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7. Estudos de caso

7.2. Dados de entrada do modelo matemático

Nesta seção, os dados de entrada do modelo matemático para os quatro estudos de caso são apresentados. Tais dados estão divididos em constantes, variáveis de entrada comuns aos estudos de caso, e variáveis de entrada específicas de cada um dos estudos de caso.

1 – Constantes:

As constantes consistem em valores fixos, os quais são necessários para os cálculos das

Eq(s). 6.12, 6.13, 6.15 a 6.18 do modelo matemático. A Tabela 7 apresenta tais constantes.

• Para a porcentagem de casca na soja (S%casca), de óleo bruto na soja (S%óleo) e na

casca (C%óleo), foram utilizados os dados da pesquisa de Morais et al. (2009).

• As massas molares do óleo refinado (ORmassamolar), do biodiesel (Bmassamolar), do

metanol (Mmassamolar) e da glicerina (Gmassamolar) foram extraídas de Pereira (2011).

No modelo matemático, estes valores são convertidos de g/mol para t/mol, de forma a estarem compatíveis com as variáveis correspondentes à soja e aos seus subprodutos.

Tabela 7 – Constantes do modelo matemático

Constante Valor Unidade de medida Referência

S%casca 4,00 % (MORAIS et al., 2009) S%óleo 20,57 C%óleo 0,64 ORmassamolar 873,00 g/mol (PEREIRA, 2011) Bmassamolar 292,00 Mmassamolar 32,00 Gmassamolar 92,00

2 – Variáveis de entrada comuns aos estudos de caso:

As variáveis de entrada comuns aos estudos de caso correspondem às capacidades máximas de processamento da soja e dos subprodutos da indústria (Scapacidade, ORcapacidade e

Bcapacidade), as quais estão listadas na Tabela 8. Os dados da capacidade de processamento da

soja (Scapacidade), de óleo refinado (ORcapacidade) e de biodiesel (Bcapacidade) foram consultados em

Morichita (2016), cujos valores foram multiplicados pelo número de dias do ano comercial. Para a capacidade de processamento de biodiesel, foi necessária a conversão de m³ para kg, utilizando o valor da densidade do biodiesel equivalente a 880 kg/m³ (EPE, 2016), seguido da conversão de kg para t.

Tabela 8 – Variáveis de entrada do modelo matemático comuns aos estudos de caso

Variável Valor Unidade de medida Referência

Scapacidade 3.600.000,00

t/ano (MORICHITA, 2016)

ORcapacidade 367.200,00

Bcapacidade 781.228,80

3 – Variáveis de entrada específicas para cada estudo de caso:

As variáveis de entrada específicas para cada estudo de caso podem ser classificadas em dois grupos, conforme a Tabela 9. O primeiro grupo corresponde às variáveis de entrada pesquisadas para aplicação direta. O segundo grupo refere-se às variáveis de entrada obtidas a partir de estimativas. Os custos de cada etapa de processamento da Tabela 9 contêm os valores de custo das etapas anteriores, cuja explicação foi feita na seção 6.1.

Tabela 9 – Variáveis de entrada do modelo matemático específicas para cada um dos estudos de caso Variável 2014 2015 2016 2017 Unidade de medida Referência Grupo 1 Spreço 1.069,23 1.098,35 1.196,65 1.032,76 R$/t Arquivo em Excel enviado pela Granol Fpreço 1.071,09 1.228,74 1.210,62 947,41 OBpreço 2.006,66 2.130,21 2.569,21 2.406,73 ORpreço 2.669,21 2.895,03 3.453,33 3.354,23 Bpreço 2.540,47 2.786,97 3.350,24 3.055,29 Scusto 533,17 638,67 751,50 810,67 (OLIVEIRA NETO, 2016) Fcusto 569,89 682,92 800,97 864,04 (MANDARINO et al., 2015) OBcusto 1.384,39 1.664,25 1.898,14 2.047,63 ORcusto 1.466,34 1.762,99 2.001,29 2.158,90

Bcusto 2.389,89 2.496,02 2.790,66 3.010,47 (BARROS et al.,

2006) Grupo 2 Stotal 2.329.278,00 2.566.646,00 1.828.274,00 1.244.515,00 t/ano Estimativa com base na Tabela 7 Sdemanda 80.638,00 85.445,00 62.318,00 38.154,00 Seção 1.2.1 – Tabela 2 Fdemanda 398.984,00 423.840,00 300.984,00 178.086,00 OBdemanda 164.700,00 172.558,00 125.054,00 77.577,00 ORdemanda 164.700,00 172.558,00 125.054,00 77.577,00 Bdemanda 77.634,00 89.115,00 63.150,00 40.973,00 Seção 1.2.2 – Tabela 4

Basicamente, o primeiro grupo corresponde aos preços e aos custos da soja e dos seus subprodutos. Em relação a todos os custos, eles são compostos por: energia elétrica, combustíveis, insumos e ingredientes, mão-de-obra, depreciação, renumeração do investimento, dentre outros. Na maioria dos casos, os custos precisaram ser ajustados conforme a inflação do ano do estudo de caso, utilizando como ferramenta a calculadora do cidadão do Banco Central do Brasil (2019).

• Todos os preços (Spreço, Fpreço,OBpreço,ORpreço e Bpreço) foram obtidos através do

arquivo em Excel fornecido pelo setor financeiro da Granol via e-mail. Neste arquivo, os preços são o quociente da receita de cada produto pela sua respectiva quantidade comercializada (preços médios).

• O custo da soja (Scusto) foi extraído do levantamento da evolução de custos variáveis

de produção da soja da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) publicados em Oliveira Neto (2016). Para o ano de 2017, foi utilizado o custo de 2016, porém ajustado conforme a inflação correspondente. Todos os valores deste custo precisaram ser convertidos de R$/sc para R$/t, uma vez que uma saca (sc) corresponde a 60,00 kg (0,06 t) de soja.

• Para o custo de produção do farelo (Fcusto), de extração do óleo bruto (OBcusto) e do

publicados em Mandarino et al. (2015). Estes valores foram convertidos de U$/t para R$/t, utilizando como base a média do câmbio do dólar do ano de 2015, equivalente a R$ 2,35 reais, cuja consulta foi feita no site da Associação Comercial de São Paulo (ACSP, 2019). Após transformar este número de 2015 em reais, os valores para os anos de 2016 e de 2017 foram corrigidos conforme a inflação. Para o ano de 2014, foram considerados os descontos da inflação do custo de 2015. • O custo do biodiesel (Bcusto) foi extraído de Barros et al. (2006), cuja fonte é

disponibilizada no site da EMBRAPA. Para sua obtenção, foram consultados os custos de produção agrícola do biodiesel nas cinco regiões do Brasil correspondentes às usinas que esmagam 100.000,00 t de soja ao ano, e em seguida foi calculada sua média aritmética. A partir deste valor, os custos do biodiesel foram corrigidos do ano de 2006 de acordo com a inflação dos anos de 2014 até o ano de 2017.

Quanto ao segundo grupo, em relação à soja total diária (Stotal) e às demandas (Sdemanda,

Fdemanda, OBdemanda, ORdemanda e Bdemanda), foram feitas estimativas. Para esta finalidade, foram

utilizados os valores das quantidades de soja e dos subprodutos comercializados.

• Para a obtenção da soja total anual (Stotal), foi feita a somatória do farelo (Fcomércio),

do óleo bruto (OBcomércio), do óleo refinado (ORcomércio) e da multiplicação do

biodiesel (Btotal) com a razão de massa molar óleo refinado (ORmassamolar)/biodiesel

(Bmassamolar), cujos valores (exceto as massas molares) se encontram na Tabela 6. Em

seguida, o somatório destas variáveis foi dividido por 96%. O motivo desta divisão é acrescentar a casca da soja, pois durante o seu processamento ela perde 4% de sua massa (Tabela 7). Finalmente, este valor é somado com a soja comercializada (Scomércio).

• As demandas estimadas da soja e dos subprodutos foram determinadas utilizando a soja total anual (Stotal). Primeiramente, para cada estudo de caso, este valor foi

dividido pela produção total de soja da Tabela 2. Tais resultados correspondem à participação de produção de soja da indústria Granol em relação ao Brasil. Em seguida, estas porcentagens foram multiplicadas pelo consumo da soja, do farelo, e do óleo bruto (postulado igual ao do óleo refinado) desta mesma tabela. Para a soja (Sdemanda), é considerado que este valor é equivalente à linha “sementes/outros”.

dissertação é a quantidade mínima da soja e dos seus subprodutos que a empresa deve produzir.

• As demandas do biodiesel (Bdemanda) foram calculadas da mesma forma que as

demandas do tópico anterior, porém a participação de produção da indústria Granol em relação ao Brasil é multiplicada pelo volume entregue de biodiesel da Tabela 4 do seu respectivo ano de estudo de caso. Utilizando a densidade do biodiesel equivalente a 880 kg/m³ (EPE, 2016), cada demanda do biodiesel foi convertida em kg e posteriormente em t.

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