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2.6

Ind´ustria

Consideram-se como sendo estabelecimentos industriais locais onde se realizem, com car´acter constante, trabalhos de prepara¸c˜ao, de transforma¸c˜ao, de acabamento ou de manipula¸c˜ao de mat´erias-primas ou de produtos industriais, de montagem ou de repara¸c˜ao de equipamentos ou lugares onde se depositem os produtos ligados a qual- quer uma destas actividades, desde que integrados nos respectivos estabelecimentos [RTIEBT, 2006, 801]. S˜ao ent˜ao encarados como estabelecimentos industriais: a) As f´abricas;

b) As oficinas;

c) Os laborat´orios industriais;

d) As instala¸c˜oes de manuseamento de combust´ıveis l´ıquidos ou gasosos;

e) Os locais de manuten¸c˜ao e de verifica¸c˜ao de ve´ıculos motorizados (oficinas, esta¸c˜oes de servi¸co, etc., onde se fa¸ca a lavagem ou a lubrifica¸c˜ao de ve´ıculos); os parques de estacionamento cobertos est˜ao inclu´ıdos nos estabelecimentos recebendo p´ublico; f) Os locais de pintura onde sejam, regular ou frequentemente, aplicados produtos inflam´aveis;

g) Os locais onde se executem trabalhos fabris, mecˆanicos ou manuais (incluindo aqueles em que se exer¸cam ind´ustrias caseiras ou em regime de artesanato).

2.6.1

C´alculos

As metodologias de c´alculo usadas para a ind´ustria s˜ao em tudo semelhantes `as referidas nas sec¸c˜oes anteriores, ainda que com ligeiras diferen¸cas, designadamente no que concerne a algumas tabelas de c´alculo usadas para os disjuntores (industriais) e a forma como s˜ao calculadas alguns circuitos de utiliza¸c˜ao, como as tomadas que n˜ao s˜ao as tomadas de 16A usadas nas habita¸c˜oes, mas sim fichas e tomadas de corrente para usos industriais [RTIEBT, 2006, 555]. Tamb´em para a ilumina¸c˜ao ´e usado o seu valor de potˆencia real e n˜ao um valor standard,para o dimensionamento dos seus condutores.

Todos os circuitos s˜ao essencialmente trif´asicos, pelo que para os c´alculos este facto altera-se em rela¸c˜ao ao tomado nas habita¸c˜oes (essencialmente monof´asicos). A instala¸c˜ao el´ectrica de uma ind´ustria ´e constitu´ıda por um conjunto de quadros el´ectricos, em que estes se distribuem a partir do quadro geral da instala¸c˜ao numa configura¸c˜ao radial. Os quadros poder˜ao ser do tipo parcial ou terminal. Os quadros parciais s˜ao quadros interm´edios da instala¸c˜ao, isto ´e, apesar de terem circuitos finais n˜ao s˜ao o t´ermino naquela ”sec¸c˜ao”da instala¸c˜ao, tˆem ainda liga¸c˜oes a um ou mais quadros a jusante da instala¸c˜ao. Um quadro terminal ´e um quadro que s´o apresenta circuitos finais, n˜ao possui nenhuma liga¸c˜ao a algum quadro a jusante.

A f´ormula de c´alculo para o dimensionamento da potˆencia a contratar do quadro geral assenta na utiliza¸c˜ao da potˆencia total de utiliza¸c˜ao da instala¸c˜ao (determinada atrav´es do recenseamento da potˆencia dos receptores presentes) multiplicada por um factor de evolu¸c˜ao das cargas (KE) e ponderado com o factor de potˆencia global da instala¸c˜ao (cos ϕ).

PC = Ptotal

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A Aplica¸c˜ao Inform´atica SIPE

Com base na metodologia descrita no cap´ıtulo anterior, apresenta-se neste cap´ıtulo a descri¸c˜ao da aplica¸c˜ao desenvolvida.

A organiza¸c˜ao dos dados provenientes da legisla¸c˜ao, necess´arios aos c´alculos e di- mensionamentos foi feita atrav´es da sua inser¸c˜ao em uma base de dados, compat´ıvel com o standard SQL. Todo o interface gr´afico e m´etodos de c´alculo foram imple- mentados atrav´es da linguagem de programa¸c˜ao Visual Basic.NET, na sua vers˜ao 2003.

As classes utilizadas, bem como as linhas de c´odigo implementadas na aplica¸c˜ao s˜ao de uso vulgar em aplica¸c˜oes com interac¸c˜ao com bases de dados. Os trechos de c´odigo que ir˜ao ser descritos s˜ao aqueles que denotam um car´acter extraordin´ario, quer pelo maior n´ıvel de dificuldade em rela¸c˜ao aos demais, quer pela importˆancia que detˆem na globalidade do trabalho.

3.1

Estrutura da Aplica¸c˜ao

Toda a aplica¸c˜ao inform´atica tem como objectivo final uma boa aceita¸c˜ao por parte do seu p´ublico-alvo, independentemente da sua tem´atica. Como n˜ao poderia deixar de ser essa preocupa¸c˜ao esteve sempre presente na concep¸c˜ao da aplica¸c˜ao alvo deste

trabalho (SIPE).

Para que se obtenha uma aplica¸c˜ao que seja ”user friendly”(amig´avel), ´e necess´ario que se cumpram algumas condi¸c˜oes. Decidiu-se ent˜ao por uma divis˜ao clara em duas grandes partes dentro da aplica¸c˜ao, edif´ıcios multi-habitacionais e industrias. Esta divis˜ao apresenta-se l´ogica e tamb´em inevit´avel, como facilmente se pode concluir, cada uma das sec¸c˜oes definidas manifesta diferentes necessidades. Assim poder-se-˜ao fazer projectos independentes entre si, retirando qualquer possibilidade de eventuais confus˜oes entre as duas ”´areas”.

A sec¸c˜ao Edif´ıcios Multi-Habitacionais volta-se, como o pr´oprio nome indica, para as instala¸c˜oes prediais de habita¸c˜ao, ainda que com a possibilidade de comportar estabelecimentos de com´ercio/servi¸cos. De acordo com o j´a referido em cap´ıtulos anteriores esta sec¸c˜ao encontra-se estruturada em concordˆancia com os v´arios passos essenciais `a elabora¸c˜ao de um projecto el´ectrico para este tipo de instala¸c˜ao. Ou seja, o dimensionamento da coluna (Instala¸c˜oes Colectivas), o dimensionamento de todos os constituintes do quadro de servi¸cos comuns, o c´alculo de todos os cons- tituintes das entradas bem como das habita¸c˜oes (Entradas), e se o edif´ıcio tiver estabelecimentos de com´ercio/servi¸cos o dimensionamento dos respectivos quadros (Com´ercio/Servi¸cos).

Figura 3.1 – Estrutura da ”sec¸c˜ao”Multi-Habitacional [SIPE]

A sec¸c˜ao Ind´ustria apresenta uma abordagem mais simplista pois s´o temos uma subsec¸c˜ao, em contraste com a sec¸c˜ao Edif´ıcios Multi-Habitacionais onde temos quatro subsec¸c˜oes. Esta op¸c˜ao reflecte o car´acter mais objectivo que est´a presente no dimensionamento de uma ind´ustria (que se enquadre nas instala¸c˜oes el´ectricas de

3.2. INSTALAC¸ ˜OES COLECTIVAS 33

baixa tens˜ao), ou seja, a aplica¸c˜ao para o dimensionamento destas instala¸c˜oes apenas prevˆe o dimensionamento dos quadros el´ectricos (quadro geral, quadros parciais e terminais) e respectivos c´alculos para as sec¸c˜oes de condutores, queda de tens˜ao e protec¸c˜oes.

Figura 3.2 – Estrutura da ”sec¸c˜ao”Ind´ustria [SIPE].

Para al´em do j´a referido a aplica¸c˜ao comporta ainda as op¸c˜oes de gravar/abrir projectos e a funcionalidade de impress˜ao em modo de relat´orio com todos os da- dos dimensionados (tanto para a sec¸c˜ao Edif´ıcios Multi-Habitacionais como para a sec¸c˜ao Ind´ustria), podendo depois ser anexo `a mem´oria descritiva do projecto.

3.2

Instala¸c˜oes Colectivas

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