunha ou sinais caracte- rísticos;
c) mencionará a infração penal que motivar
a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada,
quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para
dar-lhe execução;
f) constará, no corpo, EM DESTAQUE, a data
do prazo de sua validade, tendo em conta o lapso prescricional da pena.
• Provimento nº 06/92-CGJ.
Parágrafo único. É dever do Escrivão, ime-
diatamente, repassar ao Departamento de
Informática Policial toda informação ou co- municação referente a mandado de prisão, inclusive quando ocorrer revogação ou for declarada prescrita a pena.
• Provimento nº 02/2006-CGJ.
Art. 729. Os mandados e cartas precatórias de
prisão devem conter toda identificação do indi- víduo a ser preso, a mais completa possível, com nome, profissão, apelidos, filiação, data do nas- cimento, número de um documento de identi- dade e do CPF, bem como sinais característicos.
§ 1º Nos mandados de prisão envolvendo
funcionário da administração da justiça cri- minal (servidores do Poder Judiciário, agen- tes penitenciários, policiais civis e militares) deverá constar esta observação em desta- que.
§ 2º A carta precatória de prisão deverá ser
acompanhada do respectivo mandado, com observância da Lei Processual Penal sobre a matéria (artigos 285 e seguintes do CPP) e orientações normativas desta Corregedoria.
• Provimento 20/2011-CGJ transforma pará- grafo único em § 1º e cria § 2º.
Art. 730. O mandado será passado em duplica-
ta, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com a declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega de- verá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração assinada por duas testemunhas.
Art. 731. Se a infração for inafiançável, a falta
de exibição do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apre- sentado ao Juiz que tiver expedido o mandado.
Art. 732. Ninguém será recolhido à prisão sem
que seja exibido o mandado ao respectivo dire- tor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso com de- claração de dia e hora.
Art. 733. O recibo poderá ser passado no pró-
prio exemplar do mandado, se este for o docu- mento exibido.
Parágrafo único. Se o réu, sendo persegui-
do, passar ao território de outro município ou Comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresen- tando-o imediatamente à autoridade local que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará na remoção do preso.
Art. 734. Entender-se-á que o executor vai em
perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem
interrupção, embora depois o tenha perdi- do de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fi-
dedignas, que o réu tenha passado, há pou- co tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
Parágrafo único. A prisão em virtude de
mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendose conhecer do réu, lhe apresente o mandado e o intime a acompa- nhá-lo.
Art. 735. Se houver, ainda que por parte de ter-
ceiros, resistência à prisão em flagrante ou à de- terminada por autoridade competente, o execu- tor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Art. 736. Se o executor do mandado verificar,
com segurança, que o réu entrou ou se encon- tra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor con- vocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar to- das as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efe- tuará a prisão.
§ 1º Serão recolhidos a quartéis ou à prisão
especial, à disposição da autoridade com- petente, quando sujeitos à prisão antes de condenação definitiva:
I – os Ministros de Estado;
II – os Governadores ou interventores de
Estados ou Territórios, o Prefeito do Distri- to Federal, seus respectivos Secretários, os Prefeitos Municipais, os Vereadores e os Chefes de Polícia;
III – os membros do Parlamento Nacional,
do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mé-
rito”;
V – os Oficiais das Forças Armadas e os mi-
litares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; (CPP, alterado pela Lei nº 10.258/01)
VI – os magistrados;
VII – os diplomados por qualquer das facul-
dades superiores da República;
VIII – os ministros de confissão religiosa; IX – os Ministros do Tribunal de Contas; X – os cidadãos que já tiverem exercido efe-
tivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacida- de para o exercício daquela função;
XI – os Delegados de Polícia e os guardas-
-civis dos Estados e Territórios, ativos e ina- tivos.
§ 2º Prevalece o direito do funcionário da
administração da Justiça Criminal, aí inclu- ído o agente policial, à prisão em depen- dência separada dos demais presos no es- tabelecimento penitenciário, indicado na sentença. A guia de recolhimento deve res- salvar expressamente esta circunstância.
• Ofício-Circular nº 72/92-CGJ e Lei Federal nº 7.210/84, arts. 84, § 2º, e 106, § 3º.
Art. 737. O morador que se recusar a entregar
o réu oculto em sua casa será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Art. 738. Os inferiores e praças de pré, onde for
possível, serão recolhidos à prisão, em estabele- cimentos militares, de acordo com os respecti- vos regulamentos.