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3.2 Instala¸c˜oes Colectivas

4.1.1 Dados do Exemplo

A instala¸c˜ao ser´a constitu´ıda por 10 habita¸c˜oes distribu´ıdas por 5 pisos. As ha- bita¸c˜oes ser˜ao de duas topologias diferentes (uma de cada tipo por piso). A potˆencia contratada da topologia 1 ser´a de 6,9 kVA, enquanto que a potˆencia contratada da topologia 2 ser´a de 10,35 kVA. O factor de simultaneidade de 0,56.

Servi¸cos Comuns:

Os Servi¸cos Comuns ser˜ao constru´ıdos pela ilumina¸c˜ao colectiva (1 kVA), pelas tomadas da Garagem Colectiva (1 kVA) e pelos Ascensores (5 kVA).

Lojas:

2 Lojas comerciais de 100 m2, cada uma no r´es-do-ch˜ao, com ramal individual.

4.1.2

Instala¸c˜oes Colectivas

Potˆencia de dimensionamento (Coluna)

Para proceder ao dimensionamento da potˆencia de dimensionamento da coluna o utilizador dever´a:

Seleccionar a sec¸c˜ao Instala¸c˜oes Colectivas → Dimensionamento da Coluna,

Premir a op¸c˜ao Potˆencia de Dimensionamento.

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 51

De acordo com os dados enunciados na subsec¸c˜ao 4.1.1 foi inserida a informa¸c˜ao necess´aria para o c´alculo da potˆencia de dimensionamento da coluna. Para este exemplo obteve-se uma potˆencia para a coluna de 48,3 kVA, e uma potˆencia total de 55,2 kVA (valor obtido atrav´es da soma com o valor de potˆencia do quadro de servi¸cos comuns).

Dimensionamento dos Condutores (Coluna)

Como foi referido em cap´ıtulos anteriores, o dimensionamento dos condutores passa por trˆes fases a escolha do m´etodo de referˆencia, a escolha do tipo de condutor, e a c´alculo da sec¸c˜ao dos condutores.

Figura 4.3 – Escolha do M´etodo de Referˆencia dos Condutores (coluna) [SIPE]

Neste caso foi escolhido o m´etodo de referˆencia C, em que as caracter´ısticas s˜ao indicadas pela aplica¸c˜ao para melhor facilitar a escolha por parte do utilizador. O pr´oximo passo ´e escolher o tipo de condutores pretendidos, para que a aplica¸c˜ao possa calcular a sec¸c˜ao dos mesmos.

Para finalizar o dimensionamento dos condutores resta escolher as especifica¸c˜oes dos condutores. Para este exemplo foram escolhidos condutores harmonizados (H), com uma tens˜ao de 450/750V (07), com isolamento de policloreto de vinilo (V), a bainha de policloreto de vinilo (V), condutores circulares de cobre, quanto `a sua flexibilidade foram escolhidos condutores r´ıgidos circular cableados. A aplica¸c˜ao determinou que a sec¸c˜ao dos condutores fase dever´a ser 25 mm2 e para os neutro e protec¸c˜ao 16

Figura 4.4 – Escolha do Tipo de Condutores (coluna) [SIPE]

Figura 4.5 – Sec¸c˜ao e Caracter´ısticas dos Condutores (coluna) [SIPE]

Dimensionamento das Condutas (Coluna)

Para o dimensionamento do diˆametro das condutas da coluna temos de inicialmente escolher o tipo de instala¸c˜ao se ser´a `a vista ou embebida. Para esta circunstˆancia foi escolhida uma instala¸c˜ao embebida com condutas circulares (existe tamb´em a op¸c˜ao de condutas n˜ao circulares).

Foram seleccionadas condutas de policloreto de vinilo (PVC), do tipo VRM com IK08. O diˆametro das condutas calculado para as caracter´ısticas escolhidas ´e ent˜ao

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 53

Figura 4.6 – Escolha das Caracter´ısticas das Condutas (coluna) [SIPE]

de 50mm.

Figura 4.7 – Diˆametro das Condutas (coluna) [SIPE]

Fus´ıvel (Coluna)

O dimensionamento da corrente estipulada do fus´ıvel (CALIBRE) ´e integralmente aut´onomo, ou seja, n˜ao requer a introdu¸c˜ao de quaisquer dados. Apenas s˜ao verifi- cadas o cumprimento das duas condi¸c˜oes (j´a mencionadas em cap´ıtulos anteriores) `a direita na imagem apresentada [Figura 4.8]. Para o exemplo apresentado estas

Figura 4.8 – Dimensionamento Fus´ıvel (coluna) [SIPE]

condi¸c˜oes verificam-se, pelo que o CALIBRE (IN) do fus´ıvel escolhido ´e de 80 A, a sua corrente convencional de fus˜ao (I2) ´e de 128 A, todos estes valores s˜ao calculados

para os condutores escolhidos previamente com uma corrente admiss´ıvel (IN) de 96 A.

Condi¸c˜ao de Queda de Tens˜ao (Coluna)

Para se aferir que a instala¸c˜ao cumpre a condi¸c˜ao de queda de tens˜ao ´e necess´ario que se insira o comprimento da coluna. A aplica¸c˜ao considera uma situa¸c˜ao mais desfavor´avel que a situa¸c˜ao real ´e considerada que a alimenta¸c˜ao de toda a potˆencia da coluna ´e efectuada no seu topo.

´

E admitido que a altura entre pisos ´e de trˆes metros, logo o comprimento total da coluna ser´a de 15 metros.

Neste caso a instala¸c˜ao concernente `a coluna satisfaz a condi¸c˜ao m´axima de queda de tens˜ao, que para tro¸cos correspondentes `a coluna seria de 1%, pois a sua queda de tens˜ao em volts ´e de 0,94V e a sua percentagem ´e de 0,235%.

Corte Geral

Tal como o apontado na subsec¸c˜ao 2.3.1 o c´alculo do dispositivo de corte geral ´e efectuado tomando em considera¸c˜ao a soma das potˆencias de servi¸co para a coluna e da potˆencia do quadro dos servi¸cos comuns.

O dispositivo de corte geral (Interruptor Tetrapolar) ter´a ent˜ao como valor de corte 80 A, valor esse que respeita a condi¸c˜ao IN > IB.

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 55

Figura 4.9 – Verifica¸c˜ao da Condi¸c˜ao de Queda de Tens˜ao (coluna) [SIPE]

Figura 4.10 – Dispositivo de Corte Geral [SIPE]

Caixas Quadro Coluna

O quadro coluna ´e constitu´ıdo por trˆes g´eneros de caixas, caixa de corte geral, caixa de barramento e caixa de protec¸c˜ao de sa´ıdas. A aplica¸c˜ao fornece v´arias possibilidades de escolha para cada tipo de caixa, o utilizador apenas tem de escolher o tipo desejado.

Para a caixa de corte geral foi escolhida uma caixa de tipo GB, a caixa de barramento escolhida foi do tipo BAT (trˆes sa´ıdas) por fim para a caixa de protec¸c˜ao de sa´ıda optou-se pelo tipo PB.

Figura 4.11 – Escolha das Caixas do Quadro Coluna [SIPE]

4.1.3

Servi¸cos Comuns

Potˆencia

No c´alculo da potˆencia do quadro dos servi¸cos comuns ´e requerido ao utilizador que seleccione os servi¸cos comuns dispon´ıveis na instala¸c˜ao e que indique a sua potˆencia (ou no caso de se tratarem de motores os dados necess´arios ao c´alculo da referida potˆencia).

A hipot´etica instala¸c˜ao que est´a a ser dimensionada tem os servi¸cos comuns supra- citados na subsec¸c˜ao 4.1.1, com uma potˆencia total de 5,75 kVA. Com este valor ´e dimensionado o valor da potˆencia a ser contratada para o quadro dos servi¸cos comuns, para o exemplo 6,9 kVA (trif´asico).

Dimensionamento dos Condutores (Servi¸cos Comuns)

O dimensionamento dos condutores para o quadro dos servi¸cos comuns efectua-se nos mesmos moldes que os indicados para os condutores da coluna, obviamente as grandezas envolvidas ser˜ao diferentes. Nomeadamente a corrente de servi¸co para o quadro que toma o valor correspondente ao valor da potˆencia dimensionada (10 A por fase).

Novamente foi escolhido o m´etodo de referˆencia C, em que as caracter´ısticas s˜ao indicadas pela aplica¸c˜ao para melhor facilitar a escolha por parte do utilizador. O pr´oximo passo ´e escolher o tipo de condutores pretendidos, para que a aplica¸c˜ao possa calcular a sec¸c˜ao dos mesmos.

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 57

Figura 4.12 – Potˆencia do Quadro dos Servi¸cos Comuns [SIPE]

Figura 4.13 – Escolha do M´etodo de Referˆencia dos Condutores (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

Para ultimar o dimensionamento dos condutores resta seleccionar as especifica¸c˜oes dos condutores. Para este exemplo foram seleccionados condutores harmonizados (H), com uma tens˜ao de 450/750V (07), com isolamento de policloreto de vinilo (V), a bainha de policloreto de vinilo (V), condutores circulares de cobre, quanto `a sua flexibilidade foram escolhidos condutores r´ıgidos circular cableados. A aplica¸c˜ao determinou que a sec¸c˜ao dos condutores fase neutro e protec¸c˜ao dever´a ser 6 mm2.

Figura 4.14 – Escolha do Tipo de Condutores (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

Figura 4.15 – Sec¸c˜ao e Caracter´ısticas dos Condutores (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

Dimensionamento das Condutas (Servi¸cos Comuns)

Para as condutas dos servi¸cos comuns optou-se por escolher as mesmas carac- ter´ısticas das usadas para as condutas da coluna.

No decorrer do exemplo para o dimensionamento das condutas surge uma mensagem de alerta ao utilizador, sugerindo que n˜ao se respeite o diˆametro encontrado mas que se opte pelo valor m´ınimo recomendado pelas regras t´ecnicas. Recomenda¸c˜ao que para o caso foi aceite, facto que a aplica¸c˜ao n˜ao imp˜oe, pois cada caso ´e espec´ıfico

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 59

Figura 4.16 – Diˆametro das Condutas (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

da instala¸c˜ao correspondente.

Figura 4.17 – Mudan¸ca para o Valor Recomendado (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

O diˆametro dimensionado passa assim dos 25 mm calculados para o m´ınimo reco- mendado de 40 mm.

Protec¸c˜oes e Seguran¸ca (Servi¸cos Comuns)

Na figura 4.18 apresenta-se um resumo do dimensionamento do quadro dos servi¸cos comuns, no qual est˜ao inclu´ıdas as os dispositivos de protec¸c˜ao (fus´ıvel) e a condi¸c˜ao da queda de tens˜ao.

Figura 4.18 – Resumo do Dimensionamento (Servi¸cos Comuns) [SIPE]

Falta apenas mencionar o valor introduzido para o comprimento a usar no c´alculo da condi¸c˜ao da queda de tens˜ao 15 m, pois todos os dados que restam ser dimensionados podem ser observados atrav´es da figura 4.18.

4.1.4

Entradas

Dimensionamento dos Condutores (Entradas)

Para o dimensionamento dos condutores a aplica¸c˜ao emprega os mesmos tipos de condutores bem como o mesmo m´etodo de referˆencia. Limita-se apenas a calcular as sec¸c˜oes para as diferentes topologias das habita¸c˜oes (de acordo com a corrente de servi¸co de cada um dos quadros de entrada escolhidos aquando do dimensionamento da potencia da coluna)

Os condutores para as entradas deste exemplo ficar˜ao assim com uma sec¸c˜ao de 6 mm2 para a topologia 1 e com 10 mm2 para a topologia 2.

Condutas (Entradas)

No dimensionamento das condutas concernentes `as entradas, analogamente ao que sucede para os condutores, ´e for¸coso que se dimensionem as condutas para as to- pologias existentes na instala¸c˜ao (na eventualidade de existir mais de uma, como ´e considerado no exemplo abordado).

No exemplo foram consideradas caracter´ısticas iguais para ambas as tipologias, facto que n˜ao ´e imposto pela aplica¸c˜ao, podendo as caracter´ısticas variar se assim entender o utilizador.

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 61

Figura 4.19 – Sec¸c˜ao dos Condutores (Entradas) [SIPE]

Figura 4.20 – Caracter´ısticas das Condutas (Entradas) [SIPE]

Condi¸c˜ao de Queda de Tens˜ao (Entradas)

Identicamente a todos os diferentes dimensionamentos para as entradas tamb´em a verifica¸c˜ao da condi¸c˜ao de queda de tens˜ao suporta as topologias escolhidas pelo utilizador.

para a topologia 1 escolhida. O comprimento do circuito inserido foi de 3 metros, o mesmo valor foi utilizado para a verifica¸c˜ao da topologia 2.

Figura 4.21 – Verifica¸c˜ao da Condi¸c˜ao da Queda de Tens˜ao (Entradas) [SIPE]

Conforme se afere, a instala¸c˜ao satisfaz a condi¸c˜ao de queda de tens˜ao para a entrada, pois o seu valor em percentagem ´e inferior a 0,5%. Tem o valor de 0,293% e em volts 0,675 V.

Figura 4.22 – Condi¸c˜ao da Queda de Tens˜ao (Entradas) [SIPE]

Tamb´em a outra topologia satisfaz a condi¸c˜ao de queda de tens˜ao, com uma queda de 0,264%.

Circuitos de Utiliza¸c˜ao (Entradas)

Esta ´area da aplica¸c˜ao possibilita que o utilizador enumere as v´arias habita¸c˜oes, referindo o piso onde ser˜ao implantadas, a designa¸c˜ao pela qual ser˜ao denominadas

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 63

e como n˜ao poderia deixar de ser a sua topologia.

Figura 4.23 – Caracter´ısticas da Habita¸c˜ao (Entradas) [SIPE]

A aplica¸c˜ao permite inserir tantas habita¸c˜oes, quantas as referidas aquando do c´alculo da potˆencia de dimensionamento para a coluna. No caso deste exemplo s˜ao permitidas 10 habita¸c˜oes (ver 4.1.1). Na figura 4.24 podem-se ver 2 habita¸c˜oes, uma para cada topologia escolhida, com a respectiva potˆencia a contratar e o refe- rente piso de implanta¸c˜ao. Tudo isto dimensionado pelo utilizador, individualmente para cada habita¸c˜ao (ver Figura 4.23).

Depois de inserida na lista poder-se-´a dimensionar o quadro de entrada dessa ha- bita¸c˜ao. Inicialmente dimensiona-se o interruptor diferencial para o quadro, a aplica¸c˜ao assume para o valor da corrente de servi¸co, o valor da corrente correspon- dente `a potˆencia do quadro (no corrente exemplo o valor assumido ´e 30A, topologia 1, para a topologia 2 o processo ´e idˆentico, s´o os valores diferem). O valor da corrente diferencial-residual ´e tamb´em automaticamente assumido pela aplica¸c˜ao recorrendo

ao valor da resistˆencia terra previamente inserido (230Ω), noexemploestevalordecorrente´ede100mA.

Figura 4.25 – Dimensionamento do Interruptor Diferencial (Entradas) [SIPE]

Ap´os a escolha do dispositivo de protec¸c˜ao ”principal”do quadro de entrada ´e reque- rido ao utilizador que escolha os receptores ou circuitos que constar˜ao no referido quadro. O utilizador apenas ter´a de escolher o tipo de circuito e a designa¸c˜ao pre- tendida. O dimensionamento das protec¸c˜oes (disjuntores) e a sec¸c˜ao dos condutores fica a cargo da aplica¸c˜ao. Na Figura 4.26 observa-se a introdu¸c˜ao de um circuito de tomadas, com a designa¸c˜ao Tomadas 1, a introdu¸c˜ao de todos os poss´ıveis circuitos processa-se da mesma forma.

Posteriormente `a introdu¸c˜ao de todos os circuitos e equipamentos pretendidos, a aplica¸c˜ao apresenta uma representa¸c˜ao em ´arvore do quadro de entrada. Esta apre- senta¸c˜ao pretende oferecer ao utilizador uma vis˜ao geral da configura¸c˜ao do quadro, assim como as caracter´ısticas de todos os seus componentes.

Na Figura 4.27 apresenta-se a forma como os quadros de entrada de cada habita¸c˜ao s˜ao apresentados ao utilizador da aplica¸c˜ao. Observa-se que na coluna do lado esquerdo ´e apresentada a estrutura do quadro, e na coluna do lado direito as carac- ter´ısticas dos circuitos ou aparelhos que constam no quadro.

4.1. EXEMPLO 1 - INSTALAC¸ ˜AO PLURI-HABITACIONAL 65

Figura 4.26 – Introdu¸c˜ao de um Novo Circuito (Entradas) [SIPE]

Figura 4.27 – Circuitos de Utiliza¸c˜ao (Entradas) [SIPE]

4.1.5

Com´ercio/Servi¸cos

Nova Loja

O processo de dimensionamento (usado pela aplica¸c˜ao) de um quadro de uma loja ´e em muito semelhante ao de uma habita¸c˜ao. Para tal ´e necess´ario introduzir a designa¸c˜ao escolhida para a loja, o piso, o tipo de actividade e a sua ´area. Para o exemplo a ser descrito v˜ao ser tomados os dados j´a descritos na subsec¸c˜ao 4.1.1. Depois da introdu¸c˜ao dos dados supracitados (Figura 4.28) s˜ao dimensionados os circuitos que estar˜ao inseridos no quadro da loja. Para o efeito o utilizador escolhe os circuitos desejados, a aplica¸c˜ao determinar´a os valores padr˜ao para as sec¸c˜oes de condutores e protec¸c˜oes. A apresenta¸c˜ao ´e do quadro ´e executada da mesma forma

da retratada para os quadros de entrada das habita¸c˜oes, ou seja, na coluna do lado esquerdo afigura-se um esquema geral do quadro e na coluna direita as especifica¸c˜oes da aparelhagem que constituem o quadro (Figura 4.29).

Figura 4.28 – Nova Loja [SIPE]

Figura 4.29 – Circuitos de Utiliza¸c˜ao (Com´ercio/Servi¸cos) [SIPE]

Para finalizar o dimensionamento de um quadro de uma loja a aplica¸c˜ao pondera as necessidades de potˆencia desse quadro, atrav´es de todos os receptores e circuitos escolhidos e apresenta o valor de potˆencia a contratar. Tamb´em ´e apresentada uma lista com as particularidades de todas as lojas existentes na instala¸c˜ao.

4.2. EXEMPLO 2 - IND ´USTRIA 67

Figura 4.30 – Descri¸c˜ao das Lojas (Com´ercio/Servi¸cos) [SIPE]

4.2

Exemplo 2 - Ind´ustria

O projecto de uma instala¸c˜ao el´ectrica industrial oferece a possibilidade ao utilizador do dimensionamento do quadro geral da instala¸c˜ao atrav´es do dimensionamento de cada um dos quadros parciais e finais que comp˜oem a instala¸c˜ao. O projecto ´e complementado com o dimensionamento dos condutores, protec¸c˜oes e verifica¸c˜ao da queda de tens˜ao para os receptores de todos os quadros implementados.

4.2.1

Exemplo

O quadro geral da instala¸c˜ao industrial a dimensionar ser´a constitu´ıdo por dois quadros parciais (QP1 e QP2) e um quadro terminal (QT1), sendo que este est´a ligado ao quadro parcial QP1.

Para determinar a potˆencia a contratar assim como a corrente de servi¸co geral da instala¸c˜ao, foi usado como factor de evolu¸c˜ao das cargas o valor de 1,15 (ou seja, 15%), e um factor de potˆencia de 0,9. O factor de evolu¸c˜ao das cargas corresponde `a capacidade que a instala¸c˜ao ter´a para ver a sua potˆencia instalada ampliada, com o factor introduzido admite-se que a instala¸c˜ao possa suportar um aumento dos requisitos de potˆencia em 15% (se apenas se pretender contratar a potˆencia para as exigˆencias de potˆencias dimensionadas este factor teria o valor zero).

Novo Quadro

Para o exemplo ser´a abordado o dimensionamento do quadro parcial 2 (QP2), sendo o processo ´e semelhante para todos os outros. O utilizador come¸ca o processo por introduzir a designa¸c˜ao para o quadro (QP2 para este caso), escolhe o tipo de quadro de entre as hip´oteses permitidas pela aplica¸c˜ao (parcial, terminal e geral), segue-se o factor de utiliza¸c˜ao do quadro e por fim o comprimento (distˆancia deste para o quadro geral).

Figura 4.31 – Novo Quadro El´ectrico (Ind´ustria) [SIPE]

Posteriormente procede-se `a escolha dos receptores ou circuitos que constituir˜ao o quadro. A apresenta¸c˜ao dos circuitos no quadro ´e efectuada da mesma forma que nos quadros previamente referidos na sec¸c˜ao anterior, por duas colunas, em que uma esbo¸ca a configura¸c˜ao do quadro e a outra enuncia os equipamentos e as respectivas caracter´ısticas.

Este quadro ter´a 4 circuitos, 1 circuito de tomadas (com uma potˆencia a instalar de 22,17 kW), 1 circuito de ilumina¸c˜ao (com uma potˆencia a instalar de 0,25 kW), e 2 m´aquinas com a designa¸c˜ao de Motor 1 (com uma potˆencia a instalar de 1,88 kW) e de M´aquina (com uma potˆencia a instalar de 2,25 kW). Os circuitos que contˆem m´aquinas s˜ao dimensionados de acordo com a sua potˆencia ´util, rendimento e factor de potˆencia (Figura 4.33).

O QP2 apresenta ent˜ao uma potˆencia de 23,89 kW. Juntamente com as potˆencias dos restantes quadros que constituem a instala¸c˜ao (QP1 e QT1, com potˆencias a instalar de 51,15 kW e 6,75 kW respectivamente) obt´em-se o valor da potˆencia a contratar, bem como da corrente geral da instala¸c˜ao. O valor a contratar para o quadro geral no exemplo ser´a de 95,89 kVA, com uma corrente de servi¸co geral de 138,4 A (Figura 4.34).

4.2. EXEMPLO 2 - IND ´USTRIA 69

Figura 4.32 – Quadro e seus receptores [SIPE]

Figura 4.33 – M´aquina (Ind´ustria) [SIPE]

Condutores

Para o c´alculo das sec¸c˜oes dos condutores de cada um dos quadros existentes procede- se da mesma forma j´a exaustivamente explicada em sec¸c˜oes anteriores. ´E requerido ao utilizador que escolha o m´etodo de referˆencia, o tipo de condutores (ou cabos) que pretende e a sec¸c˜ao ´e dimensionada com a utiliza¸c˜ao do valor da corrente de servi¸co do quadro em causa.

Para o quadro QP1 que apresenta uma corrente de servi¸co de 73,8 A, foi escolhido o m´etodo de referˆencia E, condutores H07VV-K. Obteve-se uma sec¸c˜ao para os condutores de 16 mm2.

O quadro QP2 conta com uma corrente de servi¸co de 34,5 A, tendo sido para tal escolhido o m´etodo de referˆencia C, condutores H07VV-H, obtendo-se uma sec¸c˜ao

Figura 4.34 – Quadros de Potˆencia (Ind´ustria) [SIPE]

para os condutores de 6 mm2.

No quadro QT1 tem-se uma corrente de servi¸co de 9,7 A. Escolheu-se o m´etodo de referˆencia C, com condutores H07VV-K, obtendo-se uma sec¸c˜ao para os condutores de 6 mm2.

Por fim para o quadro geral da instala¸c˜ao para uma corrente de servi¸co geral de 138,4 A, com o m´etodo de referˆencia E, foi calculado para o valor da sec¸c˜ao dos seus condutores H07VV-R 70 mm2 (fase) e 35 mm2 (neutro e terra de protec¸c˜ao).

Condi¸c˜ao de Queda de Tens˜ao

Na verifica¸c˜ao da condi¸c˜ao queda de tens˜ao para as instala¸c˜oes industriais, analisam- se todos os circuitos de todos os quadros (sendo que os quadros tamb´em est˜ao in- clu´ıdos). Esta ´e uma opera¸c˜ao totalmente transparente ao utilizador, onde n˜ao ´e requerido nenhuma introdu¸c˜ao de dados por parte deste. Apenas ter˜ao de ser respei- tadas as condi¸c˜oes impostas pela Figura 2.9, na aplica¸c˜ao das express˜oes referidas na Figura 2.10.

No exemplo ser´a mostrada em pormenor a verifica¸c˜ao da condi¸c˜ao queda de tens˜ao para o quadro QP2 (Figura 4.36), onde todos os circuitos finais cumprem o supra- mencionado, inclusivamente o quadro propriamente dito. Este quadro apresenta uma queda de tens˜ao de 0,323%.

Os quadros restantes satisfazem igualmente a condi¸c˜ao, o QP1 tem uma queda de 0,13%, o QT1 apresenta uma queda de 0,082%. Assim como os circuitos finais destes quadros satisfazem todos a condi¸c˜ao de queda de tens˜ao (Figura 4.37).

4.2. EXEMPLO 2 - IND ´USTRIA 71

Figura 4.35 – Dimensionamento dos Condutores (Ind´ustria) [SIPE]

Figura 4.36 – Queda de Tens˜ao dos Circuitos de QP2 (Ind´ustria) [SIPE]

Protec¸c˜oes

Analogamente ao que sucede na verifica¸c˜ao da condi¸c˜ao de queda de tens˜ao, o dimen- sionamento dos aparelhos de protec¸c˜ao dos quadros ´e feito de forma transparente

Figura 4.37 – Quedas de Tens˜ao (Ind´ustria) [SIPE]

para o utilizador. Ao utilizador ´e apenas requerido que seleccione o quadro em que pretende que as protec¸c˜oes sejam dimensionadas. N˜ao sucedeu neste exemplo, mas se a sec¸c˜ao dimensionada para um qualquer quadro n˜ao satisfa¸ca as condi¸c˜oes (2.11) e (2.12), a aplica¸c˜ao emite uma mensagem de alerta para que o utilizador possa corrigir o problema, optando pela sec¸c˜ao seguinte dos condutores ou escolhendo um m´etodo de referˆencia diferente.

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