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– DA TUTELA ANTECIPADA

No documento PROJETO DE NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (páginas 67-0)

GERAIS, DA TUTELA DE URGÊNCIA

E DA TUTELA DE EVIDÊNCIA CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES

GERAIS

Art. 295. A tutela antecipada, de natureza satisfativa ou cautelar, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

Parágrafo único. A tutela antecipa-da pode funantecipa-damentar-se em urgência ou evidência.

Art. 296. A tutela antecipada reque-rida em caráter incidental independe do pagamento de custas.

Art. 297. A tutela antecipada con-serva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tem-po, ser revogada ou modificada.

Parágrafo único. Salvo decisão ju-dicial em contrário, a tutela antecipada conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

Art. 298. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela antecipada.

Parágrafo único. A efetivação da tutela antecipada observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber, vedados

67PROJETO DE LEI Nº 6.025, DE 2005 o bloqueio e a penhora de dinheiro, de

aplicação financeira ou de outros ativos financeiros.

Art. 299. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela antecipada, o juiz justificará as razões de seu convencimento de modo claro e preciso.

Parágrafo único. A decisão é im-pugnável por agravo de instrumento.

Art. 300. A tutela antecipada será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.

Parágrafo único. Ressalvada dispo-sição especial, na ação de competên-cia originária de tribunal e nos recursos a tutela antecipada será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.

CAPÍTULO II – DA TUTELA DE URGÊNCIA

Art. 301. A tutela antecipada de ur-gência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabili-dade do direito e o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional.

§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer; a caução pode ser dispensada se parte econo-micamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

§ 2º A tutela antecipada de urgên-cia pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3º A tutela cautelar antecipada pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, re-gistro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

§ 4º Pode ser objeto de arresto bem indeterminado que sirva para ga-rantir execução por quantia certa; pode ser objeto de sequestro bem determi-nado que sirva para garantir execução para a entrega de coisa.

Art. 302. A tutela antecipada de urgência não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Art. 303. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela antecipada cautelar causar à parte adversa, se:

I – a sentença lhe for desfavorável;

II – obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de cinco dias;

III – ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

IV – o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.

Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a me-dida tiver sido conceme-dida, sempre que possível.

Art. 304. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propo-situra da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada satisfativa e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição sumária da lide, do direito que se busca realizar e do perigo da demora da pres-tação da tutela jurisdicional.

§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:

I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação da sua argumentação, juntada de novos do-cumentos e a confirmação do pedido

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de tutela final, em quinze dias, ou em outro prazo maior que o órgão jurisdi-cional fixar;

II – o réu será citado imediatamen-te, mas o prazo de resposta somente começará a correr após a intimação do aditamento a que se refere o inciso I deste § 1º.

§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem re-solução do mérito.

§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.

§ 4º Na petição inicial a que se re-fere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tu-tela final.

§ 5º O autor terá, ainda, de indicar, na petição inicial, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.

§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão da tutela antecipada, o órgão jurisdicional deter-minará a emenda da petição inicial, em até cinco dias. Não sendo emendada neste prazo, a petição inicial será inde-ferida e o processo, extinto sem reso-lução de mérito.

Art. 305. A tutela antecipada sa-tisfativa, concedida nos termos do art.

304, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1º No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2º Qualquer das partes pode-rá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela

antecipada satisfativa estabilizada nos termos do caput.

§ 3º A tutela antecipada satisfativa conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.

§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela satisfativa foi concedida.

§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após dois anos, contados da ciência da de-cisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.

CAPÍTULO III – DA TUTELA DA EVIDÊNCIA

Art. 306. A tutela da evidência será concedida, independentemente da de-monstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, quan-do:

I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propó-sito protelatório da parte;

II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documen-talmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III – se tratar de pedido reiperse-cutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.

Parágrafo único. A decisão basea-da nos incisos II e III deste artigo pode ser proferida liminarmente.

69PROJETO DE LEI Nº 6.025, DE 2005 TÍTULO II – DO PROCEDIMENTO DA

TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE Art. 307. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide, seu fundamento e a exposição sumária do direito que se visa assegurar e o pe-rigo na demora da prestação da tutela jurisdicional.

Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza satisfativa, o órgão jurisdicio-nal observará o disposto no art. 304.

Art. 308. O réu será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende pro-duzir.

Art. 309. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de cinco dias.

Parágrafo único. Contestado o pe-dido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.

Art. 310. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta dias. Neste caso, será apresentado nos mesmos autos em que veiculado o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas proces-suais.

§ 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedi-do de tutela cautelar.

§ 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento da formulação do pedido principal.

§ 3º Apresentado o pedido princi-pal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de me-diação na forma do art. 335, por seus

advogados ou pessoalmente, sem ne-cessidade de nova citação do réu.

§ 4º Não havendo autocomposi-ção, o prazo para contestação será contado na forma do art. 336.

Art. 311. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:

I – o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;

II – não for efetivada dentro de trinta dias;

III – o juiz julgar improcedente o pe-dido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.

Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cau-telar, é vedado à parte renovar o pedi-do, salvo sob novo fundamento.

Art. 312. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte for-mule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

LIVRO VI – FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO

PROCESSO

TÍTULO I – DA FORMAÇÃO DO PROCESSO

Art. 313. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for pro-tocolada. A propositura da ação, toda-via, só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.

TÍTULO II – DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

Art. 314. Suspende-se o processo:

I – pela morte ou pela perda da ca-pacidade processual de qualquer das

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partes, de seu representante legal ou de seu procurador;

II – pela convenção das partes;

III – pela arguição de impedimento ou suspeição;

IV– pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;

V – quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração da existência ou da inexistência da relação jurídica que constitua o objeto principal de ou-tro processo pendente;

b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisi-tada a outro juízo;

VI – por motivo de força maior;

VII – quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fa-tos da navegação da competência do tribunal marítimo;

VIII – nos demais casos que este Código regula.

§ 1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 704.

§ 2º Não ajuizada ação de habi-litação, ao tomar conhecimento da morte ou da perda da capacidade de qualquer das partes o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:

I – falecido o réu, ordenará a inti-mação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo dois e no máximo seis meses;

II – falecido o autor e sendo trans-missível o direito em litígio, determina-rá a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos

herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem re-solução do mérito.

§ 3º No caso de morte do procura-dor de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e jul-gamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de quinze dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatá-rio, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste.

§ 4º O prazo de suspensão do pro-cesso nunca poderá exceder um ano nas hipóteses dos incisos V e VII, e seis meses naquela prevista no inciso II.

§ 5º O juiz determinará o prosse-guimento do processo assim que es-gotados os prazos previstos no § 4º.

Art. 315. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato proces-sual; todavia, poderá o juiz determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e suspei-ção.

Art. 316. Se o conhecimento do mérito depender da verificação da exis-tência de fato delituoso, o juiz pode de-terminar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.

§ 1º Se a ação penal não for pro-posta no prazo de três meses, conta-do da intimação conta-do ato de suspensão, cessará o efeito deste, incumbindo ao juiz cível examinar incidentalmente a questão prévia.

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§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de um ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º.

TÍTULO III – DA EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 317. A extinção do processo dar-se-á por sentença.

Art. 318. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o órgão ju-risdicional deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

PARTE ESPECIAL LIVRO I – DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA TÍTULO I – DO PROCEDIMENTO

COMUM

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 319. Aplica-se a todas as cau-sas o procedimento comum, salvo dis-posição em contrário deste Código ou de lei.

Parágrafo único. O procedimento comum se aplica subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.

CAPÍTULO II – DA PETIÇÃO INICIAL SEÇÃO I – DOS REQUISITOS DA

PETIÇÃO INICIAL

Art. 320. A petição inicial indicará:

I – o juízo a que é dirigida;

II – os nomes, os prenomes, o es-tado civil, a existência de união estável, a profissão, o número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacio-nal de pessoas jurídicas, o endereço

eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III – o fato e os fundamentos jurídi-cos do pedido;

IV – o pedido com as suas espe-cificações;

V – o valor da causa;

VI – as provas com que o autor pre-tende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII – a opção do autor pela realiza-ção ou não de audiência de conciliarealiza-ção ou de mediação.

§ 1º Caso não disponha das infor-mações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao órgão jurisdicional diligências necessá-rias a sua obtenção.

§ 2º A petição inicial não será inde-ferida se, a despeito da falta de infor-mações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3º A petição inicial não será in-deferida, pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo, se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 321. A petição inicial será ins-truída com os documentos indispensá-veis à propositura da ação.

Art. 322. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requi-sitos dos arts. 320 e 321 ou que apre-senta defeitos e irregularidades capa-zes de dificultar o julgamento de méri-to, determinará que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

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SEÇÃO II – DO PEDIDO Art. 323. O pedido deve ser cer-to; compreendem-se, entretanto, no principal, os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbên-cia, inclusive os respectivos honorários advocatícios.

Parágrafo único. A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.

Art. 324. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, estas serão consideradas incluídas no pedido, in-dependentemente de declaração ex-pressa do autor; se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, serão incluídas na con-denação, enquanto durar a obrigação.

Art. 325. O pedido deve ser deter-minado, sendo lícito, porém, formular pedido genérico:

I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens deman-dados;

II – quando não for possível deter-minar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;

III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação de-pender de ato que deva ser praticado pelo réu.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.

Art. 326. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.

Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de

outro modo, ainda que o autor não te-nha formulado pedido alternativo.

Art. 327. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.

Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.

Art. 328. É lícita a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

§ 1º São requisitos de admissibili-dade da cumulação que:

I – os pedidos sejam compatíveis entre si;

II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedi-mento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento co-mum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatí-veis com as disposições sobre o pro-cedimento comum.

§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 327.

Art. 329. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo rece-berá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

Art. 330. O autor poderá:

I – até a citação, aditar ou al-terar o pedido ou a causa de pedir,

73PROJETO DE LEI Nº 6.025, DE 2005 independentemente do consentimento

do réu;

II – até o saneamento do proces-so, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com o consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de quinze dias, facultado o requerimento de prova suplementar.

Parágrafo único. Aplica-se o dis-posto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.

SEÇÃO III – DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL Art. 331. A petição inicial será inde-ferida quando:

I – for inepta;

II – a parte for manifestamente ile-gítima;

III – o autor carecer de interesse processual;

IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 322.

§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:

I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II – o pedido ou a causa de pedir for obscuro;

III – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;

IV – da narração dos fatos não de-correr logicamente a conclusão;

V – contiver pedidos incompatíveis entre si.

§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decor-rente de empréstimo, financiamento ou alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações

contratuais, aquelas que pretende con-troverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.

§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.

Art. 332. Indeferida a petição ini-cial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.

§ 1º Se houver retratação, o juiz determinará a citação do réu para apre-sentar resposta.

§ 2º Se não houver retratação, o juiz determinará a remessa da apelação ao tribunal, hipótese em que o réu não será citado para apresentar contrarra-zões. Provida a apelação, o réu será citado para apresentar sua resposta.

§ 3º Não interposta ou não provida a apelação, o réu será intimado do trân-sito em julgado da sentença.

CAPÍTULO III – DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

Art. 333. Nas causas que dispen-sem a fase instrutória, o juiz, indepen-dentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

I – súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Jus-tiça;

II – acórdão proferido pelo Supre-mo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

III – entendimento firmado em inci-dente de resolução de demandas repe-titivas ou de assunção de competência;

IV – frontalmente norma jurídica extraída de dispositivo expresso de ato normativo;

V – enunciado de súmula de tribu-nal de justiça sobre direito local.

74PROJETO DE LEI Nº 6.025, DE 2005

§ 1º O juiz também poderá julgar

§ 1º O juiz também poderá julgar

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