Art. 380. As audiências e sessões serão públicas,
salvo nos casos previstos em lei ou quando o in- teresse da Justiça determinar o contrário.
• COJE, art. 171.
Art. 381. Nenhum adolescente ou criança de 18
(dezoito) anos poderá assistir audiências ou ses- sões sem permissão do Juiz que a presidir.
• COJE, arts. 172 a 174.
Art. 382. As audiências e sessões realizar-se-ão
nos edifícios ou locais para este fim destinados, salvo deliberação em contrário do Juiz compe- tente, por motivo justificado, além dos casos previstos em lei.
• COJE, arts. 172 a 174.
Art. 383. As audiências realizar-se-ão em todos
os dias úteis, sempre que o exigir o serviço, sem outra interrupção que não a resultante das fé- rias forenses.
• COJE, arts. 172 a 174.
Art. 384. Deverá o Juiz/Pretor evitar designação
de audiências em horários coincidentes.
• Provimento nº 41/88-CGJ.
§ 1º O rigoroso cumprimento dos horários
designados e o devido espaçamento entre as audiências revelam respeito às partes, in- teressados, testemunhas e advogados, evi- tando injustificada espera e reflexo negativo à imagem do Poder.
§ 2º O Juiz/Pretor deverá adotar providên-
cias no sentido de não designar audiências em períodos nos quais esteja em gozo de férias, licença ou por qualquer outro motivo venha estar afastado da jurisdição.
§ 3º Caso não seja possível esta providên-
cia, manterá prévio ajuste com o Juiz Subs- tituto de Tabela para adequação da pauta. Subsistindo a impossibilidade, deverá ser dada ciência às partes, testemunhas e de- mais interessados sobre a dispensa de seu comparecimento ao ato.
Art. 385. Os atos ocorridos nas audiências e nas
sessões do Tribunal do Júri, inclusive as sen- tenças prolatadas, poderão ser registrados em aparelhos de gravação, mediante taquigrafia ou estenotipia, para posterior transcrição, quando necessário, observando-se, quanto aos Juizados Especiais, as regras que lhe são peculiares.
• Provimento 02/2012-CGJ e COJE, art. 174, parágrafo único.
Parágrafo único. Nos processos em que as
audiências forem registradas pelo método da estenotipia, deverá ser certificado nos autos a data do decurso do prazo para im- pugnação da transcrição.
Art. 385-A. Nos processos de natureza cível,
criminal ou apuração de ato infracional, fica au- torizado o registro fonográfico ou audiovisual do ocorrido em audiência e sessão do Tribunal do Júri, com gravação em meio digital, dispo- nibilizando-se às partes, por qualquer mídia de armazenamento, cópia do registro original, ob- servando-se as orientações do Ofício-Circular n. 70/2008-CGJ
§ 1º Antes de iniciados os trabalhos, o juiz
noticiará às partes o método de coleta das provas e a vedação de divulgação não-au- torizada dos registros, redigindo-se termo diretamente no Sistema Informatizado The- mis 1G (artigo 340 da CNJCGJ).
§ 2º Havendo o registro fonográfico ou au-
diovisual da audiência nos processos de na- tureza cível, fica dispensada a degravação da prova oral produzida.
§ 3º Ocorrendo o registro audiovisual da au-
diência nos processos de natureza criminal ou apuração de ato infracional, fica dispen- sada a degravação da prova oral produzida em audiência (artigo 405, § 2º, do CPP), observando-se, quanto à sessão do Tribunal do Júri, a particularidade prevista no artigo 475 do CPP.
§ 4º No tocante ao debate oral (alegações/
razões finais orais), registrado o seu conteú- do em meio fonográfico ou audiovisual, res- ta dispensada sua transcrição.
§ 5º Independentemente da espécie de re-
gistro que for utilizada para gravação da au- diência e coleta da prova oral (fonográfico ou audiovisual), os demais atos ocorridos em audiência, em especial a sentença, de- verão ser objeto de transcrição, utilizando- -se termo próprio de degravação existente no Sistema Themis 1G, com entranhamento aos autos e posterior disponibilização (arti-
go 340, parágrafo único, da CNJCGJ), obser- vando-se, quanto aos Juizados Especiais, as regras que lhe são peculiares.
Art. 385-B. O registro fonográfico ou audiovisu-
al de audiências cíveis, criminais e de apuração de ato infracional poderá ser empregado para o cumprimento de cartas precatórias, rogatórias, de ordem ou solicitação de cooperação judiciá- ria internacional.
§ 1º Havendo o registro fonográfico ou
audiovisual de audiências cíveis, fica dis- pensada a degravação, devendo ser reme- tido ao deprecante, em meio digital, o(s) depoimento(s) colhido(s).
§ 2º Ocorrendo o registro audiovisual de
audiências criminais e de apuração de ato infracional, fica dispensada a degravação, devendo ser remetido ao deprecante, em meio digital, o(s) depoimento(s) colhido(s).
§ 3º Existindo o registro meramente fo-
nográfico de audiências criminais e de apuração de ato infracional, incumbe ao juízo deprecado proceder à degrava- ção da audiência, com a transcrição do(s) depoimento(s) e a juntada do meio digital de armazenamento aos autos da precatória, antes da devolução à origem.
Art. 385-C. O magistrado, quando for de sua
preferência pessoal, poderá determinar que os servidores que estão afetos a seu gabinete ou secretaria procedam à degravação, observando, nesse caso, as recomendações médicas quanto à prestação desse serviço.
• Provimento nº 02/2012-CGJ
Art. 386. A ata deve ser o registro fiel do ocor-
rido em audiência, consignando as presenças pela função e nominalmente, importando falta grave o registro falso.
• Ofício-Circular nº 10/88-CGJ.
Art. 387. As correições e inspeções não inter-
rompem as audiências, devendo os Escrivães, se necessário, praticar os atos ou termos em livro especial formalizado, para lançamento poste- rior nos livros competentes.
Art. 388. O início e o fim das audiências bem
como o pregão das partes serão anunciados em voz alta pelo Oficial de Justiça ou por quem o Juiz determinar.
• COJE, arts. 175 a 178.
Parágrafo único. Os Oficiais de Justiça man-
terão vigilância durante as audiências, para evitar contato das partes com as testemu- nhas que aguardam inquirição, bem como para que as já inquiridas da mesma forma não procedam.
Art. 389. Nas salas de audiências, haverá luga-
res especiais destinados a servidores, partes, advogados e demais pessoas cujo compareci- mento seja obrigatório.
• COJE, arts. 175 a 178.
Parágrafo único. Durante as audiências, o agen-
te do Ministério Público sentará à direita do Juiz, o mesmo fazendo o advogado do autor e este; à esquerda, tomarão assento o Escrivão, o patro- no do réu e este, ficando a testemunha à frente do Juiz, o qual terá lugar destacado dos demais.
• COJE, arts. 175 a 178.
Art. 390. Salvo o caso de inquirição de teste-
munhas ou permissão do Juiz, os servidores, as partes, ou quaisquer outras pessoas, excetua- dos o agente do Ministério Público e os advo- gados, manter-se-ão de pé enquanto falarem ou procederem a alguma leitura.
• COJE, art. 180.
§ 1º Durante audiência com participação de
preso como parte ou testemunha, a presen- ça de escolta na sala e o uso de algemas de- penderão de decisão do Juiz.
§ 2º Os presos deverão ser requisitados
para as audiências com antecedência míni- ma de 15 (quinze) dias, salvo casos de ur- gência que não permitam a providência.
Art. 391. Durante as audiências ou sessões, os
espectadores poderão permanecer sentados, devendo levantar-se sempre que o Juiz o fizer em ato de ofício, mantendo-se todos sempre
descobertos e em silêncio, evitando qualquer procedimento que possa perturbar a serenida- de e faltar ao respeito necessário à administra- ção da Justiça.
• COJE, arts. 181 e 182.
§ 1º Os Juízes poderão aplicar aos infratores
as seguintes penas:
• COJE, arts. 181 e 182.
a) advertência e chamamento nominal à or-
dem;
b) expulsão do recinto.
§ 2º Se a infração for agravada por desobe-
diência, desacato ou outro fato delituoso, ordenará o Juiz a prisão e a autuação do in- frator, a fim de ser processado.
• COJE, arts. 181 e 182.
Art. 392. Compete aos Juízes a polícia das au-
diências ou sessões e, no exercício dessa atri- buição, tomar todas as medidas necessárias à manutenção da ordem e segurança, inclusive requisitar força armada.
• COJE, art. 184.
Art. 393. O Juiz pode ordenar a efetiva prova de
habilitação profissional de advogados e estagiá- rios atuantes na audiência.
• Ofício-Circular nº 82/97-CGJ.
Art. 394. Considera-se realizada a audiência que
contar com a presença física do Juiz/Pretor, pre- sidindo o ato de abertura.
• Provimento nº 41/88 e Ofício-Circular nº 73/92-CGJ.
§ 1º Registrar-se-á como não-realizada,
quando a frustração da solenidade for moti- vada por impedimento pessoal do Juiz/Pre- tor, por motivo de força maior, ou por falha atribuível aos servidores no cumprimento dos atos indispensáveis ao devido chama- mento das partes, interessados, testemu- nhas ou advogados.
§ 2º Nas duas primeiras hipóteses do pa-
rágrafo anterior, a circunstância deverá ser certificada nos autos; no segundo caso, far- -se-á competente registro no termo.
§ 3º Quando do registro do resultado da au-
diência, a quantidade de “pessoas ouvidas” deve corresponder ao número de depoi- mentos formalmente colhidos, por termo escrito ou com o uso de equipamento de registro de áudio/áudio e vídeo.